Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 34

(06/03/2018)

 

 

 

Na Carta de São Paulo aos Gálatas diz: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6, 14).

Pelo seu lado, Santo Anselmo exclama emocionado: “Ó Cruz, que foste escolhida e preparada para bens tão inefáveis! És louvada e exaltada não tanto pela inteligência e pela língua dos homens, nem mesmo dos Anjos, como pelas obras que graças a ti se realizaram. Ó Cruz, em quem e por quem me vieram a salvação e a vida, em quem e por quem me chega todo o bem! Deus não queira que eu me glorie em nada fora de ti” (Orações e meditações, 4).

A Cruz, portanto, há de ser para cada cristão, na vida diária, o seu apoio e a sua força: “Quando vires uma pobre Cruz de pau, só, desprezível e sem valor… e sem Crucificado, não esqueças que essa Cruz é a tua Cruz: a de cada dia, a escondida, sem brilho e sem consolação… que está à espera do Crucificado que lhe falta. E esse Crucificado tens de ser tu” (São Josemaría Escrivá, Caminho, n.º 178) (Edições Theologica).

Um religioso anônimo escreve: “Vê a Cruz. Toda ela é Jesus. Toda é só Amor, aquele amor que veio pregar ao mundo. Amar e sofrer são como uma só coisa, como os dois braços da mesma cruz! Homens que foram resgatados pelo altíssimo preço da cruz devem ver este objeto sagrado como o símbolo de sua partilha e sua glória… Fazei que ame a Cruz de Jesus, que ache delícias na cruz de Jesus, para que na minha morte Jesus crucificado seja a minha força e o meu conforto! Diante da morte ninguém se arrepende de ter vivido na cruz, mas de não ter sempre vivido nela! A maior vantagem para um cristão é parecer com Jesus no que, sobretudo, Jesus mais deseja que lhe pareça” (Imitação de Maria).

São Pedro Julião Eymard ensina: “O caminho do justo é marginado por duas cercas: uma é a Graça, espargida cá e lá pela estrada, para servir de riacho, de pão e de força ao peregrino; a outra é a Cruz de Nosso Senhor que reveste todas as formas, mas é sempre cruz, e, à medida que progredimos, as cruzes tornam-se mais numerosas e frequentemente mais cruciantes para a natureza; são, todavia, encimadas por um belo diadema, e nos anunciam a vizinhança do Paraíso. Não, jamais houve felicidade na terra depois que Deus disse a Adão pecador: ‘Comerás o teu pão com o suor do rosto’. Jamais a haverá para os discípulos de Jesus Cristo, e sim perseguições, cruzes a carregar e sacrifícios contínuos a fazer. Eis o que Jesus Cristo nos reserva neste mundo, eis com que já vos alimenta há muito tempo. É preciso, pois, sofrer, e de todo lado e em todo lugar. É a semente do calvário espalhada sobre a terra; é o bastão de viagem do cristão, é a sua espada de combate, o cetro e a coroa. O Amor Divino parece penetrar sempre no coração por nova chaga, e lhe agrada ferir o coração e transpassá-lo pela chama celeste. Pois bem! Viva a Cruz de Deus! E vivam as criaturas que no-la dão ou que nos crucificam” (A Divina Eucaristia, Vol. 5).

Dom Duarte Leopoldo escreve: “Ó meu crucifixo! Levei-te aos lábios, cheguei-te ao coração. E ouvi, uma por uma, impressas em tuas chagas, todas as palavras dos livros sagrados. E cada palavra que te caiu dos lábios me foi direta ao coração como um dardo de fogo, desse fogo do Espírito Santo que, desde o meu batismo, permanece latente em minha alma pecadora. Eu disse: também eu te amo, também eu quero amar-te com todas as minhas forças” (Trecho: Meu crucifixo).

Santa Gema Galgani “cantou” sobre a cruz: “Amo a cruz, porque primeiramente Tu a amaste Jesus… Sim, eu a quero, sim, eu a quero Jesus… Glorio-me, Jesus, nas tribulações e te agradeço mil vezes por me tornar sempre mais semelhante a Ti, partícipe dos teus sofrimentos. Sou um fruto da tua Paixão, um rebento de tuas chagas. Por teu amor estou pronta a qualquer sacrifício. Desejaria sofrer tudo eu… Tu sofres, faze-me sofrer também. Ó Cruz santa, porque me queixar? Não recuso a Cruz: porque se recuso a Cruz, recuso Jesus. É muito caro para mim Jesus, aquilo que me vem das tuas Mãos. Quanto mais me contraria a Cruz, tanto mais ela é semelhante à tua. Procuro o Teu amor, procuro as penas, procuro as dores. Tu me tratas como teu Pai te tratou. Tu me fazes beber a Tua Paixão até a última gota. Queres mesmo saber quando é que fico feliz. Quando estou em tantas dores contigo. Quando quiseres me presentear, faze-me sofrer” (Trecho do canto sobre a cruz).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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