Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 36

(08/03/2018)

 

 

 

Na Carta de São Paulo aos Filipenses diz: “Pois há muitos dos quais muitas vezes eu vos disse e agora repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo: seu fim é a destruição, seu deus é o ventre, sua glória está no que é vergonhoso, e seus pensamentos no que está sobre a terra” (Fl 3, 18-19).

São Paulo chama a atenção para o mau exemplo daqueles que defendendo doutrinas falsas ou abusando da liberdade cristã, arrastam uma vida cheia de vícios: deixam-se levar pelo apetite sensual e põem o seu coração em coisas que os escravizam, das quais se deveriam envergonhar. Tais pessoas são inimigas da cruz de Cristo (Edições Theologica).

São João Maria Vianney ensina: “A cruz! Acaso ela faz perder a paz? É ela que dá a paz ao mundo; é ela que deve ser carregada em nosso coração. Todas as nossas misérias têm sua origem no fato de que não a amamos. É o medo das cruzes que aumenta as cruzes”.

Um religioso anônimo escreve: “Disse Jesus: ‘O que não carrega a sua cruz e não me segue não é digno de ser meu discípulo’ (Lc 14, 27). Deves, portanto, ter no número dos dias felizes os que tiveres ocasiões de suportar algo por amor de Deus. Muitos são os cristãos que só amam o Divino benfeitor tendo em mira os seus benefícios, e nisso só parecem com os amigos da terra que não sabem amar sem o interesse à frente. Afirmam amar a Jesus de todo o coração, entretanto não tem coragem de ‘velar ao menos uma hora com Jesus no jardim das agonias’ (Mt 26, 40). Protestam que acompanharão Jesus  ‘por toda parte, até a morte’, mas o medo dos sofrimentos logo enfraquece nelas o amor e só de longe é que acompanham a Jesus” (Imitação de Maria).

São Pedro Julião Eymard ensina: “Viva a Cruz neste mundo! Mas a Cruz de Deus, aquela que nos vem do seu Coração de Pai. O divino Mestre visita-nos algumas vezes com a graça do Calvário, mas também com a força do Amor. É bom ver esse Amor de Deus, adoçando a Cruz. Esse filho dileto do Céu, que é o sofrimento, tem de vir, senão havíamos de permanecer em nosso Tabor. Mas tudo passa veloz. O sol é mais belo, uma vez passada a tempestade, ou dissipadas as nuvens que lhe impedem o brilho. Compenetrai-vos de que o estado de sofrimento vem sempre de Deus. É o estado que elege para o nosso maior bem, a fim de nos conceder alguma Graça. Se, portanto, a mísera natureza sofre um instante, levantai-a, pelo santo abandono, mas não desanimeis. Deixai-vos crucificar sem dó na santa obediência e no amor de Nosso Senhor Jesus. Estimai-vos feliz de sofrer aquilo que o divino Mestre vos envia em seu santo Amor. Bendizei a Deus, já que, em sua Bondade, ele vos concede aquilo que há de mais precioso, de mais suave… a prova do seu Amor” (A Divina Eucaristia, Vol. 5).

São João Paulo II escreve: “A Cruz é a porta através da qual Deus entrou definitivamente na história do ser humano. E permanece nela. A Cruz é a porta através da qual Deus incessantemente entra na nossa vida. A Cruz nos abre para Deus. A Cruz abre o mundo para Deus. E no sinal da Cruz é dada também a bênção” (Meditações e Orações).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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