Na Carta de São Paulo aos Filipenses diz:
“Pois há muitos dos quais muitas vezes
eu vos disse e agora repito, chorando, que são inimigos da cruz
de Cristo: seu fim é a destruição, seu deus é o ventre, sua
glória está no que é vergonhoso, e seus pensamentos no que está
sobre a terra”
(Fl 3, 18-19).
São Paulo chama a atenção para o mau exemplo
daqueles que defendendo doutrinas falsas ou abusando da
liberdade cristã, arrastam uma vida cheia de vícios: deixam-se
levar pelo apetite sensual e põem o seu coração em coisas que os
escravizam, das quais se deveriam envergonhar. Tais pessoas são
inimigas da cruz de Cristo (Edições Theologica).
São João Maria Vianney ensina:
“A cruz! Acaso ela faz perder a paz? É
ela que dá a paz ao mundo; é ela que deve ser carregada em nosso
coração. Todas as nossas misérias têm sua origem no fato de que
não a amamos. É o medo das cruzes que aumenta as cruzes”.
Um religioso anônimo escreve:
“Disse Jesus: ‘O que não
carrega a sua cruz e não me segue não é digno de ser meu
discípulo’ (Lc 14, 27). Deves, portanto, ter no número dos dias
felizes os que tiveres ocasiões de suportar algo por amor de
Deus. Muitos são os cristãos que só amam o Divino benfeitor
tendo em mira os seus benefícios, e nisso só parecem com os
amigos da terra que não sabem amar sem o interesse à frente.
Afirmam amar a Jesus de todo o coração, entretanto não tem
coragem de ‘velar ao menos uma hora com Jesus no jardim das
agonias’ (Mt 26, 40). Protestam que acompanharão Jesus ‘por
toda parte, até a morte’, mas o medo dos sofrimentos logo
enfraquece nelas o amor e só de longe é que acompanham a Jesus”
(Imitação de Maria).
São Pedro Julião Eymard ensina:
“Viva a Cruz neste mundo! Mas a Cruz de
Deus, aquela que nos vem do seu Coração de Pai.
O divino Mestre visita-nos algumas
vezes com a graça do Calvário, mas também com a força do Amor. É
bom ver esse Amor de Deus, adoçando a Cruz. Esse filho dileto do
Céu, que é o sofrimento, tem de vir, senão havíamos de
permanecer em nosso Tabor. Mas tudo passa veloz. O sol é mais
belo, uma vez passada a tempestade, ou dissipadas as nuvens que
lhe impedem o brilho. Compenetrai-vos de que o estado de
sofrimento vem sempre de Deus. É o estado que elege para o nosso
maior bem, a fim de nos conceder alguma Graça. Se, portanto, a
mísera natureza sofre um instante, levantai-a, pelo santo
abandono, mas não desanimeis. Deixai-vos crucificar sem dó na
santa obediência e no amor de Nosso Senhor Jesus. Estimai-vos
feliz de sofrer aquilo que o divino Mestre vos envia em seu
santo Amor. Bendizei a Deus, já que, em sua Bondade, ele vos
concede aquilo que há de mais precioso, de mais suave… a prova
do seu Amor” (A Divina Eucaristia, Vol. 5).
São João Paulo II escreve:
“A Cruz é a porta através
da qual Deus entrou definitivamente na história do ser humano. E
permanece nela. A Cruz é a porta através da qual Deus
incessantemente entra na nossa vida. A Cruz nos abre para Deus.
A Cruz abre o mundo para Deus. E no sinal da Cruz é dada também
a bênção”
(Meditações e Orações).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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