Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 37

(09/03/2018)

 

 

 

Na Carta de São Paulo aos Filipenses diz: “Pois há muitos dos quais muitas vezes eu vos disse e agora repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo: seu fim é a destruição, seu deus é o ventre, sua glória está no que é vergonhoso, e seus pensamentos no que está sobre a terra” (Fl 3, 18-19).

Quem despreza a cruz de Jesus Cristo volta as costas para o caminho da salvação e envereda pelo da perdição eterna. O caminho da cruz leva ao céu… quando é percorrido com fé, alegria, paciência e por amor a Deus. Aquele que se revolta contra a cruz “mergulha” nas coisas caducas da terra e se “alimenta” delas. Esses tornam-se escravos das coisas desse mundo… são como porcos que fuçam a lama repugnante de um chiqueiro.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “No dia do julgamento de nossa salvação, nossa vida deverá ser igual à vida de Jesus Cristo, para merecermos o Paraíso: ‘Porque os que anteriormente desconheceu,  esses também predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho’. O Verbo Eterno desceu à terra para nos ensinar, com seu exemplo, a carregar com paciência as cruzes que Deus nos manda: ‘Cristo sofreu por vós, deixando-vos um exemplo, a fim de que sigais os seus passos’. Jesus Cristo quis sofrer para nos encorajar no sofrimento. Qual foi a vida de Jesus Cristo? Foi uma vida de humilhações e sofrimentos: ‘Desprezado, último dos homens, homem das dores!’  Sim, a vida de Jesus Cristo foi toda cheia de trabalhos e dores” (A prática do amor a Jesus Cristo).

São Pedro Julião Eymard ensina: “Não alegueis que é um castigo. Não é castigo, é uma parcela da Cruz de Nosso Senhor. Se a Cruz nos toca, não devemos renegá-la em sua origem divina, mas recebê-la qual digna filha do Calvário, qual gota de Sangue do doce Salvador. O divino Mestre estende-se na Cruz, quer-vos, pois, crucificada com ele. Mas que diferença! A ele são inimigos que o cruciam, a vós, são suas mãos divinas, é seu Amor, a fim de poder dar-vos o preço de sua Morte e a glória de sua Cruz. Que felicidade sofrer por amor e para o Amor! Sabei sofrer por amor de Jesus. O amor que não sofre não merece o nome de amor. Nosso Senhor só vos pede um exercício, um pensamento: permanecer unida ao seu Amor pela Cruz, pelo total abandono, pela santa pobreza dos meios e socorros exteriores. União bela e ditosa, que se realiza no holocausto” (A Divina Eucaristia, Vol. 5).

São João Maria Vianney escreve: “A cruz é um presente que o bom Deus dá aos seus amigos. O que faz com que não amemos a Deus é o fato de não termos chegado àquele grau em que tudo aquilo que é difícil nos causa prazer. Uma doença prolongada é vantajosa para um cristão que sabe dela aproveitar-se. Não temos a coragem de carregar a própria cruz! Estamos errados, visto que em tudo o que fizermos a cruz nos sustenta, e dela não podemos fugir” (Sermões).

Tomás de Kempis ensina: “Jesus Cristo tem agora muitos que amam o seu reino celestial, mas poucos que levam a sua cruz. Muitos desejam sua consolação e poucos desejam a tribulação. Encontra muitos companheiros para a sua mesa, mas poucos para a sua abstinência. Todos querem gozar de sua alegria, poucos, porém, querem sofrer alguma coisa por Ele” (Imitação de Cristo).

O Bem-aventurado Eduardo Poppe escreve: “Continuai a seguir, sem desvios, o vosso caminho. À medida que avançais encontrareis cruzes sobre cruzes, mal-entendidos, oposições, mofas, aridez e abandonos. Mas chegareis ao termo sem terdes de ir mendigar consolações entre leigos. No meio das cruzes, conservareis ao menos a esperança e a confiança, e isto basta enquanto vivermos neste mundo. E quem sabe se o vosso irmão não virá a ser a vossa alegria?” (Carta aos sacerdotes).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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