Na Carta de São Paulo aos Hebreus diz:
“Portanto, também nós, com tal nuvem de
testemunhas ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que
nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é
proposto, com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador
da fé, Jesus, que, em vez da alegria que lhe foi proposta,
suportou a cruz, desprezando a vergonha, e se assentou à direita
do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tal
contradição por parte dos pecadores, para não vos deixardes
fatigar pelo desânimo. Vós ainda não resististes até o sangue em
vosso combate contra o pecado!”
(Hb 12, 1-4).
Seguindo o exemplo de Jesus, os cristãos devem
lutar contra o pecado e ser perseverantes nas tribulações e
perseguições, porque se vêm é sinal de que o Senhor as permite
para seu bem. As palavras de alento da carta adquirem aqui um
certo tom de advertência. É como se dissesse: Cristo deu a
sua vida por vossos pecados, lutando até a morte por vós, e vós
não vos ides submeter aos sofrimentos pelo seu amor? É certo que
estais a sofrer perseguições, porque Deus vos corrige como um
Pai corrige os seus filhos. Mas sois filhos de Deus, por isso a
vossa atitude deve ser de abandono diante dos seus planos, mesmo
quando em certas ocasiões pareçam duros. É preferível a morte
que a ofensa a Deus (Edições Theologica).
São João Paulo II escreve:
“Nós Te adoramos, Jesus Cristo, e Te
bendizemos, porque pela Tua Santa Cruz remiste o mundo’...
Aqueles que pereceram pela fé, abraçavam com amor a Cruz de
Cristo repetindo: ‘Nós Te bendizemos, ó Cristo, porque pela Tua
Santa Cruz remiste o mundo’”
(Meditações e Orações).
Tomás de Kempis ensina:
“Só é capaz de contemplar as coisas
celestiais, o que se resolve a sofrer adversidades por Cristo! E
se te dessem a escolher, antes deverias desejar padecer
trabalhos por amor de Cristo que ser recreado com muitas
consolações; porque assim serias mais conforme ao Salvador, e
mais semelhante a todos os seus santos”
(Imitação de Cristo).
Um religioso anônimo escreve:
“Se amas a Jesus, a sua
cruz amarás. E se o amas de todo o coração, também de todo o
coração abraçarás as cruzes que ele te enviar. O que não precisa
de ser forçado a conduzir a cruz, como Simão de Cirene, e de bom
grado toma parte no amargo fel que Jesus sorveu sem queixa, no
Calvário, esse então é o que ama verdadeiramente”
(Imitação de Maria).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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