Na 1.ª Carta de São Pedro diz:
“Quando injuriado, não revidava; ao
sofrer, não ameaçava, antes, punha a sua causa nas mãos daquele
que julga com justiça”
(1 Pd 2, 23).
Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu muito... a
sua vida foi um “oceano” de sofrimento... sofreu desde o ventre
materno. Ele sofreu sem ameaçar os seus inimigos, perseguidores
e zombadores; suportou injustiça e maldade sem vingar... sem
ameaçar... sem agir com violência. O Salvador soube sofrer...
soube suportar as dificuldades sem ameaçar. Devemos aprender com
Jesus Cristo a sofrer todas as tribulações sem ameaçar o
próximo... é preciso inclinar a cabeça diante das cruzes de cada
dia por amor ao Senhor, Servo sofredor. Quem sofre ameaçando não
pode agradar a Jesus que sofreu amando!
Tomás de Kempis escreve:
“Resolve-te, pois, como
bom e fiel servo de Cristo a levar varonilmente a cruz do
homem-Deus, crucificado por teu amor. Prepara-te para sofrer
nesta miserável vida muitas adversidades e vários incômodos;
porque assim estará Ele contigo onde quer que estiveres, e na
verdade acharás a Jesus em qualquer parte que te escondas”
(Imitação de Cristo).
São Paulo da Cruz ensina:
“Vede que injúrias, que sofrimentos
padece por nós o Salvador, esmagado sob o peso da cruz!
Contemplai como sofre por nosso amor o Filho de Deus, o Redentor
do mundo! Ó Jesus, leio em vossos sofrimentos a gravidade de
meus pecados! Perdoai-me Senhor!”
(Meditações sobre a Paixão).
Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“No mesmo instante em que foi criada a
alma de Jesus e unida com seu pequenino corpo no seio de Maria,
o Pai Eterno manifestou a seu Filho a sua vontade que morresse
para a redenção do mundo. No mesmo tempo pôs diante dos seus
olhos a vista triste de todos os sofrimentos que deveria sofrer
até à morte...” (Meditações).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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