Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 52

(24/03/2018)

 

 

 

Na Carta de São Paulo aos Hebreus diz: “Vemos, todavia, a Jesus, que foi feito, por um pouco, menor que os anjos, por causa dos sofrimentos da morte, coroado de honra e de glória. É que pela graça de Deus ele provou a morte em favor de todos os homens. Convinha, de fato, que aquele por quem e para quem todas as coisas existem, querendo conduzir muitos filhos à glória, levasse à perfeição, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles (Hb 2, 9-10).

Um dos efeitos da Paixão de Cristo foi a sua exaltação e glorificação. Porque Cristo venceu na Cruz, em benefício de todos os membros do gênero humano, a Cruz é o único caminho para a glória: “Resplandece a Santa Cruz, pela qual o mundo recobra a salvação. Ó Cruz que vences! Cruz que reinas! Cruz que nos limpas de todo o pecado” (Breviarium Romanum, Festa da Exaltação da Santa Cruz, Antif. ad Laudes). Pela Paixão de Cristo a Cruz já não é um patíbulo ignominioso, mas um trono de glória. A tradição atribui ao Apóstolo Santo André estes louvores à cruz em que ia morrer: “Ó boa cruz, que foste glorificada por causa dos membros do Senhor, cruz por longo tempo desejada, ardentemente amada, buscada sem descanso e oferecida aos meus ardentes desejos (...) devolve-me ao seu Mestre, para que por ti me receba, Ele que por ti me redimiu” (Ex passione S. Andreae, lect.).

São Paulo da Cruz escreve: “Jesus morreu para nos dar a vida. As criaturas todas se lamentam e sofrem: o sol se escurece, treme a terra, partem-se as rochas, rasga-se o véu do templo. Nosso coração permaneceria insensível? Mergulhemos no mar imenso dos sofrimentos de Jesus e digamos-lhe: Senhor, nós vos agradecemos porque morrestes na cruz por nosso amor!” (Cartas).

Tomás de Kempis ensina: “Da cruz manam as suavidades celestiais; na cruz estão a fortaleza da alma, a alegria do coração, o compêndio da virtude, a perfeição da santidade” (Imitação de Cristo).

São Pedro Julião Eymard escreve: “Ó Céu radiante, já começa a desejar-te, não para deixar de sofrer, mas a fim de amar perfeitamente a Deus. Meu Deus! Não: o sofrimento é coisa bela! Sobretudo quando é misterioso, oculto, e se vela sob as aparências do contentamento. Bom sofrimento, que nos desapega de nós mesmos e nos imola ao puro Amor de Jesus. Coragem, o tempo está passando, o Céu se aproximando e também Deus em seu eterno Amor” (A Divina Eucaristia, Vol. 5).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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