Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 53

(25/03/2018)

 

 

 

Na Carta de São Paulo aos Hebreus diz: “Vemos, todavia, a Jesus, que foi feito, por um pouco, menor que os anjos, por causa dos sofrimentos da morte, coroado de honra e de glória. É que pela graça de Deus ele provou a morte em favor de todos os homens. Convinha, de fato, que aquele por quem e para quem todas as coisas existem, querendo conduzir muitos filhos à glória, levasse à perfeição, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles (Hb 2, 9-10).

Cristo, pela sua morte, foi coroado de glória e honra e, ao mesmo tempo, morreu para nosso bem. A morte e a glorificação de Jesus são a causa e o modelo da nossa salvação e glorificação. Sacrifício, satisfação e mérito estão indissoluvelmente unidos na obra redentora de Cristo e constituem uma “graça de Deus”, ou seja, um dom gratuito de Deus Pai. Santo Tomás de Aquino explica que “aqui se descreve a Paixão de Cristo de três formas. Em primeiro lugar, pela sua causa, porque diz ‘por graça de Deus’. Depois, pela sua utilidade, quando diz ‘em benefício de todos’. Em terceiro lugar, pelo modo do seu desenvolvimento, quando diz ‘gostasse’” (Comentário sobre Hebreus, 2, 3). Com efeito, Jesus, por vontade do Pai, experimentou ou “gostou” a morte. Descreve-se a morte de Jesus como uma bebida amarga que nosso Senhor quis beber pouco a pouco, em pequenos sorvos, quase saboreando-a. A recordação do cálice da agonia é inevitável (Mt 26, 39); Mc 14, 36; Lc 22, 42; Jo 18, 11) (Edições Theologica).

São Paulo da Cruz escreve: “Quantos vivem esquecidos dos sofrimentos de Jesus! Esses andam confusos e errantes na treva do pecado” (Cartas).

Tomás de Kempis ensina: “Então todos os servos da cruz, que se conformaram na vida com Cristo crucificado, se achegarão a Cristo Juiz com grande confiança” (Imitação de Cristo).

São Pedro Julião Eymard escreve: “A semente da Glória é o sofrimento. Ora, como Nosso Senhor nos quer glorificar divina e eternamente, coloca-nos na necessidade de sofrer. Mas saibamos sofrer com amor, sofrer só com Deus só” (A Divina Eucaristia, Vol. 5).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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