Na Carta de São Paulo aos Hebreus diz:
“Vemos, todavia, a Jesus, que foi
feito, por um pouco, menor que os anjos, por causa dos
sofrimentos da morte, coroado de honra e de glória. É que pela
graça de Deus ele provou a morte em favor de todos os homens.
Convinha, de fato, que aquele por quem e para quem todas as
coisas existem, querendo conduzir muitos filhos à glória,
levasse à perfeição, por meio de sofrimentos, o Autor da
salvação deles”
(Hb 2, 9-10).
A tradição Cristã deteve-se na contemplação
das palavras “provou a morte”, vendo refletidas a realidade e a
voluntariedade do sacrifício redentor. A morte de Cristo aparece
como um ato perfeitamente livre e plenamente aceito para expiar
os pecados de todos os homens. A expressão “provar” assinala
também que se submeteu à morte sem deixar de ser o Senhor da
vida: “Esta expressão está cheia de
exatidão. Não se diz ‘a fim de que morresse’, porque o Senhor
depois de ter provado a morte, deteve-se nela só um instante e a
seguir ressuscitou (...). Já que todos os homens tinham medo à
morte, para que a experimentassem com confiança, Ele próprio a
provou, sem que fosse necessário”
(São João Crisóstomo, Homilia sobre Hebreus,
4).
São Paulo da Cruz escreve:
“Coisa excelente e santa
é pensar e meditar sobre a paixão do Senhor; pois por este
caminho chegamos à união com Deus. Nesta escola tão santa,
aprende-se a verdadeira sabedoria; foi aí que todos os santos a
estudaram”
(Cartas).
Tomás de Kempis ensina:
“Deus quer que aprendas a sofrer a
tribulação sem alívio, sujeitando-te de todo a ele e fazendo-se
mais humilde com a tribulação” (Imitação
de Cristo).
São Pedro Julião Eymard escreve:
“Quem está crucificado com Jesus
sofre, chora e alegra-se” (A Divina
Eucaristia, Vol. 5).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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