Na Carta de São Paulo aos Hebreus diz:
“Vemos, todavia, a Jesus, que foi
feito, por um pouco, menor que os anjos, por causa dos
sofrimentos da morte, coroado de honra e de glória. É que pela
graça de Deus ele provou a morte em favor de todos os homens.
Convinha, de fato, que aquele por quem e para quem todas as
coisas existem, querendo conduzir muitos filhos à glória,
levasse à perfeição, por meio de sofrimentos, o Autor da
salvação deles”
(Hb 2, 9-10).
Qualquer criatura humana, incluindo Cristo
enquanto homem, pode ser considerado em certo sentido como
inferior aos Anjos. Esta inferioridade radica, sobretudo, em que
o conhecimento humano é menos perfeito que o dos Anjos, já que
depende dos sentidos, e na possibilidade de sofrer e de morrer
que não têm os Anjos:
“Os Anjos são impassíveis e imortais por
natureza, de modo que quando Cristo se dignou submeter-se à
paixão e à morte rebaixou-se em relação a eles, não porque
perdesse a sua plenitude ou a diminuísse em algo, mas porque
assumiu a nossa debilidade. Fez-se inferior aos Anjos, não
quanto à divindade nem quanto à alma, mas só relativamente ao
corpo” (Santo Tomás de Aquino, Comentário
sobre os Hebreus, 2, 2).
Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“Se quisermos ser
santos, devemos transformar o nosso gosto. Enquanto não
chegarmos a achar doce o que é amargo, e amargo o que é doce,
nunca nos poderemos unir perfeitamente com Deus”
(Meditações).
Frei Pedro Sinzig ensina:
“O amor de Jesus foi
maior que suas forças físicas. Três vezes o Salvador caiu na via
dolorosa, sob o peso da cruz, renovando-se cada vez as dores de
todas as chagas”(Meditações).
Tomás de Kempis escreve:
“Ninguém sente mais vivamente a
paixão de Cristo que aquele que padece penas semelhantes. Assim,
sempre a cruz está preparada e em qualquer lugar te espera”
(Imitação de Cristo).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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