No Evangelho de São João diz:
“E, inclinando a cabeça, entregou o
espírito”
(Jo 19, 30).
Hoje, sexta-feira santa. Considera que
o nosso amável Redentor é chegado ao fim da sua vida. Ele fecha
os olhos, o seu belo rosto empalidece, o coração palpita
debilmente, e todo o sagrado corpo é lentamente invadido pela
morte. Ele diz: Pai, em vossas mãos encomendo o meu espírito.
É esta a última palavra que Jesus Cristo profere com
confiança filial e perfeita resignação com a vontade divina. Foi
como se dissesse: Meu Pai, não tenho vontade própria; não quero
nem viver nem morrer. Se é vossa vontade que eu continue a
padecer sobre esta cruz, eis me aqui, estou pronto para
obedecer; em vossas mãos entrego o meu espírito; fazei de mim
segundo a vossa vontade (Santo Afonso Maria de Ligçório).
Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“Morreu! Ó Deus! Quem
é que morreu? O Autor da vida, o Unigênito de Deus, o Senhor do
mundo” (Meditações).
Frei Pedro Sinzig ensina:
“Pouco vale começar uma
boa obra; vale tudo continuar e acabá-la bem. Feliz, se na hora
da morte puderes dizer com Jesus: ‘Tudo está consumado’”
(Meditações).
Tomás de Kempis escreve:
“Não
deverias, com razão, padecer males por amor de Jesus Cristo,
quando todos padecem males incomparavelmente maiores por amor do
mundo?” (Imitação de
Cristo).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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