No Evangelho de São João diz:
“Ali, então, por causa da Preparação
dos judeus e porque o sepulcro estava perto, eles depositaram
Jesus”
(Jo 19, 42).
Os discípulos carregam o corpo exânime;
inúmeros anjos do céu o acompanham; as santas mulheres o seguem
e juntamente com elas vai a Mãe aflitíssima, acompanhando o
Filho à sepultura. Chegados que foram ao lugar destinado, a
divina Mãe acomoda nele com suas próprias mãos o corpo
sacrossanto; e, com quanta vontade Maria se sepultaria ali viva
com seu Jesus! Quando depois levantaram a pedra para fechar o
sepulcro, afigura-se que os discípulos do Salvador se voltaram
para a Virgem com estas palavras: Eia, Senhora, deve-se fechar o
sepulcro... tende paciência, vede pela última vez o vosso Filho
e despedi-vos d’Ele (Santo Afonso Maria de Ligório).
Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“E assim, a Virgem
Maria, dando o último adeus ao Filho e ao sepulcro, volta para
sua casa, mas deixa o seu coração sepultado com Jesus”
(Meditações).
Frei Pedro Sinzig ensina:
“Maria toma o corpo de
seu Filho em seus braços. Ela vê de perto suas horríveis chagas.
Que dor para um coração de mãe! Mas nem lhe fica, ao menos, o
consolo de estar por mais tempo com seu Filho morto; tem de
acompanhá-lo ao sepulcro. Sua solidão é completa”
(Meditações).
O Pe. Luis de la Palma
escreve: “Maria, chegando
em casa, fora da vista de todos, rompeu-se a chorar, viu a mesa
que Jesus tinha ceado com seus discípulos, e nenhum deles estava
mais ali, somente João. Retirou-se para seu aposento, e ali
chorou e rezou, colocou o seu coração em Deus, e a alegre
esperança pelo novo dia”
(A Paixão do Senhor).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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