No Evangelho de São Lucas diz:
“Tu és o único forasteiro em Jerusalém
que ignora os fatos que nela acontecerem nestes dias?”
(Lc 24, 18).
Vendo a pouca fé dos discípulos, repreende-os
docemente e mostra-lhes meticulosamente como a Sagrada Escritura
anuncia os sofrimentos do Messias prometido e a glória de sua
ressurreição; e que por isso não deviam escandalizar-se vendo
morrer o Cristo, nem duvidar da Redenção de Israel; pois que
precisamente por seus tormentos remiria os homens. Quem não
admirará a ternura generosa de Jesus? Enquanto dissipa as trevas
de sua inteligência por sua palavra, acalenta com a graça e o
amor aqueles corações entristecidos e dispõe-nos a abraçar
prontamente sua doutrina (Pe. Luís Bronchain). Aquele que
ressuscitou com Jesus Cristo não pode ficar calado diante de
tanta indiferença, vazio e frieza dos corações; mas deve aquecer
esses corações com o “fogo” da verdade sobre a ressurreição do
Salvador. Não podemos prender a verdade
no nosso coração!
São João Paulo II escreve:
“Ó Cristo, que na Cruz
acolheste o nosso mundo humano, o mundo de ontem, de hoje e
amanhã: o velho mundo do pecado, faze que ele se torne novo na
Tua Ressurreição; faze que ele se torne novo mediante cada
coração humano visitado pelo poder da Redenção”
(Meditações e orações).
O Pe. Francisco Fernández Carvajal ensina:
“Nós também não
podemos ficar calados. A ignorância à nossa volta é muito
grande, como é grande também o erro e incontáveis os que andam
perdidos e desorientados por não conhecerem o Senhor”
(Falar com Deus, 2).
O Catecismo da Igreja Católica explica:
“A fé na
Ressurreição tem por objeto um acontecimento ao mesmo tempo
historicamente atestado pelos discípulos que encontraram
verdadeiramente o Ressuscitado e misteriosamente transcendente,
enquanto entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus”
(n.º 656).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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