Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Savonarola e o Carnaval

 

 

Conta-se que, em represália aos excessos do carnaval florentino, organizou Savonarola em 1496 uma procissão de 10.000 jovens, que desfilou pelas ruas principais da cidade cantando hinos religiosos de penitência. Chegando a uma praça, onde se erguera uma grande pirâmide de livros maus, recolhidos com antecedência, a um sinal dado, deitaram-lhes fogo. Ao mesmo tempo soavam as trombetas da “Signoria”, repicavam os sinos de São Marcos e a multidão prorrompia em aclamações. Encerrou-se a função com uma missa solene no meio da praça, onde foi erguido um grande Crucifixo.

Será que os Excelentíssimos senhores Bispos e os Reverendíssimos senhores padres fazem o mesmo hoje? Será que possuem essa coragem e convicção?

 

 

 

O Melhor Carnaval

 

 

Um oficial espanhol viu um dia São Pedro Claver com um grande saco às costas.

—  Padre, aonde vai com esse saco?

—  Vou fazer carnaval; pois não é tempo de folgança?

O oficial quer ver o que acontece: acompanha-o.

O Santo entra num hospital. Os doentes alvoroçam-se e fazem-lhe festa; muitos o rodeiam, porque o Santo, passando com eles uma hora alegre, lhes reparte presentes e regalos até esvaziar completamente o saco.

—  E agora? – pergunta o oficial?

—  Agora venha comigo; vamos à igreja rezar por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de ofender a Deus livremente por ser tempo de carnaval.

 

 

 

O Carnaval e os Santos

 

 

São Francisco de Sales dizia ser o carnaval o tempo de suas dores e aflições, e naqueles dias fazia o retiro espiritual para reparar as graves desordens e o procedimento licencioso de tantos cristãos.

 

São Vicente Ferrer dizia que o carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição.

 

O Servo de Deus, João de Foligno, dava ao carnaval o nome de vindima do diabo.

 

Santa Catarina de Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! que tempo diabólico!”

 

São Carlos Borromeu jamais podia compreender como cristãos tenham podido conservar este perniciosíssimo costume do paganismo.

 

 

 

Tempo de Pecado

 

 

Escreve Santa Faustina Kowalska: “Nestes dois últimos dias de carnaval conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos neste dia. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926).

 

 

 

Quem Pula Carnaval Ofende a Deus

 

 

Santa Margarida Maria de Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-se-me, após a Santa Comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: 'Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo agora?'”

 

 

 

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