Conta-nos
a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande
amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o
martírio falou: “Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que
jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono,
vais agora sozinho, para o martírio?” E o Papa respondeu:
“Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!” São
Lourenço era também responsável pela administração dos bens da
Igreja que sustentava muitos necessitados.
Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o
prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o
Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no
átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos... Todos
os que a Igreja socorria, e no fim do prazo – com bom humor – disse:
"Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser
encontrados em toda parte".
Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a
diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São
Lourenço que sofreu o martírio em 258, disse no auge do sofrimento
na grelha: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”.
Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma
veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois
de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da
antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso
mesmo o foi São Lourenço em Roma.
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