Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Carta 032

 

Anápolis, 26 de dezembro de 2024

 

Nicholas Cunha dos Santos

Anápolis-GO

Participante da palestra sobre o Santo Natal e catequese

 

Prezado Nicholas, somente em Deus encontramos a verdadeira segurança! A vida longe do Senhor é triste e amarga… Ele nos protege sempre: “Evita o mal e pratica o bem, e para sempre terás habitação; pois Deus ama o direito e jamais abandona seus fiéis” (Sl 37, 27-28).

 

É encantador saber que o nosso Deus é Onipotente!

Deus pode fazer tudo o que quer; para fazer uma coisa, basta que Ele a queira. Por isso Deus é Onipotente, isto é, Aquele que pode fazer tudo o que quer: “Ó Senhor e Criador meu, sois meu Senhor que tudo dominais no céu e na terra: tal é vosso domínio que todas as coisas criadas dependem de vossa infinita onipotência” (São Carlos de Sezze, Autobiografia VII, 30, Op. v. 2).

Deus não pode fazer o mal porque, sendo bondade infinita, não o pode querer, mas tolera-o para deixar livres as criaturas, sabendo depois tirar o bem ainda mesmo do mal: “Só não podemos dizer que o pecado e a maldade foram determinados e originados diretamente por Deus, porque semelhante afirmação seria pura e simplesmente incompatível com a essência divina. Digamos apenas que Deus permite a maldade” (Pe. Richard Gräf, O cristão e a dor).

Somente Deus pode tirar o bem do mal. Deus tira o bem do mal nas próprias criaturas. Por exemplo: uma pessoa qualquer, abusando da sua liberdade, faz-nos sofrer. Pois bem, se recebermos esse sofrimento com resignação, Deus encaminha-o em nosso proveito e mérito para o céu, e assim se converte num bem para nós o mal que outra pessoa nos faz. A crueldade dos carrascos criou os mártires: “Deus acha melhor do mal tirar um bem, do que impedir absolutamente o mal” (Santo Agostinho, Ench. 27), e: “Não se deve pensar que os maus estejam no mundo sem nenhuma razão, e que Deus nenhum bem saiba fazer com eles. Vivem, ou para se converter, ou para servir de provação aos bons” (Idem., In Psal. 54, 1).

Para o pecador Deus alcança um bem. Se o que praticou o mal o reconhece, se arrepende dele e pede perdão, Deus manifesta-lhe a sua bondade, a sua misericórdia, perdoando-lhe.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

Com respeito,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)