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			CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO – ANÁPOLIS 
			– GO 
			  
			
			Circular n° 04 –28 -10-2012 
			  
			
			Estimados (as) missionários (as) 
			colaboradores (as), deixemos a preguiça e o 
			comodismo de lado, porque só existe um caminho para o 
			céu... e esse caminho é apertado: 
			“Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida. 
			E poucos são os que o encontram” (Mt 7, 14). 
			  
			
			Lembrem-se de que o trabalho para a glória de Deus e 
			pelo bem das almas não se realiza numa “atmosfera” de
			oba-oba, comodismo, relaxamento, irresponsabilidade, sombra 
			e água fresca; mas sim, no sacrifício... 
			sacrifício generoso e perseverante: 
			“Aqui, na terra, tudo se realiza no 
			sacrifício” (Bem-aventurada Elisabete da Trindade). 
			
			Caríssimos (as), é preciso escancarar o coração para 
			o Deus que nos criou e que cuida de nós. Infeliz do (a) 
			missionário (a) colaborador (a) que trabalha para Deus com
			frouxidão e preguiça... 
			poupando-se e fugindo dos deveres: 
			“O cristão que se poupa, que 
			calcula para dar a Deus o mínimo indispensável, de modo a não lhe 
			ser traidor, que vive procurando antes fugir da cruz que carregá-la, 
			antes se defender que renunciar-se, antes salvar a própria vida que 
			sacrificá-la, não é discípulo de Cristo. Se não nos é dado 
			testemunhar nosso amor e nossa fé com o martírio do sangue, devemos, 
			todavia, testemunhá-los abraçando com generoso coração todos os 
			deveres que o seguimento de Cristo impõe, sem recuar perante o 
			sacrifício” (Pe. 
			Gabriel de Santa Maria Madalena). 
			
			Não podemos viver 
			adormecidos nas planícies desse mundo caduco e vaidoso; mas 
			sim, devemos carregar com generosidade as cruzes de 
			cada dia, pequenas e grandes, somente assim seremos discípulos do 
			Senhor que morreu na cruz para nos salvar. 
			
			Milhões de católicos são 
			escravos do demônio, do mundo e da 
			carne... são pessoas batizadas e crismadas... conheceram 
			o caminho da luz, mas preferiram seguir as trevas. O que esses 
			infelizes dirão a Deus na hora da morte? Por que trocaram a luz 
			pelas trevas? Porque não tiveram coragem de entrar pela 
			porta estreita e pelo caminho apertado 
			(Mt 7, 13-14). 
			
			Prezados, sabemos que 
			Jesus Cristo é o Deus do amor... do amor exigente, e 
			não do amor meloso e açucarado... 
			melífluo. 
			
			Milhões de católicos, 
			principalmente no Brasil, tapam os ouvidos e saem em disparada ao 
			ouvirem essas palavras de Jesus Cristo: 
			“Se alguém quiser vir 
			após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me”
			(Lc 9, 23). 
			
			Nosso Senhor diz: 
			“Se alguém quiser 
			vir após mim”. 
			Não diz A MIM, mas APÓS MIM. Está claro 
			que Ele quer que andemos com Ele. É preciso, pois, que caminhemos 
			pelo mesmo caminho de ESPINHOS e SOFRIMENTOS 
			pelo qual Ele passou. Jesus Cristo segue adiante e não para senão no 
			Calvário, onde derramou o seu Sangue para nos salvar. Portanto, se O 
			amamos devemos segui-Lo até o fim... até o último suspiro. E por 
			isso é preciso que cada um negue-se a si mesmo, ou seja, aquilo que 
			o amor próprio lhe pede mas que não é do agrado de Jesus Cristo. 
			
			Diz também: 
			“Tome a sua cruz cada dia 
			e siga-me!” 
			
			TOME 
			a sua cruz: 
			pouco ajuda levar a cruz à força. Todos os pecadores carregam-na, 
			mas sem merecimentos. Para carregá-la com merecimento é preciso 
			abraçá-la voluntariamente. 
			
			CRUZ: 
			Jesus usa a palavra cruz para indicar todo o sofrimento, para que o 
			pensamento de sua morte por nosso amor, na cruz, a torne suave. 
			
			SUA: 
			alguns, quando recebem alguma consolação espiritual, se dispõem 
			abraçar o sofrimento dos mártires, mas depois não podem suportar uma 
			dor de cabeça, uma falta de atenção de um amigo e a doença de um 
			parente... Deus quer que soframos com paciência a dor, o desprezo e 
			a doença. 
			
			CADA DIA: 
			alguns abraçam a cruz no começo, quando ela vem. Se a mesma 
			continua, dizem: Agora não posso mais. Deus, no entanto, quer 
			que continuemos a levá-la com paciência até a morte, mesmo que seja 
			contínua. A salvação e a perfeição estão no cumprimento destas três 
			palavras: negue-se a si mesmo (neguemos ao amor 
			próprio); tome: abracemos a cruz que Deus nos 
			manda; siga-me: sigamos as pegadas de Jesus até a 
			morte. 
			
			Precisamos convencer-nos 
			de que Deus nos mantém no mundo para que abracemos as cruzes que Ele 
			nos envia. E aí está o merecimento de nossa vida. Por isso nosso 
			Salvador – que nos ama – veio a esta terra não para buscar prazer, 
			mas para sofrer... para que sigamos seus passos: 
			“Sim, fostes chamados 
			para isso, já que também Cristo sofreu por vós e vos deixou o 
			exemplo para que lhe sigais as pegadas”
			(1 Pd 2, 21). Olhemos como Ele caminha à nossa 
			frente com sua cruz, abrindo caminho, através do qual também nós 
			devemos segui-Lo, se quisermos salvar-nos. É um grande remédio dizer 
			a Jesus em toda aflição: Senhor, quereis que eu padeça toda 
			essa cruz? Eu aceito-a e quero padecê-la de acordo com a vossa 
			vontade. 
			
			São muitos os que gostam 
			de ouvir falar de oração e de paz; poucos, porém, de cruz e de 
			sofrimento. Amam o Senhor desde que sopre o vento da doçura 
			espiritual. Mas se ele cessar e vier alguma adversidade ou 
			desolação, onde o Senhor se esconde para experimentá-los, 
			privando-os das consolações costumeiras, eles deixam a oração, a 
			comunhão, as mortificações e se deixam levar pela tristeza e pelo 
			tédio, buscando os prazeres do mundo. Estas almas, porém, amam mais 
			a si mesmas do que a Jesus Cristo. Por outro lado, aquelas que o 
			amam com amor desinteressado de consolações, com amor puro, só 
			porque é digno de ser amado, não deixam os exercícios habituais de 
			devoção por causa de alguma aridez e tédio que aí sentem, 
			contentando-se em agradar a Deus. E oferecendo-se para sofrer alguma 
			desolação até a morte e em toda a eternidade, se Deus assim o 
			quisesse. São Francisco de Sales diz: 
			“Jesus Cristo é amável tanto na 
			consolação como na desolação. As almas enamoradas de Deus encontram 
			sua consolação e doçura no sofrimento”. 
			
			Jesus Cristo merece tudo 
			isto de nós e muito mais; Ele que escolheu uma vida de sofrimento e 
			uma morte dolorosa por nosso amor, sem conforto algum. Com 
			isto nos fez entender que, se quisermos amá-Lo, deve ser como Ele 
			nos amou. Como é cara a Jesus uma alma que sofre e O ama! Dom 
			divino, dom de todos os dons: amar sofrendo e sofrer amando 
			(cfr. Santo Afonso Maria de Ligório, 
			Uma estrada de salvação). 
			
			Sejam missionários 
			(as) colaboradores (as) diligentes, fervorosos, zelosos e cheios de 
			amor pelas almas espirituais e imortais; não se poupem nem 
			se cansem de realizar o bem, porque a vida é curta e o tempo de 
			entesourar tesouros no céu é agora. Não deixem a preguiça, o 
			comodismo, a timidez e a covardia aninharem em seus 
			corações. No dia do nosso Julgamento, Deus não vai cobrar se 
			convertemos o mundo inteiro; mas sim, se fizemos bem a nossa 
			parte... se doamos tudo o que estava ao nosso alcance. 
			
			Infeliz de quem vive de 
			braços cruzados... infeliz de quem joga a vida fora... infeliz de 
			quem finge trabalhar para Deus... infeliz de quem vive com as mãos 
			vazias. Esses irão para o Inferno Eterno, porque para se salvar não 
			bastam a FÉ e o BATISMO: 
			“Quem, sendo muito embora membro da Igreja Católica, não pusesse em 
			prática os seus ensinamentos, este seria membro morto, e, portanto, 
			não se salvaria, porque para a salvação de um adulto requerem-se não 
			só o Batismo e a fé, mas também as obras conformes à fé”
			(São Pio X). 
			
			Trabalhem para a glória de Deus enquanto é tempo, 
			porque chegará um dia em que não poderão mais fazê-lo. 
			
			Sejam “árvores verdes” que não temem a
			“seca” nem dias “ensolarados”... vivam 
			na presença de Deus e esperem somente n’Ele: 
			“Bendito o homem que confia no Senhor, cuja 
			esperança é o Senhor; é como a árvore plantada junto às águas, que 
			estende as raízes em busca de umidade, por isso não teme a chegada 
			do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de 
			seca e nunca deixa de dar frutos” (Jr 17, 7-8). 
			
			Eu vos abençôo e vos 
			guardo no Imaculado Coração da Virgem Maria. 
			
			Atenciosamente, 
			  
			
			Pe. Divino Antônio Lopes 
			FP. 
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