CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO
– ANÁPOLIS – GO
Circular n° 03 – 05-12-2011
Caríssimos (as), agradeço-lhes imensamente
pela participação no Santo Retiro realizado no Patronato
Madre Mazzarello – Anápolis – GO, nos dias 03 e 04 de
dezembro, com a chegada no dia 02 às 18:00 h. Foram dois
dias de silêncio e oração, em que meditamos sobre os temas:
O Juízo Final e a Gruta de Belém.
Participaram pessoas de Taguatinga
(DF), Cidade Estrutural (DF), Brasília (DF),
Park Way – Brasília (DF), Planaltina
(DF), Uberaba (MG), Santana da Ponte Pensa (SP), Jaraguá
(GO), Pirenópolis (GO), Goiânia (GO), Anápolis (GO),
Abadiânia (GO), Jesúpolis (GO), Nerópolis (GO) e da
Vila Peri – Município de Itaguaru (GO).
Confiante no Deus Infinito que nos chama à
santidade, já os (as) convido para participarem do
próximo Santo Retiro que será nos dias 18, 19, 20 e 21 de
fevereiro de 2012, com chegada no dia 17 às 18:00 h., dias
que antecedem a Quaresma, nesse mesmo local, tendo como
temas: Os pecados contra o Espírito Santo; Os pecados
que bradam o Céu; Os anjos; A tentação; O silêncio interior
e exterior; A oração; O valor do sacrifício; O respeito
humano e O número dos pecados.
Prezados (as), lembrem-se com frequência de
que estamos nesse mundo de passagem, somos peregrinos nessa
terra e não viveremos aqui para sempre:
“Porque não temos aqui cidade
permanente, mas estamos à procura da cidade que está para
vir” (Hb 13, 14), e:
“Só temos uma vida e não ficaremos
para sempre neste mundo. Vamos
de viagem, e louco é o que procura
aqui morada e lugar de repouso”
(Bem-aventurado Eduardo Poppe, Carta aos sacerdotes).
Desejosos da Vida Eterna, aproveitemos o tempo que Deus nos
dá para fazermos o bem para as almas imortais… façamos o bem
enquanto é tempo, porque chegará um dia em que não poderemos
mais fazê-lo: “Passam rapidamente
os dias de salvação, e ninguém reflete que esses dias
desaparecem e jamais voltam” (São Bernardo
de Claraval).
Não nos acomodemos na “poltronice” e
na preguiça como acontece com milhões de católicos
batizados e crismados, que vivem de
braços cruzados e adormecidos nas garras do demônio; mas,
como seguidores fiéis de Nosso Senhor, trabalhemos com
dedicação, coragem e fé para a
glória de Deus e pelo bem das almas, sendo missionários
fervorosos e convictos:
“Nenhum crente (quem crê),
nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever
supremo: anunciar Cristo a todos os povos”
(Bem-aventurado João Paulo II, Carta Encíclica “Redemptoris
Missio”, 3).
O que encontramos hoje dentro da Santa Igreja
Católica Apostólica Romana? Um amontoado com milhões de
católicos crismados que deixaram de ser soldados de Cristo
Jesus para serem soldados do mundo, do demônio e da carne.
Esses infelizes caminham apressadamente para o Inferno
Eterno, porque Deus não os santificará nem os salvará se não
cooperarem:
“Deus respeita de tal modo a nossa liberdade
que, tendo nos criado sem nós, não nos santifica nem nos
salva sem a nossa livre cooperação. Eis porque São Paulo nos
exorta tão amiúde a não receber a graça de Deus em vão (cfr
2 Cor 6, 1), mas, antes, a aproveitá-la cooperando
generosamente com ela” (Adolfo Tanquerey,
Formação apostólica).
Todos os católicos
são chamados a serem missionários. A serem luz dentro de
casa, no trabalho, na escola, na rua, nas fazendas, no
lazer… principalmente onde as trevas estão reinando:
“Os fiéis leigos, precisamente por serem
membros da Igreja, têm por vocação e por missão anunciar o
Evangelho: para essa obra foram habilitados e nela
empenhados pelos sacramentos da iniciação cristã e pelos
dons do Espírito Santo”
(Bem-aventurado João Paulo II, Exortação Apostólica
“Christifideles Laici”, 33), e:
“Evangelizar é a graça e a vocação
própria da Igreja, a sua identidade mais profunda”
(Paulo VI, Exortação Apostólica “Evangelii nuntiandi,
14).
São Paulo Apóstolo diz:
“… ai de mim se não
anunciar o Evangelho!” (1 Cor 9, 16).
Com estas palavras de São Paulo, a Igreja Católica recordou
com freqüência aos fiéis o chamamento que o Senhor lhes faz
ao apostolado, em virtude do Batismo e da Crisma.
O Concílio Vaticano II ensina:
“Este apostolado, contudo, não
consiste apenas no testemunho da vida; o verdadeiro apóstolo
busca ocasiões de anunciar Cristo por palavra, quer aos não
crentes para os levar à fé, quer aos fiéis, para os
instruir, confirmar e animar a uma vida fervorosa; ‘com
efeito, o amor de Cristo estimula-nos’ (2 Cor 5, 14); e
devem encontrar eco no coração de todos aquelas palavras do
Apóstolo: ‘… ai de mim se não anunciar o Evangelho’ (1 Cor
9, 16)” (Apostolicam actuositatem, 6).
Nenhum católico pode se desculpar dizendo que
não foi chamado para ser missionário. São João Crisóstomo
derruba por terra essa desculpa dizendo:
“Nada há mais frio do
que um cristão que não se preocupa com a salvação dos outros
(…). Não digas: não posso ajudar os outros, pois se és
cristão de verdade é impossível que não possas fazer. As
propriedades das coisas naturais não se podem negar: o mesmo
sucede com isto que afirmamos, pois está na natureza do
cristão agir desta forma. Não ofendas a Deus com uma
falsidade. Se disseres que o sol não pode luzir, fazes uma
ofensa a Deus e O faz mentiroso. É mais fácil o sol não
luzir nem aquecer do que um cristão deixar de ser luz; mais
fácil do que isto, seria que a luz fosse trevas. Não digas
que é uma coisa impossível; o impossível é o contrário (…).
Se ordenamos bem a nossa conduta, tudo o resto se seguirá
como consequência natural. Não pode ocultar-se a luz dos
cristãos, não pode ocultar-se uma lâmpada tão brilhante”
(Hom. sobre Act. 20).
Caríssimos (as), sejam missionários (as)
fervorosos (as) e incansáveis, não deixem o comodismo
e o medo aninharem sem seus corações… não
permitam que as trevas sufoquem a luz… não deixem o mal
triunfar; mas trabalhem com coragem, confiantes em Nosso
Senhor: “Não tenhais medo! Abri,
ou antes, escancarai as portas a Cristo!”
(Bem-aventurado João Paulo II, Exortação Apostólica
“Christifideles Laici”, 34).
Não se pode participar de um Santo Retiro e
permanecer de braços cruzados. É preciso descruzar os
braços e ajudar as pessoas que vivem desorientadas a
reencontrarem o caminho verdadeiro… o caminho que conduz ao
céu. Não se pode calar vendo milhares de pessoas vivendo nas
trevas longe do Criador:
“Não podemos ficar calados. A ignorância à
nossa volta é muito grande, como é grande também o erro e
incontáveis os que andam perdidos e desorientados por não
conhecerem o Senhor. Devemos comunicar a todas as pessoas do
nosso meio a fé e a doutrina que recebermos”
(Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus).
O católico tem o
dever de ser luz… luz que não somente ocupe espaço, mas que
ilumina… luz que fica sobre a mesa e não sob a mesma… luz
que clareia todo o ambiente:
“Vós sois a luz do
mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um
monte. Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do
alqueire, mas no candelabro, e assim ela brilha para todos
os que estão na casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz
diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras,
eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus”
(Mt 5, 14-16).
Prezados (as),
Nosso Senhor não contenta somente com folhas, mas quer que
produzamos frutos, belos frutos e frutos
saborosos.
São Camilo de
Lellis, ao aproximar-se de alguma sepultura, fazia estas
reflexões: Se estes mortos voltassem ao mundo, que não
fariam pela vida eterna? E eu, que disponho de tempo, que
faço eu por minha alma? Este Santo pensava assim por
humildade; mas tu, querido (a) irmão (ã), talvez com razão
receies ser considerado aquela figueira sem fruto da qual
disse o Senhor:
“Três anos já que venho a
buscar frutas a esta figueira, e não os achei”
(Lc 13, 7).
Tu, que há mais de três anos estás neste
mundo, quais os frutos que tens produzido?
“Considera que o Senhor não procura
somente flores, mas quer frutos; isto é, não se contenta com
bons propósitos e desejos, mas exige a prática de obras
santas” (São Bernardo de Claraval).
É preciso, pois, que saibas aproveitar o tempo que Deus, em
sua misericórdia, te concede, e não esperes para praticar o
bem quando já for tarde, no instante solene quando ouvirá o
chamado: Vamos, chegou o momento de deixar este mundo.
Depressa! O que está feito está feito.
Todos têm que produzirem bons frutos, também
os jovens:
“Dirá talvez alguém: ‘Sou ainda moço; mais tarde me
converterei a Deus’. Sabe — respondo — que o Senhor
amaldiçoou aquela figueira que achou sem frutos, posto que
não fosse estação própria, como observa o Evangelho (Mc 11,
13). Com este fato quis Jesus Cristo dar-nos a entender que
o homem, em todo tempo, sem excetuar a mocidade, deve
produzir frutos de boas obras, senão será amaldiçoado e
nunca mais dará frutos no futuro. Nunca jamais coma alguém
fruto de ti (Mc 11, 14). Assim falou o Redentor àquela
árvore, e do mesmo modo amaldiçoa a quem ele chama e lhe
resiste… Circunstância digna de admiração!”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a morte, Consideração XI, Ponto III).
Caríssimos (as), iluminemos a todos com o
nosso bom exemplo e produzamos bons frutos… mesmo que todos
escancarem a boca contra nós. Sejamos corajosos e
enfrentemos os ambientes que são contrários à Palavra de
Deus: “…
devemos contar com as incompreensões que são sinais certos
de predileção divina e de que seguimos os passos do Senhor,
pois não é o discípulo mais do que o Mestre… Não devemos
estranhar que em muitas ocasiões tenhamos que remar contra a
corrente num mundo que parece afastar-se cada vez mais de
Deus, que tem como fim o bem-estar material… num mundo que
alguns querem construir completamente de costas para Deus”
(Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus).
Não tenham medo de
trabalhar para a glória de Deus… não chorem diante dos
desprezos e zombarias… não se desanimem quando “choverem”
críticas e ameaças por parte dos “morcegos” da noite,
isto é, dos mundanos… mas perseverem no trabalho pensando no
prêmio que receberão na hora da morte:
“Muito bem, servo
bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te
colocarei. Vem alegrar-te com o teu senhor!”
(Mt 25, 21).
Infeliz do
católico preguiçoso, acomodado e
relaxado quando comparecer diante de Deus com as
mãos vazias; esse ouvirá da boca de Nosso Senhor as
terríveis palavras:
“Não vos conheço!”
(Mt 25, 12),
e:
“Quanto ao servo inútil, lançai-o fora nas trevas. Ali
haverá choro e ranger de dentes”
(Mt 25, 30).
Sejamos
sábios e prudentes! Não deixemos para
depois, mas entesouremos no céu agora enquanto há tempo…
depois que o nosso coração deixar de pulsar cessará o tempo:
“Se
puderdes fazer algum bem não deixes para mais tarde”
(São Policarpo, Carta aos Filipenses).
O que dirá a Deus
na hora do Juízo aquele católico que passou vinte,
quarenta, sessenta, oitenta anos… de braços
cruzados? Que usou o tempo para viagens vazias,
botecos, carnaval, bailes, prostituição, bebedeiras,
imoralidades… e não reservou um dia sequer para
trabalhar para a glória de Deus? Que amava mais as festas
barulhentas do que a Deus? Que mergulhava nas preocupações
terrenas se esquecendo do céu? Que prejudicou a saúde com
noitadas e vícios se esquecendo da salvação de sua alma?
“Esse católico desejará no dia do Juízo voltar à terra para
realizar num dia tudo o que deixou de realizar em oitenta
anos”
(Pe. Alexandrino Monteiro).
Prezados (as), para
a glória de Deus e o bem das almas,
conto com a presença de vocês nos
Santos Retiros em 2012 *.
Peço orações para
o Santo Padre Bento XVI que está sendo perseguido pelos
inimigos de fora e de dentro da Santa Igreja; são lobos
uivando furiosamente de todos os lados:
“Meus queridos
amigos – neste momento, só posso dizer: orai por mim, que eu
possa aprender a amar o Senhor mais e mais. Orai por mim,
para que eu possa aprender a amar Seu rebanho mais e mais –
em outras palavras, a Santa Igreja, cada um de vós e todos
vós juntos. Orai por mim, para que eu possa não fugir com
medo dos lobos”
(Bento XVI).
Eu vos abençôo e vos guardo no Coração da
Serva do Senhor: “Eis a serva do
Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra”
(Lc 1, 38).
Com respeito, gratidão e afeto,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
*Obs:
Datas dos Santos Retiros em 2012
Fevereiro: dias
17, 18, 19, 20 e 21
Abril: dias 27,
28 e 29
Junho / Julho:
dias 29, 30 e 01
Setembro: 28, 29
e 30
Novembro / Dezembro:
dias 30, 1 e 2
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