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					Local: Patronato Madre Mazzarelo, rua 11, 
					n.° 380, Vila Góis 
					
					Cidade: Anápolis – GO 
					
					Data: 17, 18, 19, 20 e 21 de fevereiro de 
					2012 
					
                  Número de participantes: 44 pessoas (Cidade Estrutural 
					- DF, Taguatinga - DF, Lago 
					Sul - Brasília - DF, Park Way – Brasília -  DF, Gama - DF, 
					Jaraguá - GO, Pirenópolis - GO, Goiânia - GO, Anápolis - GO, Cocalzinho 
					- GO, e Valparaiso - GO) 
					
					Pregador: Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
					
					Temas: O silêncio interno e externo, O 
					valor do sacrifício, O respeito humano, Os pecados contra o 
					Espírito Santo, Os pecados que bradam o céu, A tentação, A 
					oração, O número dos pecados e Os anjos 
					
					  
					  
					
					PRIMEIRA PALESTRA 
					  
					
					O SILÊNCIO INTERNO E EXTERNO 
					  
					
					A solidão só é verdadeira se for banhada por 
					uma atmosfera de silêncio. De fato, o barulho distrai a alma 
					do recolhimento interior; andar ou fechar as portas com 
					ruído, conversar em voz alta atrapalha o próximo na sua vida 
					de oração, leitura espiritual, estudo… e o irrita, quando o 
					mesmo ama o silêncio. 
					
					Mais ainda; o ruído exterior e as conversas 
					inúteis distraem a alma fazendo perder o recolhimento. 
					
					Aquele que não sabe fazer silêncio não possui 
					vida interior. Uma alma que se expande muito em palavras não 
					pode escutar em si a voz interior de Nosso Senhor Jesus 
					Cristo 
					
					O silêncio dos lábios seria de pouca 
					utilidade se não viesse acrescentar-se o silêncio do 
					coração. 
					
					São Gregório Magno escreve: 
					“Para que serve a solidão material se não houver a solidão 
					da alma?” 
					
					Pode-se viver num 
					deserto e não ser recolhido; porque deixa-se a imaginação 
					vaguear através do imenso campo das lembranças e coisas 
					insignificantes, sonha-se com futilidades e abre-se o 
					espírito a pensamentos vãos. É triste ver com que facilidade 
					desperdiçamos muitas vezes os nossos pensamentos. Pode 
					ganhar-se o céu, pode-se perdê-lo por um pensamento. 
					
					A alma sem método, 
					leviana, voluntária e habitualmente distraída pela agitação 
					desordenada de pensamentos estéreis não pode ouvir a voz de 
					Deus. Feliz, porém, da alma que vive no silêncio interior, 
					fruto da calma da imaginação, da expulsão das vãs 
					solicitudes e dos cuidados irrefletidos, do sossego das 
					paixões, da firmeza na virtude sólida, da concentração das 
					faculdades na busca constante do único Bem! Feliz desta 
					alma! Deus falar-lhe-á constantemente; o Espírito Santo 
					deixá-la-á ouvir as palavras de vida que não impressionam os 
					ouvidos do corpo, mas que a alma atenta recolhe com alegria 
					em si mesma para delas fazer o alimento da sua vida. 
					
					Nossa Senhora 
					vivia no recolhimento interior: 
					“Maria, contudo, 
					conservava cuidadosamente todos esses acontecimentos e os 
					meditava em seu coração” 
					(Lc 2, 19). 
					
					A Virgem Maria não 
					se perdia em palavras; cheia de graça e das luzes do alto, 
					toda inundada dos dons do Espírito Santo, ficava silenciosa, 
					em adoração a seu Filho; vivia na contemplação do mistério 
					inefável que nela e por ela se cumpria, e do santuário de 
					seu coração imaculado ininterruptamente subia para Deus um 
					hino de louvor e de ação de graças. As casas dos católicos 
					deveriam ser como a casa da Sagrada Família em Nazaré. 
					
					Não basta guardar 
					o silêncio exterior, afastar do espírito e do coração os 
					pensamentos vãos e estéreis; é preciso ainda preencher esta 
					solidão interior com reflexões que ajudam a alma a subir 
					para Deus. 
					
					Jesus Cristo é o 
					Deus silencioso. Ele passou trinta anos no retiro e na 
					obscuridade da casa de Nazaré, para gastar apenas três anos 
					na vida pública. 
					
					Jesus nos ensina 
					com este seu exemplo a amar o silêncio, o recolhimento e a 
					solidão. É impossível imaginarmos o Filho de Deus falando 
					com excesso em qualquer sentido. 
					
					Jesus Cristo 
					aprecia certamente nosso trabalho… Espera nossa penitência… 
					Ama nossa oração. Mas julga nosso amor pelo modo com que O 
					escutamos. 
					
					Deus ama o 
					silêncio. Foi no silêncio que Ele se encarnou, foi no 
					silêncio que Ele nasceu, - longe da cidade, longe do ruído, 
					em plena noite -. E quando chegou a hora da pregação, 
					inaugurou-a por quarenta dias de retiro no deserto. Seu 
					ministério foi entrecortado por numerosas paradas noturnas e 
					silenciosas. Durante a Paixão, em lugar de se defender, 
					calou-se, e na Hóstia, Ele é o grande silencioso. 
					
					  
					
					  
					
					SEGUNDA PALESTRA 
					  
					
					O VALOR DO SACRIFÍCIO 
					  
					
					Em Mt 7, 13-14 diz: 
					“Entrai pela porta estreita, porque 
					largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos 
					são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e 
					apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o 
					encontram”. 
					
					Milhões de 
					católicos estão tentando fabricar um catolicismo sem cruz, 
					sem sacrifício, longe da porta estreita e do caminho 
					apertado. 
					
					O Papa Paulo VI 
					escreve: 
					“O que seria de um Evangelho, de um 
					cristianismo sem Cruz, sem dor e sem o sacrifício da dor? 
					Seria um Evangelho, um cristianismo sem Redenção, sem 
					Salvação…” 
					
					Um cristianismo do 
					qual se pretendesse arrancar a cruz da mortificação 
					voluntária e da penitência, sob o pretexto de que essas 
					práticas seriam hoje “resíduos obscurantistas”,
					“medievalismos” impróprios de uma época 
					humanista, esse cristianismo desvirtuado, de cristianismo 
					teria apenas o nome; não conservaria a doutrina do Evangelho 
					nem serviria para dirigir os passos dos homens em seguimento 
					de Cristo. 
					
					A cultura do 
					prazer, no entanto, instaurou-se de forma sólida em 
					praticamente todas as faixas sociais e etárias… levando o 
					homem a virar as costas para o definitivo: a salvação 
					eterna. 
					
					Como já foi citado 
					em Mt 7, 14: 
					“Como é estreita a porta e apertado o caminho 
					que leva à vida, e quão poucos são os que entram por ele!” 
					Está claro que Jesus Cristo não fez promessas fáceis, como 
					as de um político em véspera de eleição, ou de um pastor 
					protestante com voz exaltada numa rádio prometendo cura, 
					dinheiro, saúde… e nem menciona a Vida Eterna… Não se trata 
					de buscar a salvação eterna, mas sim, a salvação terrena. 
					
					São milhões as 
					pessoas que, movidas pela vaidade ou pela superficialidade, 
					são capazes de submeter o corpo a quaisquer tipos de 
					renúncias para assegurar um padrão de beleza: jejuns 
					alimentares para emagrecer; penosas operações plásticas para 
					melhorar o visual; perfuração de partes do corpo (nariz, 
					pálpebras, orelhas, língua…) para introduzir piercings; 
					trabalhosos processos de tatuagens… E isso, sem falar das 
					academias, onde algumas pessoas exigem do corpo exercícios 
					até à exaustão para modelar os músculos e exibi-los nas 
					praias ou festinhas… Para o corpo oferecem com alegria; mas 
					para Deus dizem ser exagero. É como se Deus merecesse menos 
					que o nosso corpo. 
					
					Cristo Jesus é o 
					nosso modelo. Não podemos esquecer que seguir Cristo Jesus é 
					segui-Lo também na sua cruz: 
					“Se alguém quiser 
					vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz de cada 
					dia e siga-me” 
					(Lc 9, 23). 
					
					A paixão de Nosso 
					Senhor durou todo o tempo da sua vida. 
					
					No mesmo instante 
					em que foi criada a alma de Jesus e unida com seu pequenino 
					corpo no seio da Virgem Maria, o Pai Eterno manifestou a seu 
					Filho a sua vontade que morresse para a redenção do mundo. 
					No mesmo tempo pôs-Lhe diante dos olhos a vista triste de 
					todos os sofrimentos que deveria sofrer até a morte para 
					remir o gênero humano. Mostrou-Lhe todos os trabalhos, 
					desprezos e pobreza que deveria suportar em toda a sua vida, 
					tanto em Belém como no Egito e em Nazaré. Mostrou-Lhe, em 
					seguida, todas as dores e ignomínias de sua paixão: os 
					açoites, os espinhos, os cravos e a cruz; todos os 
					desgostos, tristezas, agonias e abandono em que havia de 
					terminar a sua vida no Calvário. 
					
					Toda a vida, 
					portanto, e todos os anos do redentor foram vida e anos de 
					dores e de lágrimas. O seu divino Coração não teve um 
					instante livre de padecimento. Quer vigiasse, quer dormisse, 
					sempre tinha diante dos olhos aquela triste representação 
					que Lhe atormentou mais a santíssima alma do que os santos 
					mártires foram atormentados por todos os seus suplícios. 
					
					Para entrar na 
					Vida Eterna é preciso seguir os passos do nosso Mestre. 
					
					Por que 
					mortificar-se? 
					
					1. 
					Para evitar o inferno. 
					
					Em 1 Cor 9, 25-27 
					diz: 
					“Os atletas se abstêm de tudo; eles, para 
					ganhar uma coroa perecível; nós, porém, para ganhar uma 
					coroa imperecível. Quanto a mim, é assim que corro, não ao 
					incerto; é assim que pratico o pugilato, mas não como quem 
					fere o ar. Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à 
					servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a 
					mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado”. 
					
					2. 
					Para evitar o Purgatório. 
					
					Em Ap 21, 27 diz:
					
					“Nela jamais entrará algo de imundo…” 
					
					3. Para merecer 
					um bom lugar no Paraíso. 
					
					Em Rm 8, 18 diz:
					
					“Penso, com efeito, que os sofrimentos do tempo presente não 
					têm proporção com a glória que deverá revelar-se em nós”. 
					
					4. 
					Para manifestar o nosso amor a Cristo. 
					
					Em Ef 5, 2 diz:
					“E 
					andai em amor, assim como Cristo também nos amou e se 
					entregou por nós a Deus, como oferta e sacrifício de odor 
					suave”. 
					
					5. 
					Para ajudar o próximo a alcançar a salvação 
					eterna. 
					
					Em 1 Cor 10, 33 
					diz: 
					“Assim como eu mesmo me esforço por agradar a 
					todos em todas as coisas, não procurando os meus interesses 
					pessoais, mas os do maior número, a fim de que sejam salvos”. 
					
					6. 
					Para viver na verdadeira paz também neste 
					mundo. 
					
					Em Is 48, 22 diz:
					
					“Mas para os maus não há paz, diz o Senhor”. 
					
					Há dois caminhos, 
					duas atitudes na vida: buscar o mais cômodo e agradável, 
					satisfazer o corpo e fugir do sacrifício e da penitência, ou 
					buscar a vontade de Deus ainda que custe, ter os sentidos 
					resguardados e o corpo sob controle. Só o último desses 
					caminhos conduz ao Céu; o outro, a uma vida afastada de 
					Deus, sem graça e sem elegância, desperdiçada já agora e sem 
					esperança quanto à vida que há de vir…, e são muitos os que 
					andam por ele. 
					
					Temos que 
					perguntar-nos com frequência para onde vamos e por qual 
					caminho… 
					
					Devemos trilhar o 
					caminho do sacrifício. Jesus Cristo espera que saibamos 
					vencer a resistência que encontramos em nós, sabendo seguir 
					as suas pegadas na terra, que não ficaram impressas só em 
					areias suaves, em tapetes adamascados e sobre pétalas de 
					flores, mas sobre a terra áspera, sobre as pedras 
					pontiagudas e sobre o terreno resvaladiço que são a via que 
					conduz ao céu. 
					
					Só existe um 
					caminho para o céu: 
					o sacrifício … a 
					cruz… a dor:
					“Se 
					houvesse algum caminho que não o da cruz e da dor para nos 
					conduzir a Deus, Cristo tê-lo-ia indicado, Ele que veio à 
					terra para nos ensinar o caminho do céu” 
					(Pe. Richard Gräf). 
					  
					  
					
					TERCEIRA PALESTRA 
					  
					
					O RESPEITO HUMANO 
					  
					
					Em Mt 10, 33 diz: 
					“Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o 
					renegarei diante de meu Pai que está nos Céus”. 
					
					  
					
					Com estas palavras Jesus está a ensinar-nos 
					que a confissão pública da fé n’Ele – com todas as suas 
					consequências – é condição  indispensável para a salvação 
					eterna. Cristo receberá no Céu, depois do Juízo, os que 
					deram testemunho da sua fé, e condenará os que covardemente 
					se envergonharam d’Ele (cfr. Mt 7, 23; 25, 41; Ap 21, 8). 
					Sob o nome de confessores a Igreja honra os santos que, sem 
					terem sofrido o martírio de sangue, com a sua vida deram 
					testemunho da fé católica. Embora todo o cristão deva estar 
					disposto para o martírio, a vocação cristã ordinária é a de 
					ser confessores da fé. 
					
					É preciso viver e pregar a verdade sem 
					respeito humano. Se Jesus Cristo foi perseguido por 
					proclamar a verdade sem respeito humano, conosco não será 
					diferente: 
					“Desde o princípio, Jesus teve de enfrentar uma onda de 
					maledicências e desprezos, nascidos de egoísmos covardes, 
					porque proclamava a verdade sem respeito humano. Essa onda 
					iria aumentando com o decorrer dos anos, até desembocar na 
					torrente de calúnias e na perseguição aberta que lhe 
					causaram a morte” 
					(Pe. Francisco 
					Fernández Carvajal). 
					
					Jesus Cristo pede 
					que seus discípulos trabalhem sem respeito humano, 
					enfrentando todos os ambientes, mesmo que seja preciso 
					entrar em choque com aqueles que levam uma vida de 
					“poltronice” vivendo longe da verdade e mergulhados na 
					mentira. 
					
					Aquele que para 
					não entrar em choque com os relaxados e mundanos, cobre o 
					rosto com a máscara do respeito humano, é 
					merecedor dessas palavras ditas por Jesus Cristo: 
					“Aquele, 
					porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei 
					diante de meu Pai que está nos Céus” 
					(Mt 10, 33). Para ser discípulo autêntico de Nosso Senhor é 
					preciso pregar a verdade sem respeito humano… 
					pregá-la em qualquer ambiente. 
					
					“Que dirão os homens?” 
					– Eis o fantasma que intimida milhões de católicos e os 
					afastam da igreja, da frequência dos sacramentos e do 
					exercício da virtude. Abandonam o caminho da santidade por
					respeito humano. 
					
					“Que dirão de 
					mim os meus companheiros?” 
					– Aqui está um 
					laço com que o demônio prende a muitos jovens, impedindo-os 
					de caminharem livremente na virtude, com perigo de sua 
					salvação. 
					
					Deixar de fazer o 
					bem por temor de um “que dirão os homens?”, é 
					declarar-se covarde, é ser vencido antes de entrar em campo 
					com o inimigo. E, contudo, quantos não se rendem a este 
					tirano que mais existe na fantasia que na realidade? Os 
					maiores potentados da terra, os espíritos mais cultos e as 
					inteligências mais lúcidas do nosso tempo lhe rendem 
					vassalagem (tributo de vassalo)! 
					
					Dar valor ao 
					“que dirão os homens?”, é dar valor a uma quimera… a uma 
					fantasia. 
					
					O que dizem os 
					homens são palavras que o vento leva; porém, a virtude, que, 
					por medo, deixamos de praticar, é o ouro que jogamos fora. 
					
					Os homens poderão 
					escarnecer ao nos verem praticar a nossa religião; porém, 
					melhor é para nós sermos escarnecidos dos homens do que 
					sermos escarnecidos por Deus. Melhor é ouvir uma zombaria 
					dos homens por nos verem cumprir a Lei de Deus do que por a 
					não cumprir… e termos de ouvir dos lábios de Nosso Senhor 
					aquelas horríveis palavras: 
					“Apartai-vos de mim, 
					malditos, ide para o fogo eterno!” 
					(Mt 25, 41). 
					
					Que dirão de nós 
					os homens se nos virem todos os domingos e dias santos 
					assistindo com respeito ao incruento sacrifício da Missa? 
					Com os lábios dirão, talvez, que somos fanáticos, carolas e 
					beatos; porém, lá consigo dirão que somos pessoas de bem, 
					que sabemos cumprir os nossos deveres religiosos e que não 
					somos somente católicos de nome, mas de fato. 
					
					Se nos virem 
					vestidos decentemente, talvez um sorriso escarninho lhes 
					aflore aos lábios; porém, a voz da consciência lhes dirá que 
					estamos no caminho da salvação eterna. 
					
					Se nos aproximamos 
					da Santa Comunhão, os que não têm fé dirão que ainda 
					seguimos superstições do passado! Porém, aqueles que ainda 
					conservam a inteligência sã louvarão a nossa fidelidade ao 
					preceito de Jesus Cristo, que nos manda comer o seu Corpo e 
					beber o seu Sangue para conseguirmos a Vida Eterna. 
					
					Não temamos o que 
					poderão dizer de nós os homens. Lembremo-nos, antes, do que 
					Cristo diz no Evangelho: 
					“Todo aquele, 
					portanto, que se declarar por mim diante dos homens, também 
					eu me declararei por ele diante de meu Pai que está nos 
					Céus. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, 
					também o renegarei diante de meu Pai que está nos Céus” 
					(Mt 10, 32-33). 
					
					Infeliz do católico que deixou de servir a 
					Deus por respeito humano! Que Juízo rigoroso 
					não será feito ao que deixou de servir a Deus por um vil 
					respeito humano! Que desculpas darão a Deus, diz 
					São Paulo, aqueles que, tendo-o conhecido, não o 
					glorificaram? 
					“Pois, tendo conhecido a Deus, não o honraram 
					como Deus nem lhe renderam graças; pelo contrário, eles se 
					perderam em vãos arrazoados, e seu coração insensato ficou 
					nas trevas” 
					(Rm 1, 21). 
					
					Que desculpa dará 
					um católico ao comparecer carregado de pecados diante de 
					Jesus Cristo, tendo Ele deixado na sua Igreja remédio para 
					perdoá-lo? 
					
					E que desculpa 
					dará a Deus o católico por ter caído tantas vezes, uma 
					leves, outras graves, tendo à mão tantos remédios 
					preventivos, sobretudo, a Eucaristia, onde está o sustento 
					da alma e a força para vencer as tentações? 
					
					Como se há de 
					desculpar diante de Deus de ignorar as verdades religiosas 
					quem, tendo na pregação, na catequese, na leitura, outros 
					tantos meios de se instruir, os desprezou para ir buscar os 
					conhecimentos intelectuais em livros proibidos? 
					
					É grande miséria 
					respeitar mais um que dirão os homens do que os terríveis 
					juízos de Deus! 
					
					Aquele que assim 
					procede não merece o nome de católico! Que diferença entre 
					muitos católicos de hoje e os da Igreja Primitiva. O que as 
					espadas mais afiadas e as fogueiras não conseguiram desses 
					valentes confessores da fé, consegue-o hoje de milhões de 
					católicos: uma palavra, um sorriso e um olhar! 
					Então (naquele tempo), nem todos os tormentos juntos 
					eram bastantes para coagir um católico a negar a sua fé. 
					Hoje, basta, para afastar a muitos da igreja, do 
					confessionário, da mesa da Comunhão… uma zombaria, uma 
					crítica e um sorriso de desprezo. 
					
					Milhares de 
					católicos prostram-se todos os dias diante do ídolo do 
					respeito humano! Aquele que se deixa dominar por 
					esse tirano vai deixando de lado os seus deveres mais 
					sagrados. 
					
					Por que o 
					respeito humano aninha em tantos corações, 
					tornando-os escravos e covardes? 
					
					Isso acontece 
					porque milhões de pessoas não possuem ideia clara d’Aquele a 
					quem servem. Não é ao Deus Eterno a quem servimos? Ao 
					Criador do universo… ao Senhor Todo-poderoso? E não é Deus o 
					maior Senhor do céu e da terra? Não é Jesus Cristo o Rei dos 
					reis e Senhor dos senhores? 
					
					É, pois, uma 
					grande loucura deixar o serviço de um Rei Eterno por um 
					temor pueril (infantil) incutido pelo respeito 
					humano. 
					
					É preciso se 
					libertar de tão humilhante servilismo, que não deixa 
					expandir livremente a atividade da alma religiosa de se 
					manifestar como um verdadeiro católico. 
					
					É preciso calcar 
					aos pés este respeito vergonhoso que afasta o homem de Deus. 
					
					  
					  
					
					QUARTA PALESTRA 
					  
					
					OS PECADOS CONTRA O ESPÍRITO 
					SANTO 
					  
					
					Em Mt 12, 31-32 diz: 
					“Por isso vos digo: todo pecado e 
					blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra 
					o Espírito não será perdoada. Se alguém disser uma palavra 
					contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas se disser 
					contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste 
					mundo, nem no vindouro”. 
					
					  
					
					Deus quer que todos os homens se salvem (1 
					Tm 2, 4) e chama todos à penitência (2 Pd 3, 9). 
					A Redenção de Cristo é superabundante: satisfaz por todo o 
					pecado e atinge todo o homem (Rm 5, 12-21). Cristo 
					entregou à sua Igreja o poder de perdoar os pecados por meio 
					dos sacramentos do batismo e da Penitência. O poder é 
					ilimitado, quer dizer, pode perdoar todo o pecado a todos os 
					batizados, tantas vezes quantas se confessam com as devidas 
					disposições. Esta doutrina é dogma de fé (cfr. De 
					Paenitentia). 
					
					O pecado de que aqui fala Jesus chama-se 
					pecado contra o Espírito Santo, porque é à terceira Pessoa 
					da Santíssima Trindade que são especialmente atribuídas as 
					manifestações exteriores da bondade divina. Por outro lado, 
					diz-se que o pecado contra o Espírito Santo é imperdoável, 
					não tanto pela sua gravidade e malícia, mas pela disposição 
					subjetiva da vontade, própria deste pecado, que fecha as 
					portas ao arrependimento: consiste em atribuir 
					maliciosamente ao demônio os milagres e sinais realizados 
					por Cristo. Deste modo, pela natureza própria deste pecado, 
					fecha-se o caminho para Cristo, que é o único que tira o 
					pecado do mundo (Jo 1, 29), e o pecador situa-se fora 
					do perdão divino. Neste sentido se chama irremissível o 
					pecado contra o Espírito Santo (cfr. Edições Theologica). 
					
					Contra o Espírito Santo peca não só aquele 
					que blasfema com palavras, mas também aquele que blasfema 
					com fatos, pecado com malícia deliberada, isto é, procurando 
					cientemente o mal espiritual, para obter um bem, uma 
					vantagem material: “Peca-se 
					contra o Espírito Santo, quando o pecado é dirigido contra o 
					bem apropriado ao Espírito Santo, que é a caridade. Contra o 
					Pai é o pecado de fraqueza; contra o Filho é o pecado da 
					ignorância; contra o Espírito Santo vai o pecado de 
					deliberada malícia” (Santo Tomás de Aquino). 
					
					Por deliberada malícia se peca quando de 
					sangue frio se prefere o pecado à graça de Deus; quando se 
					negligencia os meios que servem para impedir o apego ao 
					pecado: “Todo pecado, toda 
					blasfêmia será perdoada aos homens, mas a blasfêmia contra o 
					Espírito não será perdoada’ 
					(Mt 12, 31). Pelo 
					contrário, quem a profere é culpado de um pecado eterno. A 
					misericórdia de Deus não tem limites, mas quem se recusa 
					deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo 
					arrependimento rejeita o perdão de seus pecados e a salvação 
					oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento pode 
					levar à impenitência final e à perdição eterna” 
					(Catecismo da Igreja 
					Católica). 
					
					Se esses pecados 
					se dizem irremissíveis, não é porque de nenhum modo possam 
					ser perdoados. Todos os pecados, por mais graves que sejam, 
					são por Deus generosamente perdoados nesta vida, contanto 
					que sejamos verdadeiramente penitentes. Os pecados contra o 
					Espírito Santo são chamados irremissíveis, porque primeiro 
					muito mais do que quaisquer outros pecados são indignos do 
					perdão divino, porque lhes introduz uma malícia deliberada, 
					que não pode invocar nenhuma atenuante como os pecados 
					cometidos por ignorância ou fraqueza. 
					
					É de bom aviso, 
					pois, evitar esses pecados, que são de todos os mais 
					perigosos, porque sem um milagre de Deus, deles não se terá 
					perdão. Se realmente estamos resolvidos a não cair nestes 
					pecados, conservemos sempre a pureza da consciência e 
					fujamos do pecado venial. Geralmente uma queda grave é 
					preparada por uma série de faltas leves. As quedas se 
					repetem e pouco a pouco levam ao abismo. Uma vez chegado a 
					este ponto, é desprezada a misericórdia e a justiça de Deus, 
					perde-se a noção da verdade e da graça e nenhum remorso do 
					pecado cometido se experimenta: 
					“O ímpio, quando 
					chegou ao profundo dos pecados, despreza tudo” 
					(Pr 18, 3). 
					
					Distinguem-se seis 
					pecados contra o Espírito Santo: 
					
					  
					
					1. 
					A 
					desesperação da salvação eterna. 
					
					  
					
					Pecado este que se 
					dirige contra um Deus que recompensa o bem e perdoa ao 
					pecador penitente. 
					
					Santa Catarina de 
					Sena escreve: 
					“Este pecado
					de 
					desespero
					
					desagrada-me 
					(Deus) 
					e prejudica os homens mais do que todos os outros males. É o 
					mais prejudicial pelo seguinte: os demais vícios são 
					cometidos pelo incentivo de algum prazer; deles a pessoa 
					pode, portanto, arrepender-se e obter o perdão. No pecado de 
					desespero o homem não é movido por fraqueza alguma. O ato de 
					desesperar-se não inclui debilidade, mas somente intolerável 
					dor. Quem desespera, despreza minha misericórdia 
					(Deus) 
					e julga que seu pecado é maior que minha bondade 
					(Deus). 
					Quem faz tal pecado já não se arrepende, já não sente dor 
					pela culpa. Poderá o responsável queixar-se do castigo 
					recebido, mas não da ofensa cometida. Por essa razão são 
					condenados” 
					(O Diálogo). 
					
					Em flagrante 
					contradição com as garantias fornecidas pelo próprio Deus, o 
					desesperado não crê mais que Deus possa ou queira perdoá-lo, 
					reerguê-lo de sua vida pecaminosa e conceder-lhe uma boa 
					hora de morte. E, assim, ao pecado contra a esperança, 
					acrescenta ele um pecado contra a fé. 
					
					Os pecados contra 
					a esperança fecham totalmente o coração humano à influência 
					do Espírito Santo. Por isso, o desespero é contado entre os 
					pecados contra o Espírito Santo. É também um dos mais 
					terríveis pecados, porque inutiliza, de antemão, todo 
					esforço salvador. 
					
					  
					
					2. 
					A 
					presunção de se salvar sem merecimento. 
					
					  
					
					Este pecado põe de 
					lado o temor de Deus que castiga o mal. 
					
					A presunção não se 
					opõe diretamente ao impulso da alma para Deus, nem à 
					confiança, mas ao temor salutar, que é um dos elementos 
					essenciais da virtude teologal da esperança. 
					
					Ou o presunçoso 
					ofende diretamente a justiça divina, imaginando que Deus lhe 
					dará a felicidade eterna, mesmo sem que se converta 
					sinceramente e se submeta aos mandamentos divinos (tal 
					negação da necessidade da conversão e do mérito constitui, 
					além do mais, uma falta grave contra a fé); ou ele peca 
					contra a sobrenaturalidade da esperança, ousando que poderá 
					conquistar o céu com suas próprias forças naturais. 
					
					O pecado de 
					presunção nasce do orgulho. Muitas vezes ele resulta também 
					da heresia: pelagianismo mais ou menos consciente (o 
					homem não necessita da graça para se salvar), ou o erro 
					protestante sobre a certeza pessoal da salvação. 
					
					Retardar a própria 
					conversão na falsa esperança de que Deus não permitirá que o 
					pecador chegue a perder-se eternamente, não é, ainda, por 
					certo, pecado caracterizado, de presunção, mas é, isso sim, 
					pecado grave contra a virtude da esperança. Pois demonstra 
					que o pecador deixou perecer em si mesmo o verdadeiro 
					sentimento de temor em face da justiça divina. Deus jamais 
					prometeu esperar a conversão do pecador que tantas vezes 
					desprezou a graça. Ao contrário, advertiu-o frequentemente 
					com a ameaça da condenação eterna. 
					
					Em geral, o 
					que propriamente constitui o pecado de presunção não é o 
					adiamento da conversão, mas o fato de o pecador, levado por 
					certo menoscabo (desprezo) de Deus, expor a 
					perigo a sua salvação. Isto constitui, 
					indubitavelmente, falta grave contra a esperança e contra a 
					caridade para consigo mesmo. 
					
					Não se 
					caracteriza, porém, como verdadeira presunção, a atitude de 
					quem peca repetidas vezes, levado pela veemência da paixão e 
					raciocinando, eventualmente, da maneira seguinte: “De 
					qualquer modo, devo mesmo confessar-me; por isso, alguns 
					pecados a mais ou a menos não têm importância”. Mas tal 
					procedimento denuncia grave deficiência de esperança 
					teologal, falta de temor a Deus e grosseira ingratidão para 
					com a graça do sacramento da penitência. 
					
					  
					
					3. 
					A 
					contradição à verdade conhecida. 
					
					É a negação da fé 
					para poder pecar mais desembaraçadamente. 
					
					  
					
					4. 
					A 
					inveja da graça concedida a outros. 
					
					Este pecado tem 
					sua malícia em impedir o auxílio da graça interna. 
					
					  
					
					5. 
					A 
					obstinação no pecado. 
					
					A falta de bom 
					propósito de se separar do pecado. 
					
					  
					
					6. 
					A 
					impenitência final. 
					
					Propósito 
					“de não 
					fazer penitência, impossibilitando a volta para Deus” 
					(Pe. João Batista Lehmann). 
					
					O Catecismo da 
					Igreja Católica ensina: 
					“A misericórdia de 
					Deus não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a 
					acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento rejeita o 
					perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito 
					Santo. Semelhante endurecimento pode levar à impenitência 
					final e à perdição eterna”. 
					
					  
					  
					
					QUINTA PALESTRA 
					  
					
					OS PECADOS QUE BRADAM AO CÉU 
					  
					
					Os pecados que clamam ao céu e pedem vingança 
					a Deus são quatro: 
					  
					
					1.º Homicídio voluntário. 
					
					Em Gênesis 4, 10 diz: 
					“Que fizeste! Ouço o 
					sangue de teu irmão, do solo, clamar por mim!” 
					
					O Catecismo da Igreja Católica ensina: 
					“Existem atos que por si mesmos e em 
					si mesmos, independentemente das circunstâncias e intenções, 
					são sempre gravemente ilícitos, em virtude de seu objeto: a 
					blasfêmia e o perjúrio, o homicídio e o adultério. Não é 
					permitido praticar um mal para que dele resulte um bem”. 
					
					O mesmo Catecismo diz: 
					“A Escritura determina com precisão 
					a proibição do quinto mandamento: ‘Não matarás o inocente 
					nem o justo’ (Ex 23, 7). O assassinato voluntário de um 
					inocente é gravemente contrário à dignidade do ser humano, à 
					regra de ouro e à santidade do Criador”. 
					
					O Catecismo ainda 
					ensina: 
					“O quinto mandamento proscreve como 
					gravemente pecaminoso o homicídio direto e voluntário. O 
					assassino e os que cooperam voluntariamente com o 
					assassinato cometem um pecado que clama ao céu por vingança”. 
					
					O 
					infanticídio (assassinato de uma criança, 
					particularmente de um recém-nascido), o 
					fratricídio (assassinato de irmãos), o 
					parricida e matricida (filho que 
					mata pai ou mãe), e o assassinato do cônjuge são crimes 
					particularmente graves, devido aos laços naturais que 
					rompem. Preocupações de eugenismo (ciência 
					que estuda as condições favoráveis à manutenção e 
					preservação da qualidade da espécie humana) ou de 
					higiene pública, não podem justificar 
					nenhum assassinato, mesmo a mando dos poderes 
					públicos. 
					
					É importante lembrar que a vida humana deve 
					ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do 
					momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua 
					existência, o ser humano deve ver reconhecido os seus 
					direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de 
					todo ser inocente à vida. Desde o século I, a Igreja afirmou 
					a maldade moral de todo aborto provocado. Este ensinamento 
					não mudou. Continua invariável. O aborto direto, quer dizer, 
					querido como um fim ou como um meio, é gravemente contrário 
					à lei moral. A Igreja sanciona com uma pena canônica de 
					excomunhão este delito contra a vida humana (cfr. 
					Catecismo da Igreja Católica). 
					
					A Santa Igreja ensina também: 
					“Aqueles cuja vida está diminuída ou enfraquecida necessitam 
					de um respeito especial. As pessoas doentes ou deficientes 
					devem ser amparadas, para levar uma vida tão normal quanto 
					possível. Sejam quais forem os motivos e os meios, a 
					eutanásia direta consiste em pôr fim à vida de pessoas 
					deficientes, doentes ou moribundas. É moralmente 
					inadmissível” 
					(Catecismo da Igreja Católica). 
					
					É importante 
					lembrar que o homicídio voluntário clama ao céu: 
					“… ouço o 
					sangue de teu irmão, do solo, clamar por mim!” 
					(Gn 4, 
					10). 
					  
					
					2.° Pecado sensual contra a natureza. 
					
					Em Gênesis 18, 20-21 diz: 
					“Disse então Deus: ‘O grito contra 
					Sodoma e Gomorra é muito grande! Seu pecado é muito grave! 
					Vou descer e ver se eles fizeram ou não tudo o que indica o 
					grito que, contra eles, subiu até mim; então ficarei 
					sabendo”. 
					
					No mesmo livro 19, 
					13 diz: 
					“Porque vamos destruir este lugar, pois é 
					grande o grito que se ergueu contra eles diante de Deus, e 
					Deus nos enviou para exterminá-los”. 
					
					Alguns pecados 
					contra a natureza: 
					
					1. Onanismo 
					(Gn 38, 4-10). 
					
					O onanismo é a 
					interrupção do ato sexual. É a união sexual voluntariamente 
					interrompida para vir a acabar em polução. 
					
					2. 
					Homossexualidade: 
					“A homossexualidade 
					designa as relações entre homens e mulheres que sentem 
					atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do 
					mesmo sexo” 
					(Catecismo da Igreja Católica). 
					
					Em Rm 1, 27 diz:
					
					“Igualmente os homens, deixando a relação natural com a 
					mulher, arderam em desejo uns para com os outros, praticando 
					torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga 
					da sua aberração”, 
					e: 
					“Não deitarás com um homem como se deita com uma mulher. É 
					uma abominação” 
					(Lv 18, 22), e 
					também: 
					“O homem que se deita com outro homem como se 
					fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação, deverão 
					morrer, e o seu sangue cairá sobre eles” 
					(Lv 20, 13). 
					
					3. 
					Bestialidade: 
					“Não te deitarás com 
					animal algum; tornar-te-ias impuro. A mulher não se 
					entregará a um animal para se ajuntar com ele. Isto é uma 
					impureza” 
					(Lv 18, 23), e: 
					“O homem que se deitar com um animal deverá 
					morrer, e matareis o animal. A mulher que se aproximar de um 
					animal qualquer, para se unir a ele, será morta, assim como 
					o animal. Deverão morrer, e o seu sangue cairá sobre eles”
					(Lv 20, 15-16). 
					
					4. 
					Masturbação. Por masturbação se deve entender a 
					excitação voluntária dos órgãos genitais, a fim de conseguir 
					um prazer venéreo. 
					
					5. Incesto:
					“O 
					incesto designa relações íntimas entre parentes ou pessoas 
					afins, em grau que proíba entre eles o casamento” 
					(Catecismo da Igreja Católica). 
					
					Em Levítico 18, 
					7-17 diz: 
					“Não descobrirás a nudez do teu pai, nem a 
					nudez da tua mãe. É tua mãe, e tu não descobrirás a sua 
					nudez. Não descobrirás a nudez da mulher do teu pai, pois é 
					a própria nudez de teu pai. Não descobrirás a nudez da tua 
					irmã, quer seja filha de teu pai ou filha de tua mãe. Quer 
					seja ela nascida em casa ou fora dela, não descobrirás sua 
					nudez. Não descobrirás a nudez da filha do teu filho; nem a 
					nudez da filha da tua filha. Pois a nudez delas é a tua 
					própria nudez. Não descobrirás a nudez da filha da mulher de 
					teu pai, nascida de teu pai. É tua irmã, e não deves 
					descobrir a nudez dela. Não descobrirás a nudez da irmã de 
					teu pai, pois que é a carne de teu pai. Não descobrirás a 
					nudez  da irmã de tua mãe, pois é a própria carne de tua 
					mãe. Não descobrirás a nudez do irmão de teu pai; não te 
					aproximarás, pois, de sua esposa, visto que é a mulher de 
					teu tio. Não descobrirás a nudez de tua nora. É  a mulher de 
					teu filho e não descobrirás a nudez dela. Não descobrirás a 
					nudez da mulher de teu irmão, pois é a própria nudez de teu 
					irmão. Não descobrirás a nudez de uma mulher e a da sua 
					filha; não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua 
					filha, para lhes descobrir a nudez. Elas são a tua própria 
					carne: isto seria um incesto”. 
					
					Em 1 Cor 5, 1. 3-5 
					diz: 
					“É geral ouvir-se falar de mau comportamento 
					entre vós… um dentre vós vive com a mulher de seu pai… É 
					preciso que, em nome do Senhor Jesus… entreguemos tal homem 
					a Satanás para a perda de sua carne”. 
					
					6. Adultério:
					“O 
					adultério. Esta palavra designa a infidelidade conjugal. 
					Quando dois parceiros, dos quais ao menos um é casado, 
					estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera
					
					(pouco duradoura), 
					cometem adultério” 
					(Catecismo da Igreja Católica). 
					
					7. Estupro:
					“O 
					estupro designa a penetração à força, com violência, na 
					intimidade sexual de uma pessoa” 
					(Catecismo da Igreja Católica). 
					  
					
					3.° Oprimir os pobres, órfãos e viúvas. 
					
					Em Êxodo 3, 7-10 
					diz: 
					“Deus disse: ‘Eu vi, eu vi a miséria do meu 
					povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor por causa dos seus 
					opressores; pois eu conheço as suas angústias. Por isso 
					desci a fim de libertá-lo da mão dos egípcios, e para 
					fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e vasta, terra 
					que mana leite e mel, o lugar dos cananeus, dos heteus, dos 
					amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuzeus. Agora, o 
					clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a 
					opressão com que os egípcios os estão oprimindo. Vai, pois, 
					e eu te enviarei ao faraó, para fazer sair do Egito o meu 
					povo, os filhos de Israel”, 
					e: 
					“Não afligirás o estrangeiro nem o oprimido, pois vós mesmos 
					fostes estrangeiros no país do Egito. Não afligireis a 
					nenhuma viúva ou órfão. Se o afligires e ele clamar a mim 
					 escutarei o seu clamor” 
					(Ex 22, 20-22). 
					  
					
					4.º Negar o salário aos que trabalham. 
					
					Em Deuteronômio 
					24, 14-15 diz: 
					“Não oprimirás um assalariado pobre, 
					necessitado, seja ele um dos teus irmãos ou um estrangeiro 
					que mora em tua terra, em tua cidade. Pagar-lhe-ás o salário 
					a cada dia, antes que o sol se ponha, porque ele é pobre e 
					disso depende a sua vida. Deste modo, ele não clamará a Deus 
					contra ti, e em ti não haverá pecado”, 
					e: 
					“Ai daquele que constrói a sua casa sem justiça e seus 
					aposentos sem direito, que faz o seu próximo trabalhar de 
					graça e não lhe dá o seu salário” 
					(Jr 22, 13). 
					
					  
					  
					
					SEXTA PALESTRA 
					  
					
					A TENTAÇÃO 
					  
					
					Que são as tentações? 
					
					São Pio X as define: 
					“As tentações são um incitamento ao 
					pecado que nos vem do demônio, ou das pessoas, ou das nossas 
					paixões”. 
					
					Santo Afonso Maria 
					de Ligório escreve: 
					“Para quem ama a 
					Jesus Cristo não há sofrimento pior que as tentações”. 
					
					Todos os outros 
					sofrimentos estimulam o homem a se unir mais com Deus, 
					quando aceitos com generosidade. As tentações, porém, 
					impelem o homem a pecar, a separar-se de Jesus Cristo e, por 
					isso, são muito mais amargas do que todos os outros 
					sofrimentos. É preciso, porém, notar que todas as tentações 
					que impelem para o mal, não vêm de Deus, mas do demônio ou 
					das más inclinações: 
					“Deus é incapaz de 
					tentar para o mal, e ele não tenta ninguém” 
					(Tg 1, 13). 
					
					Deus permite, às 
					vezes, que as almas que lhe são mais caras, sejam tentadas 
					mais fortemente. 
					
					Primeiro, 
					para que conheçam melhor a sua fraqueza e a necessidade que 
					têm do auxílio de Deus para não caírem. 
					
					Segundo, 
					Deus permite as tentações para que vivamos mais desapegados 
					deste mundo e desejemos mais ardentemente ir vê-Lo no céu. 
					As almas que amam a Deus suspiram pela morte que as tire do 
					perigo de perdê-Lo. 
					
					Terceiro, 
					Deus permite as tentações para nos enriquecer com méritos, 
					como disse o anjo a Tobias: 
					“Porque eras aceito 
					a Deus, foi necessário que a  tentação te provasse” 
					(Tb 12, 13). 
					
					Portanto, não 
					devemos recear de estar sem a graça de Deus pelo fato de 
					sermos tentados; pelo contrário, então devemos esperar ser 
					mais amados por Deus. É engano do demônio o fazer certas 
					almas fracas acreditarem que as tentações são pecados que 
					mancham a alma. Não são os maus pensamentos que fazem perder 
					a Deus, mas sim, os maus consentimentos. Por fortes que 
					sejam as tentações do demônio, por mais vivas que sejam as 
					imaginações impuras assaltando o nosso espírito, se nós não 
					as queremos, não mancham a alma, mas a torna mais pura, mais 
					forte e mais querida de Deus. 
					
					O mundo, o demônio 
					e a carne, vendo uma alma ligada ao Filho de Deus como sua 
					esposa, lhe armam tentações nas quais primeiramente o pecado 
					lhe é proposto, depois ele lhe agrada ou desagrada e, por 
					fim, ela lhe dá o seu consentimento ou as rejeita. Eis aí os 
					degraus que conduzem à iniquidade: a tentação, o deleite 
					(sentir prazer) e o consentimento; e, embora estas três 
					coisas não se distingam evidentemente em todos os pecados, 
					todavia aparecem sensivelmente nos pecados maiores. 
					
					Uma tentação, 
					embora durasse toda a nossa vida, não nos pode tornar 
					desagradáveis à divina Majestade, senão nos agrada e não 
					consentimos nela, porque na tentação nós não agimos, mas 
					sofremos, e, como não nos deleitamos com ela, de nenhum modo 
					incorremos em alguma culpa. Por longo tempo sofreu São Paulo 
					tentações da carne e tão longe estava de se tornar com isso 
					desagradável a Deus que, pelo contrário, muito o glorificou… 
					Nem menores foram as tentações de São Francisco e São Bento, 
					quando aquele se lançou nos espinhos e este sobre a neve 
					para as combater, e, entretanto, longe de fazê-lo perder a 
					graça de Deus, só serviram para a aumentar. 
					
					Ofereçam-nos, 
					pois, os inimigos de nossa salvação tantos engodos (isca) 
					e atrativos quantos quiserem; conservem-se sempre à porta do 
					nosso coração, prontos para entrarem; façam-nos tantas 
					propostas quantas quiserem; enquanto nos conservarmos na 
					disposição de não nos deleitarmos com estas coisas, é 
					impossível que ofendamos a Deus. 
					
					Adolfo Tanquerey 
					explica sobre os sinais de consentimento: 
					“Para melhor 
					explicarmos este ponto importante, vejamos os sinais de 
					não-consentimento, de consentimento imperfeito e de pleno 
					consentimento. A) Pode-se dizer que não houve consentimento, 
					se, a despeito da sugestão e do prazer instintivo que a 
					acompanha, a alma sente descontentamento, desgosto de se ver 
					assim tentada, se luta para não sucumbir, se na parte 
					superior sente um vivo horror do mal proposto. B) Pode-se 
					ter culpa da tentação na causa, quando se prevê que esta ou 
					aquela ação, que podemos evitar, nos é fonte de tentações: 
					‘Se eu sei que alguma conversação me ocasiona tentação e 
					queda, e a ela me exponho voluntariamente, serei sem dúvida 
					alguma culpado de todas as tentações que nela me vierem’
					
					(São Francisco de Sales). 
					Mas, então, não há culpa senão na medida em que houve 
					previsão, e, se esta não passou de vaga e confusa, fica 
					proporcionalmente diminuída a culpabilidade. C) Pode-se 
					considerar que o consentimento é imperfeito. 1) Quando não 
					se repele a tentação tão prontamente como se dá pelo seu 
					caráter perigoso; há nisto uma falta de imprudência que, sem 
					ser grave, expõe ao perigo de consentir na tentação. 2) 
					Quando se hesita um instante: desejar-se-ia provar um pouco 
					do prazer vedado, mas não se quereria ofender a Deus; em 
					suma, após um momento de hesitação, repele-se a tentação; 
					também aqui há pecado venial de imprudência. 3) Se não se 
					rechaça a tentação senão a meias: resiste-se, mas com 
					indolência, incompletamente; ora, semi-resistência é 
					semi-consentimento: falta venial. D) O consentimento é pleno 
					e inteiro quando a vontade, enfraquecida pelas primeiras 
					concessões, se deixa arrastar a saborear voluntariamente o 
					prazer mau, sem embargo dos protestos da consciência que 
					reconhece o mal. Então, se a matéria é grave, é mortal o 
					pecado: pecado de pensamento ou de deleitação morosa, como 
					dizem os teólogos. Se ao pensamento se ajusta o desejo 
					consentido, mais grave ainda é a falta. Enfim, se do desejo 
					se passa à execução, ou ao menos a procurar meios para pôr 
					por obra o mau projeto, é pecado de ação”. 
					
					É preciso resistir 
					à tentação. 
					
					a) 
					Prontamente, sem discutir com o inimigo, sem 
					hesitação (vacilação) alguma: 
					“Foge do pecado como 
					de uma serpente, porque, se te aproximares, morder-te-ás” 
					(Eclo 21, 2). 
					
					b) 
					Energicamente, não com moleza e como de má vontade, 
					o que pareceria convidar a tentação a voltar; mas com força 
					e vigor, testemunhando o horror que tal proposição nos 
					causa: 
					“Vai-te, Satanás…” 
					(Mt 4, 10). 
					
					c) Com 
					
					constância
					(firmeza de ânimo): é que às vezes a tentação, 
					vencida por um instante, volta com novo furor, e o demônio 
					reconduz do deserto sete espíritos piores do que ele. A esta 
					pertinácia do inimigo é mister opor resistência não menos 
					tenaz; quem combate até o fim é que sairá vitorioso. 
					
					d) Com 
					
					humildade: 
					é ela, efetivamente, que atrai a graça, e a graça é que nos 
					dá a vitória. O demônio que pecou por orgulho foge diante 
					dum ato sincero de humildade. 
					
					Os santos indicam 
					alguns remédios contra a tentação diabólica. 
					
					1. O 
					
					primeiro 
					é a 
					oração humilde 
					e 
					confiante, 
					para pôr do nosso lado a Deus e aos seus Anjos. Se Deus está 
					conosco, quem será contra nós? E na verdade, quem pode ser 
					comparado com Deus? 
					“Tudo posso naquele 
					que me fortalece” 
					(Fl 4, 13). 
					
					Esta oração deve 
					ser humilde; porque não há nada que ponha mais rapidamente 
					em fuga o anjo rebelde que, tendo-se revoltado por orgulho, 
					jamais soube praticar esta virtude: humilhar-se diante de 
					Deus, reconhecer a incapacidade de triunfar sem o auxílio do 
					céu, desconcerta os ardis do anjo soberbo. Deve ser 
					confiada, porque, estando a glória de Deus interessada em 
					nosso triunfo, podemos ter plena confiança na eficácia da 
					sua graça. 
					
					É bom invocar 
					também a São Miguel Arcanjo que, tendo infligido ao demônio 
					uma insigne derrota (cfr. Ap 12, 7), terá sumo prazer 
					em completar a vitória em nós e por nós. O nosso Anjo da 
					Guarda de bom grado o auxiliará, se confiarmos nele. Mas, 
					sobretudo, não nos esqueçamos de implorar o socorro da 
					Virgem Imaculada, que com seu pé virginal não cessa de 
					esmagar a cabeça da serpente, e é mais terrível ao demônio 
					que um exército em ordem de batalha. 
					
					2. O 
					
					segundo 
					meio é usar com muita confiança dos sacramentos e 
					sacramentais. A confissão, por ser um ato de humildade, põe 
					o demônio em fuga; a absolvição que a segue, aplica-nos os 
					merecimentos de Jesus Cristo e torna-nos invulneráveis às 
					flechas do inimigo; a Sagrada Comunhão, introduzindo em 
					nosso peito Aquele que suplantou Satanás, inspira-lhe um 
					verdadeiro terror. 
					
					Os mesmos 
					sacramentais, o sinal da cruz, ou as orações litúrgicas 
					feitas com espírito de fé, em união com a Igreja, são também 
					um precioso auxílio. Santa Teresa de Jesus recomenda 
					particularmente a água benta, talvez porque é humilhante 
					para o demônio ver-se assim frustrado em seus ardis por um 
					meio tão simples como esse. 
					
					3. E assim, o
					
					último meio 
					é um desprezo soberano do demônio: 
					“Saibam-no bem, 
					todas as vezes que nós os desprezamos, diminuem as suas 
					forças e a alma adquire sobre eles tanto mais império” 
					(Santa Teresa de Jesus). 
					
					Ver-se desprezar 
					por seres mais fracos é, efetivamente, intolerável 
					humilhação para esses espíritos soberbos. Apoiados em Deus, 
					temos o direito e o dever de os desprezar. Podem ladrar, não 
					podem morder-nos, a não ser que, por imprudência ou por 
					orgulho, nos lancemos em seu poder. 
					
					Não devemos nos 
					desanimar diante das tentações. 
					
					O Abade Santo 
					Antão escreve: 
					“Esta é a grande labuta do homem: assumir 
					sobre si mesmo a culpa própria diante de Deus, e esperar a 
					tentação até o último suspiro”. 
					O mesmo santo diz: 
					“Ninguém sem 
					tentações poderá entrar no reino dos céus. Suprime as 
					tentações, e ninguém será salvo”. 
					  
					  
					
					SÉTIMA PALESTRA 
					  
					
					A ORAÇÃO 
					  
					
					Em Lc 18, 1 diz: “(Jesus) 
					contou-lhes ainda uma parábola para mostrar a necessidade de 
					orar sempre, sem jamais esmorecer”. 
					  
					
					I. Que é a oração? 
					
					São Pio X a define: 
					“A oração é uma elevação da alma a 
					Deus para adorá-Lo, para Lhe dar graças e para Lhe pedir 
					aquilo de que precisamos” (Catecismo Maior). 
					
					O Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã a 
					define: “A oração é a elevação da 
					mente e do coração a Deus, para O adorar, agradecer e 
					pedir-Lhe as graças de que necessitamos”. 
					  
					
					II. A oração se divide em mental e vocal. 
					
					A oração mental é a que se faz 
					só com a alma; a oração vocal é a que se faz 
					com as palavras acompanhadas da atenção do espírito e da 
					devoção do coração. 
					
					O Pe. Alfred Barth escreve: 
					“Oração vocal, isto é, pronunciada com a boca: constitui para muitos um 
					apoio para rezar devotamente sem distrações. Se a palavra 
					auxilia a devoção, atenhamo-nos a ela. Oração mental. Com a 
					mente, isto é, meditando. Medita-se algum episódio da vida 
					de Cristo, um mistério do Santo Rosário, um trecho da 
					Sagrada Escritura, falando com Deus a esse respeito”. 
					
					São Francisco de 
					Sales escreve: 
					“Se, ao recitares uma oração vocal, te 
					sentires atraída à oração mental, muito longe de reprimires 
					esta inclinação, deves deixar-te levar suavemente e não te 
					perturbes por não acabar todas as orações que tens proposto. 
					A oração do espírito e do coração é muito mais agradável a 
					Deus e salutar à alma do que a oração dos lábios”. 
					  
					
					III. Jesus Cristo rezou. 
					
					Os discípulos 
					encontravam seguidamente Jesus rezando no recolhimento e na 
					solidão. Durante a oração do monte das Oliveiras suou 
					sangue. Estava presente diante de Deus com sua alma e com 
					seu corpo, falava com Deus. 
					
					Em Hebreus 5, 7 
					diz: 
					“É este Cristo, que nos dias de sua vida 
					mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e 
					lágrimas, a Deus Pai, que o podia salvar da morte”. 
					
					Em Mt 14, 23 diz:
					
					“Tendo-as despedido, subiu ao monte, a fim de orar a sós. Ao 
					chegar a tarde, estava ali, sozinho”. 
					
					Em Mc 1, 35 diz:
					“De 
					madrugada, estando ainda escuro, ele se levantou e 
					retirou-se para um lugar deserto e ali orava”. 
					
					Em Mc 6, 46 diz:
					“E, 
					deixando-os, ele foi à montanha para orar”. 
					
					Em Lc  6, 12 diz:
					
					“Naqueles dias, ele foi à montanha para orar e passou a 
					noite inteira em oração a Deus”. 
					
					Jesus Cristo 
					retira-se na solidão para rezar. Quer ficar só com Deus. 
					Quem reza deve afastar-se da multidão e despedir as 
					preocupações. 
					
					Nosso Senhor 
					rezou; imitemos o seu exemplo. 
					
					São Luiz Gonzaga 
					escreve: 
					“Quem não consegue rezar muito, jamais 
					atingirá um alto grau de perfeição”. 
					
					Santa Teresa de 
					Jesus diz: 
					“Quem deixa a oração não necessita de 
					demônios que o levem ao inferno: ele aí se lança por si 
					mesmo”. 
					E a mesma santa ainda diz: 
					“Quem não reza ou é 
					um demônio ou um animal”. 
					
					O Pe. Alfred Barth 
					escreve: 
					“O animal nada conhece de Deus. É apenas um 
					organismo e não sabe rezar. O homem que não reza comporta-se 
					como se não tivesse alma, como um animal. Mas enquanto este 
					não é responsável, o homem, quando pensa unicamente nas 
					coisas da terra e não crê, comete culpa. O diabo conhece a 
					Deus, mas, por raiva, ódio, vingança, não reza. Ademais 
					desejaria, se possível, destruir Deus e suas obras, pois 
					quereria igualar-se a ele, tomar-lhe o lugar. Os homens que 
					não rezam assemelham-se ao demônio. Iludem-se de poder viver 
					sem Deus, sem Cristo, sem Igreja e sem sacerdotes! 
					Infelizes! Cairão nas garras do demônio. Quem nunca reza, 
					quem nunca eleva o pensamento a Deus e não fala com ele, 
					comete pecado grave. Não tem fé nem amor. Não pode 
					salvar-se”. 
					  
					
					IV. As condições da oração. 
					
					Jesus Cristo 
					fez-nos a seguinte promessa: 
					“Em verdade, em 
					verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa a meu Pai, em meu 
					nome, Ele vo-la dará” 
					(Jo 16, 23). Muitos, diz São Tiago, pedem e não recebem, 
					porque pedem mal: 
					“Pedis e não recebeis porque pedis mal” 
					(Tg 4, 3). São Basílio Magno, explicando as palavras do 
					Apóstolo, diz: 
					“Pedes e não recebes, porque tua oração foi 
					mal feita ou sem fé, sem devoção ou desejo; ou porque 
					pediste coisa que não se referia à tua salvação eterna, ou 
					pediste sem perseverança”. 
					
					Santo Tomás de 
					Aquino reduziu a quatro as condições requeridas na oração 
					para que obtenham o seu fruto: isto é, que o homem 
					peça para si, coisas necessárias à salvação, com devoção e 
					com perseverança. 
					
					1. 
					A 
					primeira condição da oração é que rezemos por nós mesmos. 
					
					Santo Tomás de 
					Aquino julga que ninguém pode impetrar para outros, como 
					mérito de justiça, a vida eterna e por conseguinte também as 
					graças necessárias para a salvação deles, porque a promessa, 
					diz ele, foi feita, não para os que rezam para outros, mas 
					os que rezam para si mesmos: Dar-se-vos-á:
					
					“Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e  vos será 
					aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao 
					que bate se lhe abrirá” 
					(Mt 7, 7-8). 
					
					Não obstante, há 
					muitos doutores que afirmam o contrário apoiados na 
					autoridade de São Basílio, que ensina ter a oração 
					infalivelmente o seu efeito, ainda que se reze pelos outros, 
					contanto que esses não oponham uma resistência positiva. 
					Estes escritores se baseiam sobre textos da Sagrada 
					Escritura: 
					“Orai uns pelos outros para serdes salvos, 
					porque muito vale a oração perseverante do justo” 
					(Tg 5, 16). 
					“Rezai pelos que vos perseguem e caluniam” 
					(Mt 5, 44). O melhor texto é de São João: 
					“Se alguém vir seu 
					irmão cometer um pecado, que não é de morte, peça e será 
					concedida a vida àquele, cujo pecado não é de morte” 
					(1 Jo 
					5, 16). As palavras: cujo pecado não é de morte, Santo 
					Agostinho, São Beda, Santo Ambrósio e outros, explicam que 
					se devem entender do pecador, que não quer viver obstinado 
					até a morte; pois, para tal pecador seria necessário uma 
					graça muito extraordinária. Quanto aos outros pecadores, que 
					não atingiram um grau tão alto de maldade, se alguém rezar 
					por eles, promete-lhe o Apóstolo, a conversão deles: 
					“Peça e 
					será dada a vida ao pecador”. 
					
					2. 
					A 
					segunda condição é que peçamos graças necessárias à salvação; 
					porque a promessa divina não foi dada para os bens 
					temporais, que não são necessários à salvação da alma. 
					
					Às vezes, pedimos 
					algumas graças temporais e Deus não nos atende; mas não nos 
					atende porque nos ama, diz Santo Agostinho, e quer usar de 
					misericórdia para conosco. O médico que se interessa pelo 
					doente nunca permitirá coisas que lhe possam fazer mal. 
					
					Quando pedirmos a 
					Deus bens temporais, devemos pedi-los com resignação e sob a 
					condição de aproveitarem à alma. Se vemos que o Senhor não 
					os concede, tenhamos por certo que os nega pelo amor que nos 
					tem e porque prevê que vão prejudicar a salvação de nossa 
					alma. 
					
					3. 
					Finalmente, eis as outras condições que Santo Tomás de 
					Aquino exige para a oração: Que se reze com devoção 
					e perseverança. Com devoção, quer dizer, com
					humildade e confiança; com 
					perseverança, quer dizer, sem deixar de rezar até a 
					morte. 
					
					É preciso rezar 
					com humildade. Deus atende as orações dos seus 
					servos, mas dos servos humildes: 
					“O Senhor atendeu a 
					oração dos humildes” 
					(Sl 101, 18). Onde falta humildade, Deus não atende, pelo 
					contrário, repele as orações dos orgulhosos: 
					“Deus resiste aos 
					soberbos e dá a graça aos humildes” 
					(Tg 4, 6). 
					
					Deus não ouve as 
					orações dos soberbos que confiam na própria força, e, por 
					isso, abandona-os à sua miséria. Em tal estado, privados do 
					auxílio divino, perder-se-ão certamente. 
					
					É preciso rezar 
					com confiança. 
					
					Para alcançar 
					alguma graça de Deus, por meio da oração, devemos rezar com 
					plena confiança e convicção de que vamos ser atendidos. 
					
					Em São Tiago 1, 
					5-8 diz: 
					“Se alguém dentre vós tem falta de 
					conhecimento, peça-o a Deus que o concede generosamente a 
					todos, sem recriminações, e ele ser-lhe-á dado, contanto que 
					peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é 
					semelhante às ondas do mar, impelidas e agitadas pelo vento. 
					Não pense tal pessoa que vai receber alguma coisa do Senhor, 
					dúbio e inconstante como é em tudo o que faz”. 
					
					Deus protege e 
					salva a todos os que confiam n’Ele. Salva os que esperam n’Ele:
					“Os 
					que esperam no Senhor terão sempre forças novas, tomarão 
					asas como de águia, correrão e não se fatigarão, andarão e 
					não desfalecerão” 
					(Is 40, 31). 
					
					Em Eclo 2, 10 diz:
					“… 
					quem confiou no Senhor e ficou desiludido?” 
					
					Santo Agostinho 
					escreve: 
					“Poderá Deus enganar-nos oferecendo-se para 
					sustentar-nos nos perigos quando a Ele recorremos, e, 
					depois, retirando-se de nós, quando, de fato recorremos a 
					Ele?” 
					
					Conservemos a 
					confiança em Deus, porque assim poderemos esperar uma grande 
					recompensa. Assim como for a nossa confiança, do mesmo modo 
					serão as graças de Deus. 
					
					São Bernardo de 
					Claraval escreve: 
					“A divina misericórdia é uma fonte imensa; e 
					nós apanhamos as graças com os vasos da confiança; quem vier 
					com um vaso maior poderá tirar maior número de graças”. 
					
					É preciso rezar 
					com perseverança. 
					
					Não basta rezarmos 
					com humildade e confiança; mas é preciso perseverarmos na 
					oração. 
					
					Santo Tomás de 
					Aquino escreve: 
					“Depois do batismo, é necessária aos homens a 
					oração contínua para poder entrar no céu”. 
					
					Para alcançar uma 
					graça são necessárias orações perseverantes e contínuas. 
					  
					
					V. É impossível se salvar sem a oração. 
					
					Santo Afonso Maria 
					de Ligório escreve: 
					“Quem reza, 
					certamente se salva, e quem não reza, certamente será 
					condenado. Todos os bem-aventurados… salvaram-se pela 
					oração. Todos os condenados se perderam,  porque não 
					rezaram. Se tivessem rezado, não se teriam perdido. E este é 
					e será o maior desespero no inferno: o poder ter alcançado a 
					salvação com facilidade, pedindo a Deus as graças 
					necessárias. E, agora, esses miseráveis não têm mais tempo 
					de rezar”. 
					  
					
					VI. Transformar as nossas ações em oração. 
					
					Quão importante 
					seja fazer as nossas ações em união com Jesus Cristo. 
					
					Quando as ações 
					são demoradas, é útil renovar este oferecimento por meio de 
					um olhar afetuoso sobre o crucifixo, ou, melhor ainda, sobre 
					Jesus, vivo em nós; e deixar a alma desafogar-se em 
					frequentes jaculatórias que nos elevarão o coração para 
					Deus. 
					
					Assim as nossas 
					ações, ainda as mais comuns, serão uma oração, uma ascensão 
					da alma para Deus, e realizaremos o desejo que Jesus 
					exprimiu: 
					“…é preciso rezar sempre, sem jamais 
					esmorecer”(Lc 18, 1). 
					  
					  
					
					OITAVA PALESTRA 
					  
					
					O NÚMERO DOS PECADOS 
					  
					
					Se Deus castigasse imediatamente a quem O 
					ofende, não se veria, sem dúvida, tão ultrajado como o é 
					atualmente. Mas, porque o Senhor não castiga logo, mas 
					espera benignamente, os pecadores se animam a ofendê-Lo. 
					
					Deus espera e é 
					paciente, mas não para sempre. 
					
					É opinião de 
					muitos Santos Padres (São Basílio, São Jerônimo, Santo 
					Ambrósio, São Cirilo de Alexandria, São João Crisóstomo, 
					Santo Agostinho e outros) que Deus, assim como 
					determinou para cada homem o número dos dias de vida, dotes 
					de saúde e de talento que lhe quer outorgar (Sb 11, 20), 
					assim, também, contou e fixou o número de pecados que lhe 
					quer perdoar. E, completo esse número, já não perdoa mais, 
					diz Santo Agostinho. Eusébio de Cesaréia e os outros Padres 
					acima citados afirmam o mesmo. 
					
					Esses Padres 
					falaram baseados na Sagrada Escritura. 
					
					Em Gênesis 15, 16 
					diz: 
					“É na quarta geração que eles voltarão para 
					cá, porque até lá a iniquidade dos amorreus não terá 
					atingido o seu cúmulo”. 
					
					Em Oséias 1, 6 
					diz: 
					“Não terei no futuro misericórdia de Israel”. 
					
					Em Números 14, 
					22-23 diz: 
					“Todos estes homens que viram minha glória e 
					os sinais que fez no Egito e no deserto, estes homens que já 
					me puseram à prova dez vezes, sem obedecer à minha voz, não 
					verão a terra que prometi com juramento a seus pais. Nenhum 
					daqueles que me ultrajaram a verá”. 
					
					Em Jó 14, 17 diz:
					
					“Tendes selado, como numa urna, as minhas culpas”. 
					
					Em Eclesiástico 5, 
					5 diz: 
					“Não sejas tão seguro do perdão para acumular 
					pecado sobre pecado”. 
					Ou seja: é preciso, pecador, que tremas ainda dos pecados 
					que já te perdoei; porque, se lhes acrescentares outro 
					poderá ser que este novo pecado com aquele complete o número 
					e então não haverá misericórdia para ti. 
					
					Em 2 Macabeus 6, 
					14-15 diz: 
					“Pois não é como para com as outras nações, 
					que o longânime soberano espera, até puni-las, que elas 
					cheguem ao cúmulo dos seus pecados: não é assim que ele 
					decidiu proceder com relação a nós, a fim de não ter de nos 
					punir mais tarde, quando nossos pecados tivessem atingido 
					sua plena medida”. 
					
					Deus espera o dia 
					em que se completa a medida dos pecados, e depois castiga. 
					
					Dirá o pecador que 
					Deus é Deus de misericórdia… Quem o nega? A misericórdia de 
					Deus é infinita; mas, apesar dela, quantas almas se condenam 
					todos os dias? Deus cura os que têm boa vontade. Perdoa o 
					pecado, mas não pode perdoar a vontade de pecar. Replicará o 
					pecador que ainda é muito jovem… És moço? Deus não conta os 
					anos, conta as culpas. Ora, a medida dos pecados não é igual 
					para todos. A um perdoa Deus cem pecados; a outro, mil; 
					outro, ao segundo pecado se verá precipitado no inferno. A 
					quantos condenou após o primeiro pecado! Refere São Gregório 
					Magno que um menino de cinco anos, por ter proferido uma 
					blasfêmia, foi lançado no inferno. 
					
					Lemos no Evangelho 
					de São Mateus que o Senhor, a primeira vez em que achou a 
					figueira sem fruto a amaldiçoou, e a árvore secou (Mt 21, 
					19). 
					
					Em Amós 1, 3 diz:
					
					“Depois das maldades que o povo de Damasco cometeu três e 
					quatro vezes, eu não mudarei o meu decreto”
					(não revogarei os castigos que lhe tenho decretado). 
					
					Replicará a alma 
					obstinada que, tendo ofendido tantas vezes a Deus, e Deus 
					lhe tendo perdoado, espera que Ele ainda lhe perdoará um 
					novo pecado… Mas, porque Deus não a tem castigado até esta 
					hora, segue-se que sempre há de proceder assim? Encher-se-á 
					a medida e o castigo virá. 
					
					Sem interromper as 
					relações com Dalila, esperava Sansão salvar-se das mãos dos 
					filisteus, como antes tinha feito (Jz 16, 20); mas 
					nesta última vez foi preso e perdeu a vida. Em Eclo 5, 4 
					diz: 
					“Não digas: ‘Pequei: o que me aconteceu?’ 
					porque o Senhor é paciente”. 
					Porque o Altíssimo, ainda que nos tolere, dá-nos o que 
					merecemos, isto é: chegará o dia em que tudo lhe pagaremos, 
					e quanto maior tiver sido a misericórdia tanto maior será a 
					pena. Afirma São João Crisóstomo que há mais para recear 
					quando Deus tolera um pecador obstinado, do que quanto lhe 
					aplica o castigo sem demora. Com efeito, observa São 
					Gregório, todos aqueles a quem Deus espera com mais 
					paciência, são depois, se perseverarem na sua ingratidão, 
					castigados com mais vigor; e muitas vezes acontece, 
					acrescenta o mesmo santo, que os que foram por mais tempo 
					tolerados por Deus, morrem de improviso sem ter tempo de se 
					converter. Especialmente, quanto maiores tenham sido as 
					luzes que Deus lhe tenha dado, tanto maiores serão tua 
					cegueira e obstinação no pecado, se a tempo não fizeres 
					penitência: 
					“Era-lhe melhor não ter conhecido o caminho 
					da justiça, que depois do conhecimento voltar-lhe as costas” 
					(2 Pd 2, 21). 
					
					São Paulo Apóstolo 
					diz que é (moralmente) impossível que uma alma 
					ilustrada por luzes celestes, quando reincidir (tornar a 
					incidir) no pecado, se converta de novo: 
					“De fato, os que 
					uma vez foram iluminados – que saborearam o dom celeste, 
					receberam o Espírito Santo, experimentaram a beleza da 
					palavra de Deus e as forças do mundo que há de vir – e, não 
					obstante, decaíram, é impossível que renovem a conversão uma 
					segunda vez, porque da sua parte crucificam novamente o 
					Filho de Deus e o expõem às injúrias” 
					(Hb 6, 4-6). 
					
					Terríveis são as 
					palavras do Senhor contra aqueles que não querem atender a 
					seu convite: 
					“Já que vos chamei e dissestes não… eu também 
					me rirei na hora da vossa morte e vos escarnecerei” 
					(Pr 1, 24-26). Note-se que as palavras “eu também” 
					significam que, assim como o pecador zombou de Deus, 
					confessando, fazendo propósitos e não os cumprindo nunca, 
					assim o Senhor zombará dele na hora da morte. 
					
					Em Eclo 21, 1 diz:
					
					“Filho, pecaste? Não tornes a pecar; mas roga pelas culpas 
					antigas, a fim de que te sejam perdoadas”. 
					Assim Deus adverte o homem, porque deseja salvá-lo… porque 
					talvez mais um pecado que o homem cometer fará pender a 
					balança da justiça divina e será condenado. 
					
					Em Isaías 47, 
					10-11 diz: 
					“Pecaste confiando temerariamente na 
					misericórdia de Deus; mas o castigo viera de improviso sobre 
					ti, sem que saibas donde vem”. 
					
					  
					
					  
					
					NONA PALESTRA 
					  
					
					OS ANJOS 
					  
					
					1.º Ponto 
					  
					
					A) Quem são os 
					anjos? 
					
					Os anjos são espíritos puros, isto é, sem 
					corpo, que têm entendimento e vontade. 
					
					  
					
					B) Para que criou 
					Deus os anjos? 
					
					Deus criou os anjos para que O louvem, 
					obedeçam e sejam felizes no céu; para serem os seus 
					mensageiros e cuidarem dos homens. 
					
					  
					
					C) Quem é o anjo 
					da guarda? 
					
					O anjo da guarda é o anjo que Deus nos dá a 
					cada um para que nos guarde na terra e nos guie para o céu. 
					  
					
					2.º Ponto 
					  
					
					Os anjos na Sagrada Escritura 
					
					  
					
					Muitos afirmam que os anjos não existem, e 
					que tudo não passa de uma lenda ou invenção. Mas, a Sagrada 
					Escritura mostra abertamente que os anjos existem. Mesmo que 
					as trevas tentem ofuscar esses amigos íntimos, eles 
					continuam brilhando e nos protegendo. 
					
					  
					
					Antigo Testamento 
					
					  
					
					Gênesis 28, 12: “(Jacó)
					
					teve um sonho: Eis que uma escada se erguia sobre a terra e 
					o seu topo atingia o céu, e anjos de Deus subiam e desciam 
					por ela!” 
					
					1 Crônicas 21, 15: 
					“Depois Deus enviou o Anjo a 
					Jerusalém para exterminá-la; mas, no momento de 
					exterminá-la, Deus viu e se arrependeu deste mal; e disse ao 
					Anjo exterminador: ‘Basta! Retira tua mão’”. 
					
					Tobias 5, 22: 
					“Um bom anjo o 
					acompanhará, lhe dará uma viagem tranquila e o devolverá são 
					e salvo!” 
					
					  
					
					Novo Testamento 
					
					  
					
					São Mateus 1, 20:
					
					“Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do 
					Senhor manifestou-se a ele em sonho”, 
					e: 
					“Com isso, o diabo o deixou. E os anjos de Deus se 
					aproximaram e puseram-se a servi-lo” 
					(Mt 4, 11), e também: 
					“Não desprezeis 
					nenhum desses pequeninos, porque eu vos digo que os anjos 
					nos céus vêem continuamente a face de meu Pai que está nos 
					céus” 
					(Mt 18, 10), e ainda: 
					“Ele enviará os seus 
					anjos que, ao som da grande trombeta, reunirão os seus 
					eleitos dos quatro ventos, de uma extremidade até a outra 
					extremidade do céu” 
					(Mt 24, 31). 
					
					  
					
					São Lucas 22, 43:
					
					“Apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava”. 
					
					São João 20, 12:
					“E 
					viu dois anjos, vestidos de branco, sentados no lugar onde o 
					corpo de Jesus fora colocado, um à cabeceira e outro aos 
					pés”. 
					
					Atos dos Apóstolos 
					5, 19: 
					“O Anjo do Senhor, porém, durante a noite, 
					abriu as portas do cárcere…” 
					
					  
					
					3.º Ponto 
					
					  
					
					Hierarquia angélica 
					
					  
					
					Costuma-se dividir os Anjos em nove 
					coros e três hierarquias ou 
					ordem. 
					
					Vejamos a hierarquia celeste como foi 
					proposta por São Dionísio Areopagita, e tem sido ensinado 
					pela Igreja Católica Apostólica Romana. 
					
					  
					
					3.ª Hierarquia 
					
					  
					
					Pertencem à terceira hierarquia, os seres 
					espirituais celestes mais privilegiados, pois vivem, por 
					assim dizer, nos umbrais da Divindade. 
					
					Pela luz de Deus que recebem diretamente, 
					experimentam simultaneamente dos três graus de perfeição 
					espiritual, isto é, da purificação, da iluminação e da união 
					com Deus. 
					
					Sua função, segundo São Boaventura, é a visão 
					de Deus e sua glorificação extrínseca, e o aperfeiçoamento 
					dos coros inferiores pela iluminação que lhes comunica. 
					
					  
					
					9.º Coro. 3.ª Hierarquia 
					
					  
					
					Os Serafins 
					
					  
					
					Os Serafins são os mais “próximos” 
					de Deus, de cujo conhecimento e amor participam em grau 
					superior aos demais, por “contemplarem” por 
					assim dizer, a Deus, o Amor Supremo, a fonte de todo o Amor. 
					
					Sua vontade é como que uma fulguração que não 
					vive senão do amor divino. Amando somente a Deus, cada vez 
					mais se abrasam neste fogo celestial. Conhecem a infinita 
					bondade de Deus mais que qualquer ser criado, e esse 
					conhecimento aviva-lhes sem cessar o amor. 
					
					Deus é Caridade, é Ele mesmo o Amor; como a 
					natureza dos Serafins os impele a amarem, amam a Deus sem 
					limites, sem medidas e sem fim. 
					
					Seu ofício é amar a Deus e cantar seus 
					louvores, comunicando aos demais coros o fogo de amor a 
					Deus. Por isso, se fala nos ardentes Serafins, cujo objeto é 
					o bem. Eles, portanto, adoram, amam e louvam sem cessar a 
					Santíssima Trindade. 
					
					Devemos pedir aos Serafins que nos abrasem no 
					amor a Deus e nos inflame o coração no carinho para com 
					Maria Santíssima, nossa Mãe celeste. 
					
					Narra a Escritura que o profeta Isaías viu um 
					Serafim que lhe purificava os lábios com um carvão aceso que 
					havia tomado do altar do Senhor e antes havia ouvido como os 
					Serafins cantavam em coro o triságio: 
					“Santo, Santo, Santo, é o Senhor 
					Deus dos exércitos; cheia está a terra de sua glória” 
					(Is 6, 3). 
					
					  
					
					8.º Coro. 3.ª Hierarquia 
					
					  
					
					Os Querubins 
					
					  
					
					Recebem 
					diretamente os raios da divina Sabedoria e estão cheios da 
					sublimidade da ciência do Senhor. Ao contemplarem a essência 
					divina ficam submersos naquele pélago (abismo) imenso 
					da sabedoria de Deus que os envolve totalmente. Segundo São 
					Dionísio Areopagita, os luminosos Querubins têm a 
					prerrogativa de contemplar o poder divino. Como que 
					extasiados, prorrompem em cânticos de amor e louvor a Deus. 
					São, por assim dizer, a personificação do zelo na realização 
					da maior glória de Deus e da defesa da mesma. 
					
					O profeta Ezequiel 
					teve uma visão desses espíritos celestes. Pareceu-lhe ver, 
					de modo figurado, evidentemente, que levavam em carro de 
					glória, a majestade de Deus: 
					“Quanto às suas 
					faces, tinham forma semelhante à de um homem, mas os quatro 
					apresentavam face de leão do lado direito e todos os quatro 
					apresentavam face de touro do lado esquerdo. Ademais, todos 
					os quatro tinham face de águia” 
					(Ez 1, 10). 
					
					Um Querubim teria 
					guardado a “porta do Paraíso” após a queda de 
					Adão: 
					“Ele baniu o homem e colocou, diante do 
					jardim do Éden, os querubins e a chama da espada fulgurante 
					para guardar o caminho da árvore da vida” 
					(Gn 3, 24). 
					
					Acredita-se que o
					“trono” do Papa seja guardado por quatro 
					Querubins, e que muitos santuários que os homenageiam são 
					assistidos por um deles. A piedade cristã os invoca nas 
					tentações contra a fé, a virtude da pureza e os escrúpulos. 
					
					  
					
					7.º Coro. 3.ª Hierarquia 
					
					  
					
					Os Tronos 
					
					  
					
					Contemplam 
					eternamente a Deus em sua puríssima essência. Sorvem a luz 
					daquela fonte inesgotável de amor e sabedoria. Recebem de 
					Deus as ordens para comunicá-las às Dominações e aos outros 
					espíritos das hierarquias inferiores. 
					
					Como estão 
					permanentemente junto de Deus, são como que um “trono” 
					sobre o qual simbolicamente descansa a majestade divina. 
					Cantam, por assim dizer, a glória de Deus: 
					“Santo, Santo, Santo 
					é o Senhor Deus dos exércitos; toda a terra está cheia de 
					sua glória” 
					(Is 6, 3). 
					
					São Paulo na carta 
					aos Colossenses assim se refere aos Tronos, espíritos 
					celestes da 3.ª hierarquia: 
					“Porque nele foram 
					criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e 
					as invisíveis: Tronos, Soberanias, Principados, Autoridades, 
					tudo foi criado por ele e para ele” 
					(1, 16). 
					
					Os Tronos assistem 
					aos bispos em suas dioceses, aos governantes, às comunidades 
					claustrais e oferecem à Santíssima Trindade as orações e 
					sacrifícios que se realizam nessas suas comunidades. Devemos 
					invocá-los para que esclareçam e iluminem os governantes, 
					bispos e responsáveis por comunidades religiosas e civis. 
					
					  
					
					2.ª Hierarquia 
					
					  
					
					Sua missão 
					primordial é a iluminação dos coros inferiores e o 
					cumprimento dos desígnios de Deus no universo, isto é, o 
					governo do mundo. 
					
					  
					
					6.º Coro. 2.ª Hierarquia 
					
					  
					
					As Dominações 
					
					  
					
					Fazem cumprir a 
					vontade do Senhor em todos os espíritos dos coros inferiores 
					e no mundo. 
					
					São, por assim 
					dizer, espíritos administradores dos quais Deus se serve 
					para o governo do mundo. Foram considerados os 
					generalíssimos dos exércitos angélicos servindo a Deus que 
					possui a dominação suprema sobre tudo quanto existe. 
					
					Suas atribuições 
					se estendem não apenas a atuar sobre os coros inferiores, 
					mas a todo o universo. 
					
					São Paulo se 
					refere às Dominações na Carta aos Efésios: 
					“Muito acima de 
					qualquer Principado e Autoridade e Poder e Dominação…” 
					(1, 21). 
					
					Assistem aos que 
					se empenham em difundir o reino de Deus: os missionários, os 
					superiores de mosteiros e conventos, os que possuem um 
					ministério de devoção espiritual e os professores. Devemos 
					pedir às Dominações pelos hereges, agnósticos, ateus 
					incrédulos, de outras religiões e pelos católicos pouco 
					fervorosos. 
					
					  
					
					5.º Coro. 2.ª Hierarquia 
					
					  
					
					As Virtudes 
					
					  
					
					Segundo São 
					Dionísio Areopagita, é por meio deste coro da hierarquia 
					Angélica que Deus preside o universo. 
					
					Sabemos que Deus 
					está em todos os lugares, pois é infinito, mas quer que as 
					Virtudes, sustentadas pela força e poder que d’Ele recebem, 
					mantenham as leis que regem a criação, suspendendo o curso 
					dessas mesmas leis quando sua suprema vontade assim resolve. 
					
					As Virtudes têm o 
					poder de acalmar a fúria dos mares, a força dos ventos e o 
					curso dos astros. Em uma palavra: a elas estão sujeitos os 
					fenômenos da natureza. 
					
					Deus envia as 
					Virtudes aos que se esforçam por tornarem-se melhores. Os 
					pecadores arrependidos são auxiliados por Virtudes Celestes, 
					para que perseverem no bem. Para melhorarmos nossa vida 
					espiritual devemos invocá-las, porque não bastam bons 
					pensamentos e resoluções: é necessário coragem e força para 
					cumprirmos as boas resoluções. 
					
					  
					
					4.º Coro. 2.ª Hierarquia 
					
					  
					
					As Potestades 
					
					  
					
					Os espíritos 
					celestes denominados Potestades removem todos os obstáculos 
					que podem impedir a execução dos desígnios de Deus e segundo 
					São Gregório Magno, vencem o poder dos demônios. 
					
					O inimigo do 
					gênero humano, o demônio, se compraz em estorvar o quanto 
					pode a realização dos desígnios de Deus sobre a humanidade. 
					Os demônios inconformados com a misericórdia com que Deus 
					trata os homens, têm um só afã, um só objetivo: o de 
					induzi-los a ofender a Deus para que venham a participar de 
					sua desdita. 
					
					Para proteger os 
					homens contra essas insídias diabólicas, Deus designou as 
					Potestades, conferindo a elas os poderes que assegurem 
					sempre a vitória, quando invocados a intervir nas tentações 
					e maquinações solertes (velhacas) dos demônios. 
					Auxiliam de modo especial aos sacerdotes, inspirando-os para 
					que se santifiquem e exerçam bem seu ministério. 
					
					  
					
					1.ª Hierarquia 
					
					  
					
					3.º Coro. 1.ª Hierarquia 
					
					  
					
					Os Principados 
					
					  
					
					Segundo São 
					Dionísio Areopagita, os Principados têm por ofício o governo 
					dos reinos e dos povos. São como custódios das comunidades. 
					
					São como que os 
					generais do “exército” do Rei do Universo que 
					defendem e protegem as nações. Cada reino, cada nação, cada 
					igreja, cada localidade e cada povo tem um vigilante guarda, 
					um Principado que lhe serve de proteção, amparo e defesa. Ao 
					aparecer aos pastorzinhos em Fátima, em 1916, o Anjo se 
					apresentou como “o Anjo de Portugal”. Seria um 
					Principado, e que não se identificou como tal, pois, para as 
					crianças a quem apareceu, essa designação certamente seria 
					incompreensível. 
					
					Os Principados 
					“lutam” contra as legiões infernais que, com seus 
					príncipes, pervertem as sociedades e fazem-nas desviar do 
					caminho da salvação. 
					
					Em Romanos 8, 38 
					diz: 
					“Pois estou convencido de que nem a morte nem 
					a vida, nem os anjos nem os principados…” 
					
					Os Principados 
					adoram a Deus presente na Sagrada Eucaristia e, por isso, um 
					comentarista recomendava que 
					“nenhum sacerdote 
					deveria se esquecer de saudar o Anjo do Santuário ao nele 
					entrar”. 
					O mesmo se aplica a nós, que, ao entrarmos numa igreja, 
					depois de adorarmos ao Santíssimo Sacramento e à Santíssima 
					Trindade e de uma oração a Maria Santíssima, devemos invocar 
					o Principado daquela igreja. 
					
					  
					
					2.º Coro. 1.ª Hierarquia 
					
					  
					
					Os Arcanjos 
					
					  
					
					Como o nome o 
					indica, os Arcanjos, embora fazendo parte da hierarquia dos 
					Anjos, são de certa forma, de uma classe de grau superior 
					aos Anjos do 1.º Coro. A eles Deus confia missões 
					extraordinárias, como a comunicação de mistérios de fé e 
					revelações de realidades acima da compreensão da razão 
					humana. 
					
					São Miguel é 
					representado como um guerreiro subjugando Satanás. A lança 
					em sua mão simboliza a Força de Deus com a qual derrota o 
					Demônio; o escudo, a humildade contra a qual vêm lançarem-se 
					as insídias informais; a espada de dois gumes é um símbolo 
					da Palavra de Deus, a qual desfaz a mentira e dissipa a 
					ilusão de que Satanás em sua soberba se serve para impedir a 
					ação da graça e enganar e perder as almas. 
					
					Miguel significa
					“Quem como Deus?” 
					
					Segundo alguns 
					teólogos, São Miguel Arcanjo é o Anjo da guarda de Jesus 
					Cristo, da Sagrada Eucaristia e do Santo Sacrifício da 
					Missa. 
					
					São Miguel 
					enviaria seus Arcanjos para auxiliarem o Anjo da guarda de 
					uma pessoa perseguida ou na iminência do martírio. 
					
					São Gabriel é o 
					mensageiro do Espírito Santo. 
					
					Gabriel significa
					“Deus é forte”. 
					
					Apareceu a Daniel, 
					Zacarias e a Nossa Senhora. É venerado como o Anjo da guarda 
					de Nossa Senhora, e devemos invocá-lo para que aumente em 
					nós o amor a Santíssima Virgem. 
					
					Todos aqueles que 
					se doam pelas mãos de Nossa Senhora a Jesus Cristo, recebem 
					um auxílio suplementar, além de seu Anjo da guarda, um Anjo 
					do Coro de São Gabriel para seu aperfeiçoamento espiritual. 
					A cada dia, ele apresenta à sua Soberana Rainha, o 
					“bouquet” dos “sim” dessas pessoas que 
					aceitam, trabalham e oferecem por amor, todas as suas 
					misérias e defeitos, para a glória de Deus e a salvação das 
					almas. 
					
					São Rafael, cujo 
					nome significa “Deus cura” ou “Medicina 
					de Deus”, é representado por um jovem em traje de 
					viagem, segurando um cajado. A vestimenta de viandante nos 
					recorda que São Rafael está sempre disposto a “viajar” 
					em nosso auxílio; o cajado lembra um cetro que simboliza o 
					poder, o acordo e a segurança com que o Arcanjo assiste a 
					todos quantos recorrem ao seu auxílio em suas necessidades. 
					
					São Rafael deve, 
					portanto, ser invocado contra as potências do mal, na cura 
					das doenças e nos deslocamentos e viagens. É também o 
					protetor dos confessores e penitentes. Muitos que a ele 
					recorreram foram bons orientadores de consciência. Ele nos 
					consola nas dificuldades presentes e nos fortalece contra o 
					desânimo e a depressão. Quando Deus no-lo envia, sentimos a 
					paz, a tranquilidade e a aceitação do 
					que nos parecia impossível suportar. 
					
					  
					
					1.º Coro. 1.ª Hierarquia 
					
					  
					
					Os Anjos 
					
					  
					
					São do último 
					Coro, esses espíritos bem-aventurados que como os outros 
					foram criados para a glória e o serviço de Deus. Deles, Deus 
					se serve como de emissários ou mensageiros e de guardiões de 
					cada criatura humana. Todos nós recebemos por bondade e 
					misericórdia de Deus, um Anjo Custódio, nosso Anjo da 
					Guarda, que nos protege das insídias do demônio e até mesmo 
					dos perigos para o nosso corpo. 
					
					Têm eles uma 
					atuação e participação nas atividades dos homens, 
					inspirando-lhes e suscitando-lhes boas ideias e propósitos, 
					protegendo-os e auxiliando-os na jornada pela terra rumo ao 
					céu. 
					
					Os Anjos são os 
					que dirigem cada pessoa individualmente, enquanto que os 
					Arcanjos normalmente anunciam realidades que interessam à 
					salvação de todos. 
					
					  
					
					  
					
					Bibliografia 
					
						- 
						
						Adolfo Tanquerey, Compêndio de teologia 
					ascética e mística  
						- 
						
						Archibald Joseph Macintyre, Os anjos, uma 
					realidade admirável  
						- 
						
						Bem-aventurado Columba Marmion, Jesus Cristo: 
					Ideal do monge  
						- 
						
						Catecismo da Igreja Católica, 1756, 1864, 
					2261, 2268, 2270, 2271, 2276, 2277, 2356,  2357, 2380,  2388 
						 
						- 
						
						Concílio de Trento, De Paenitentia, can. 1 
						 
						- 
						
						Edições Theologica  
						- 
						
						Frei Basílio Röwer, 50 Conferências para 
					Religiosas  
						- 
						
						Papa Paulo VI, Alocução, 24-03-1967 
						 
						- 
						
						Pe. Alexandrino Monteiro, Raios de luz 
						 
						- 
						
						Pe. Alfred Barth, Enciclopédia catequética, 
					Vol. II  
						- 
						
						Pe. Gaston Courtois, Espiritualidade 
						 
						- 
						
						Pe. João Batista Lehmann, Euntes… Praedicate! 
						 
						- 
						
						Pe. Luiz Fernando Cintra, O valor do 
					sacrifício  
						- 
						
						Pe. Richard Gräf,
						O cristão e a dor 
						 
						- 
						
						Sagrada Escritura  
						- 
						
						Santa Catarina de Sena, O Diálogo, 28. 9. 2 
						 
						- 
						
						Santa Teresa de Jesus, Escritos 
						 
						- 
						
						Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do 
					amor a Jesus Cristo; A oração; Preparação para a morte; 
					Meditações  
						- 
						
						Santo Agostinho, Escritos  
						- 
						
						Santo Tomás de Aquino, Escritos 
						 
						- 
						
						São Bernardo de Claraval, Escritos 
						 
						- 
						
						São Francisco de Sales, Introdução à vida 
					devota  
						- 
						
						São Pio X, Catecismo Maior 
						 
						- 
						
						Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã 
						 
					 
					   |