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						Anápolis, 31 de outubro 
						de 2013 
						  
						
						À senhora Rita Santana 
						de Faria 
						
						Cocalzinho – GO 
						  
						
						Caríssima, ame a Jesus 
						Cristo de todo o coração e imite o seu exemplo. 
						
						
						Será que
						
						Jesus Cristo aprendeu alguma coisa dos homens? 
						
						No texto do profeta Isaías 
						diz: “Eis, eu o dei como 
						testemunha para as nações, chefe e preceptor para as 
						gentes”. Ora, ao preceptor não compete ser 
						ensinado, mas ensinar. Logo, Cristo não recebeu ciência 
						alguma pela doutrina de homem algum. 
						
						Em qualquer gênero, o que 
						primeiro move não é movido por aquela espécie de 
						movimento, como o primeiro que produz alteração não é 
						alterado. Ora, Cristo foi constituído cabeça da Igreja 
						e, mais ainda, de todos os homens... de sorte que todos 
						os homens recebessem dele não apenas a graça, mas também 
						a doutrina da verdade. Por isso diz no Evangelho de São 
						João: “Eu nasci e vim ao 
						mundo para dar testemunho da verdade”. Logo, 
						não foi conveniente à sua dignidade que fosse ensinado 
						por qualquer homem. 
						
						Diz Orígenes: 
						“O Senhor interrogava não para 
						aprender algo, mas para que, sendo interrogado, 
						ensinasse. De uma só fonte da doutrina promana 
						(brota) o interrogar e o responder com sabedoria”. 
						Eis por que se acrescenta no Evangelho: 
						“Todos os que o ouviam se 
						admiravam de sua prudência e de suas respostas”. 
						
						Aquele que aprende do homem 
						não recebe imediatamente a ciência das espécies 
						inteligíveis que estão na mente de quem ensina, mas por 
						meio das vozes sensíveis que são sinais dos conceitos 
						intelectuais. Como essas vozes formadas pelo homem são 
						sinais de sua ciência intelectual, assim as criaturas 
						criadas por Deus são sinais de sua sabedoria. Daí, se 
						dizer no livro do Eclesiástico: 
						“Deus derramou sua sabedoria 
						sobre todas as suas obras”. Assim como é mais 
						digno ser ensinado por Deus do que pelo homem, assim é 
						mais digno receber a ciência das coisas sensíveis do que 
						do ensinamento humano. 
						
						Jesus progredia na ciência 
						experimental bem como em idade. Mas, como se requer uma 
						idade oportuna para que o homem receba a ciência por 
						meio da descoberta, assim também se requer para que a 
						receba por meio do aprendizado. Ora, o Senhor nada fez 
						que não conviesse à sua idade. Por isso, não prestou 
						ouvidos aos discursos da ciência senão no tempo em que 
						poderia também, pelo caminho da experiência, atingir o 
						mesmo grau de ciência. Daí, a palavra de São Gregório:
						“Aos doze anos de idade, 
						dignou-se interrogar os homens na terra porque, conforme 
						o uso da razão, não distribuiu as palavras da doutrina 
						senão na idade perfeita” (cfr. Santo Tomás 
						de Aquino, Suma Teológica, Volume VIII). 
						
						Parabéns pela sua 
						participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de 
						outubro. Seja missionária convidando muitas pessoas para 
						o Retiro de dezembro. 
						
						Eu te abençôo e te guardo 
						no Coração de Maria Virgem. 
						
						Com gratidão, 
						  
						
						Pe. Divino Antônio Lopes 
						FP. 
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