Anápolis, 31 de outubro
de 2013
Ao jovem
Wismar Gontijo
Goiânia –
GO
Prezado, seja devoto do seu
anjo da guarda e peça-lhe a proteção todos os dias.
Os homens são guardados por anjos.
No Salmo 91, 11 diz:
“Ele ordenou a seus anjos
guardar-te em todos os teus caminhos”.
Conforme a razão da divina
providência, isso se encontra em todas as coisas, a
saber, que as coisas móveis e variáveis são movidas e
regidas pelas móveis e invariáveis. Assim, todos os
seres corporais o são pelas substâncias espirituais
imóveis; e os corpos inferiores pelos superiores,
substancialmente invariáveis. Nós mesmos nos regulamos
por princípios que julgamos invariáveis a respeito de
conclusões nas quais podemos opinar diversamente. –
Quando se trata de agir é claro que o conhecimento e o
sentimento do homem podem variar de muitos modos e assim
se afastar do bem. Daí a necessidade de se delegarem
anjos para a guarda dos homens, para dirigi-los e
movê-los ao bem.
Graças ao livre-arbítrio, o
homem pode de algum modo evitar o mal, mas não
suficientemente, pois sua afeição para o bem é
enfraquecida por causa das muitas paixões da alma. Assim
também o conhecimento universal da lei natural que o
homem tem naturalmente, de certo modo o orienta para o
bem, mas não suficientemente. De fato, ao aplicar os
princípios universais do direito aos casos particulares,
engana-se de muitas maneiras. Por isso diz o livro da
Sabedoria: “Os pensamentos
dos mortais são tímidos, incertas nossas providências”.
Portanto, o homem necessita da guarda dos anjos.
Duas são as condições para
se agir bem: primeiro, que o afeto se incline ao fim;
isso faz em nós o hábito da virtude moral. Segundo, que
a razão encontra os caminhos convenientes para realizar
o bem da virtude; e isso o Filósofo atribui à prudência.
Ora, quanto à primeira, Deus guarda imediatamente o
homem infundindo a graça e as virtudes. Mas, quanto à
segunda, Deus guarda o homem como mestre universal, cuja
instrução chega ao homem pelo serviço dos anjos.
Assim como os homens se
desviam da natural inclinação para o bem por causa da
paixão do pecado, assim também se desviam das sugestões
dos anjos bons, dadas invisivelmente ao iluminá-los para
agir bem. Se, pois, os homens se perdem, isso não deve
ser imputado à negligência dos anjos, mas à maldade
humana. – Que alguma vez apareçam visivelmente aos
homens fora da lei comum, isso é por especial graça de
Deus; como também que se façam milagres fora da lei da
natureza (cfr. Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica,
Volume II).
Foi edificante a sua
participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de
outubro. Seja zeloso convidando muitas pessoas para o
Retiro de dezembro.
Eu te abençôo e te guardo
no Coração de Maria Virgem.
Com gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes
FP.
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