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						Anápolis, 31 de outubro 
						de 2013 
						  
						
						À senhora Alvina Pereira 
						de Souza 
						
						Anápolis – GO 
						  
						
						Prezada, os anjos 
						falam com Deus. 
						
						Diz a 
						Escritura (Zc 1, 12): E o anjo do Senhor 
						replicou, e disse: Senhor dos exércitos, até quando 
						diferirás tu o compadecer-te de Jerusalém? Logo, o 
						anjo fala com Deus. 
						
						A locução do 
						anjo consiste em o conceito da sua mente se ordenar para 
						outrem. Ora, uma coisa se ordena para outra duplamente: 
						— De um modo, para que comunique a outrem alguma coisa; 
						assim, nos seres naturais, o agente se ordena para o 
						paciente; e na linguagem humana, o mestre se ordena 
						para o discípulo. E, neste ponto de vista; de maneira 
						nenhuma o anjo fala com Deus, nem no referente à verdade 
						das coisas, nem no que depende da vontade criada, porque 
						Deus é o princípio e o instituidor de toda verdade e de 
						toda vontade. — De outro modo, uma coisa se ordena a 
						outra, da qual recebe algo; assim, nos seres naturais, o 
						paciente se ordena para o agente e, na locução humana, 
						o discípulo, para o mestre. E desta maneira, o anjo fala 
						com Deus, ou consultando a divina vontade, quanto ao que 
						deve fazer; ou admirando, sem nunca a compreender, a 
						excelência de Deus, como diz Gregório: os anjos 
						falam com o Senhor quando, considerando-se a si mesmos, 
						ficam tomados de admiração. 
						
						A locução nem 
						sempre serve para nos manifestarmos a outrem; mas às 
						vezes se ordena, finalmente, a que alguma coisa seja 
						manifestada a quem fala; assim, quando o discípulo 
						pergunta ao mestre. 
						
						Os anjos 
						sempre falam com Deus pela locução que consiste em 
						louvá-lo e admirá-lo. Mas, na locução pela qual lhe 
						consultam a sabedoria, sobre como devem agir, 
						falando-lhe só quando lhes ocorre algo de novo a fazer, 
						sobre o que desejam ser iluminados  
						(cfr. Santo Tomás de 
						Aquino, Suma Teológica, Volume II). 
						
						Foi edificante a sua 
						participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de 
						outubro. Seja zelosa convidando muitas pessoas para o 
						Retiro de dezembro. 
						
						Eu te abençôo e te guardo 
						no Coração de Maria Virgem. 
						
						Com gratidão, 
						  
						
						Pe. Divino Antônio Lopes 
						FP. 
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