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						Anápolis, 31 de outubro 
						de 2013 
						  
						
						Ao jovem José Lima da 
						Silva 
						
						Anápolis – GO 
						  
						
						Estimado, 
						a distância local não tem influência na locução 
						angélica.
						
						O rico, posto 
						no inferno clamava a Abraão, diz a Escritura (Lc 16, 
						24), sem que lho impedisse a distância local. Logo, 
						com maioria de razão, a distância local não pode impedir 
						que um anjo fale com outro. 
						
						A locução do 
						anjo consiste numa operação intelectual. Ora, tal 
						operação, no anjo, é abstrata do lugar e do tempo. 
						Pois, mesmo a nossa operação intelectual se dá pela 
						abstração das circunstâncias de lugar e de tempo, exceto 
						por acidente, por parte dos fantasmas, que de nenhum 
						modo existem nos anjos. Por ser, pois, a operação 
						intelectual deles absolutamente abstrata do lugar e do 
						tempo, nada opera sobre ela nem a diversidade deste, nem 
						a distância local. Por onde, esta não traz nenhum 
						impedimento à locução angélica. 
						
						A locução 
						angélica é interior; percebida, todavia, por outro anjo. 
						Logo, está no anjo que fala e, por conseguinte, onde 
						está esse anjo. Mas, como a distância local não impede 
						que um anjo possa ver outro, assim, também não impede 
						que um perceba, em outro, o que, neste, está ordenado 
						para aquele; e isso é perceber um a locução do outro. 
						
						O referido 
						clamor não é voz corpórea, necessitado pela distância 
						local; mas significa a grandeza da coisa dita, ou a 
						grandeza do efeito, conforme explica Gregório:  
						cada 
						um tanto menos clama quanto menos deseja  
						(cfr. Santo Tomás de 
						Aquino, Suma Teológica, Volume II). 
						
						Foi exemplar a sua 
						participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de 
						outubro. Seja diligente convidando muitas pessoas para o 
						Retiro de dezembro. 
						
						Eu te abençôo e te guardo 
						no Coração de Maria Virgem. 
						
						Com gratidão, 
						  
						
						Pe. Divino Antônio Lopes 
						FP. 
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