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						Anápolis, 31 de outubro 
						de 2013 
						  
						
						À senhora Rosicréia 
						Maria dos Santos 
						
						Anápolis – GO 
						  
						
						Estimada, 
						numa mesma hierarquia há muitas ordens.
						
						Diz o 
						Apóstolo (Ef 1, 21), que Deus constituiu 
						Cristo homem acima de todo o principado, e potestade, e 
						virtude, e dominação, que são as diversas ordens dos 
						anjos; e certos, dentre eles, pertencem a uma mesma 
						hierarquia. 
						
						
						Uma 
						hierarquia é uma chefia, isto é, uma multidão ordenada, 
						do mesmo modo, sob o governo de um chefe. Ora, não seria 
						a multidão ordenada, mas confusa, se nela não houvesse 
						diversas ordens. Logo, a noção mesma de hierarquia 
						requer a diversidade das ordens, e esta é considerada 
						relativamente aos diversos ofícios e atos. E isso bem se 
						vê na cidade, em que são diversas as ordens, segundo os 
						diversos atos; assim, uma é a ordem dos que julgam, 
						outra, a dos que pugnam, outra, a dos que trabalham nos 
						campos, e assim por diante. Mas, embora sejam muitas as 
						ordens de uma mesma cidade, todas, contudo, podem 
						reduzir-se a três, por ter qualquer multidão perfeita: 
						princípio, meio e fim. Por onde, há tríplice ordem de 
						homens na cidade: uns são os supremos, como os nobres; 
						outros, ínfimos, como o baixo povo; outros, médios, como 
						o povo honrado. Assim, pois, em qualquer hierarquia 
						angélica, as ordens se distinguem segundo os diversos 
						atos e ofícios; e toda essa diversidade se reduz a três 
						ordens: a suma, a média e a ínfima. E por isso, em cada 
						hierarquia, Dionísio coloca três ordens. 
						
						Ordem se toma 
						em dupla acepção. Numa, a ordenação, em si, 
						compreendendo graus diversos; e, deste modo, diz-se que 
						a hierarquia é uma ordem. De outro modo, chama-se ordem 
						a um mesmo grau; e assim, diz-se que há várias ordens 
						numa mesma hierarquia. 
						
						Na sociedade 
						dos anjos, tudo é possuído em comum; contudo, uns 
						possuem certas coisas de modo mais excelente que outros. 
						Ora, o que pode comunicar o que possui tem posse mais 
						perfeita que o que não o pode; assim é mais 
						perfeitamente cálido o que pode aquecer, do que o que 
						não pode; e sabe mais perfeitamente quem pode ensinar, 
						do que quem não o pode. E quanto mais perfeito for o dom 
						comunicado, tanto mais perfeito será o grau de quem o 
						comunica; assim, no grau mais perfeito do magistério 
						está quem pode ensinar a ciência mais elevada. E, de 
						acordo com esta semelhança deve-se distinguir a 
						diversidade dos graus ou das ordens dos anjos, segundo 
						os diversos ofícios e atos. 
						
						O anjo 
						inferior é superior ao homem mais elevado, na nossa 
						hierarquia, conforme aquilo da Escritura (Mt 11, 11):
						O que é menor no reino dos céus, é maior do que ele, 
						isto é, do que João Batista, do qual entre os nascidos 
						de mulher não se levantou outro maior. Por onde, o anjo 
						menor da celeste hierarquia pode não só purificar, mas 
						iluminar e aperfeiçoar, e de modo mais alto do que as 
						ordens da nossa hierarquia. E assim pela distinção 
						destes atos não se distinguem as ordens celestes, mas 
						por outras diferenças deles  
						(cfr. Santo Tomás de 
						Aquino, Suma Teológica, Volume II). 
						
						Foi exemplar a sua 
						participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de 
						outubro. Seja diligente convidando muitas pessoas para o 
						Retiro de dezembro. 
						
						Eu te abençôo e te guardo 
						no Coração de Maria Virgem. 
						
						Com gratidão, 
						  
						
						Pe. Divino Antônio Lopes 
						FP. 
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