Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Carta 89

 

Anápolis, 31 de outubro de 2013

 

Ao Carlos Eduardo dos Santos

Anápolis – GO

 

Prezado, a distinção de hierarquia e de ordens procede da natureza dos anjos.

Diz o Mestre das Senten­ças: chama-se ordem dos anjos à multidão dos espíritos celestes, semelhantes, entre si, por al­gum dom da graça, do mesmo modo que tem de comum, entre si, a participação dos dons naturais. Logo, a distinção das ordens dos anjos procede, não somente dos dons gratuitos, mas também, dos naturais.

A ordem do governo, que é a ordem da multidão, regida por um chefe, supõe a relação com um fim. Ora, duplamente se pode entender o fim dos anjos. — De um modo quanto à faculdade da natureza, feita para co­nhecer e amar a Deus por conhecimento e amor naturais. E em relação a este fim, as ordens dos anjos se distinguem pelos dons naturais deles. — De outro modo, pode-se compreender o fim da multidão angélica como superior à faculdade natural deles, e consistente na visão da divina essência e no gozo imutável da bondade da mes­ma; e tal fim os anjos não o podem alcançar senão pela graça. Por onde, em relação a este fim, as ordens dos anjos se distinguem, comple­tivamente, quanto aos dons gratuitos; dispositi­vamente, quanto aos naturais. Pois, os anjos recebem os dons gratuitos conforme a capacida­de para os naturais, o que não se dá com os ho­mens. E, portanto, as ordens dos homens se distinguem somente pelos dons gratuitos e não segundo a natureza (cfr. Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, Volume II).

Foi edificante a sua participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de outubro. Seja zeloso convidando muitas pessoas para o Retiro de dezembro.

Eu te abençôo e te guardo no Coração de Maria Virgem.

Com gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.