Anápolis, 31 de outubro
de 2013
À senhora Antônia Maria
Soares Silva
Anápolis – GO
Prezada,
as ordens angélicas permanecerão depois do dia do juízo.
Diz a
Escritura: as estrelas, permanecendo na sua ordem e no
seu curso o que é explicado como referente aos anjos.
Logo, estes sempre permanecerão nas suas funções.
Nas ordens
angélicas, duas causas se podem considerar: a distinção
dos graus e o exercício das funções. — A distinção dos
graus nos anjos se funda na diferença da natureza e da
graça; e ambas essas diferenças permanecerão sempre
neles. Pois, não podem ser privados das diferenças das
naturezas, a não ser desaparecendo eles. E a diferença
da glória sempre neles existirá, fundada na diferença
do mérito precedente. — Quanto ao exercício das funções
angélicas, esse, depois do dia do juízo, permanecerá de
certo modo e, de outro, cessará. Cessará quanto à
condução de certos homens ao fim; permanecerá, porém, no
que diz respeito à consecução última do fim. Assim, umas
são as funções das ordens militares, na luta, e, outras,
no triunfo.
Os
Principados e as Potestades deixarão de existir, na
referida consumação final, no atinente à condução dos
fiéis ao fim; pois, conseguido este, já não é necessário
tender para ele. E esta razão se deduz das palavras do
Apóstolo: Quando tiver entregado o reino a Deus e ao
Pai, isto é, quando levar os fiéis à fruição mesma de
Deus.
As ações de
uns anjos sobre outros devem-se considerar
relativamente à semelhança dos nossos atos
inteligíveis. Ora, há em nós muitos atos inteligíveis
ordenados pela ordem da causa em relação ao causado;
assim, quando por muitos meios chegamos gradualmente a
uma conclusão. Ora, é manifesto que o conhecimento da
conclusão depende de todos os meios precedentes, não só
quanto à aquisição de nova ciência, mas também quanto à
conservação desta. E a prova é que, se a alguém esquecer
algum dos meios precedentes, poderá ter opinião ou fé,
quanto à conclusão, mas não ciência, desde que é
ignorada a ordem das causas. E, portanto, como os anjos
inferiores conhecem as razões das obras divinas pela
luz dos superiores, desta luz depende o conhecimento
deles, não só quanto à aquisição da nova ciência, mas
também quanto à conservação desta. Por onde, embora
depois do juízo, os anjos inferiores não mais progridam
em nenhum conhecimento, contudo nem por isso deles se
exclui a iluminação dos superiores.
Embora depois
do dia do juízo, os homens não precisem mais ser levados
à salvação pelo ministério dos anjos, contudo, aqueles
que já o conseguiram terão alguma iluminação por ofício
deles (cfr.
Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, Volume II).
Foi edificante a sua
participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de
outubro. Seja zelosa convidando muitas pessoas para o
Retiro de dezembro.
Eu te abençôo e te guardo
no Coração de Maria Virgem.
Com gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes
FP.
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