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						Anápolis, 31 de outubro 
						de 2013 
						  
						
						Ao senhor Sebastião 
						Augusto Ferreira 
						
						Samambaia – DF 
						  
						
						Prezado,
						
						será que os condenados no inferno são atormentados só 
						pela pena do fogo?
						
						A 
						Escritura diz: O fogo, o enxofre e as tempestades 
						são a parte que lhes toca.  Diz ainda a Escritura:
						Passará das águas da neve para um excessivo calor. 
						
						Segundo 
						Basílio, na última purificação do mundo haverá a 
						separação dos elementos: o que for puro e nobre 
						permanecerá na região superior para glória dos 
						bem-aventurados; e tudo o que for ignóbil e grosseiro 
						será precipitado no inferno para pena dos condenados. De 
						modo que, assim como toda criatura será para os santos 
						matéria de alegria, assim todas concorrerão para 
						aumentar o tormento dos condenados, segundo aquilo da 
						Escritura: Todo o universo pelejará da parte dele 
						contra os insensatos. ─ E também entra no plano da 
						divina justiça que, assim como, abandonando o bem único, 
						pelo pecado, constituíram o seu fim nas causas materiais 
						que são muitas e variam, assim também sejam atormentados 
						de muitos modos e por muitas causas. 
						
						O fogo, 
						pela sua grande virtude ativa, é capaz de nos causar os 
						maiores suplícios. Por isso serve o seu nome para 
						designar sofrimentos veementes, quaisquer que sejam. 
						
						O fim 
						principal das penas do purgatório não é atormentar, mas 
						purificar. Por isso devem ser causadas só pelo fogo, 
						cuja virtude é essencialmente purificadora. Ora, as 
						penas dos condenados não se ordenam a purificá-los. Não 
						há, pois, símile. 
						
						Os 
						condenados passarão de um veementíssimo calor para um 
						frio veementíssimo sem gozarem com isso de nenhum 
						refrigério. Porque o sofrimento dos condenados, 
						provocado por agentes externos, não será como o que 
						causam em nós, alterando a disposição natural que 
						encontrou em nosso corpo, de modo a reduzi-la a um 
						estado proporcionado de equilíbrio, procurando-nos assim 
						um refrigério: Mas será por ação espiritual, pela qual 
						os sensíveis atuam sobre os sentidos, fazendo-se sentir 
						pela impressão no órgão das suas formas, no seu ser 
						espiritual e não no material  
						(cfr. Santo Tomás de 
						Aquino, Suma Teológica, Suplemento). 
						
						Foi edificante a sua 
						participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de 
						outubro. Seja zeloso convidando muitas pessoas para o 
						Retiro de dezembro. 
						
						Eu te abençôo e te guardo 
						no Coração de Maria Virgem. 
						
						Com gratidão, 
						  
						
						Pe. Divino Antônio Lopes 
						FP. 
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