Anápolis, 31 de outubro
de 2013
Ao Oscar Morais
Samambaia – DF
Estimado,
será que o verme que tortura os condenados ao inferno
é material?
Santo
Agostinho diz: o fogo inextinguível e o verme
imperecível, que serão a pena dos maus, uns os entendem
de um modo e outros, de outro. Uns dizem que serão
ambos suplícios do corpo; outros, da alma; uns aplicam o
fogo no seu sentido próprio ao corpo e, em sentido
figurado, à alma, o verme ─ o que é mais aceitável.
Depois do
dia do juízo, no mundo renovado, não haverá mais nenhum
animal nem nenhum corpo misto além do homem. Porque de
um lado tais seres ─ animais e corpos mistos ─ não são
destinados à incorrupção de outro, depois do juízo não
mais haverá geração nem corrupção. Por onde, o verme,
suplício dos condenados, não deve ser entendido como um
verme material, mas espiritual, como o remorso da
consciência. Chamado verme por nascer da podridão do
pecado e ser o suplício da alma, assim como o verme
corpóreo nasce da podridão da matéria e faz sofrer com
as suas punições.
Santo
Agostinho fala em sentido comparativo. Pois, não
pretende afirmar que esse verme seja absolutamente
considerado, material; mas que deveríamos, antes,
admitir verme e fogo entendidos em sentido material, do
que os entender a ambos em sentido puramente espiritual.
Porque, neste último caso, os condenados não sofreriam
nenhuma pena corporal. Essa interpretação resulta clara
a quem refletir no contexto do santo doutor
(cfr. Santo Tomás de
Aquino, Suma Teológica, Suplemento).
Foi exemplar a sua
participação no Santo Retiro nos dias 26 e 27 de
outubro. Seja diligente convidando muitas pessoas para o
Retiro de dezembro.
Eu te abençôo e te guardo
no Coração de Maria Virgem.
Com gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes
FP.
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