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						Anápolis, 31 de outubro 
						de 2013 
						  
						
						À Mariana 
						dos Santos 
						
						Goianira – 
						GO 
						  
						
						Prezada,
						
						
						será que os condenados no inferno são rodeados de trevas 
						materiais?
						
						O 
						Evangelho diz: Atai-os de pés e mãos e lançai-os nas 
						trevas exteriores. Ao que diz Gregório: Se o fogo 
						do inferno iluminasse, nunca o Evangelho diria que foram 
						atirados nas trevas exteriores. Aquilo do salmista ─ 
						Voz do Senhor, que divide a chama do fogo ─ diz 
						Basílio: O poder de Deus fará com que a luz do fogo 
						se lhe separe da sua virtude adustiva, de modo que a sua 
						claridade redundará em alegria dos santos e a sua 
						virtude adustiva em tormento dos condenados. Logo, 
						os condenados estarão rodeados de trevas materiais. 
						
						A 
						disposição do inferno será tal como especialmente convém 
						à miséria dos condenados. A luz, pois, e as trevas que 
						nele houver serão as mais aptas para entreter essa 
						miséria. Ora, a visão, em si mesma, nos é uma causa de 
						prazer; pois, como diz Aristóteles, o sentido da vista é 
						o mais amável porque nos dá muitos conhecimentos. Mas, 
						por acidente, pode a visão ser causa de sofrimento, como 
						quando vemos o que nos pode ser nocivo ou repugnante à 
						nossa vontade. Por isso o inferno deve ser um lugar 
						disposto de modo aos condenados poderem ver, tanto na 
						luz como nas trevas; de maneira que aí nada enxerguem à 
						plena luz, mas apenas distingam, envolto numa certa 
						umbrosidade, tudo o que lhes puder aumentar a aflição do 
						coração. É, pois, absolutamente falando, a mansão das 
						trevas, mas, por disposição divina, banhada de luz 
						suficiente para fazer-lhe divisar o que lhes pode 
						torturar a alma. E para isso suficientemente contribui a 
						natural situação do lugar que o inferno ocupa, no meio 
						da terra, onde não pode existir senão um fogo sombrio e 
						fumoso. 
						
						Outros, 
						porém, explicam a causa dessas trevas pelo acúmulo em 
						massa dos corpos dos condenados, cuja multidão encherá 
						de tal modo o receptáculo do inferno que expulsará daí 
						todo o ar. Não haverá, portanto, nele nada de diáfano, 
						susceptível de ser o sujeito da luz e das trevas, senão 
						os olhos dos condenados, obscurecido por elas  
						(cfr. Santo Tomás de 
						Aquino, Suma Teológica, Suplemento). 
						
						Foi 
						edificante a sua participação no Santo Retiro nos dias 
						26 e 27 de outubro. Seja zelosa convidando muitas 
						pessoas para o Retiro de dezembro. 
						
						Eu te abençôo 
						e te guardo no Coração de Maria Virgem. 
						
						Com gratidão, 
						  
						
						Pe. Divino Antônio Lopes 
						FP. 
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