Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Circular

 

 

CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO

– ANÁPOLIS – GO – BRASIL

 

Circular n° 19 – 17-02-2015

 

Estimados (as), agradeço-lhes pela participação no Santo Retiro realizado na Casa de Retiro Madre Beatriz de Nossa Senhora das Dores (Cidade Missionária do Santíssimo Crucifixo) – Anápolis – GO, nos dias 14, 15, 16 e 17 de fevereiro, com a chegada no dia 13 às 18:00 h. Foram quatro dias de silêncio e oração em que meditamos sobre os temas: Aproveitar bem o tempo; Serenidade perante as dificuldades; Viver sem medo; O grão de mostarda; Obras é que são amores: Apostolado; O sacrifício de Abel; Difundir a verdade; Fortaleza na vida diária; Chamados à santidade; Sinceridade e verdade; A alegria da cruz; Perseverar até o fim; Confiança em Deus e Maria Santíssima: nosso modelo.

Participaram pessoas de: Cocalzinho (GO), Goiânia (GO), Anápolis (GO), Jaraguá (GO), Taguatinga (DF), Águas Claras (DF), Puerto Quijarro (Bolívia), Puerto Suárez (Bolívia), Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Capitán Bado (Paraguai), Viña del Mar (Chile), San Salvador de Jujuy (Argentina)  e Lima (Peru).

Convido-os (as), desde já, para participarem do próximo Santo Retiro que será nos dias 25 e 26 de abril de 2015, com chegada no dia 24 às 18:00 h., na Casa de Retiro Madre Beatriz de Nossa Senhora das Dores (Cidade Missionária do Santíssimo Crucifixo), Br 153, Km 428, 80, Anápolis-GO, tendo como temas: O sepulcro encontrado vazio (Jo 20, 1-10); Aparição a Maria Madalena (Jo 20, 11-18); Os dois discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35); Aparição aos discípulos (Jo 20, 19-29); A perseverança depois da Páscoa  e Todos ressuscitarão.

Prezados (as), aproveitem bem o tempo fazendo uma PIEDOSA LEITURA ESPIRITUAL: “Tem sempre contigo um bom livro de devoção” (São Francisco de Sales).

Não basta ler livros... é preciso ler bons livros.

O livro aparece hoje por toda a parte, trata de todos os assuntos, reveste todas as formas.

O livro atrai pela novidade do título, pelo nome do autor e pelo luxo da impressão. É preciso escolher somente livros aprovados pela Igreja Católica Apostólica Romana.

Se o livro é ilustrado, tem mais atrativo; se é um romance, quem o não compra?

Porém, de muitos livros de exterior vistoso se pode dizer com muita verdade que – nem tudo que brilha é ouro!

Alguns livros podem chamar SEPULCROS BRANQUEADOS, pois, ostentando um exterior brilhante, tem no interior a PODRIDÃO dos erros mais grosseiros em matéria de honestidade e religião.

Ainda hoje, como no início dos tempos, o homem está colocado em presença de duas árvores que produzem frutos diversos: a árvore da imprensa do bem, e a árvore da imprensa do mal. A primeira oferece  ilustrações puras e belas, jornais úteis e sérios, livros bons e de prazer sincero; a outra dá frutos de peste e de morte.

E ainda se repete a cena do paraíso terreal. Da árvore da má imprensa fala-nos o falso profeta, com a voz acariciante da serpente antiga: “Por que é que os padres vos proíbem estas ilustrações, estes romances? Têm medo de que vos torneis mais sábios do que eles, e já não fiqueis submissos à palavra deles. Não deveis então saber aquilo de que toda gente fala? Só vós não olhareis nem lereis aquilo que se vê e se lê agora por toda parte? No dia em que o lerdes, tornar-vos-eis outros deuses”.

E eis tantos jovens e tantas meninas também, eis tantos homens de todas as idades e condições, a cederem ao falso profeta, a acolhê-lo em casa... secretamente, e depois... e depois... a deixarem a própria inocência em pedaços na boca do animal feroz.

É pelo mau livro que o Demônio dá a beber o veneno do pecado a muitas almas inocentes.

É com a droga de livros obscenos que o Demônio faz o maior negócio do mundo. As almas que ele cativa com a leitura de um romance indecoroso, podem contar-se pelas letras que o compõem.

Ler um mau livro é aconselhar-se com o inimigo.

Ler um bom livro é ouvir um bom conselheiro: “Leitura espiritual é a que fazemos sobre um livro de ascética ou livros congêneres, tanto em público como em particular, para nos formarmos no espírito sacerdotal, religioso e missionário” (Bem-aventurado José Allamano), e: “A leitura espiritual é um dos elementos da vida interior” (Pe. Jordão), e São Bernardo de Claraval diz: “Tratando da perfeição, podemos alcançá-la por três degraus: pela leitura, pela meditação e pela oração… a leitura leva a comida à boca, a meditação a mastiga, a oração a saboreia e garante seu bom aproveitamento”, e ainda: “Não abandones o exercício da leitura cotidiana”, e: “…sem ela, ninguém pode manter-se unido a Deus” (Santo Atanásio), e também São Francisco de Sales acrescenta: “As leituras piedosas são o azeite da lâmpada da oração”.

Um livro mau é um falsário; - um livro bom é um pregador que fala ao coração, convence o entendimento e move a vontade.

O mau livro é um traidor que mata a alma num silêncio profundo. – Um bom livro é um amigo fiel que não lisonjeia nem engana, mas aconselha e ensina.

O mau livro entenebrece o espírito com os erros que encerra. – O bom livro é um farol que mostra o caminho da virtude através do espesso nevoeiro das aberrações em que o mundo anda envolto.

É o bom livro um espelho onde cada pessoa vê a sua própria imagem, ou ataviada com virtudes, ou afeada com vícios.

É o bom livro um velho experimentado que tem muito que narrar ao jovem que entra no caminho da vida, na convivência com os homens e na luta com as paixões.

Ler um bom livro é entrar num arsenal que fornece ao católico as armas de que precisa para se defender dos ataques contra a verdade católica.

O bom livro é um amigo sincero: “Ora, devemos pôr os livros piedosos no número dos nossos amigos verdadeiramente fiéis, porque nos chamam eles severamente ao cumprimento de nossos deveres e das prescrições da verdadeira disciplina. Despertam no coração as vozes do céu já adormecidas. Sacodem o torpor de nossas boas resoluções. Não nos deixam adormecer numa tranquilidade enganadora. Reprovam nossas afeições secretas quando são elas pouco recomendáveis. Descobrem aos imprudentes os perigos que os esperam muitas vezes… ainda vêm a ser os melhores dentre os melhores amigos. Temo-los quando os quisermos, sempre ao nosso lado, prontos a cada momento para nos ajudarem nas necessidades de nossas almas. Deles a voz nunca é dura, os conselhos sempre desinteressados e a palavra nunca tímida ou mentirosa” (São Pio X).

Se houvesse mais leitores dos bons livros, como a religião católica seria mais praticada, mais trilhado o caminho da virtude, mais imitado Jesus Cristo e mais respeitado o nome de Deus! Como se veriam as igrejas cheias e vazios os presídios! Como se melhoraria o estado da sociedade, e com ele as condições dos povos!

Mas, desgraçadamente, não é assim! Quem hoje governa o mundo são os maus livros. São eles que fomentam as revoluções e anarquizam os povos, corrompem os costumes e desmoralizam as sociedades!

O LIVRO FAZ O HOMEM. A doutrina nele exposta infiltra-se por tal modo pelo teu espírito, que vem a ser aquilo que leu. Quem muito lê história, será historiador; quem muito se dá à leitura dos clássicos, será um deles; quem manuseia os poetas, vem-lhes a herdar o entusiasmo artístico; quem lê com frequência a vida dos santos, não tarda a imitar-lhes as virtudes.

Se Santo Inácio de Loiola tivesse lido um livro de cavalarias quando o pediu, teria saído um famoso cavaleiro; mas, porque lhe trouxeram um livro que encerrava a vida dos santos, saiu um tão grande santo. Por isso – dize-me que livro lês, e eu te direi quem és!

Os livros são como os remédios: os que a uns fazem bem, a outros podem fazer mal.

Um livro pode não prejudicar um idoso, mas pode causar um grande mal a um jovem. O livro que é bom para o mestre, pode vir a ser a ruína do aluno. O livro que um pai pode ler sem abalo na fé ou na virtude, pode, nas mãos do filho, causar um grande mal, roubando-lhe a inocência.

É preciso saber escolher o livro! O acertar na escolha é caso de vida ou morte. Se lanças a mão ao livro proibido, suceder-te-á o mesmo que à nossa mãe Eva, ao tomar o fruto proibido. Perderás a vida da graça, incorrendo, como ela, nos terríveis castigos do pecado.

Escolhes livros que te abasteçam a inteligência de salutares princípios e conhecimentos úteis; inflamem a vontade em afetos nobres e afervorem o coração para ações virtuosas (cfr. Pe. Alexandrino Monteiro, Raios de Luz).

Olhe com atenção para a sua biblioteca. Talvez não tenhas nela o livrinho precioso da IMITAÇÃO de CRISTO, nem a HISTÓRIA SAGRADA, nem um CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, nem algum LIVRO DA VIDA DOS SANTOS.

A IMITAÇÃO de CRISTO é o livro da santidade, a escola da mais elevada perfeição e um tesouro de consolações para as almas atribuladas.

A HISTÓRIA SAGRADA é o livro de Deus, a sua palavra escrita, enfim, a história de suas maravilhas: “As almas verdadeiramente piedosas têm as suas delícias nos Santos Evangelhos; neles encontram: 1) A doutrina e os exemplos de Nosso Senhor Jesus Cristo, e nada melhor as pode formar na sólida piedade, nada as atrai mais eficazmente à imitação do divino Mestre. 2) As almas piedosas sabem perfeitamente que cada palavra, cada ação do Mestre divino contém uma graça especial que nos facilita a prática das virtudes cuja narração lemos” (Adolfo Tanquerey).

O CATECISMO da DOUTRINA CATÓLICA é o livro do católico, o seu Evangelho, a sua moral, o seu mestre nas dúvidas sobre as verdades e deveres religiosos. Por falta da sua leitura é que o nível da instrução religiosa tem baixado tanto nestes desditosos tempos.

Não é nas fontes viciadas da imprensa pornográfica que se bebe a sã doutrina da moral evangélica, única norma que pode guiar o homem pelo caminho do dever.

A VIDA dos SANTOS são páginas douradas que relatam os heroísmos desses valentes e ousados campeões do Catolicismo, desses jovens e moças que lutaram contra os leões, triunfaram do paganismo entre o crepitar das chamas e zombaram da idolatria: “Lê-o por algum tempo todos os dias, mas com tanta atenção como se um santo to enviasse expressamente para te ensinar o caminho do céu e encorajar-te a trilhá-lo” (São Francisco de Sales), e: “Lê também as vidas dos santos, onde verás, como em um espelho, o verdadeiro retrato da vida devota, acomodando os seus exemplos aos deveres do teu estado... Imita a grande solidão de São Paulo, o primeiro eremita, pela solidão espiritual do teu coração e pelo recolhimento assíduo, segundo as tuas forças; ou, então, a pobreza extrema de São Francisco, por certas práticas de pobreza de que ainda hei de falar. Entre as vidas dos santos e santas há algumas que espalham luz em nossa mente para a direção de nossa vida…” (Idem.).

É preciso ler bons livros! Não te deixes iludir pelo muito que promete o título, nem pelos ornatos das folhas e capa... O veneno, ainda quando doce, mata. Assim, o livro pode ser muito agradável à fantasia, mas encerrar um veneno tão fino, que, imperceptivelmente, leve a morte à alma.

Avante! O céu é a pátria daqueles que perseveram diante das tribulações, obstáculos e dificuldades. Os covardes, preguiçosos e acomodados irão para o inferno: “O Reino dos Céus sofre violência, e violentos se apoderam dele” (Mt 11, 12).

Eu vos abençôo e vos guardo no Imaculado Coração da Virgem Maria.

Com respeito,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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