Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Carta 020

 

Anápolis, 01 de dezembro de 2018

 

Ao senhor  Leidiosmar Marinho de Andrade

Bairro Calixtópolis-Anápolis-GO

 

Estimado senhor, a vida de Jesus nesse mundo foi um mar de sofrimento… Ele sofreu desde o ventre de Maria Santíssima e não buscou uma vida de comodismo, relaxamento e de “poltronice”. Aquele que ama a Jesus de todo o coração não busca o caminho espaçoso e a porta larga; mas sim, o caminho apertado e a porta estreita (Mt 7, 13-14). Quem foge da cruz volta as costas para Deus: “No sofrimento mostras quanto vales aos olhos de Deus e quanto Deus vale aos teus olhos. Aí manifestas se aprecias os sofrimentos que Jesus, sem jamais se queixar, por ti assumiu e se és grato a Ele. A resignação abranda a dor, caindo como bálsamo na ferida; diminui as penas merecidas pelos pecados; enriquece de méritos celestes e eternos; assemelha ao divino Salvador, o Mártir dos mártires e à Maria Santíssima, a Rainha dos mártires; aperfeiçoa mais e mais a alma e garante a eterna bem-aventurança. Quantas vantagens! Se os Santos do céu pudessem lamentar-se de alguma coisa é de que não sofreram ainda mais por seu Deus e Senhor” (Frei Pedro Sinzig).

 

Todos os santos frequentaram a “Escola” da cruz… carregaram as cruzes de cada dia sem se revoltar contra Deus e contra o céu. Eles carregaram a cruz com os olhos fixos no céu, porque a cruz é a chave do paraíso. São Luís, Rei da França, falando da escravidão que sofreu na Turquia, diz: “Eu me alegro e fico muito agradecido a Deus mais pela paciência que me concedeu na minha prisão do que se tivesse conquistado a terra inteira”. Santa Isabel, rainha da Hungria, tendo perdido seu esposo, foi expulsa do lugar onde morava com seu filho. Sem abrigo e abandonada por todos, dirigiu-se a um convento dos franciscanos e mandou cantar um hino de ação de graças a Deus pelo favor que Ele lhe concedia ao fazê-la sofrer por seu amor.

Leia com atenção: Judas 8-10: “Ora, estes agem do mesmo modo: na sua alucinação conspurcam a carne, desprezam a Autoridade e injuriam as Glórias. E, no entanto, o arcanjo Miguel, quando disputava com o diabo, discutindo a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a pronunciar uma sentença injuriosa contra ele, mas limitou-se a dizer: ‘O Senhor te repreenda!’ Mas estes injuriam o que não conhecem; por outra parte, as coisas que conhecem fisicamente, como os animais irracionais, só servem para perdê-los”.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo, rico em misericórdia.

Com respeito,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)