Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

15 de maio

 

Santo Isidoro

 

Comemora-se hoje um santo muito simpático: é Isidoro ou Isidro, lavrador. De todas as ocupações ou profissões humanas, a mais necessária, a mais útil e, talvez, a mais saudável, é a do lavrador. Santificada já pelo exemplo dos patriarcas, oferece mil ocasiões de praticar a virtude. O próprio Jesus tirou muitas parábolas da vida do campo.

Santo Isidoro nasceu em Madri, no século XI. Seus pais, pobres de fortuna, mas tanto mais ricos em virtude, comunicaram ao filho o espírito de temor de Deus e educaram-no bem na cristandade. A pobreza não permitiu a Isidoro freqüentar as escolas. Na falta de livros de ciência humana ele foi instruído sobejamente pelo Espírito Santo, naquilo que é mais essencial na vida e na salvação. Isidoro, ávido de conhecer as verdades cristãs, não perdia ocasião de ouvir a Palavra de Deus que tão profundamente lhe calava na alma.

A paciência nas adversidades, o modo afável de tratar o próximo, a prontidão em perdoar as ofensas, a fidelidade e aplicação ao trabalho, a modéstia em seus costumes e a grande caridade para com todos, fizeram com que conseguisse completa vitória sobre as paixões.

Isidoro transformava em oração o duro trabalho no campo, abaixo de um patrão exigente. Embora pobre, repartia com os pobres seu magro ordenado.

Contraiu matrimônio com Maria Turíbia, da qual teve um só filho que faleceu criança. Depois da morte do filho, o casal resolveu viver em perfeita abstinência e castidade, a fim de sentir-se mais livres nos exercícios de piedade e na caridade para com os pobres.

De Isidoro contam-nos fatos, talvez lendários, que aumentaram sua fama de santidade. Ele costumava assistir a Santa Missa todas as manhãs bem de madrugada, antes de iniciar seus trabalhos no campo. Certa vez, por circunstâncias especiais, atrasou-se em voltar ao serviço e o dono do campo, um tanto prevenido contra Isidoro, estava controlando o trabalho dos colonos. Qual não foi o pasmo de encontrar um anjo manejando o arado em lugar de Isidoro.

Desde então, o patrão deixou plena liberdade a Isidoro de atender às suas práticas de piedade. Ele não conheceu as contestações de hoje relativas a maiores salários e condições de trabalho: contestações que, se possuem aspecto de justiça, muitas vezes, quando manobradas por ideologias materialistas, são destinadas a criar revoltados e não operários responsáveis e fiéis, ocultando-lhes a visão cristã do trabalho, que é segredo de serenidade e de merecimentos.

Isidoro, caindo gravemente doente, predisse sua morte, para a qual se preparou com amor. Faleceu em 1113, com a idade de 60 anos. A devoção a este santo se tornou muito popular, sobretudo nos setores agrícolas que o consideram o próprio protetor. Mesmo no Brasil, há muitas igrejas e capelas dedicadas a este santo, que bem merece toda nossa admiração e devoção.