Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

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Oito cristãos queimados vivos no Paquistão

 

"Eu instilarei terror nos corações dos infiéis, golpeai-os acima dos seus pescoços e arrancai todas as pontas dos seus dedos. Não fostes vós quem os matastes; foi Alá" (Alcorão, Sura 8: 13-17).

 

 

Bento XVI enviou esta segunda-feira um telegrama ao Bispo de Faisalabad, no Paquistão, condenando os ataques sem sentido” contra os cristãos no país.

No texto, divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa mostra-se “profundamente amargurado” com a recente onda de violência que provocou a morte de oito pessoas, queimadas vivas por extremistas islâmicos, pela suposta profanação de um exemplar do Alcorão. Entre as vítimas estavam quatro mulheres e uma criança de 7 anos.

Em “nome de Deus”, Bento XVI pede que “todos renunciem à via da violência, que causa tanto sofrimento”.

O telegrama, enviado através do Secretário de Estado do Vaticano, lamenta a “morte trágica de homens, mulheres e crianças inocentes”, lembrando ainda a “imensa destruição” provocada.

O Papa envia as suas condolências às famílias das vítimas e mostra-se solidário com todos os que foram alvo deste “ato incompreensível”.

Bento XVI encoraja os cristãos a não desanimarem nos seus esforços de construção de uma “sociedade que, com um profundo sentimento de confiança nos valores humanos e religiosos, seja marcada pelo respeito mútuo entre os seus membros”.

Tropas especiais paquistanesas assumiram o controlo da cidade de Gojra (Punjab), no Paquistão. Os incidentes deixaram ainda 20 feridos e dezenas de casas destruídas. Milhares de cristãos fugiram para escapar a estas execuções.

A aldeia cristã foi tomada de assalto por cerca de 3 mil muçulmanos, este fim de semana, deitando fogo ao local. Em causa estava uma alegação de blasfêmia contra um cristão, acusado de queimar páginas do Alcorão durante um casamento no dia 29 de Julho.

A maioria dos moradores da colônia conseguiu escapar e colocar-se a salvo, mas algumas pessoas ficaram presas nas suas casas devido às chamas e morreram queimadas.

“Alguns muçulmanos locais acusaram Talib Masih, Mukhtar Masih e Imran Masih de queimar o Alcorão. Os acusados negaram veementemente o fato, mas uma multidão de muçulmanos em fúria queimou várias casas de cristãos”, denunciou em comunicado a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão.

Ao dar conta dos acontecimentos, a Rádio Vaticano lembrou que a intenção missionária de Bento XVI para o mês de Agosto é que os cristãos vejam reconhecidos “os seus direitos humanos: a igualdade e a liberdade religiosa, de modo a que possam viver e professar livremente a sua fé”. O Papa lembra que em muitos países, os fiéis (estima-se que 200 milhões de cristãos) são “discriminados e perseguidos por causa do nome de Cristo”.

Nos últimos anos assistiu-se a um aumento drástico no número de ataques contra minorias religiosas por todo o Paquistão. Frequentemente estes ataques tomaram a forma de fatwas (éditos ou decisões por parte de tribunais islâmicos com consequências de vida e de morte para os abrangidos, inclusive não muçulmanos), mas também incluíram assaltos à mão armada contra locais de culto e o sequestro de membros de minorias religiosas.

Os cristãos são menos de 2% da população do Paquistão, um país maioritariamente  muçulmano onde a profanação do Alcorão pode terminar com a pena de morte.

Segundo a emissora do Vaticano, o ministro paquistanês para as Minorias, Shahbaz Bhatti, qualificou as acusações de profanação do Alcorão como “um pretexto” para a violência e denunciou que a Polícia não protege suficientemente a pequena comunidade cristã, formada por entre 2 mil e 3 mil pessoas.

 

Caso o leitor necessite da fonte, peça e a enviaremos.

 

“O sangue dos mártires é semente de novos cristãos” (Tertuliano).

 

Católico, reze todos os dias pelos cristãos que são perseguidos pelos muçulmanos. Reze também pela conversão dos próprios muçulmanos: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Mt 5, 44).

 

O Papa lembra que em muitos países, os fiéis (estima-se que 200 milhões de cristãos) são “discriminados e perseguidos por causa do nome de Cristo”.

 

 

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