A Vigília Pascoal de 2008 foi histórica.
Durante a cerimônia, realizada na Basílica de São Pedro,
neste sábado (22), no Vaticano, o Papa Bento XVI administrou
os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Comunhão a
sete adultos, entre eles o
jornalista muçulmano e subdiretor do Il Corriere Della Sera,
o italiano Magdi Allam, 55 anos. Allam, de origem
egípcia, explicou que abandonou o
Islã porque “SEU ESPÍRITO SE LIBERTOU DA OBSCURIDADE DE UMA
IDEOLOGIA QUE LEGITIMA A MENTIRA”. Ele reiterou
ainda que a religião muçulmana é
“fisiologicamente violenta e historicamente conflitiva”.
O jornalista, que se considerava
“muçulmano moderado”, afirmou neste domingo (23), em
nota publicada, que suas opiniões contra o islamismo e o
extremismo muçulmano resultaram em ameaças de morte,
obrigando-o a andar com escolta há cinco anos.
“Quero destacar que, além do
fenômeno dos extremistas e do terrorismo islâmico a nível
mundial, a raiz do mal é inerente a um Islã fisiologicamente
violento e historicamente conflitivo”, declarou
Allam.
Para ele, a atitude do Pontífice de batizar
publicamente um ex-muçulmano
“lançou uma mensagem explícita e revolucionária a uma Igreja
que, até o momento, havia se mostrado prudente em relação à
conversão de muçulmanos, por temer pela segurança dos
convertidos, uma vez que poderia haver condenação por
apostasia (renúncia de sua fé anterior ou doutrina)”.
É proibido aos islâmicos converterem-se a outras crenças,
com pena de morte em alguns países.
Allam e os seis adultos passaram por uma
preparação espiritual e de catequese durante meses para
receberem as águas da pia batismal e, em seguida, a primeira
comunhão e a confirmação. A Vigília Pascoal é celebrada na
noite de Sábado Santo, na qual Santo Agostinho convocou a
“mãe de todas as vigílias”,
em alusão à espera da ressurreição de Jesus Cristo.
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