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					06 de maio de 2014  
					  
					
					Menina que conseguiu escapar deu 
					informações sobre o sofrimento no cativeiro. Mais de 200 
					garotas ainda estão em posse dos sequestradores 
  
					
					
					  
					
						
							
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								 Imagem é de um 
								vídeo obtido pela agência AFP, que mostra o 
								líder do grupo Boko Haram, Abubakar Shekau, 
								durante um discurso (Foto: AFP/Boko Haram)  | 
							 
						 
					 
					  
					
					Uma das meninas sequestradas na Nigéria no 
					último dia 14 de abril, supostamente pelo grupo islâmico 
					Boko Haram, conseguiu escapar e denunciou que as reféns são 
					vítimas de até 15 estupros por dia, segundo o portal local 
					The Trent. 
					
					A menor declarou ao jornal que, por ser 
					virgem, foi entregue como esposa ao líder da seita e que as 
					meninas são forçadas a fazer sexo e se converter ao Islã. 
					Caso não aceitem, podem ser degoladas. 
					
					Após serem sequestradas em uma escola de 
					Chibok, no nordeste da Nigéria, as crianças (dezenas das 
					quais seguem em cativeiro) foram levadas a um campo da 
					milícia fundamentalista na floresta de Sambisa, no estado de 
					Borno, no norte do país, base espiritual e de operações do 
					grupo. 
					
					As mais de 200 garotas, segundo organizações 
					de direitos humanos, foram forçadas a se casar com seus 
					sequestradores e, em alguns casos, vendidas a menos de R$ 
					30. 
					
					Entidades como a ONU e personalidades como o 
					prêmio Nobel de Literatura nigeriano Wole Soyinka pediram a 
					libertação das meninas, assim como campanhas pela internet, 
					usando a hasthag #BringBackOurGirls (tragam de volta nossas 
					garotas), e manifestações em cidades de todo o mundo. 
					
					Um grupo de mães das reféns protestou 
					recentemente em frente à Assembleia Nacional da Nigéria para 
					denunciar a falta de informação por parte do governo sobre o 
					caso e exigir mais esforços para o resgate. 
					
					No último fim de semana, o presidente da 
					Nigéria, Goodluck Jonathan, reuniu-se com sua equipe de 
					segurança, representantes da escola atacada e outras 
					autoridades do governo e emitiu uma nova diretiva para que 
					“tudo seja feito” para libertar as meninas. 
					
					O conselheiro de Jonathan, Reuben Abati, 
					disse a jornalistas que o encontro se estendeu pela 
					madrugada de domingo e, pela primeira vez, reuniu todas os 
					atores que precisam ser envolvidos. Representantes do Estado 
					de Borno e da cidade de Chibok, além da diretora da escola 
					onde as vítimas foram sequestradas, estiveram presentes. 
					
					O secretário de Estado norte-americano, John 
					Kerry, que esteve em viagem pela África na última semana, 
					disse que seu país “fará todo o possível para ajudar o 
					governo nigeriano a levar essas meninas para casa e os 
					perpetradores do sequestro à justiça. Isso é nossa 
					responsabilidade e responsabilidade do mundo”. 
					
					Segundo uma autoridade que viajava com Kerry, 
					o secretário de Estado referia-se a apoio na segurança, nas 
					comunicações e na inteligência para a Nigéria, não querendo 
					dizer que os EUA se envolveriam diretamente na busca pelas 
					garotas. 
					  
					
					O sequestro 
					  
					
					O pior pesadelo dos pais de 276 meninas se 
					tornou realidade na Nigéria: elas foram para a escola e não 
					voltaram para casa. As estudantes foram sequestradas em uma 
					escola de Chibok, no nordeste da Nigéria, pelo grupo radical 
					islamita Boko Haram, em meados de abril. 
					
					Até o momento, 53 meninas conseguiram fugir e 
					223 continuam em cativeiro. 
					
					Na segunda-feira (5) foi divulgado um vídeo 
					no qual o líder do grupo, Abubakar Shekau, reivindicou o 
					sequestro e prometeu tratar as jovens como “escravas”, 
					“vendê-las” e “casá-las” à força, como punição pela 
					“educação ocidental”, que estavam recebendo. 
					  
					  
					
					
					Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/05/sequestro-meninas-nigeria-estupro.html 
					  
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