Os PROTESTANTES
mentindo, perseguindo e
seduzindo os católicos, dizem:
“Não se pode batizar crianças”.
Resposta aos PROTESTANTES:
A
regeneração das crianças pagãs |
Em consequência da
culpa de Adão, nascemos com o pecado original e, portanto,
sem a GRAÇA SANTIFICANTE:
“Assim como por um
homem entrou o pecado neste mundo e pelo pecado a morte,
assim passou também a morte a todos os homens por um homem,
no qual TODOS PECARAM”
(Rm 5, 12). O texto grego traz assim:
“A morte passou a todos os homens, POR ISTO QUE TODOS
PECARAM”.
Mas não se altera o sentido. De qualquer forma se exprime
que todos os homens estão sujeitos à morte PORQUE
TODOS PECARAM EM Adão, em virtude da solidariedade
entre Adão, cabeça do gênero humano e seus descendentes.
As CRIANCINHAS, que
não cometeram nenhum pecado pessoal, estão também sujeitas à
morte, porque pecaram em Adão.
Um pouco mais adiante ainda diz o Apóstolo:
“Pelo pecado dum só, incorreram todos os homens na
condenação... pela desobediência dum só homem foram muitos
feitos pecadores”
(Rm 5, 18-19). O texto grego traz
OS MUITOS (HOI POLLÓI) o que significa a
totalidade; por isso a versão da Sociedade Bíblica do
Brasil não hesitou em colocar TODOS:
“Pela
desobediência de um só, TODOS foram constituídos pecadores”
(Rm 5, 19).
Sendo assim, mesmo a CRIANÇA
que não tem o uso da razão precisa, para conseguir a
VISÃO BEATÍFICA, receber a GRAÇA SANTIFICANTE
pelo Batismo, que produz um verdadeiro renascimento
espiritual: “Na verdade, na
verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão
aquele que renascer de novo... Quem não renascer da água e
do Espírito Santo não pode entrar no reino de Deus”
(Jo 3, 3-5).
Esta é, segundo a própria norma traçada por
Cristo, a condição para que se lhe aplique o benefício da
Redenção. As crianças que morrem sem atingir o
uso da razão e sem receber o Batismo, NÃO VÃO GOZAR
da VISÃO BEATÍFICA, mas não sofrem nenhuma
pena pessoal, podem mesmo gozar duma felicidade natural, sem
a direta visão de Deus e sem ter ideia da felicidade
sobrenatural que perderam. Nisto não há injustiça, porque a
felicidade do Céu está acima de sua natureza e elas não
fizeram nenhum ato livre pelo qual pudessem merecê-la, desde
que não chegaram a atingir a luz da razão.
Como a vida das crianças é muito
frágil, a Igreja manda que os pais providenciem para que
seus filhos se batizem quanto antes, afim de que não se
prive o Céu de mais um
FELIZ HABITANTE.
Desde o TEMPO dos
APÓSTOLOS, a Igreja vem batizando as CRIANÇAS,
como nos atesta o grande escritor Orígenes, do século 3.°,
que diz o seguinte: “A Igreja
recebeu dos Apóstolos a tradição de dar o Batismo também às
crianças. Sabiam eles, a quem foram confiados os segredos
dos mistérios divinos que existe em todos a genuína mancha
do pecado, a qual tem que ser lavada pela água e pelo
Espírito Santo” (In. Rom. 15, n.° 9).
São Cipriano, em nome do Concílio de Cartago (do ano de
253) escreve ao bispo Fido, o qual era de opinião que os
meninos não deviam ser batizados com menos de 8 dias de
nascidos: “Neste ponto ninguém
está de acordo com a tua opinião, antes todos ao contrário
fomos de parecer que a nenhum homem NASCIDO se há de negar a
misericórdia e a graça de Deus”. Nosso Senhor
no seu diálogo com Nicodemos, fala da necessidade do Batismo
para todos, de um modo geral, sem abrir nenhuma exceção para
as crianças.
Os Protestantes que são contrários ao
batismo das crianças apresentam por prova, como se fosse
isso um grande argumento, que a BÍBLIA NÃO FALA EM BATISMO
DE CRIANÇAS.
O argumento é MUITO FRACO,
porque é meramente negativo.
Católico, a BÍBLIA NÃO DIZ em nenhuma
parte QUE NÃO SE DEVAM BATIZAR AS CRIANÇAS.
Os Protestantes apenas observam pela narração
dos fatos na BÍBLIA se aparece algum caso de
batismo de CRIANÇAS; se não aparecer,
então vão concluir, sem mais nem menos, que as crianças não
podem nem devem ser batizadas. Segundo este mesmo
critério, alguém poderia dizer: Aquele pastor não
acredita na Santíssima Trindade, pois já ouvi 50 sermões
seus e não o ouvi falar sobre este mistério.
Ora, só no PENÚLTIMO VERSÍCULO do
ÚLTIMO CAPÍTULO do Evangelho de São Mateus é que
fala do batismo realizado pelos Apóstolos durante a vida de
Cristo, não se sabe ao certo se era simplesmente um batismo
de penitência igual ao do Precursor ou já o batismo cristão,
e mesmo o texto não esclarece se batizavam também as
crianças ou somente os adultos:
“Não era Jesus o que batizava, mas
seus discípulos” (Jo 4, 2).
Os Evangelhos falam, sim, no batismo de João, e este era por
natureza reservado aos adultos, porque tinha como finalidade
excitar ao arrependimento; mas isto nada tem a ver com o
nosso batismo, o batismo cristão que é perfeitamente
distinto do batismo preparatório de João e muito superior a
ele.
Das Epístolas, nenhuma é um tratado especial
sobre o Batismo. O Apocalipse, muito menos.
E se nos Atos dos Apóstolos que foram
escritos NÃO COM O FIM DE EXPOR DIRETAMENTE A DOUTRINA,
mas com a preocupação apenas de narrar aquilo que se
passou nos primeiros anos da Igreja, se contam batismos de
adultos, não de crianças, é o que há de mais natural.
Quando começou a ser ministrado no mundo o
batismo instituído por Cristo?
Justamente quando a Igreja começou a EXISTIR.
O mundo inteiro estava necessitando se ser batizado e só se
podia começar pelos adultos. Como podia haver o costume de
cada pai e mãe levar o seu filhinho ao Batismo, logo após o
nascimento, SE ELES PRÓPRIOS NÃO ERAM BATIZADOS AINDA
e a Religião Cristã ainda não
estava suficientemente propagada?
Além disto, podem os Protestantes
garantir que a Bíblia não narra batismo de crianças?
Os Atos dos Apóstolos NARRAM que o
carcereiro convertido porque viu o terremoto e a
abertura das portas da prisão, foi BATIZADO
com TODA a SUA FAMÍLIA:
“E imediatamente foi BATIZADO ele e
TODA SUA FAMÍLIA” (At 16, 33).
Se tivesse sido somente ele e a esposa,
não teria escrito: “...
ele e TODA SUA FAMÍLIA”.
Antes disto, já tinha sido batizada a família
de Lídia, vendedora de púrpura na cidade de Tiatira:
“E tendo sido batizada ela e A SUA
FAMÍLIA, fez esta deprecação” (At 16,
15). Se tivesse sido somente ela
e a esposo, não teria escrito:
“...
ela e A SUA FAMÍLIA”.
São Paulo afirma
que batizou a família de Estéfanas:
“Eu batizei também a
FAMÍLIA de ESTÉFANAS”
(1 Cor 1, 16). Se São Paulo tivesse
batizando somente o casal não teria dito
“...
a FAMÍLIA de ESTÉFANAS”.
Católico, como
podem os Protestantes JURAR
que nas famílias do carcereiro, de Lídia e de
Estéfanas não havia nenhuma criança?
Sendo uma questão
sobre a qual a Bíblia não se pronuncia explicitamente
(não sendo de espantar, portanto, que os protestantes tanto
discutam sobre o assunto) qual era a solução mais
natural, senão indagar como é que a Igreja fundada por Nosso
Senhor Jesus Cristo vem fazendo desde o princípio? Será que,
não contentes em afirmar que a Igreja caiu no erro desde
vários séculos e que falhou, por conseguinte, a promessa de
Cristo; querem dizer também que a Igreja está errada desde o
começo?
Isso mostra muito
bem como é necessário acrescentar aos ensinos da
Bíblia o testemunho da Tradição.
Para receber a
GRAÇA SANTIFICANTE pelo Batismo, é claro que não
precisam as crianças terem a fé e nenhuma disposição, porque
de nada disto são capazes. Recebido o Batismo tornam-se, em
virtude do sacramento, UM TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO.
Dirão os
Protestantes:
Como pode ser isso? Uma criança que de nada tem conhecimento
ser já a habitação do Espírito Santo!
Como pode
ser?
Da mesma forma que João Batista foi santificado, foi
livre do pecado original, tornou-se um templo do Espírito
Santo, por especial privilégio, quando ainda estava
no ventre materno. O Anjo diz a Zacarias anunciando o
nascimento do Precursor:
“Este será grande
diante do Senhor e não beberá vinho nem outra alguma bebida
que possa embriagar, e JÁ DESDE O VENTRE DE SUA MÃE SERÁ
CHEIO DO ESPÍRITO SANTO”
(Lc 1, 15).
O que as outras crianças mais tarde
conseguirão pelo Batismo, São João Batista já o
consegue, em maior abundância e por uma intervenção
extraordinária de Deus, antes mesmo de seu abençoado
nascimento.
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