Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

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Os bispos são sucessores dos Apóstolos

 

 

Os PROTESTANTES mentindo, perseguindo e seduzindo os católicos, dizem: “Os bispos não são sucessores dos Apóstolos”.

Resposta aos PROTESTANTES:

 

Os Apóstolos foram logo escolhendo alguns homens de especiais qualidades que haveriam de ficar no lugar deles, com autoridade também sobre os demais presbíteros. E já em vida dos próprios Apóstolos começavam a exercer esta autoridade.

A Bíblia só nos conta mais detidamente a vida e as atividades de São Paulo. Mas é o bastante para vermos como já começam a trabalhar com São Paulo homens que são mais do que simples PRESBÍTEROS e que já se vão adestrando para ocupar a posição dos próprios Apóstolos, APÓS A MORTE DESTES.

Um deles é Barnabé, aliás, escolhido para a sua missão especial pelo Espírito Santo: “Separai-me a Saulo e a Barnabé para a obra a que eu os hei destinado” (At 13, 2). Os Atos dos Apóstolos dão a ambos o nome de apóstolos: “Os Apóstolos Barnabé e Paulo” (At 14, 14) e mostram a ambos escolhendo os presbíteros para cada igreja: “Tendo-lhes ordenado em cada igreja seus presbíteros, e feito orações com jejuns, os deixaram encomendados ao Senhor em quem tinham crido” (At 14, 23).

Outro é Tito, a quem São Paulo já deixa em Creta encarregado de uma supervisão sobre algumas igrejas e também de escolher os presbíteros: “Eu pelo motivo que vou dizer é que te deixei em Creta, para que regulasses o que falta e estabelecesses presbíteros nas cidades, como também eu to mandei” (Tt 1, 5).

Vê-se aí já certa autoridade de Tito sobre os presbíteros. E, se São Paulo o ENCARREGA de ESCOLHÊ-LOS, isto é sinal de que está ERRADA a DOUTRINA de muitos protestantes de que todos são iguais na Igreja, de que a Igreja é regida democraticamente e os fiéis é que escolhem e nomeiam os seus pastores. Se para a eleição de São Matias, São Pedro consultou a multidão (At 1,16), se para a escolha dos diáconos os Apóstolos pediram a opinião dos fiéis (At 6,3), o fizeram espontaneamente, mas daí NÃO SE SEGUE que o direito da escolha era do povo e não deles. Aqui já se mostra Tito encarregado de estabelecer presbíteros e logo em seguida (Tt 1, 6-9) instruído a respeito das qualidades que devem ter estes presbíteros ou bispos, o que prova que ele é que tinha a responsabilidade da escolha.

Também se vê bem claramente São Paulo preparando uma pessoa para assumir o seu apostolado no mesmo plano quando morresse, essa pessoa é Timóteo. São Paulo o diz abertamente: “Tu, porém, vigia; trabalha em todas as coisas; faze a obra dum evangelista; cumpre com o teu ministério; sê sóbrio, porque, quanto a mim, estou a ponto de ser sacrificado e o tempo da minha morte se avizinha” (2 Tm 4, 5-6). Não havia já tantos presbíteros espalhados pelas igrejas? Por que tantas recomendações especiais a Timóteo, baseadas no fato de que a morte dele, Paulo, já se apresenta iminente?

O fato de 3 das 14 Epístolas de São Paulo serem assim escritas cheias de conselhos, avisos e instruções a estes dois ilustres auxiliares (2 a Timóteo e l a Tito) é já por si bastante expressivo, assim como diz bem alto da importância do papel exercido por Timóteo no seio da Igreja, o fato de serem as Epístolas aos Filipenses, aos Colossenses e aos Tessalonicenses enviadas em nome de Paulo e de Timóteo. Veja o 1.° versículo de cada uma destas Epístolas.

Do mesmo modo que Tito foi colocado por São Paulo na ilha de Creta, Timóteo foi colocado em Éfeso e também com o encargo da supervisão, pois é encarregado de vigiar para que não se preguem e não se ensinem coisas inúteis aos fiéis: “Se eu te recomendei permanecer em Éfeso, quando estava de viagem para a Macedônia, foi para admoestares alguns a não ensinarem outra doutrina, nem se ocuparem com fábulas e genealogias sem fim, as quais favorecem mais as discussões do que o desígnio de Deus, que se realiza na fé” (1 Tm 1, 3-4).

E Timóteo já tem evidentemente AUTORIDADE SOBRE OS PRÓPRIOS PRESBÍTEROS, autoridade, portanto, maior do que a deles: “Não recebas acusação contra o presbítero senão com duas ou três testemunhas. Aos que pecarem, repreende-os diante de todos, para que também os outros tenham medo” (1 Tm 5,19-20). E é admoestado a não fazer ordenações sem refletir primeiro, de modo que ele é encarregado de ordenar: “A ninguém imponhas ligeiramente as mãos e não te faças participante dos pecados de outrem” (1 Tm 5, 22). É encarregado de escolher, preparar e distribuir outros pregadores do Evangelho e mestres da doutrina: “Guardando o que ouviste DA MINHA BOCA diante de muitas testemunhas, entrega-o a homens fiéis, que sejam CAPAZES DE INSTRUIR TAMBÉM A OUTROS” (2 Tm 2, 2). Não basta, portanto, entregar-lhes as Epístolas ou o Evangelho; é preciso instruí-los oralmente sobre aquilo que o próprio Timóteo OUVIU DA BOCA DE PAULO.

É claro, por conseguinte, que se já em vida dos Apóstolos havia assim quem tivesse autoridade sobre os presbíteros, com maioria de razão depois da morte deles teria de haver necessariamente os homens escolhidos que tomassem o seu posto, exercendo vigilância e autoridade não só sobre os fiéis, mas também sobre os presbíteros que os apascentavam. Isso era indispensável para o bom regime da Igreja que havia de perpetuar até o fim dos séculos.

 

O termo bispos

 

O que aconteceu é que com a morte dos Apóstolos ERA PRECISO distinguir com designações diversas as 2 classes de presbíteros, ou seja, uma dos presbíteros comuns e outra, dos presbíteros de ordem superior que tinham poder e autoridade sobre os demais. Estes últimos, para melhor diferenciá-los, passaram a ser designados com o nome de BISPOS. E assim se vê a perfeita igualdade que há entre a hierarquia no tempo dos Apóstolos e a hierarquia como tem havido em toda a história do Cristianismo e como existe ainda hoje na Igreja Católica, havendo apenas uma pequena diferença de nomes:

 

No tempo dos Apóstolos Na Igreja através dos séculos
1.° São Pedro, chefe da Igreja 1.° O Papa, sucessor de São Pedro
2.° Os Apóstolos 2.° Os Bispos que passaram a ocupar o lugar dos Apóstolos na hierarquia
3.° Presbíteros, também chamados Bispos 3.° Os Presbíteros
4.° Diáconos 4.° Os Diáconos

 

Esta distinção entre BISPOS e PRESBÍTEROS não é nova, vigora na Igreja desde tempos antiquíssimos, pois nós a vemos frequentemente nas obras de Santo Inácio Mártir, bispo de Antioquia, que pertence ao 1.° século da era cristã, à era apostólica.

Santo Inácio Mártir escreve: “Procurai usar da Eucaristia una... assim como um é o bispo com os presbíteros e diáconos, meus conserves” (Filadelfos, IV). Logo no início desta Epístola aos Filadelfos diz que a Igreja de Filadélfia “é regozijo eterno e permanente, mormente quando está unida com seu bispo, com os presbíteros que o rodeiam e com os diáconos que foram constituídos segundo o sentir de Jesus Cristo”. Na Epístola aos Tralianos, advertindo contra os hereges diz: “Alerta, pois, contra os tais! E assim será para que não vos deixeis envolver e vos mantenhais inseparáveis de Jesus Cristo, de vosso bispo e das instruções dos Apóstolos. O que está dentro do altar é puro, mas o que está fora do altar não é puro. Quero dizer, o que faz alguma coisa fora do bispo, do presbitério e dos diáconos, esse não está puro na sua consciência” (Tralianos, VII). E na mesma Epístola aos Tralianos diz: “Todos haveis de respeitar os diáconos, como a Jesus Cristo. O mesmo digo do bispo que é figura do Pai, e dos presbíteros que representam o senado de Deus e o Colégio Apostólico” (Tralianos III,1).

Querer dizer que a Igreja Católica está errada ou que não é mais a Igreja primitiva, porque hoje, como tem acontecido já desde o 1.° século, se faz distinção entre as palavras BISPOS e PRESBÍTEROS e no tempo dos Apóstolos não se fazia, é querer brigar unicamente por causa de uma questão de nomes. A seguir este critério tão “inteligente” no modo de interpretar a Bíblia, estes nossos grandes exegetas deverão neste caso (se a questão é apenas de nomes) colocar Nosso Senhor Jesus Cristo em segundo plano na hierarquia da Igreja e abaixo dos Apóstolos, porque Jesus Cristo é chamado bispo por São Pedro: “O qual foi o mesmo que levou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que, mortos aos pecados, vivamos à justiça; por cujas chagas fostes vós sarados; porque vós éreis como ovelhas desgarradas; mas agora vos haveis convertido ao pastor e bispo das vossas almas” (1 Pd 2, 24-25).

 

 

Martinho Lutero: Pai dos Protestantes

 

Dizia Martinho Lutero sobre Deus: “Certamente Deus é muito grande e poderoso, bom e misericordioso... mas é muito estúpido; é um tirano”.

 

 

 

 

 

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Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. "Os bispos são sucessores dos Apóstolos"

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