Anápolis, 23 de julho de 2013
Ao Revmo. Pe. Franz Hörl
Prezado sacerdote, enfrentemos todas as dificuldades
e obstáculos com os olhos fixos em Jesus Cristo que nos fortalece:
“Cristo diz-nos:
Quem me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu
Pai que está nos céu (Mt 10, 32). E São Paulo – que nunca teve medo
de pregar o Evangelho – faz-se eco da palavra evangélica
aconselhando ao seu discípulo Timóteo: Deus não nos deu um espírito
de temor, mas de fortaleza. Não te envergonhes nunca de dar
testemunho do nosso Senhor (2 Tm 1, 7-8). E, no entanto, como nos
custa, às vezes, dar um testemunho decidido!” (Dom
Rafael Llano Cifuentes).
Deus lhe pague pela palestra
(Santa Missa segundo o Rito Gregoriano (“Missa
Tridentina”),
dada no Santo Retiro de junho, dia 29, na
Casa de Retiro Madre Beatriz de Nossa Senhora das Dores (Cidade
Missionária do Santíssimo Crucifixo)-Anápolis-GO, para 90
pessoas. Obrigado pela colaboração! Precisamos de
sua ajuda para o Santo Retiro de agosto/setembro que será realizado
aqui na nossa Cidade Missionária; além dos brasileiros, estamos
esperando bolivianos, paraguaios e
argentinos.
Abramos o nosso coração para Deus e busquemos a
santidade de vida.
O Bem-aventurado Eduardo Poppe escreve:
Deus concedeu-vos uma graça preciosa: fez-vos sentir
vivamente a necessidade de uma vida sacerdotal santa. Já muitas
vezes vos tendes repetido a vós mesmos: “Tenho de ser um santo
sacerdote: sem isto, considero a minha carreira como que falida”.
Que verdade isto não é! Como é profundamente
verdadeiro! Sim, queridos Irmãos, deveis ser santos, não deveis ser
uns padres quaisquer, padres vulgares. De outro modo, para bem pouco
serve o vosso zelo e os vossos sofrimentos. As ovelhas fugirão de
vós e perder-se-ão em grande número. Faz mais um santo só com uma
palavra, que um homem vulgar com uma série de discursos. As palavras
de um sacerdote santo ferem, abalam o sentimento, transfiguram as
almas e renovam-nas de um modo extraordinário, porque nascem da
graça, da oração e da penitência, vêm cheias da força de Deus.
Talvez um sábio possa imitá-las habilmente, mas Deus só fala através
da boca de um santo.
A ciência é um auxílio e os talentos naturais
são necessários. Mas, sem a santidade, somos todos mais ou menos.
Irmãos, não vendais ouropéis. Irmãos, não sejais recipientes vazios.
Possuí ciência e talento; mas, sede, antes de tudo, homens de oração
e enérgicos na penitência. Sede Santos!
Irmãos, cada dia nos traz as mesmas ocupações:
sublimes, mas monótonas e tantas vezes exaustivas. Tende cuidado,
meus irmãos, com a rotina. Vigiai para que os santos Sacramentos não
percam aos vossos olhos o seu caráter divino, para que o vosso
Mestre não se converta numa “coisa qualquer” nas vossas mãos.
Procurai não perder a vossa estima pelos doentes e pobres; tende
cuidado para que as crianças não se convertam para vós em objeto de
aborrecimento e os pecadores em objeto de aversão. Estou dispersando
demais: atendei a uma só coisa: não sejais padres vulgares! Procurai
energicamente permanecerem firmes no propósito de vos santificardes
como o estais na resolução de vos salvardes. Assim, a administração
contínua dos Sacramentos será para vós uma das fontes mais ricas de
consolações e de edificação. Não vos desvieis do caminho da
santidade. Então o vosso Mestre será o vosso amigo íntimo, Ele
dar-se-á a conhecer na fração do Pão e em nenhum lugar o
reconhecereis melhor e o visitareis com mais agrado que na Hóstia
Santa que manejais tão frequentemente. Os vossos doentes passarão a
ser os vossos melhores auxiliares e sereis para eles verdadeiros
consoladores. Amareis e estimareis os vossos pobres como a
verdadeiros irmãos de Cristo, e bem depressa sereis vós devedores
deles e não eles vossos. As crianças, apesar dos seus defeitos,
serão os vossos prediletos, e vós os delas. Tornar-se-ão para vós
uma grande família espiritual, cujo pai
sois vós.
Continuai a seguir,
sem desvios, o vosso caminho. À medida que avançais encontrareis
cruzes sobre cruzes, mal-entendidos, oposições, mofas, aridez e
abandonos. Mas chegareis ao termo sem
terdes de ir mendigar consolações entre leigos. No meio das cruzes,
conservareis ao menos a esperança e a confiança, e isto basta
enquanto vivermos neste mundo. E quem sabe se o vosso irmão não virá
a ser a vossa alegria?
Irmãos! Só temos uma vida e não ficaremos para
sempre neste mundo. Vamos de viagem e louco é o que procura aqui
morada e lugar de repouso.
Para que servem lindos móveis com cabeça de
leão e ornatos de ouro? Dentro de trinta anos estarão no quarto dos
vossos herdeiros! Que são os conhecimentos e os amigos deste mundo?
Quinze dias após a vossa morte já andareis fora da lembrança e do
coração deles, apesar de, enquanto vivestes, vos terem custado muito
tempo e muitas dores de cabeça. Que são os louvores e a
consideração? Fumo vão que nos inebria, estonteia e nos faz mais mal
que bem.
Rezemos pelo Papa Francisco e pelos católicos que
vivem longe da graça santificante.
Façamos o bem enquanto é tempo, porque o tempo
passa e não volta mais.
Com gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes
FP.
|