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			CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO – ANÁPOLIS 
			– GO 
			  
			
			Circular n° 31 – 04-01-2012 
			  
			
			Caríssimo (a) benfeitor (a), dediquemos o ano de 2012 
			para conhecermos melhor o nosso Criador; não deixemos passar nenhum 
			dia sem “sondarmos” o Eterno: 
			“É um desventurado o homem 
			que conhece tudo, mas não conhece a Deus” (Santo 
			Agostinho). 
			  
			
			É triste ver milhões de pessoas preocupadas em 
			conhecer somente as coisas passageiras desse mundo; as mesmas 
			empregam quase todo o tempo em conhecer o que não satisfaz a alma, 
			deixando completamente de lado o Criador. Será que aquele que ignora 
			a Deus para conhecer apenas as coisas caducas da terra possui a 
			verdadeira sabedoria? “Quem não tem o 
			conhecimento de Deus é um ignorante, ainda que seja um grande sábio”
			(Maria Lataste). 
			
			Prezado (a), não sigamos nem imitemos o péssimo 
			exemplo dessas pessoas vazias e ingratas, mas dediquemos boa 
			parte de nossa vida… grande parte de nossa existência 
			para conhecer o nosso Deus Eterno, Infinito e 
			Imenso. Para amá-Lo é preciso antes conhecê-Lo. 
			
			Para amar a Deus é necessário antes de tudo 
			conhecê-Lo. Assim, pois, quanto mais nos aplicamos a estudar as suas 
			perfeições, tanto mais se abrasará o nosso coração em amor para com 
			Ele, pois que n’Ele tudo é amável. Ele é a plenitude do ser, 
			plenitude de beleza, bondade e amor. 
			
			Devemos ser incansáveis na luta 
			por conhecer o nosso Deus. Nada nesse mundo deve nos atrapalhar na 
			busca por esse conhecimento… não devemos nos contentar com 
			migalhas sobre o Senhor que nos criou, mas devemos aprender 
			o máximo sobre Ele. 
			
			Eis os meios para adquirir o conhecimento de Deus: 
			1° O estudo piedoso da filosofia e da teologia; 2° A meditação ou a 
			oração; 3° O hábito de ver a Deus em todas as coisas. 
			
			A) O estudo piedoso da filosofia e da teologia. 
			Pode-se estudar a filosofia e a teologia de duas maneiras: com o 
			espírito somente, como se estuda qualquer outra ciência, ou com o 
			espírito e o coração ao mesmo tempo. É esta última maneira que gera 
			a piedade. Quando Santo Tomás de Aquino se engolfava no estudo 
			profundo das grandes questões filosóficas e teológicas, fazia-o não 
			como um sábio da Grécia, mas como um discípulo, um amigo de Cristo; 
			é assim que, segundo a sua expressão, a teologia trata das coisas 
			divinas e dos atos humanos, enquanto nos conduzem ao conhecimento 
			perfeito de Deus, e, por conseguinte, ao amor. E é por isso que a 
			piedade de Santo Tomás de Aquino ultrapassava ainda a sua ciência. E 
			o mesmo se diga de São Boaventura e dos grandes teólogos. É certo 
			que a maior parte deles não  nos legaram piedosas reflexões sobre os 
			grandes mistérios da nossa fé, que se limitam a expor e provar; mas 
			é do próprio coração dessas verdades que brota a piedade; e quem 
			quer que estuda com espírito de fé não pode deixar de admirar e amar 
			Aquele (Deus) cuja grandeza e bondade a Teologia nos revela. 
			
			B) A 
			meditação ou a oração. Ao estudo, porém, é mister 
			acrescentar a meditação. Não se meditam suficientemente os dogmas 
			cristãos, ou ao menos não se meditam muitas vezes senão pelos seus 
			lados acessórios. Não se deve recear tomá-los diretamente, e na sua 
			natureza íntima, como assunto principal das nossas meditações. 
			Então, à luz da fé, sob a ação do Espírito Santo, é que a alma se 
			remonta as alturas e penetra profundezas que a inteligência por si 
			só não lograria perceber. A prova disto encontramo-la nos escritos 
			das almas simples, elevadas à contemplação, que nos deixaram sobre 
			Deus. E, afinal, não foi o próprio Santo Tomás de Aquino que disse 
			que aprendera mais na escola do seu Crucifixo que nos livros dos 
			Doutores? A razão disso é que, no silêncio e repouso da oração, fala 
			Deus mais facilmente à alma, e a sua palavra, mais bem compreendida, 
			dá luz à inteligência, calor ao coração e põe em movimento a 
			vontade. É também então que o Espírito Santo se digna comunicar, 
			além dos dons de ciência e entendimento, o de sapiência, que faz 
			gostar, amar e praticar as verdades da fé, estabelecendo assim uma 
			união estreitíssima entre a alma e Deus. É o que tão facilmente 
			descreveu o autor da Imitação de Cristo: 
			“Ditosa a alma que ouve o Senhor falar-lhe interiormente e recebe da 
			sua boca a palavra de consolação”. 
			
			A lembrança frequente e afetuosa de Deus durante o 
			dia prolonga e completa os abençoados efeitos da oração: pensando em 
			Deus, mais O amamos, e o amor acrisola (purifica) o 
			conhecimento. 
			
			C) 
			O hábito de ver a Deus em todas as coisas. 
			Se contemplarmos, pois, as coisas criadas não somente com os olhos 
			do corpo, senão com os da alma, e com o auxílio das luzes da fé, 
			veremos: 
			
			1. Que todas as criaturas, conforme o seu grau de 
			perfeição, são vestígios, ou imagem, ou semelhança de Deus; que 
			todas dizem que têm a Deus por autor e nos convidam a louvá-Lo, já 
			que todo o ser que há nelas, toda a sua beleza e bondade não é mais 
			que uma participação criada e finita do ser divino. 
			
			2. Que as criaturas intelectuais em particular, 
			elevadas à ordem sobrenatural, são imagens, semelhanças vivas de 
			Deus, que participam, se bem que de modo finito, da sua vida 
			intelectual; que, sendo todos os batizados membros de Cristo, é 
			Cristo que devemos ver neles. 
			
			3. Que todos os acontecimentos, felizes ou infelizes, 
			são destinados, na intenção divina, a aperfeiçoar a vida 
			sobrenatural outorgada às almas e a facilitar o recrutamento dos 
			escolhidos, de tal sorte que podemos tirar proveito de tudo para nos 
			santificarmos. 
			
			Acrescentemos, contudo, que na ordem cronológica, as 
			almas vão primeiro a Jesus Cristo, que por Jesus Cristo é que elas 
			vão ao Pai e que, chegadas a Deus-Pai, não cessam de se conservar 
			estreitamente unidas a Jesus. 
			
			Caríssimo (a), o coração que não conhece a Deus é 
			frio, indiferente, mesquinho e triste. 
			
			Vivemos num mundo mergulhado na completa ignorância 
			sobre Deus; por isso, o mesmo caminha apressadamente 
			para a destruição. 
			
			Devemos nos interrogar continuamente sobre: 
			QUEM É DEUS… SOBRE SUA EXISTÊNCIA…
			SUA NATUREZA… SUAS DIVERSAS PERFEIÇÕES…
			PERFEIÇÕES ESSENCIAIS… ATRIBUTOS OPERATIVOS…
			ATRIBUTOS MORAIS… 
			
			Devemos estar sempre inquietos e 
			curiosos sobre esse Senhor que nos criou e que cuida de nós. 
			
			Devemos saciar essa sede que nos devora conhecendo 
			melhor essa Fonte de água cristalina. 
			
			Deixemos os deuses caducos da terra 
			para nos envolver somente com o Deus Vivo e Verdadeiro; que nenhum 
			desses deuses medonhos ocupe o nosso coração, pois o 
			nosso Criador é um Deus ciumento: “… pois 
			teu Deus é um fogo devorador. Ele é um Deus ciumento”
			(Dt 4, 24). 
			
			Prezado (a) benfeitor (a), contemplemos agora somente 
			alguns LAMPEJOS da grandeza do nosso Criador. 
			LAMPEJOS que nos incitará a conhecer mais e mais ao Deus 
			Eterno. LAMPEJOS que nos ajudará a olhar para as 
			coisas passageiras com desprezo e fixar os olhos no Deus Infinito. 
			
			Quem é Deus? 
			
			Deus é puro Espírito, eterno, criador das coisas 
			visíveis (este mundo) e das coisas invisíveis (os anjos e 
			a alma espiritual e imortal em cada homem). Em Deus há, numa só 
			natureza, três Pessoas realmente distintas: O Pai, o Filho e o 
			Espírito Santo. 
			
			Quem é Deus? 
			
			Deus é o nosso Pai, que está nos céus, Criador e 
			Senhor de todas as coisas, que premia os bons e castiga os maus. 
			
			Quem é Deus? 
			
			Deus é um Espírito Perfeitíssimo, criador e senhor do 
			céu e da terra. 
			
			Quem é Deus? 
			
			Deus é um Espírito Infinito… a nossa alma não é igual 
			a Deus; é apenas a sua imagem. Deus é infinito, nós não. Examinemos 
			o significado da palavra infinito. Procede do latim finis, 
			que significa fim, termo, limite. O prefixo in é 
			negativo, o que significa que não há em Deus nada que pressuponha um
			finis. Não há n’Ele fim, nem termo nem limite. Possui, 
			plenamente, qualquer perfeição que possa existir. Apliquemos esta 
			noção à nossa própria alma. Ela conhece algumas coisas que são uma 
			gota de água no oceano das que não consegue abarcar. O seu 
			conhecimento é limitado. O mesmo acontece com o amor e o poder. Ao 
			passo que esses limites não existem em Deus; tudo conhece, tudo ama, 
			tudo pode. 
			
			Quem é Deus? 
			
			Deus é onipotente e eterno. 
			
			“Onde estava Deus antes da criação do universo?” 
			pergunta, às vezes, o homem simples. Esta pergunta pode, na 
			realidade, dividir-se em duas: “Onde estava Deus quando não havia 
			onde existir?” e “Onde estava Deus quando não havia quando 
			existir?” Em poucas palavras a resposta seria que onde 
			e quando não podem aplicar-se a Deus. Mas ninguém 
			entenderia uma resposta tão resumida. 
			
			“Onde” quer dizer “em 
			que sítio”, isto é, “em que lugar do espaço”. Mas Deus é 
			um espírito puro e um espírito não ocupa lugar; só os seres 
			materiais precisam dele. No entanto, dizemos que Deus está em toda a 
			parte. Como pode, pois, estar em toda a parte se não está no espaço? 
			
			Ouve com atenção: “em toda a parte” significa
			“ali, onde estão todas as coisas”. A frase “Deus está em 
			toda a parte” significa que Deus está em todas as coisas. É 
			evidente que um ser espiritual não está na matéria como a água num 
			copo. Não é esse o sentido da palavra “em”. Diz-se que um ser 
			espiritual está onde atua, nas coisas que recebem os efeitos do seu 
			poder. A minha alma, por exemplo, está em todas as partes do meu 
			corpo, não porque se estenda ao longo dele e cada membro tenha a sua 
			porção de alma própria, mas sim, porque a energia vivificante da 
			alma chega a cada membro do corpo. Todas as coisas recebem a energia 
			de Deus, que as coloca na existência e as mantém nela; é esse o 
			sentido da onipotência de Deus. Ele está, portanto, em toda a parte, 
			não porque precise disso. Ele não precisa das coisas. As coisas é 
			que precisam d’Ele de forma presente. 
			
			Podemos agora fixar-nos na segunda parte da pergunta 
			que fizemos: “antes que o universo fosse criado”. Da mesma 
			forma que “onde” se refere ao espaço – e Deus não está no 
			espaço –, “antes” refere-se ao tempo – e Deus também não está 
			no tempo. 
			
			O que é o tempo? Santo Agostinho deu, para esta 
			pergunta, uma resposta genial: “Eu sei o que é o tempo quando não 
			mo perguntas”. Mas foi mais longe e nós devemos imitá-lo: o 
			tempo é a medida da mudança. As coisas mudam constantemente e o 
			tempo mede essas mudanças. Um relógio, cujos ponteiros não se movam, 
			não nos dará as horas, porque o tempo mede a mudança. Onde nada muda 
			não existe o tempo. O nosso Universo material muda constantemente, e 
			o tempo faz parte dele. Deus é imutável pelo que o tempo, em relação 
			a Ele, não tem sentido. Nós estamos sujeitos ao tempo; Deus está na 
			eternidade. 
			
			Se se ouve isto pela primeira vez, torna-se difícil 
			compreendê-lo. No entanto vale a pena pensar em que Deus é imutável 
			porque é infinito. Tem todas as perfeições e não pode perder 
			nenhuma. Por isso, não há um passado em que Ele as pudesse ter 
			adquirido nem um futuro em que possa deixar de desfrutá-las. Tem 
			todas as perfeições no presente, num presente que não muda nem 
			acaba; é nisso que consiste a eternidade. O universo que Ele criou 
			não é assim. As coisas vêm e vão. A mudança é constante. O tempo e o 
			universo começaram ao mesmo tempo. 
			
			Fixemo-nos melhor no conceito de eternidade, porque 
			isso nos será muito útil para conhecer Deus mais a fundo. Tu, eu e 
			todos os homens estamos sujeitos ao tempo, e isto significa que 
			nunca somos a totalidade de nós próprios. O que éramos no ano 
			passado e o que seremos no ano que vem fazem parte da totalidade do 
			nosso ser; mas o ano passado já passou, e o que vem não terminou 
			ainda. Isto significa que não há nenhum momento em que esteja 
			presente a totalidade do nosso ser. Adquirimos a posse do nosso ser 
			– dizem os filósofos – de forma progressiva. O mesmo não acontece 
			com Deus que possui tudo o que é num único ato de existência. 
			Eternidade não quer dizer tempo sem fim, tempo sem nenhum limite de 
			forma a nunca se alcançar o princípio e o fim. A Eternidade não tem 
			nada a ver com o tempo; é a total posse que Deus tem de si próprio. 
			
			Quem é Deus? 
			
			Deus é o Criador… criar quer dizer fazer do nada… Ele 
			fez do nada o céu e a terra, e todas as coisas que no céu e na terra 
			se contêm, isto é, todo o universo. 
			
			Quando só existia Deus, e 
			não havia ainda nada que existisse com Ele, decidiu criar o mundo. 
			Criou-o por seu pensamento, sua vontade e sua palavra, e o mundo 
			começou a existir como Ele quis e realizou. Basta-nos apenas saber 
			que nada coexistia com Deus. Não havia nada além d’Ele, só Ele 
			existia e era perfeito em tudo. N’Ele estava a inteligência, a 
			sabedoria, o poder e o conselho. Tudo estava n’Ele e Ele era tudo.  
			E quando quis e como quis, no tempo que havia estabelecido, 
			manifestou o seu Verbo, por quem fez todas as coisas. 
			
			Quem é Deus? 
			
			Deus é fortaleza (Cf. Sl 9, 10);
			força, rocha, abrigo, rochedo, escudo, torre forte, refúgio
			(Cf. Sl 18, 2-3); luz, salvação, vida (Cf. 
			Sl 27, 1). 
			
			Quem é Deus? 
			
			Deus é um Puro Espírito, Eterno, Infinitamente 
			perfeito, Criador do céu e da terra e soberano Senhor de todas as 
			coisas. 
			
			Tal é a definição exata que podemos dar de Deus, 
			graças à revelação. Enquanto os antigos filósofos, embora 
			reconhecessem a existência de Deus, enganaram-se sobre a natureza 
			deste Ser supremo; nós, cristãos, sabemos o que Ele é. 
			
			É um Puro Espírito, isto é, um Ser 
			invisível, ainda que real; é uma inteligência vivente sem corpo nem 
			figura que não se pode ver nem tocar. – Sua natureza consiste ainda 
			em não ter começo, nem fim, pois é eterno; consiste 
			também em reunir em si mesmo todas as perfeições em um grau 
			infinito. 
			
			Em seguida, com relação ao mundo e a nós, Ele é o 
			Criador, isto é, Ele, com nada, fez o céu e a terra e tudo o que 
			encerram; é também o mestre absoluto do universo 
			inteiro, isto é, governa tudo e poderia aniquilar tudo. 
			
			Quais são as principais perfeições de Deus? Uma 
			perfeição é uma qualidade que torna melhor aquele que a possui. 
			Falando de Deus, dizemos que é infinitamente perfeito, isto é, que 
			tem todas as perfeições desejáveis e possíveis, e as possui num grau 
			infinito, isto é, suas perfeições não têm limites. 
			
			Todavia, seria erro acreditar que as perfeições em 
			Deus, são distintas umas das outras, e, por conseguinte, múltiplas. 
			Não, Deus tem a soberana perfeição, o infinito, e esta 
			palavra diz tudo. Mas nosso espírito limitado, quando considera a 
			Deus, não tem a força de ver tudo em conjunto e percebe n’Ele 
			atributos ou perfeições de diversos gêneros. 
			
			Há perfeições que constituem a essência divina e que 
			não pertencem senão a Deus. São: 
			
			1.° A eternidade. – Deus, sendo o ser 
			necessário, a causa primordial, sempre existiu e existirá sempre; 
			pois que existe por si mesmo, não pode ter nem começo, nem sucessão, 
			nem fim. 
			
			2.° A unidade. – Esta qualidade 
			pertence igualmente à essência divina; de outro modo Deus não seria 
			mais o Ser supremo. A razão nos diz que basta um Deus para explicar 
			tudo e que o infinito não podendo ter coisa igual, vários Deuses se 
			excluiriam uns aos outros. 
			
			3.° A simplicidade. – Esta palavra 
			exprime a exclusão de todas as imperfeições do composto e da 
			matéria; é isto que significa a expressão: puro espírito. 
			
			4.° A imutabilidade.- Isto é, Deus não 
			muda, não pode adquirir nem perder coisa alguma; não modifica suas 
			previsões nem suas vontades, e as variações que lhe atribuímos
			não existem senão 
			com relação a nós. 
			
			5.° A imensidade. – Sem limites no 
			tempo, Deus nem tão pouco os tem na extensão. Está em toda a parte, 
			no céu, sobre a terra, em todos os lugares, não como os corpos que 
			necessitam de uma porção limitada do espaço, mas como os espíritos 
			e, mais ou menos, como nossa alma está toda inteira e em cada parte 
			do corpo que ela anima. 
			
			Há em Deus outras perfeições que se designam pelo 
			nome de atributos operativos e que são os princípios 
			dos seus atos; Ele os possui no supremo grau, mas permite que o 
			homem os possua também em certo grau. São: 
			
			1.° A inteligência, que se chama em 
			Deus onisciência ou sabedoria infinita; por ela Deus vê tudo junto: 
			o passado, o presente e até os nossos mais secretos pensamentos, e 
			isto sem diminuir em nada a nossa liberdade. 
			
			2.° A vontade: é, em Deus, uma 
			faculdade livremente ativa de fazer o que lhe apraz; a vontade 
			humana é a imagem da vontade divina, com esta diferença porém, que 
			em Deus a infinita perfeição exige que sua vontade não se dirija 
			senão para o bem. 
			
			3.° A onipotência: isto é, Deus fez e 
			pode fazer tudo o que Ele quer, sem esforço e por sua só vontade, 
			exceto tudo o que envolve pecado ou contradição. 
			
			Enfim, Deus possui ainda outras perfeições que se 
			chamam atributos morais. São como que as virtudes de 
			Deus, que as criaturas racionais devem procurar imitar. Desta 
			categoria são: 
			
			1.° A sabedoria: é esta perfeição moral 
			em virtude da qual Deus se determina sempre para fins dignos de sua 
			infinita perfeição. 
			
			2.º A bondade: é esta propensão que 
			leva Deus a procurar o bem de suas criaturas. – A bondade de Deus é 
			tão manifesta, que costumamos designá-Lo por este atributo, e 
			dizemos: o bom Deus! Quando a bondade de Deus se exerce em 
			favor do pecador e tende a convertê-lo e conceder-lhe o perdão, 
			chama-se misericórdia. 
			
			3.° A santidade: designamos por esta 
			palavra o ódio infinito ao mal. Na realidade, Deus é santo; pois não 
			pode amar o pecado e é, pelo contrário, o autor de todas as 
			virtudes. A santidade tem por consequência a justiça, que 
			consiste em castigar o mal e recompensar a virtude. 
			
			4.° Enfim, a Providência: é uma 
			perfeição que abrange a sabedoria, a bondade e a solicitude de Deus 
			no governo do mundo. Em virtude de sua providência Deus toma cuidado 
			de todas as criaturas. Governa o mundo físico, o sol, os astros, a 
			terra, as estações, o oceano. Vela em particular sobre o homem, 
			“não permitindo que um cabelo caia da nossa cabeça sem sua ordem”. 
			Governa igualmente os povos, e a história da humanidade não é senão 
			o resultado da ação de Deus sobre os impérios, como o mostra Bossuet 
			no seu admirável livro sobre a História universal. 
			
			Algumas desordens aparentes no mundo físico ou no 
			mundo moral não anulam o dogma da Providência; neste 
			mundo não podemos apreciar as razões de Deus; só na eternidade é que 
			havemos de avaliá-las perfeitamente. 
			
			Caríssimo (a) benfeitor (a), eis aí alguns 
			LAMPEJOS sobre o nosso Criador. 
			
			Como tudo seria diferente se os SETE BILHÕES 
			de habitantes desse mundo se esforçassem por CONHECER, AMAR 
			e SERVIR ao Criador: “Como 
			é belo, como é grande conhecer, amar e servir a Deus! É a única 
			coisa que temos para fazer neste mundo. Tudo o que fazemos afora 
			isto é tempo perdido” (São João Maria Vianney). 
			
			Como é triste ver quase toda a humanidade correndo 
			desesperadamente atrás do vazio, mendigando um pouco do lixo do 
			mundo para se alegrar… Tudo em vão! Somente em Deus é possível 
			encontrar a verdadeira felicidade… somente no Eterno é possível 
			encontrar a alegria para saciar a alma imortal: 
			“Fora de Deus só há alegria efêmera e paz 
			ilusória” (Bem-aventurado Columba Marmion). 
			
			A verdadeira felicidade não está em lamber a terra e 
			engolir os seus vermes; mas sim, em se apaixonar pelo Deus Infinito 
			que nos criou e que cuida de nós com o carinho de um verdadeiro pai:
			“Nesta vida não podes ser feliz, ninguém 
			o pode. Boa coisa a que desejas, mas não nesta terra se encontra o 
			que desejas. Que desejas? A vida bem-aventurada. Mas aqui não reside 
			ela” (Santo Agostinho). 
			
			Abramos, ou melhor, escancaremos o nosso coração para 
			Deus… não sejamos ingratos para o Senhor que nos sustenta. 
			
			Prezado (a), não se deixe vencer pelo cansaço, mas 
			lute com esforço e fervor 
			para conhecer a Deus e crescer no seu amor. 
			
			Deus lhe pague pela preciosa ajuda! 
			
			Estamos rezando um terço todos os dias, oferecendo 
			três missas por semana, fazendo sacrifícios… por você e familiares. 
			
			Eu te abençôo e te guardo no Santíssimo Coração de 
			Jesus Cristo. 
			
			Atenciosamente, 
			  
			
			Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
			  
			  
			
			Bibliografia 
			
			  
			
			Sagrada Escritura 
			
			Santo Agostinho, Escritos 
			
			Maria Lataste, Escritos 
			
			Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e 
			Mística 
			
			Tomás de Kempis, Imitação de Cristo 
			
			Pe. Leo J. Trese, A fé explicada 
			
			Terceiro catecismo da doutrina cristã 
			
			Frank J. Sheed, Teologia para todos 
			
			São Pio X, Catecismo Maior 
			
			Santo Hipólito, Do Tratado 
			contra a heresia de Noeto 
			
			Monsenhor Cauly, Curso de 
			Instrução Religiosa 
			
			São João Maria Vianney, 
			Escritos 
			
			Bem-aventurado Columba 
			Marmion, Jesus Cristo: Ideal do monge 
              
             
             
            
            
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