Nº 02

 

O CARNAVAL É DO DEMÔNIO

 

Carnaval é tempo dos espetáculos profanos, dos bailes de mascarados, das danças e orgias que se multiplicam nas vésperas da Quaresma, mormente nos três dias antes de Quarta-feira de Cinzas. Perder tempo, exagerar as despesas, fazer da barriga seu deus, fingir que está alegre, encher a alma com imagens e pensamentos indecentes, avivar o fogo das paixões, atirar-se de caso pensado aos maiores perigos; não será isto diretamente oposto ao Cristianismo, que prescreve o bom uso do tempo, prudente economia, a temperança, a vigilância nos sentidos, a mortificação das paixões, a fuga dos perigos? Deixam após si, estes dias de pecados, tantas vítimas de impureza, da embriaguez, tantas famílias na vergonha e na miséria!

Quisera a Igreja Católica preparar seus filhos à penitência, e por isso lhes lembra, nesta fase, os sofrimentos de Jesus Cristo. Não negará esta boa Mãe, aquele que passa estes dias na dissipação? Com que cara podem católicos assim dizer-se discípulos de Cristo, filhos da Igreja Católica, que sempre condenou tais desordens? Não digam que não fazem mal. Será pouco mal esbanjar tempo e dinheiro, estragar a saúde, expor a honra e a inocência a perigos onde tantas vezes naufragam? Não se desculpem com a necessidade do descanso: estarão porventura bem descansados no dia seguinte? Serão descansos divertimentos que arruínam a saúde do corpo e da alma?

Fugi, católicos, de tão perigosos passatempos. Seja vosso gosto trabalhar, combater, sofrer com Jesus Cristo, neste mundo, para, com Ele, gozar eternamente no Céu. Quem pula carnaval grita: SOLTA BARRABÁS E CRUCIFICA JESUS CRISTO.

Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista(Diário, 926). E Santa Margarida Maria de Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-se-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo agora?” (Escritos Espirituais).

Caro leitor, fuja do carnaval!

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes, FP.

Fundador e Superior do Instituto

Anápolis, 15-01-1999

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O carnaval é do demônio”.
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