Nº 03
A ETERNIDADE DO
INFERNO
“E estes irão para o suplício eterno”
(Mt 25, 46).
O inferno é eterno: “Se o
inferno não fosse eterno, não seria inferno. A pena que dura pouco, não é grande
pena” (Santo Afonso Maria de Ligório, Consideração
XXVII, Ponto I).
Tu dizes: o inferno não pode ser
eterno! Porque nesse caso o sacrifício de Cristo, a sua morte redentora na cruz,
seriam inúteis. Deus não faz nada inutilmente. Mas se o inferno não é eterno,
Deus sacrificou inutilmente o seu Filho Unigênito.
Se o inferno não é eterno, morreram
inutilmente os mártires que queriam livrar-se da condenação eterna.
Se o inferno não é eterno, foram
inúteis todos os suores dos apóstolos e dos missionários, que fizeram todo o
possível para salvar da condenação eterna os que erravam nas sombras do
paganismo.
Dizes que o inferno não é eterno porque
“Deus é cheio de bondade e não pode ser tão cruel que dê castigo eterno ao
pecado de um instante...” Assim alguns procuram consolar a si mesmos.
A bondade de Deus não é
debilidade impotente, não é sentimentalismo efeminado. Deus é, com efeito,
infinitamente bom, mas também é infinitamente santo e justiceiro: “Não sejas
tão seguro do perdão para acumular pecado sobre pecado. Não digas: “ sua
misericórdia é grande para perdoar meus inúmeros pecados”, porque há nele
misericórdia e cólera e sua ira pousará sobre os pecadores”
(Eclo 5, 5-6).
São Bruno dizia: “Feliz o
homem que tem a mente fixa no céu e foge do mal com assídua vigilância. Oh!
Vivem, porém, os homens como se a morte não existisse e como se o inferno fosse
uma mera fábula”.
Os condenados ouvem sem
cessar o badalar do “relógio do inferno”: PARA
SEMPRE... NUNCA MAIS!
Você caro leitor, já pensou na
eternidade do inferno?
Pe. Divino Antônio Lopes, FP.
Fundador e Superior do Instituto
Anápolis, 10-02-1999
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