Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

12 de outubro de 2013

A Santa Igreja Católica Apostólica Romana não foi fundada pelos lobos rapaces; mas sim, pelo Cordeiro verídico e imaculado: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16, 18).

Nosso Senhor, único Deus verdadeiro, fundou somente a Igreja Católica: “... edificarei minha Igreja” (Mt 16, 18). Se há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; há um só Deus (Ef 4, 5-6); por que haveria mais de uma Igreja verdadeira? Jesus Cristo disse: “... minha Igreja”, não “minhas” igrejas.

A Igreja Católica Apostólica Romana não foi só fundada pelo Senhor, mas foi também amada por Ele: “E vós, maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja...” (Ef 5, 25). Católico, o seu amor pela Igreja Católica é verdadeiro ou somente da boca para fora?

O amor de Jesus Cristo pela Igreja não foi mesquinho nem de aparência... mas levado até o extremo vivo e prático: “... e se entregou por ela...” (Ef 5, 25).

Aquele que persegue a Santa Igreja Católica Apostólica Romana “cai do cavalo”. Saulo caiu... e milhares de perseguidores estão caindo: “Quanto a Saulo, devastava a Igreja... Estando ele em viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente uma luz vinda do céu o envolveu de claridade. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’ Ele perguntou: ‘Quem és Senhor?’ E a resposta: ‘Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo’... Pois sou o menor dos apóstolos, nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus” (At 8, 3; 9, 3-5; 1 Cor 15, 9). A perseguição contra os católicos é prolongação da de Cristo. O que se faz aos seguidores de Nosso Senhor é como se fizesse a Ele.

A Igreja Católica é perseguida e odiada porque não cala a boca diante da falcatrua dos homens perversos: “A Igreja Católica é tão perseguida porque assim foi também perseguido o seu Divino Fundador, e porque reprova os vícios, combate as paixões e condena todas as injustiças e todos os erros” (São Pio X).

Por mais ferozes que sejam os lobos... esses jamais destruirão a Esposa do Cordeiro, isto é, a Igreja Católica: “A Igreja Católica pode ser perseguida, mas não pode ser destruída nem perecer” (São Pio X).

A Santa Igreja Católica Apostólica Romana é a Igreja da vitória... ninguém poderá vencê-la: “Não poderão resisti-la” (Santo Hilário), “... nem as heresias” (Santo Epifânio), “... nem os vícios” (Santo Ambrósio), “... nem as blasfêmias” (Orígenes, São Jerônimo e São Beda), “... nem as perseguições dos hereges contra ela” (Eutímio) e “... nem a perseguição de todos contra ela” (Teofilacto).

Em vão os lobos mortais mordem e unham a Igreja “imortal”. A Esposa do Eterno é “imortal”: “... e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18). Estas “... portas’ disse Jesus Cristo que são as portas do inferno. Este hades é a tradução grega do hebraico sheol, partes inferiores onde se localiza a morada dos mortos. Neste sentido, as ‘portas do hades’ seriam as ‘portas (o reino) da morte’. Como se promete que esse reino não vencerá a Igreja, se anunciaria com isso a imortalidade da Igreja fundada sobre Pedro” (Pe. Manuel de Tuya).

Jamais abandonemos a Esposa do Cordeiro, isto é, a Igreja Católica Apostólica Romana... agarremo-nos à essa Mãe amorosa e zelosa: “Cumpre agarrarmo-nos à religião cristã e à comunhão com aquela Igreja que é católica e como tal é denominada não só pelos seus adeptos, mas também pelos seus inimigos” (Santo Agostinho).

Cuidemo-nos para não entrarmos em porta errada, porque construíram muitas espeluncas dizendo ser a casa de Deus. A verdadeira casa de Deus é inconfundível: “Ao chegares a uma cidade, não peças simplesmente pela casa de Deus, já que também as seitas dos sem-Deus adornam suas alcovas com o nome de casa de Deus; nem unicamente onde está a igreja, mas onde está a Igreja Católica. Pois é este o nome próprio dessa nossa Santa Mãe” (São Cirilo de Jerusalém).

Hoje, existem milhares de seitas pretendendo passar por verdadeiras, por espeluncas fundadas por Jesus Cristo. Esse atrevimento não nos deve surpreender... isso é antigo... tem mais de 1600 anos. Os arianos pretendiam ser a verdadeira Igreja de Cristo. Santo Hilário dizia-lhes: “Chegastes tarde demais! Nascestes muito tarde para pretenderdes ser a Igreja de Cristo”.

É grande estupidez e malandragem querer apagar a história da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, para dar crédito às seitas mentirosas que usam da Sagrada Escritura para enganar as pessoas. São Jerônimo disse contra um falso profeta do seu tempo: “Como pretendes tu, após 400 anos, amestrar-nos, como se nada soubéssemos? Sem tua doutrina, o mundo foi cristão até hoje. Breve e claramente eis aqui minha opinião: cumpre permanecer naquela Igreja fundada pelos Apóstolos e que continua até nossos dias. E nem podem esses falsos profetas fazer alarde querendo demonstrar suas teorias com a Sagrada Escritura. Pois até satanás fez conclusões baseando-se nos  livros Sagrados. Ademais, não se trata simplesmente da leitura da Sagrada Escritura, mas de sua interpretação”.

Muitas seitas já ficaram pelo caminho... desapareceram o fundador e os seguidores... o fracasso foi total... o veneno não “proliferou” por muito tempo. Muitas seitas já fracassaram, mas a Esposa do Cordeiro caminha com elegância e firmeza de século em século: “O que me prende na Igreja Católica é a sua ininterrupta série de bispos, desde o Apóstolo a quem Cristo confiou o seu rebanho até o atual pontífice” (Santo Agostinho).

A única Igreja fundada por Jesus Cristo é indivisa e indivisível: “A túnica do Salvador não foi rasgada” (São Cipriano).

Sem a Igreja não há salvação contra a tormenta deste mundo: “Quem não entrar na arca de Noé será varrido pela tempestade do pecado” (São Jerônimo). A arca é símbolo da Igreja.

É enorme sabedoria ser cristão e grande consolação ser católico: “Ninguém poderá alcançar a salvação e a vida eterna se não tiver Cristo como cabeça. E ninguém poderá ter Cristo como cabeça, se não fizer parte de seu corpo, que é a Igreja” (Santo Agostinho).

Os ingratos que abandonam a Santa Igreja para seguirem as seitas  não estão atrás da verdade; mas sim, buscam uma vida fácil, libertina, devassa e cheia de prazeres... sem regras nem limites: “Nunca alguém abandonou o catolicismo, a não ser, para buscar o próprio prazer. Sabemos pela história, que todos que abandonaram, foi para poder levar uma vida mais livre e desordenada. Prova evidente de que não eram levados a isso pelo conhecimento da verdade, e sim, pelo desejo de abraçar uma crença mais favorável às paixões humanas” (São João Bosco).

A Santa Igreja Católica é uma Mãe que está sempre em batalha e em oposição à sinagoga de Satanás, aos povos do mundo, aos lobos vorazes, à torre do demônio e à corrupta Babilônia. Ela é perseguida, mas não se cala. Durante uma audiência, São Pio X perguntou a um seminarista: “Quantas são as notas da verdadeira Igreja?” – “Quatro, Santo Padre! Una, Santa, Católica e Apostólica”. – “Somente essas quatro?” – admirou-se o pontífice. “Ora, acrescentaria: perseguida, pois está escrito no Evangelho: como me perseguiram a mim, assim hão de perseguir a vós”.

Infelizmente a Igreja Católica não é formada apenas de cristãos verdadeiros e fervorosos... mas existe também no seio da mesma os tíbios, relaxados, mundanos, rebeldes, preguiçosos, imorais e murmuradores: “Infelizmente existem monges falsos, como há falsos clérigos e falsos fiéis. Todos os três estados de vida, dos quais com frequência falei a vocês, todas as três categorias têm pessoas boas e pessoas más” (Santo Agostinho).

A Santa Igreja é uma poderosíssima luz que ilumina esse mundo guiando-o para a Vida Eterna: “A Igreja é o candelabro de sete braços de Cristo, que traz a luz” (Santo Irineu).

A Mãe Igreja se preocupa com seus filhos. Não se esconde diante dos ataques e perseguições, mas ilumina a todos com a luz da sã doutrina: “A Igreja não está oculta. Não se esconde sob o alqueire, mas eleva-se sobre o candelabro para iluminar os que se acham na casa. Dela foi dito: Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha” (Santo Agostinho).

Amemos a Igreja Católica... agradeçamos a Deus por nos haver criado na única Religião verdadeira e supliquemos-Lhe que nos mantenha na sua graça e fiéis em seu santo serviço: “Não poderá ter Deus como pai aquele que não tem a Igreja como mãe” (São Cipriano).

A Igreja Católica é santa e pecadora? Não! Ela é santa... é a Esposa imaculada de Jesus Cristo: “Chamo a verdadeira Igreja de Santa porque Jesus Cristo, a sua cabeça invisível, é Santo, santos são muitos dos seus membros, santas são a sua fé e a sua lei, santos os seus Sacramentos, porque fora dela não há nem pode haver verdadeira santidade” (São Pio X).

A Santa Igreja é uma Mãe que abraça todos os seus filhos, cuida deles e alimenta-os com o seu “leite” espiritual: “A Igreja penetrada pela luz divina, difunde seus raios por toda a terra. Ela é luz que se derrama por toda a parte sem perturbar a unidade do corpo; pela sua plenitude de vida, estende seus ramos sobre todo o universo. Para muito longe espalhar as águas que fluem abundantemente, que procedem de uma única fonte, de uma única origem, de uma só mãe, de uma ininterrupta fecundidade. Dela nascemos, nutrimo-nos de seu leite, seu espírito nos anima” (São Cipriano).

A Igreja Católica não é muda, desinteressada, apática, indiferente nem omissa... Ela é, pois, a boca de Jesus Cristo: “Quem vos ouve, a mim ouve” (Lc 10, 16).

A Igreja vela com severidade para que não se mude a verdade da fé. Jamais a Igreja tolerou que a verdade a ela confiada por Jesus Cristo se alterasse a mínima coisa – um jota (e hebraico – um pontinho) “... porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula” (Mt 5, 18).

A Santa Igreja não adultera a verdade, não a distorce, não a debilita nem a mistura com o erro... o que é verdadeiro, é verdadeiro. Não há dois evangelhos: “Entretanto, se alguém – ainda que nós mesmos ou um anjo do céu – vos anunciar um evangelho diferente do que recebestes, seja anátema” (Gl 1, 8).

A Igreja Católica não prega duas verdades. Para ser católico é preciso aceitar o Evangelho assim como ele é: “O Senhor julgará todos os que estão fora da verdade, isto é, fora da Igreja” (Santo Irineu).

Infeliz do católico que despreza a água pura da Doutrina Católica para beber da lama das seitas; esses arderão nas chamas do Inferno: “Os violadores do templo de Deus não possuirão o reino... Com a alma manchada, irão esses homens ao fogo inextinguível... Não vos deixeis profanar pelo mau odor da falsa doutrina de Satanás para não cairdes escravos longe do reto caminho” (Santo Inácio de Antioquia).

É fácil reconhecer onde está a Igreja Católica: “Onde está Pedro, está a Igreja; onde ele não está, não está também a Igreja” (Santo Ambrósio).

Aquele que trabalha longe do Papa não pode agradar a Deus. É preciso saber curvar a cabeça diante do sucessor de São Pedro: “Tudo o que se faz, mesmo nas mais longínquas províncias, só pode ser levado a termo após o conhecimento desta cátedra. Tudo o que é justo deve ser referendado pela força da sua autoridade” (Papa Inocêncio I).

É ridículo, vergonhoso e insuportável ver inimigos, fora da Igreja Católica, atacar a mesma usando a Sagrada Escritura: “Se forem hereges, não podem ser cristãos... e se não forem cristãos não podem alegar nenhum direito para o uso da literatura cristã” (Tertuliano), e: “Reconhecem as escrituras, mas lhes desvirtua a exegese” (Santo Irineu).

Como a Igreja Católica cresceu? Jesus Cristo não escreveu uma palavra sequer. Nem falou: “Ide e escrevei”. De boca em boca foi transmitida a doutrina. De coração a coração o amor. De alma a alma o Espírito Santo. Foi assim que a Igreja cresceu no amor: “Os Apóstolos... pregaram a fé de Jesus Cristo, antes na Judéia, fundando ali igrejas, depois, espalhando-se pelo mundo, anunciaram às gentes a mesma doutrina da única fé, estabelecendo igrejas em cada cidade. Todas as demais igrejas hauriram dessas, como vergônteas enxertadas, a fé e a semente da doutrina. E ainda hoje continua haurindo delas para se tornarem verdadeiras igrejas” (Tertuliano).

A Igreja Católica é a mãe zelosa e cuidadosa que ensina a fé aos próprios filhos. Feliz daquele que abre os ouvidos e o coração para essa boa mãe: “A Sagrada Escritura sem a Igreja seria um livro de arte culinária sem a despensa, fogo e cozinha, sem o que cozinhar, receita sem farmacêutico para um doente” (Clemente Brentano).

A Sagrada Escritura não foi trazida do céu por São Miguel Arcanjo nem por outro Anjo; mas desabrochou no seio da Santa Igreja Católica, e essa excelente mãe continua velando por ela: “A Sagrada Escritura é a carta do Pai, do esposo celeste, Cristo, à mãe Igreja, a ela entregue para os filhos, por ela guardada e explicada para que nós, no longo exílio, não esqueçamos a pátria e não percamos a saudade da casa paterna” (Santo Agostinho).

O Espírito Santo está na Igreja e nos que vivem identificados com ela. Quem dela se separa, não vive no Espírito Santo. De suas bocas saem somente baboseiras, besteiras, tolices, asneiras e sandices: “Somente os médicos se ocupam de medicina, somente os marceneiros de marcenaria; mas toda mulher grosseira, todo velho caduco, todo sofista loquaz, sim, todos sem exceção, pretendem explicar a Sagrada Escritura” (São Jerônimo).

Agradeçamos a Jesus Cristo por ter fundado a Santa Igreja Católica, essa boa mãe, cujo seio, a Sagrada Escritura desabrochou. Será que os protestantes, arrogantes, caluniadores e perseguidores, conheceriam a Palavra de Deus se não existisse a Igreja Católica? “A carta nasceu no seio da Igreja. Essa, assistida pelo Espírito Santo, recolheu e conservou a verdadeira ‘palavra de Deus’, num único Livro Sagrado, através de seu infalível magistério. Sem a Igreja não haveria nenhuma Escritura Sagrada. Ela atesta qual é a verdadeira palavra de Deus e qual a falsa” (Pe. Alfred Barth).

A Igreja Católica não é uma mãe que vive de braços cruzados e na “poltronice”; mas é essencialmente missionária e conquistadora: “Experimentamos toda a urgência e a ânsia de, em toda a parte, e com maior esforço, fazer progredir as obras do apostolado. Pois consideramos dirigida a nós a exortação do profeta: ‘Clama em alta voz, sem constrangimento; faze soar tua voz, como a corneta’ (Is 51, 1)” (Pio XII).

Como é vergonhoso ver milhões de católicos batizados e crismados vivendo preguiçosamente dentro da Igreja Católica. É preciso acordar esses “sonolentos” enquanto é tempo: “Muitas vezes tenho vontade de entrar nas universidades da Europa, gritando alto como um louco. Quereria gritar àqueles, mormente em Paris, cujo saber é maior do que o desejo de bem servir-se dele... Quantas almas se afastam do caminho da salvação por sua culpa. Quantas se perdem por causa de sua indiferença...” (São Francisco Xavier).

O católico que ama verdadeiramente a Santa Igreja trabalha para conquistar todas as almas para ela. Deus quer a santa cruzada pelas missões... Deus quer a salvação do mundo... é preciso conquistar o mundo para Deus: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tonem meus discípulos” (Mt 28, 19).

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Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. Depois de autorizado, é preciso citar: Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Igreja Católica: única Esposa de Jesus Cristo” www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/livros/021_igreja_catolica.htm