Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

10 de setembro de 2016

 

 

Apresentação

 

Caríssimo leitor, Nosso Senhor Jesus Cristo, o "louco" de amor, chegou ao ponto de sofrer a paixão e morrer na cruz pela pessoa amada, isto é, cada um de nós. Aprendamos também a amar quem nos amou por primeiro. O Pe. Divino Antônio Lopes FP(C), escreveu 25 pensamentos que nos ensinam essa grande proeza, amar aquele que loucamente nos amou. Leia com atenção e medite-os!

 

Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor

Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

01

Morrer de amor pelo Deus que morreu numa cruz para nos salvar é morrer docemente. Que sublimidade!

02

Muitos diziam a respeito de Jesus Cristo: “… enlouqueceu!” (Jo 10, 20). Sim… o Verbo se fez carne para salvar as criaturas ingratas. Grande “loucura”… “louco” de amor pelas almas: “Sim, Jesus, Vós estais louco de amor!” (Santa Maria Madalena de Pazzi).

03

Transformemos o nosso coração num grandioso “hospício” e prendamos nele a Jesus Cristo, o “louco” de amor. Quem possui a “loucura” Infinita e Eterna não sente necessidade da loucura passageira oferecida pelo mundo: “Amo-te com um amor eterno, por isso conservei para ti o amor” (Jr 31, 3).

04

O amor de Jesus Cristo pelas almas imortais e espirituais é encantador! Ele, o “louco” de amor, se entregou voluntariamente à morte por nós: “Amou-nos e se entregou a si mesmo por nós” (Gl 2, 20).

05

A “loucura” de Jesus Cristo pelas almas “assustou” até os anjos. Ele, o Deus Eterno, fez-se homem, vestiu-se de carne como nós, para nos remir da morte eterna, recuperar-nos a graça divina e o paraíso perdido: “Esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana” (Fl 2, 7).

06

É encantador o amor de Jesus pelas almas! Ele poderia salvar as almas sem sofrer… sem morrer numa cruz, mas não quis. É um Deus “louco” de amor e apaixonado pelas almas… escolheu uma vida de humilhações e desprezos: “E, achando em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2, 7-8).

07

Os loucos desse mundo não escondem as suas loucuras. Jesus Cristo, o “louco” de amor, também não quis esconder a sua “loucura” e o seu amor “extravagante” pelas almas… quis morrer numa cruz para nos mostrar o seu imenso amor: “Amou-nos e se entregou por nós” (Ef 5, 2).

08

O amor de Jesus Cristo pelas almas é forte, sincero e sem egoísmo. Ele pode tudo sem os homens… “louco” de amor deu-se a si próprio: coração, sangue, vida… e dá-se ainda diariamente na Eucaristia. Quem ama de coração não consegue esconder o amor: “Não parece uma loucura dizer: comei a minha carne, bebei o meu sangue?!” (Santo Agostinho).

09

Jesus Cristo, o Deus Eterno e Infinito, nos ama apaixonadamente! Ama cada pessoa individualmente… desde toda a eternidade… desde sempre o homem estava presente aos seus olhos. Somente um Deus “louco” de amor pode amar assim tão excessivamente: “Vimos um Deus, que é a própria sabedoria, feito louco por excesso de amor” (São Lourenço Justiniano).

10

O amor de Jesus Cristo pelas almas pode “enlouquecer” os devotos sinceros, piedosos e tementes. Analisemos com calma e atenção! Ainda não existíamos e Ele já nos amava “loucamente”… antes do mundo existir já nos amava apaixonadamente. Não é para “enlouquecer?” Por que desprezar um Deus tão cheio de amor? Paguemos tanto amor com amor: “… tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1).

11

O Senhor nos amou primeiro! Ele não precisa do nosso amor, mas quer ser amado por nós… entreguemos a nossa alma ao Senhor que a ama “loucamente”… não sejamos ingratos: “Para ele há de viver a minha alma” (Sl 21, 30).

12

Analisemos minuciosamente! Mergulhemos no amor consolador e na verdade tão doce!  Desde que Deus é Deus, sempre nos tem amado; desde que se amou a si mesmo, também nos amou… Ele nos amou primeiro, somente o Senhor merece todo o nosso amor. Toda a criação nos convida a amá-lo: “O céu, a terra e todas as criaturas me convidam a amar-vos” (Santo Agostinho).

13

O amor de Jesus Cristo é verdadeiro, exigente, sincero… não é meloso nem bajulador. O amor do Senhor obriga-nos a sair do comodismo e da vida fácil: “O amor de Cristo nos constrange” (2 Cor 5, 14).

14

O amor de Jesus Cristo pelas almas não tem limites! Amor “indomável”, “irreprimível”, “incontrolável” e “irrefreável”… é um “louco” de amor. Era tanto amor que desejava a hora da sua morte dolorosa para mostrar o afeto que tinha pelas almas: “Devo receber o batismo, e quanto o desejo até que ele se realize” (Lc 12, 50). Ser batizado no próprio sangue… sangue de um Deus apaixonado!

15

A Sagrada Paixão de Jesus Cristo é um precioso “livro” que dá a conhecer ao homem a “loucura” de um Deus apaixonado pelas almas. Contemplando os sofrimentos do Salvador em sua Paixão, é possível conhecer um pouco a grandeza do seu amor. Quem permanece insensível e indiferente possui um coração de pedra!

16

Quem ama verdadeiramente comete loucuras para agradar a pessoa amada. O que levou o Salvador a morrer numa cruz no meio de dois ladrões e mergulhado num mar de sofrimentos? Foi a “loucura” do amor que tinha pelas almas: “Foi o amor que esqueceu a dignidade” (São Bernardo de Claraval).

17

Jesus Cristo é o “flecheiro” do amor! Cada chaga do corpo do Senhor é um grito de amor pelas almas… dessas chagas saem “flechas” de amor que ferem os corações insensíveis. O amor de Jesus fere… doce e suave ferimento! “Provai e vede quão suave é o Senhor!” (Sl 33, 9).

18

O Coração de Jesus Cristo é apaixonado pelas almas! Não fica indiferente, mas, qual vulcão em erupção, lança “lava” e “fogo” para aquecer os corações frios e indolentes. Como é agradável ser aquecido pelo Coração abrasador de um Deus!

19

Como o mundo seria melhor se todos os dias existissem as “olimpíadas” do amor. O amor de Jesus “competindo” com o amor dos homens… e o amor dos homens se esforçando para “superar” o amor de Jesus Cristo… quantos recordes seriam quebrados diariamente! O mundo mergulharia em pouco tempo numa loucura… mas loucura do amor. Um Deus “louco” de amor… os homens “loucos” de amor… santo e agradável “hospício”.

20

Jamais uma alma compreenderá o quanto Jesus Cristo a ama. Diante dessa falta de compreensão, a melhor atitude é amá-lo sem medida: “Amor com amor se paga” (São Pedro Julião Eymard).

21

O amor de Jesus Cristo não tem “panelinhas”… “grupinhos” de prediletos. O seu amor é para todos, foi-lhe imposto sofrer por todos os homens, “mas se lhe fosse pedido fazê-lo pela salvação de um só, tê-lo-ia feito do mesmo modo que o fez por todos” (Santo Afonso Maria de Ligório). Jesus Cristo é o Deus Imenso… o seu amor é imenso… Ele amou muito mais do que sofreu.

22

Jesus Cristo é o “louco” de amor pelas almas! Ele é todo amor… completamente amor… inteiramente amor. Amor interno e amor externo… chama de amor que não se apaga. As chagas do corpo do Senhor nos falam de um grande amor; mas, interiormente, o amor foi maior: “Vossas dores físicas foram, apenas, uma faísca que saiu daquela grande fornalha de imenso amor” (Santo Afonso Maria de Ligório).

23

O amor de Jesus Cristo abrasa os corações… deixa-os inflamados e obriga-os a saírem de si. Quem foi “flechado” pelas setas do amor de Cristo: enfrenta o martírio, abraça as cruzes de cada dia, anda sobre brasas, “acaricia” as doenças e não se abala diante dos obstáculos, provações e dificuldades: “Para a pessoa unida a Cristo na cruz, nenhuma coisa é mais consoladora e gloriosa do que trazer consigo os sinais de Jesus Crucificado” (Santo Ambrósio).

24

Jesus Cristo nos envolve com o seu amor e não se esquece de nós… é uma “atenção” tão amorosa, que se os anjos pudessem, sentiriam uma doce “inveja”. O que fazer diante desse amor marcante? Devemos cortar todos os laços que nos prendem às criaturas e dar-nos a Ele com todo o nosso ser… sem reserva… pertencer-lhe totalmente.

25

Jesus Cristo é o Rei “louco” de amor que bate à porta dos corações para enchê-los com o seu imenso amor… não guarda o amor para si, não é egoísta… bate, mas não obriga ninguém a abrir a porta… é um amor respeitoso que não agride: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3, 20).

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Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Jesus Cristo: o "louco" de amor”

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