Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

27 de setembro de 2016

01

Fora da Igreja Católica Apostólica Romana não se pode compreender claramente a Sagrada Escritura: “... os ignorantes e vacilantes torcem, como fazem com as demais Escrituras, para a sua própria perdição” (2 Pd 3, 16).

02

Quem despreza a Sagrada Escritura volta as costas para o Salvador, Jesus Cristo: “Quem não conhece a Sagrada Escritura, não conhece  Cristo” (São Jerônimo).

03

Ler, meditar e viver a Sagrada Escritura é oferecer à alma um precioso alimento espiritual: “É preciso viver unidos à Igreja, crescer em seu seio e nutrir-se da Sagrada Escritura” (Santo Irineu).

04

Os que vivem fora da Igreja Católica usam e abusam da Sagrada Escritura para o proveito próprio: “Reconhecem as Escrituras, mas lhes desvirtuam a exegese” (Santo Irineu).

05

Os protestantes leem, hoje, a Sagrada Escritura que a Santa Igreja Católica confirmou. Deveriam agradecer de joelhos e não vomitar ódio contra essa zelosa Mãe: “Muitos empreenderam compor uma história dos acontecimentos que se realizaram entre nós” (Lc 1, 1).

06

A Igreja Católica, Mãe sábia, velou pela Sagrada Escritura. São Lucas diz que: “Muitos empreenderam compor uma história...” (Lc 1, 1). Onde estão esses muitos dos quais hoje não temos mais notícias alguma? A Mestra Igreja velou, selecionou e conservou o que era verdadeiro... o que fora escrito por inspiração do Espírito Santo.

07

A Santa Igreja Católica nunca voltou as costas para a Sagrada Escritura e também não a ignorou como afirmam os hereges de hoje; pelo contrário, cuidou com muito zelo para que os hereges e falsos profetas antigos não confundissem os fiéis com falsas profecias: “... e não vos perturbeis nem por palavra profética, nem por carta que se diga vir de nós...” (2 Ts 2, 2).

08

A Igreja Católica “peneirou” muitos escritos... selecionou, separou e conservou somente os inspirados pelo Espírito Santo. Entre inúmeros evangelhos, a Igreja aceitou apenas quatro: “Há somente quatro Evangelhos, nem mais, nem menos. E tão grande é o respeito devido a eles que até os apóstatas os prezam procurando neles o fundamento de suas doutrinas” (Santo Irineu).

09

A Sagrada Escritura encerra verdades sobre Deus. Ele nos revelou mistérios a fim de os conhecermos e crermos mesmo sem compreendê-los.

10

A Sagrada Escritura é uma água cristalina que enche os corações vazios e faz transbordar os que já estão cheios.

11

A Sagrada Escritura meditada e vivida transforma os corações áridos em fontes abundantes.

12

O melhor remédio para se apaixonar por Deus é ler, meditar e viver a Sagrada Escritura.

13

Quem coloca a Sagrada Escritura em prática caminha com segurança: “A Sagrada Escritura é a palavra de Deus” (Santo Irineu). Deus não pode falhar, mentir nem enganar.

14

Os hagiógrafos foram uma “orquestra” da qual Deus se serviu para nos dar a conhecer a suave “melodia” da sua Santa Palavra: “O Espírito Santo se serviu dos compiladores dos Livros Santos como de uma lira ou de um alaúde para franquear-nos o conhecimento das realidades celestiais” (São Justino).

15

Os pagãos viviam nas trevas, mas compreendiam o que a Sagrada Escritura significava para os católicos da Igreja Primitiva. Era luz para os seus passos; por isso, sequestravam-na estabelecendo castigos severos contra quem a guardasse.

Os católicos dos primeiros séculos não ignoravam a Sagrada Escritura nem se envergonhavam dela... mas, como verdadeiros seguidores da verdade, enfrentavam até os imperadores: “Sob o imperador Cômodo (180 d. C.) seis cristãos de Cilos, na Numídia, foram conduzidos perante o juiz. Este perguntou-lhes: ‘Que carregais no cofre?’ – Responderam eles: ‘Os livros e as cartas de Paulo, homem justo’” (Rudolfknopt, Martykerakten, p. 33). Se fosse hoje, “rezariam” a oração da “santa zebra” e sairiam a galope... nem o corpo de bombeiros os encontrariam no meio do mato.

Milhares de pessoas pregam a Sagrada Escritura tendo o demônio no coração. Judas Iscariotes foi uma dessas: “Não vos escolhi, eu, aos Doze? No entanto, um de vós é um diabo!” (Jo 6, 70). Pregação infrutífera!

Milhões de pessoas ouvem continuamente a pregação da Sagrada Escritura... e nas horas difíceis abandonam o caminho da luz. São Pedro fez isso: “... não o conheço” (Lc 22, 57). Depois se arrependeu e chorou amargamente!

Não basta ler, meditar e viver a Sagrada Escritura... é preciso também protegê-la da fúria dos inimigos de Deus: “É melhor que seja eu queimado do que o sejam as Escrituras divinas”, disse o bispo São Félix de Tibiuca, África, ao imperador Diocleciano. Morreu decapitado... antes disse: “Jesus Cristo, por vós ofereço o pescoço para o suplício, por vós que viveis eternamente!” Santa Irene de Tessalônica também disse ao governador Dulcécio: “Por isso preferimos ser queimadas a entregar as Escrituras divinas e nos tornar traidoras de Deus”. Ela morreu queimada juntamente com as suas duas irmãs. Zelo e amor pela Palavra de Deus!

Os protestantes, inimigos ferrenhos da Igreja Católica, espalham pelos postes de energia, árvores, muros... a frase: “Leia a Bíblia!” Grandessíssima ignorância! O correto seria: “Viva a Bíblia!” O que salva é a vivência da Sagrada Escritura: “Tornai-vos praticantes  da Palavra e não simples ouvintes, enganando-vos a vós mesmos!” (Tg 1, 22).

Os protestantes, senhores e senhoras “pentecostes”, decoram trechos da Sagrada Escritura e saem como “metralhadoras espirituais” atirando contra os católicos. Grande “sabedoria!” Triste decoreba! O demônio também cita trechos da Bíblia e queima nas chamas do Inferno Eterno! “Então o diabo o levou à Cidade Santa e o colocou sobre o pináculo do Templo e disse-lhe: ‘Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará ordem a seus anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra’” (Mt 4, 5-6). Pobres “papagaios” falantes! Desprezíveis “gravadores” com tecla emperrada!

A Santa Igreja Católica nunca trancou a Sagrada Escritura com cadeado como dizem os protestantes, mas a guardava com cuidado num lugar seguro para ser facilmente lida por todos: “O tabernáculo compunha-se de duas partes: numa conservava-se a Sagrada Eucaristia, na outra a Sagrada Escritura. Uma encerrava a Palavra eterna, oculta sob as espécies consagradas no majestoso silêncio de sua divindade; outra a Palavra divina que se desdobra para o exterior” (São Paulino de Nola).

É calúnia e grande maldade afirmar que a Santa Igreja proibia a leitura da Sagrada Escritura nos primeiros séculos... muitos católicos a possuíam e morreram para protegê-la: “Ninguém alcançará a salvação sem uma leitura contínua... Desejaria que, ao sábado, lêsseis em casa e meditásseis aquele ponto do Evangelho explicado no sermão” (São João Crisóstomo).

Feliz do lar católico onde a Sagrada Escritura é lida... mas só os versículos não fazem os santos: “Tua fé te salvará e não as exercitações sobre a Escritura” (Tertuliano).

A Sagrada Escritura nas mãos daqueles que vivem fora da Igreja torna-se um perigo contínuo: “A Sagrada Escritura sem a Igreja seria um livro de arte culinária sem a despensa; fogo e cozinha, sem o que cozinhar; receita sem farmacêutico para um doente” (Clemente Brentano).

A Sagrada Escritura não desabrochou no seio protestante; mas sim, no seio da Igreja católica... e essa zelosa Mãe continua velando por ela. A Bíblia já existia antes do nascimento tenebroso do protestantismo: “A Sagrada Escritura é a carta do Pai, do esposo celeste, Cristo à mãe Igreja, a ela entregue para os filhos por ela guardada e explicada, para que nós, no longo exílio, não esqueçamos a pátria e não percamos a saudade da casa paterna” (Santo Agostinho).

A Sagrada Escritura só não basta... mas é necessário nos apoiar num tripé: Sagrada Escritura, Tradição e Magistério da Igreja. Uma não pode prescindir da outra... os protestantes só possuem uma parte: “Nós vos intimamos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que andar desordenadamente e não segundo a Tradição que ele e os mais receberam de nós” (2 Ts 3, 6).

O que se encontra na Sagrada Escritura foi escrito por inspiração do Espírito Santo e é apenas uma parte do que Deus revelou. A Santa Mãe Igreja nos manifesta o significado e nos ensina como se realiza o que aí está contido... quem interpreta a Bíblia longe da Igreja vive inseguro.

Nem tudo está na Sagrada Escritura. “... aparecendo-lhes por quarenta dias e falando-lhes do Reino de Deus” (At 1, 3). Quais foram essas instruções, a Bíblia não nos revela; mas com elas estavam os Apóstolos completando os seus conhecimentos para ensinar oralmente aos fiéis: “Ide, pois, e ensinai todas as gentes” (Mt 28, 19). Enganam-se os que dizem que somente a Bíblia basta!

Muitos interpretam erroneamente a Sagrada Escritura. O Espírito Santo está na Igreja e nos que vivem identificados com ela. Quem dela se separa, não vive no Espírito Santo: “Somente os médicos se ocupam de medicina, comente os marceneiros de marcenaria, mas toda mulher brejeira, todo velho caduco, todo o sofista loquaz, sem, todos sem exceção, pretendem explicar a Sagrada Escritura” (São Jerônimo).

Somente a Bíblia! Afirmação perigosa, essa dos protestantes! A Tradição oral completa e ilumina a Sagrada Escritura... muitas disposições de Jesus não estão contidas na Bíblia: “Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas todas, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever” (Jo 21, 25).

Engana aquele que afirme que a mensagem de Jesus Cristo foi transmitida toda por escrito. A mensagem do Senhor foi transmitida oralmente, e uma parte apenas foi posta por escrito: “Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai as tradições que de nós aprendestes, seja de viva voz, seja por carta nossa” (2 Ts 2, 15).

Quem segue somente a Sagrada Escritura não possui a verdade completa. A Tradição oral completa a Sagrada Escritura: “Há muitos que julgam saber quem é Cristo. mas, como a tradição doutrinária que recebemos dos Apóstolos continua ainda hoje na Igreja, cumpre considerar verdade somente o que de maneira alguma se afasta da pregação doutrinária e apostólica da Igreja” (Orígenes).

Os protestantes precisam saber que sem a Igreja Católica, Esposa de Jesus Cristo e Única Igreja verdadeira, não haveria nenhuma Escritura Sagrada: “Cumpre admitirmos que no papado é que está a palavra de Deus, o apostolado, e que dele é que recebemos a Sagrada Escritura. Não sendo assim que saberíamos nós?” (Martinho Lutero).

Na Sagrada Escritura, Palavra do Eterno, a alma imortal encontra as joias mais preciosas para o seu enriquecimento espiritual: “A Bíblia é a fazenda de Deus” (Santo Agostinho).

Aquele que lê assiduamente a Sagrada Escritura constrói uma poderosa muralha contra o pecado: “Sustentáculo poderoso para não cometer pecado é a leitura das Escrituras” (Santo Epifânio).

Quem despreza a Sagrada Escritura caminha na escuridão: “Grande precipício e profundo abismo é desconhecer as Escrituras” (Santo Epifânio).

É possível se salvar sem ler a Bíblia; mas é impossível entrar na Vida Eterna sem vivê-la.

Milhões de pessoas analfabetas não conheceram a Palavra de Deus e se salvaram... estão na Vida Eterna porque pautaram as suas vidas conforme os seus ensinamentos.

Se a leitura da Sagrada Escritura fosse necessária para se salvar, os analfabetos não teriam esperança... se condenariam ao Inferno Eterno.

O autor da Sagrada Escritura não é uma criatura limitada,  carregada de caprichos e pecados; mas sim, é o Deus Eterno e Todo-Poderoso: “Deus é o autor da Sagrada Escritura ao inspirar seus autores humanos; age neles e por meio deles” (Catecismo da Igreja Católica, 136).

A Sagrada Escritura é o livro por excelência, livro abrasador; cada palavra é uma faísca que aquece a nossa alma e estremece o nosso coração... não de pavor, mas de amor pelo Deus Infinito, seu autor.

A leitura da Sagrada Escritura é o melhor calmante para tranquilizar a alma diante dos ataques dos inimigos visíveis e invisíveis.

A Sagrada Escritura é o abraço carinhoso e consolador que Deus dá às almas piedosas e fiéis... “braço” do Antigo Testamento e “braço” do Novo Testamento prende-as no caminho seguro e iluminado. Quanta segurança!

Quem se apoia na Palavra de Deus não se intimida diante dos ataques dos inimigos, mas enfrenta-os com segurança e firmeza: “Esta será minha resposta aos que me insultam: ‘Eu conto com a palavra do Senhor!’” (Sl 118,  42).

Quem segue com fidelidade a Sagrada Escritura jamais será enganado: “Pois a palavra de Deus é reta” (Sl 33, 4).

Devemos rezar pela conversão dos protestantes que usam da Bíblia ao bel-prazer; mas não devemos perder tempo em discutir com eles... pois já fizeram a escolha: “Depois de uma primeira e de uma segunda admoestação, nada mais tens a fazer com um homem faccioso, pois é sabido que um homem assim se perverteu e se entregou ao pecado, condenando-se a si mesmo” (Tt 3, 10-11).

Quem duvida da Sagrada Escritura, duvida de Deus... porque ela é a sua Santa Palavra.

Que lê e ouve a Palavra de Deus e permanece indiferente, é sinal que lhe falta a fé... é porque ouve a Santa Palavra de Deus como se fosse a palavra de um homem.

Quem se julga bastante instruído para dispensar a Palavra de Deus merece uma medalha de feno, porque é o maior de todos os burros.

A Sagrada Escritura é a semente das sementes... semente frutuosa que não pode falhar! Se houver falha, a culpa não é da semente, mas do terreno, isto é, do coração do homem que a recebe.

Quem vive a Palavra de Deus com fidelidade assemelha-se a um navio bem ancorado; nenhuma onda, por gigante que seja, consegue movê-lo.

Infeliz do católico que possui um coração calcado e duro... nesse “terreno” a Palavra divina não pode penetrar. Satanás “rouba” tudo! Que prejuízo!

Desgraçado do católico que ouve a Palavra de Deus com um ouvido e a deixa sair pelo outro. Esse jamais chegará à santidade; porque um enfermo que não retém o alimento nunca poderá se curar.

A leitura meditativa e respeitosa da Palavra de Deus é o melhor remédio para consolar a alma diante das tribulações e provações: “Nós não precisamos dessas vantagens, pois temos por nossa consolação os livros santos, que estão em nossas mãos” (1 Mc 12, 9).

Quem medita a Sagrada Escritura mantém firme a esperança durante as batalhas dessa vida e se sente consolado: “Tudo o que foi escrito, foi escrito para o nosso ensinamento, a fim de que, mediante a perseverança e a consolação da escritura, conservemos a esperança” (Rm 15, 4).

É grande sabedoria acolher a Palavra de Deus com fidelidade... sem contestá-la, por exigente que seja: “Agradecemos a Deus sem cessar por vós terdes acolhido a pregação da palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé” (1 Ts 2, 13). O próprio Deus fala por meio dos que a anunciam!

A Sagrada Escritura é um “depósito” de remédios de toda espécie... remédios que curam toda e qualquer doença, por grave que seja: “Não há enfermidade da alma que não encontre seu remédio na Sagrada Escritura” (Santo Agostinho).

A Sagrada Escritura é um jardim onde colhemos preciosas e belas flores para enfeitar a nossa alma: “A Bíblia é o meu jardim” (São Carlos Borromeu).

As almas apaixonadas por Deus encontram suas delícias na Sagrada Escritura.

Voltar ao topo

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. Depois de autorizado, é preciso citar: Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Sagrada Escritura: luz para o nosso caminho” www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/livros/038_sagrada_escritura_luz.htm