Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

28 de setembro de 2016

 

 

Apresentação

 

Caríssimo leitor, Graça santificante e pecado mortal não combinam, nem podem coexistir na mesma alma. Ao ler esses valiosos pensamentos escritos pelo Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP(C), com certeza você dará mais importância à Graça santificante evitando o pecado mortal.

 

Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor

Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

01

Quem morre sem a graça santificante perde a Deus para sempre: “Amigo, como entraste aqui sem a veste nupcial?’ Ele, porém, ficou calado. Então disse o rei aos que serviam: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o fora, nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes’” (Mt 22, 12-13).

02

A graça santificante é recebida no Batismo, e para se salvar é preciso conservá-la na alma até o fim... quem perdê-la cometendo a desgraça do pecado mortal, pode recuperá-la com a confissão bem feita.

03

A alma imortal e espiritual sem a graça santificante torna-se morada do demônio: “Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios” (São Macário). Deus serve-se do demônio qual instrumento da sua justiça para atormentar os que o ofendem.

04

A graça santificante pode crescer. E o grau da nossa graça santificante determinará o grau da nossa felicidade no céu. Existem, portanto, diferentes graus de felicidade entre os eleitos, mas essa desigualdade não é ocasião de ciúmes, pois cada um se encontra plenamente saciado.

05

A graça santificante vale mais do que todo o ouro e prata desse mundo, porque ela é o “ingresso” para o céu... sem essa graça perde-se a Vida Eterna.

06

Quem morre sem a graça santificante na alma ouve de Jesus Cristo, Divino Juiz: “... não vos conheço!” (Mt 25, 12).

07

Quem morre sem a graça santificante na alma encontra as “portas” do Céu fechadas e as do Inferno “escancaradas”.

08

Milhares de enfermos se desesperam na hora da morte por saberem que não possuem a graça santificante na alma... estão sem o “ingresso”, sem o qual é impossível se salvar.

09

Quem morre sem a graça santificante na alma, isto é, em pecado mortal, irá para longe de Deus... a alma não terá a capacidade necessária para viver na Felicidade Eterna.

10

Quem morre sem a graça santificante não “voa” por um determinado tempo sobre o Inferno; mas sim, mergulha nas suas chamas para sempre... nunca mais sairá desse mar de fogo. Culpa de Deus? Não! Culpa de quem desprezou suas graças! Que desespero sem solução! Muitos condenados sentem tanto ódio ao avistar o inferno, que nem esperam o julgamento. Quanta revolta! Quanto desespero!

11

Na alma em estado de graça santificante habita Deus... mas o pecado mortal pode expulsá-lo. É preciso vigiar sem cochilar!

12

Quem possui a graça santificante na alma caminha para o céu. Ela nos dá a vida sobrenatural, isto é, nos torna filhos adotivos de Deus e merecedores do céu.

13

A graça santificante é um pouquinho da vida e da formosura do próprio Deus. Ela faz com que o homem pertença à família de Deus e que seja verdadeiramente filho do Pai celeste.

14

A graça santificante enobrece a alma espiritual e imortal.

15

Ter a graça santificante é participar da natureza de Deus, como filho adotivo, porque somos de condição infinitamente inferior e só existe um Filho de Deus por natureza: Jesus Cristo.

16

A graça santificante é para nós uma vida: a vida sobrenatural. Sem a graça santificante, com o pecado mortal, a nossa alma é um cadáver. Um cadáver não sente, não vê, não se alimenta, não pode andar, por isso se decompõe e deve ser afastado do meio dos vivos. Quem morre em estado de pecado não pode aproveitar dos méritos de Nosso Senhor e deve ser afastado para o inferno, para longe dos que gozam a felicidade da vida eterna. Tenhamos muita gratidão a Jesus que nos ganhou todas as graças e abriu as portas do céu.

17

Quando recebemos a graça santificante, na nossa alma acontece qualquer coisa de semelhante ao que acontece na lâmpada elétrica quando ligamos a corrente: aquele pedacinho de fio opaco, insignificante, quase invisível, torna-se um foco brilhante de luz esplêndida e incandescente, semelhante ao sol. Neste mundo a nossa alma pela graça torna-se semelhante a Deus. Só pela fé sabemos deste efeito maravilhoso que se produz na nossa alma, no céu poderemos ver esta maravilha.

18

Quando recebemos o batismo, foi apagado o pecado original e nossa alma recebeu a graça santificante e Deus veio morar em nós. Tornamo-nos então filhos de Deus e herdeiros do céu. Isto acontece com todos os que possuem a graça de Deus... Deus habita neles, portanto eles são santos e tem obrigação de viver como santos.

19

Todo e qualquer pecado mortal ofende a Deus gravemente e nos faz perder a sua amizade, a graça santificante, e merece o castigo da pena eterna do inferno. Por isso é preciso arrepender-se de todos os pecados; e se um pecador excluiu um só não obtém perdão de nenhum pecado.

20

Adão e Eva viviam muito felizes. Além da felicidade natural tinham a sobrenatural. Suas almas estavam, desde o primeiro instante, ornadas da graça santificante. Eram amigos de Deus e conversavam com Ele. Não precisavam sofrer nem morrer.

21

Deus pusera nas mãos de Adão a sorte de todos os homens. Se obedecesse a Deus, então todos nasceriam com a graça santificante, nasceriam amigos de Deus e não teriam que sofrer e morrer. Adão, porém, desobedeceu orgulhosamente a Deus. Perdeu a graça santificante para si e para todos os homens. Por causa de Adão o pecado entrou no mundo, por causa dele todos estão expostos aos sofrimentos e devem morrer.

22

Sem a nossa contrição, o perdão que Jesus nos conseguiu de nada nos valerá. Deus nem poderia perdoar-nos sem o nosso arrependimento. Para a graça santificante entrar de novo em nossa alma, depois de perdida pelo pecado mortal, deve haver a disposição de uma humilde contrição.

23

Se perdermos a graça santificante pelo pecado mortal, Deus, na sua infinita misericórdia em vista dos merecimentos também infinitos de Cristo, nos concede a graça, de novo, pela confissão.

24

Deus perdoa o pecado e infunde a graça santificante na alma. Transforma-se imediatamente. O Espírito Santo entra nela e opera maravilhas. Uma mudança completa. A alma deformada e desfigurada pelo pecado torna-se bela. Dá-se coisa semelhante com ela como num doente desfigurado pela lepra, coberto de feridas e chagas, que de repente, por um milagre, recobra a saúde e com ela a beleza do seu corpo.

25

Não é possível receber o perdão dos pecados sem receber ao mesmo tempo a graça santificante.

26

É impossível alguém receber a graça santificante sem que desapareça o pecado mortal. Graça santificante e pecado mortal não podem existir ao mesmo tempo numa alma.

27

Não esqueçamos que o que nos faz filhos de Deus é a graça santificante e que o homem, quando peca, perde esta graça, renuncia à filiação divina e, portanto, Deus quando castiga age não mais como Pai, mas como juiz supremo.

28

Feliz do homem que, depois do batismo, nunca tropeçou nem caiu no caminho da inocência, mas foi sempre avante, com a luz da graça santificante a iluminar os seus passos, sem nunca se afastar dos mandamentos de Deus, sem jamais perder de vista o fim altíssimo para que fora criado!

29

O pecado mortal é o único “ladrão” capaz de roubar da alma a graça santificante.

30

Uma alma adornada com o dom da graça santificante é a maior beleza da criação.

31

A graça santificante é a rainha de todas as rainhas... é a rainha das graças concedidas ao homem. Essa rainha abre a “porta” do céu para a rainha alma entrar.

32

As boas obras são causa do aumento da graça santificante no justo; o pecado mortal é causa da sua perda total.

33

A graça santificante não se perde com o pecado venial. Esse pecado é a desobediência à vontade de Deu em matéria leve ou grave, mas sem completa advertência e consentimento.

34

Pelo pecado venial não se diminui a graça santificante, mas predispõem a perdê-la, sobretudo quando plenamente deliberados. Quem não faz caso dos pecados veniais, facilmente sucumbirá às tentações graves.

35

Uma vez cometido a desgraça do pecado mortal, devia o pecador pôr-se imediatamente em estado de graça santificante, para não perder o fruto principal das boas obras. Em estado de pecado mortal, por muitas boas obras que façamos, nenhum prêmio teremos no céu. Que desastre! Quanta fadiga em vão!

36

As boas obras feitas sem a graça santificante na alma nada merecem para a glória. Que tempo jogado fora!

37

As boas obras feitas sem a graça santificante na alma são como orações dirigidas a Deus para que conceda ao pecador a graça de sair do pecado e alcançar a felicidade eterna.

38

A alma que está sem a graça santificante não se obtém com as boas obras o perdão da pena devida aos pecados mortais e veniais, porque não se merece a remissão, por parte do ofendido, de qualquer pena, enquanto se está em inimizade com ele.

39

Basta somente um pecado mortal para expulsar da alma o precioso tesouro da graça santificante... também todo o mérito de nossas boas obras anteriores. Se, porém, a alma culpada recuperar a graça santificante, seus méritos passados tornam a viver; mas as obras feitas no estado de pecado ficam inúteis para o Céu.

40

Quem morre sem a graça santificante na alma “descerá” imediatamente ao Inferno Eterno e terá “calorosa” recepção. Não somente Satanás, mas todos os demônios o receberão de “braços” abertos. Triste “festa!” Os demônios são encarregados por Deus de atormentar os condenados ao inferno.

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Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Graça santificante: "ingresso" para entrar no céu”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/livros/039_graca_santificante_ingresso.htm