Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

29 de novembro de 2016

A Santíssima Eucaristia é o Corpo do Senhor: remédio para os que estão na graça de Deus e “veneno” para quem está em pecado mortal: “... pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação” (1 Cor 11, 29).

A Eucaristia é o sacramento dos vivos... de quem se arrependeu dos pecados e se confessou com sinceridade: “Ninguém deve aproximar-se da Santíssima Eucaristia com consciência de pecado mortal, por muito arrependido que se considere, sem preceder a confissão sacramental” (Concílio de Trento).

Quem não se alimenta espiritualmente de Jesus Sacramentado não tem a vida; mas quem se aproxima d’Ele, em pecado mortal, terá a morte.

Esse mundo é um rio turvo e com águas violentas e agitadas; para atravessá-lo com segurança e conquistar a Vida Eterna é necessário receber com frequência a Santíssima Eucaristia.

A Eucaristia é a “televisão” dos santos.

A vida da pessoa que serve a Deus com alegria, perseverança, fidelidade e fé... é de batalha contínua, muitos inimigos a combate a todo o momento. Há um Pão “misterioso” com o qual podemos derrubar por terra todos os inimigos da nossa alma, por furiosos que sejam: a Sagrada Comunhão.

Quem recebe a Santíssima Eucaristia em pecado mortal, abre a boca para receber Jesus e engole o demônio: “Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, do número dos Doze” (Lc 22, 3).

Não pode caminhar pela via da luz quem recebe o Corpo do Senhor indignamente; mas percorre o caminho das trevas... tremenda e assustadora escuridão: “Tomando, então, o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite” (Jo 13, 30).

Nem todas as pessoas podem se aproximar do Santíssimo Corpo do Senhor. Moisés teve que tirar o calçado para se aproximar da sarça ardente onde estava Deus... aos Apóstolos, antes de receber a Comunhão, foi imposto não somente tirarem o calçado, mas deixarem lavar os pés pelo próprio Jesus. Está claro que Deus exige que estejamos limpos espiritualmente quando nos aproximamos do Pão dos Anjos.

Quem quiser correr no caminho da santidade deve receber com frequência o Pão dos fortes. Esse remédio cura toda e qualquer paralisia espiritual.

Se Deus foi poderoso quando criou o mundo do nada, mais poderoso é quando converte toda a substância do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo: “Entre todas as minhas obras, a maior, a mais poderosa, a mais rara, é a ‘invenção’ do Santíssimo Sacramento” (Jesus Cristo à Santa Paula Maria de Jesus).

Na Encarnação, Nosso Senhor escondeu o esplendor da sua divindade no velame da carne humana; na Eucaristia, esconde a majestade divina e a afabilidade humana na aparência de um pouco de pão branco.

Feliz do católico que usa as espadas da Confissão e da Comunhão para vencer o demônio, inimigo atrevido e insistente: a espada da Confissão para expulsá-lo... a espada da Comunhão para mantê-lo longe.

Quem recebe o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo com a alma em pecado mortal comete sacrilégio... pecado mais injurioso a Deus. O sacrílego torna-se réu do Corpo e do Sangue de um Deus: “Eis porque todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor” (1 Cor 11, 27).

Quem recebe indignamente a Santíssima Eucaristia comete um crime pior que o cometido pelos homens que crucificaram o Senhor: “Nenhum dos príncipes deste mundo a conheceu, pois, se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da Glória” (1 Cor 2, 8).

Milhares de católicos, com o consentimento de muitos sacerdotes, estão fazendo “festa” com o Pão dos Anjos. O sacrílego sabe que a sua ofensa fere diretamente a Deus, e não tem desculpa. A maldição pesará sobre suas cabeças!

A pessoa que recebe Jesus Sacramentado indignamente é um novo Judas. Ela trai o Senhor enquanto Ele se curva para beijá-la, mata-o enquanto Jesus lhe sussurra: “Minha amiga!” Que monstruosa maldade!

O sacrílego não é um estranho para o Senhor... nem ignorante. Sabe muito bem o que faz! É um cego que Jesus iluminou com a fé... um aleijado que o Salvador endireitou com bons conselhos... um leproso que o Senhor limpou muitas vezes com a confissão: “Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se meu adversário se elevasse contra mim, eu me esconderia dele. Mas és tu, um homem como eu, meu amigo, meu confidente, a quem me unia uma doce intimidade na casa de Deus!” (Sl 55, 13-15).

Os protestantes dizem com zombaria que a Santíssima Eucaristia é o “bolachão” dos católicos. Se esse Augustíssimo Sacramento fosse um pão comum ou um “bolachão”, será que o Apóstolo São Paulo, cheio do Espírito Santo e grande santo, teria feito tão grande ameaça para quem o recebesse indignamente? “... pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação” (1 Cor 11, 29). O Apóstolo não diz “bolachão”; mas sim, Corpo!

Quem está morto espiritualmente não pode recebeu o Pão Vivo. É grande desgraça colocar Jesus, Puro e Santo, num coração cheio de pecados! O Manso Cordeiro não pode habitar junto com as serpentes!

Quem recebe o Corpo de Cristo, recebe também o seu Sangue, já que ambos são inseparáveis.

O que seria do mundo sem a Santíssima Eucaristia? Seria um jardim sem flores, um deserto sem oásis, um firmamento sem o sol e uma fonte sem água. Tudo muito triste!

A alma que não recebe Jesus Sacramentado vive em contínuo “Jejum”. Amaldiçoado “Jejum!”

Para a alma que recebe Jesus Eucarístico é sempre primavera, porque o Senhor é a alegria das almas.

Foi a Eucaristia a luz, o ânimo e a esperança dos primeiros cristãos. Fortalecidos pelo Pão dos fortes, enfrentavam as vacas furiosas, os leões famintos, o fogo... o gelo, a espada e a prisão. Desafiavam com convicção os imperadores, governadores, prefeitos e os carrascos! Quanta força!

A Santíssima Eucaristia não simboliza a Carne do Salvador, mas é aquela Carne que foi rasgada e perfurada na Sagrada Paixão: “… a Eucaristia é a carne de nosso Salvador Jesus Cristo, a mesma que padeceu pelos nossos pecados” (Santo Inácio de Antioquia).

O Corpo de Nosso Senhor não é alimento para os pecadores se exibirem nas cerimônias... mas sim, é alimento para aquele que acredita firmemente ser a Carne do Cordeiro Imaculado: “Este alimento chamamos Eucaristia; do qual não é licito participar senão o que crê que nossa doutrina é verdadeira, que tenha sido purificado com o batismo para o perdão dos pecados e para regeneração, e viva como Cristo ensinou” (São Justino).

O Senhor não disse: minha carne parece ser uma comida; mas sim: Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida (Jo 6, 55): “Tão realmente é a Eucaristia a carne de Jesus Cristo como é real a carne que o Senhor tomou na sua encarnação, e como é real a nossa carne que se alimenta da Eucaristia” (Pe. J. Solano).

A hóstia, antes da consagração é pão. Depois da consagração, é o verdadeiro corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa mudança faz-se no momento em que o sacerdote pronuncia as palavras da consagração: “Este pão é pão antes das palavras sacramentais; mas uma vez que receba a consagração, de pão se faz carne de Cristo” (Santo Ambrósio), e: “Isto que agora estás vendo sobre o altar de Deus é pão e vinho; mas este pão e este vinho, juntamente com a Palavra, se mudam no corpo e no sangue do Verbo” (Santo Agostinho).

O batismo é a porta... sem ele não há salvação; mas a Santíssima Eucaristia é o maior dos sacramentos... sem o Pão dos fortes não há vitória.

Quem recebe o Santíssimo Corpo do Senhor, recebe o próprio Doador da graça, Jesus Cristo Nosso Senhor, real e verdadeiramente presente: “E disse (Jesus) de modo demonstrativo: Isto é o meu corpo, isto é o meu sangue, para que não penses que as coisas que aparecem sejam uma figura; mas, por um ato inefável do Deus onipotente, as oblações são realmente transformadas no corpo e no sangue de Cristo; e nós, participando delas, recebemos a força vivificadora e santificadora de Cristo” (São Cirilo de Alexandria).

Milhares de paróquias se tornaram circos com milhões de palhaços fazendo gracinhas com o Santíssimo Sacramento. Pense na caminhada de Jesus Cristo do Getsêmani até o Calvário... prisão, cusparadas, bofetadas, flagelação, coroação de espinhos, condenação, quedas com a cruz às costas, zombarias, crucifixão... Os Pilatos de hoje também lavam as mãos: “Jesus é muito ofendido na Eucaristia pelas múltiplas irreverências cometidas pelos próprios cristãos; pelos sacrilégios, cujo número e malícia causam admiração aos próprios demônios” (São Pedro Julião Eymard).

A Eucaristia não é o Sacramento da metade, mas do todo. Jesus Cristo está todo sob a espécie de pão e todo sob a espécie de vinho: “Deve-se acreditar firmissimamente e de nenhum modo duvidar, que todo o corpo e sangue de Cristo estão verdadeiramente contidos, tanto sob a espécie de pão como sob a espécie de vinho” (Concílio de Constança).

Pilatos entregou Jesus para que fosse flagelado e crucificado (Jo 19, 1; 19, 16). Hoje, infelizmente, muitos sacerdotes entregam Jesus Sacramentado aos pecadores para ser profanado: “Quantas Comunhões sacrílegas, em que Jesus é entregue ao demônio, aos atos diabólicos da magia... – e isto ainda em nossos dias! Quantos sacerdotes indignos que traem o seu Mestre e o entregam aos seus inimigos!” (São Pedro Julião Eymard).

Muitos católicos reclamam com azedume e rebeldia dizendo que o sacerdote partiu o Corpo de Cristo e lhe deu apenas a perna de Cristo ou o braço. Quanta ignorância! “Como o sol não pode ser desintegrado, da mesma forma não se divide o todo-Homem e todo-Deus na brancura da hóstia. Suponhamos que a partícula seja subdividida; mesmo que se obtenham milhões de pedacinhos, em cada um deles está o todo-Homem e todo-Deus” (Santa Catarina de Sena, O Diálogo).

Jesus Cristo na Eucaristia está todo em cada parte do pão ou do vinho consagrado, quando estes se dividem em porções menores: “Se alguém negar que no Venerável Sacramento da Eucaristia está contido Cristo todo... sob cada uma das partes de qualquer das espécies, feita a divisão, seja anátema” (Concílio de Trento).

Os inimigos da Santa Igreja dizem com frequência que os católicos recebem somente o Corpo de Cristo. Quanta estupidez! Jesus Cristo está todo em qualquer parte do pão e do vinho, ainda quando estes estão inteiros, formando cada qual um só todo: “Cristo está todo e completo sob a espécie do pão e sob qualquer parte dessa espécie; todo igualmente sob a espécie de vinho e sob as suas partes” (Concílio de Trento).

Quando o Senhor disse para comer a sua carne e beber o seu sangue não estava brincando nem blefando (Jo 6, 55-56). Muitos discípulos acharam duras essas palavras e se afastaram d’Ele (Jo 6, 60. 66). Cristo, Deus Verdadeiro, não disse ser uma brincadeirinha... mas olhou para os Doze Apóstolos e disse-lhes: “Não quereis também vós partir?” (Jo 6, 67). São Pedro respondeu-lhe: “Senhor, a quem iremos?  Tens palavras de vida eterna...” (Jo 6, 68). Se a Santíssima Eucaristia fosse um pão comum, como aquele usado na ceia protestante, com certeza Jesus não teria falado com tanta firmeza! São palavras de Deus... palavras de vida eterna! Então protestantes... acreditam na Sagrada Escritura? Não parece!

Nesse mundo tão frio e congelado, que caminha longe de Deus e da verdade, e que mergulha diariamente no indiferentismo... a Santíssima Eucaristia é o Sol que aquece a nossa alma imortal e espiritual.

Jesus Cristo não quis ser só o nosso alimento na Santa Comunhão... mas também nos consolar durante esse tempo de peregrinação aqui nesse mundo. Por isso, mora dia e noite no sacrário!

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Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). Depois de autorizado, é preciso citar: Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Jesus Sacramentado: Amor dos amores” www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/livros/049_jesus_sacramentado_amor_dos_amores.htm