Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

30 de novembro de 2016

 

 

Apresentação

 

Prezado leitor, a leitura e meditação atenta deste livrete, escrito pelo Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP(C), lhe ajudará a fugir das ocasiões de pecar.

 

Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor

Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

01

Quem faz o propósito de buscar a santidade com esforço, luta e insistência, mas não evita a ocasião de pecar... provoca uma “crise” de “gargalhadas” no Inferno. Os demônios “rolam” e “rebolam” de tanto “sorrir!” “O demônio sorri de todas as promessas e propósitos que formule o pecador arrependido, se este não evitar tais ocasiões” (Santo Afonso Maria de Ligório).

02

Muitos dizem que bonito é saber resistir ao mal vivendo no meio dele. Será? São Jerônimo respondeu ao seu amigo Vigilâncio que o criticou por ter fugido do bulício do mundo e buscado a solidão: “Basta, Vigilâncio. Se esta é a minha fraqueza, confesso que sou fraco. Prefiro fugir para vencer, a ficar para perder”.

03

Quem não evita as ocasiões de pecar cairá em breve... mesmo  rezando o Santo Rosário todos os dias, participando da Santa Missa com frequência e jejuando a pão e água todas as semanas: “A nossa natureza é demasiada fraca, e por isto é mais fácil ressuscitar um morto do que viver nas ocasiões sem pecar” (São Bernardo de Claraval).

04

O único modo, pois, de eliminar e anular as ocasiões de pecar é fugir delas: “O soldado que a pátria envia para a guerra mostra fraqueza e covardia se deixa o campo e foge. No combate espiritual, na luta com as paixões e ocasiões de pecado, a cena é outra, o fugir aqui não é muitas vezes covardia, mas valor; o abandonar o campo de combate não é perder, mas ganhar a vitória” (Pe. Alexandrino Monteiro).

05

O demônio “caminha” continuamente à nossa frente com uma “bandeja” cheia de “comida” saborosa e “água” gelada nos convidando para o “banquete”... não se cansa de “estalar” os beiços e “dizer” que está tudo muito apetitoso. Diante do convite desse ser infernal, o melhor remédio é a fuga. Voltar as costas ao inimigo não é fraqueza, mas valentia!

06

As ocasiões de pecar são muitas! São frequentes! Davi estava dormindo durante o dia... acordou e começou a passear pelo terraço do palácio... avistou uma mulher bonita que tomava banho. Não desviou o olhar, mas olhava-a com insistência... não fugiu da ocasião de pecar. Mandou chamá-la, deitou com ela e a engravidou (2 Sm 11, 1-5). Hoje são milhões os “Davis” que pecam por não evitar as ocasiões! “Quem se põe na ocasião de pecar fica preso nela, e já dificilmente pode voar para Deus, como a pena caída no lodo não se levanta para o céu” (Pe. Alexandrino Monteiro).

07

Quem não mortifica os olhos transforma o coração num depósito de lixo. Feliz de Jó que foi radical: “Eu fiz um pacto com meus olhos: para não olhar para uma virgem” (Jó 31, 1). É preciso fugir radicalmente das ocasiões de pecar, e não vagarosamente!

08

Como uma pessoa pode “sonhar” em morrer em paz com Deus, sendo que vive às “margens” do Inferno... caminhando de mãos dadas com as ocasiões de pecar? Esse “sonho” jamais será realizado!

09

Para entrar no céu é preciso renunciar ao pecado e às ocasiões de pecar. Quem “ressuscitou” espiritualmente através da Confissão, poderá “morrer” cometendo o pecado mortal, caso não fuja das ocasiões de pecar.

10

Infeliz da pessoa que se coloca na ocasião de pecar esperando um milagre da graça! Essa pessoa é uma tentadora! Pôr-se livremente nas ocasiões de pecar é tentar a Deus. Quanto atrevimento!

11

É grande petulância alguém esperar de Deus uma graça especial para não cair no pecado, em cuja ocasião se colocou. Deus não é empregadinho de pessoas estúpidas! “O que toca no piche sujar-se-á” (Eclo 13, 1).

12

Quem não evita as ocasiões de pecar acaba cometendo o terrível “suicídio” espiritual.

13

Quem gosta de brincar com a ocasião de pecar mostra ser apegado ao mal. É “devoto” do perigo! “Se de fato não caiu, cairá certamente aquele que por capricho, talvez sem a intenção de pecar, se expuser ao perigo de pecar” (Pe. João Batista Lehmann).

14

A ocasião de pecar assemelha-se à areia movediça... “engole” impiedosamente quem não a evita. Que perigo!

15

As ocasiões de pecar são mais numerosas para os amigos de Deus que buscam a santidade de vida e que percorrem o caminho da fidelidade. Os mundanos já são calejados e não se impressionam mais com certas conversas, leituras, divertimentos e espetáculos. Nem por isso serão julgados com menos rigor!

16

As praias para banho são terríveis armadilhas para as almas imortais e espirituais. Nesses lugares, as ocasiões de pecar são muitas... milhares. O sábio e apaixonado por Deus prefere o chuveiro! “Sejamos rigorosíssimos contra nós próprios, abstendo-nos de tudo que é mundano, se quisermos agradar a Nosso Senhor e conservar ilibada a virtude” (Pe. João Batista Lehmann). Somente os que vivem nas trevas não conseguem enxergar o perigo das praias para banho!

17

Nas praias de banho, o fio dental é uma “tarrafa” minúscula que pesca o homem através dos olhos... e a tanga é uma “rede” pequena que pesca a mulher pelos olhos. São muitas as ocasiões de pecar numa praia para banho! Será que um católico praticante voltaria para casa com a graça santificante na alma, depois de frequentar por algum tempo uma praia para banho? “Com pouco se começa e facilmente se passa a coisas graves, a ocasião remota se transforma em próxima e a queda não tarda” (Pe. João Batista Lehmann). Milhares banham o corpo e desgraçam a alma! Voltam para casa com o corpo limpo e a alma imunda!

18

O fugitivo que mais agrada a Deus é aquele que foge da ocasião de pecar: “Ataca o inimigo enquanto é pequeno; arranca a erva ruim logo que aparece” (São Jerônimo).

19

Feliz do homem casado que olha para todas as mulheres como se fossem homens; e da mulher casada que olha para todos os homens como se fossem mulheres. Nada de toques, abraços apertados e “olhares” de sucuri. Ótima “arma” para evitar a desgraça do adultério!

20

Milhares de pessoas julgando-se maduras não evitam as ocasiões de pecar. É importante lembrá-las de que o podre está mais próximo do maduro: “Ninguém confie em si e não diga que não vê perigo nenhum naquele divertimento, em tais danças... naquelas conversas e amizades!” (Pe. João Batista Lehmann).

21

Quem se acha no perigo de pecar deve abandonar com urgência as ocasiões pecaminosas... é preciso cortar o mal antes que lance profundas e perigosas raízes. É muito perigoso esperar o momento oportuno. É melhor perder as criaturas do que perder o Criador! “Deus entrega ao furor das paixões a pessoa que ama e procura o perigo, que não observa a mortificação cristã e que brinca com o fogo da ocasião pecaminosa” (Pe. João Batista Lehmann).

22

A ocasião de pecar é uma grande e pesada “pedra” que nos impede de “voar” para Deus.

23

Quem não foge da ocasião de pecar cai com frequência nos mesmos pecados... cambaleia no caminho da salvação e possui o interior cheio de angústia, revolta e amargura: “Fugir da ocasião de pecar é uma necessidade para a salvação. Quem se lança nas chamas queima-se irremediavelmente. Assim também perece todo aquele que se põe na ocasião de pecar” (Pe. Alexandrino Monteiro).

24

O mundo tornou-se uma perigosa vitrine para as almas... tudo ou quase tudo nele se arma em ocasião de pecado. O perigo é constante! É preciso andar sem “piscar” os olhos e dormir com um olho “aberto!”

25

Milhões de pessoas possuem a alma “envenenada” com o veneno da maldade. Para manter a alma em paz e pura, é preciso fugir das ocasiões de pecar. Não existe mágica para salvar a alma; então é melhor fugir das ocasiões!

26

Milhares de empresários encontram em suas secretárias escandalosas a morte para a alma. As famosas “éguas” de Tróia! Que prejuízo!

27

É preciso fugir das ocasiões de pecar com convicção, prontidão e firmeza. Quem “cheira” o queijo será pego pela ratoeira... uma questão de tempo! Feliz de José que nem quis ouvir a mulher de Putifar: “A mulher o agarrou pela roupa, dizendo: ‘Dorme comigo!’ Mas ele deixou a roupa nas suas mãos, saiu e fugiu” (Gn 39, 12).

28

Pessoas orgulhosas, vaidosas e donas de si dizem: sei muito bem o que estou fazendo... sou muito experiente... estou segura. Para essas pessoas estúpidas diz São Francisco de Assis: “Eu sei o que deveria fazer, mas uma vez exposto a ocasiões, não sei o que faria”.

29

Quem serve de ocasião para o outro pecar é cúmplice do demônio.

30

As ocasiões de pecar assemelham-se a uma gruta, onde não está um leão, e sim, o demônio. Mas os homens são menos astutos que a raposa, por isso, São Cipriano lhes diz: “Quem brinca com a ocasião próxima do pecado, já não está seguro; é uma pérfida esperança essa que nos atrai para o meio da trincheira inimiga. Meter-se entre as chamas de um vasto incêndio e não se queimar, ou poder sair dele quando se quiser, é uma empresa impossível. Seria preciso um milagre; mas Deus não está obrigado a fazê-lo, e o homem que assim se expõe não o merece, antes faz tudo para se afastar do Senhor e perecer”. Em vão São Bernardo de Claraval os adverte: “Quem procura a ocasião já pecou”.

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Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Fuga das ocasiões de pecar”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/livros/050_fuga_das_ocasioes_de_pecar.htm