Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

03 de dezembro de 2016

Quem abandonou a Igreja Católica Apostólica Romana nunca foi verdadeiramente católico... mas a abandonou para buscar o próprio prazer, isto é, para “berrar” fogo, a exemplo do “papaizinho” Martinho Lutero: “Sabemos pela história, que todos que abandonaram a Igreja Católica, foi para poder levar uma vida mais livre e desordenada. Prova evidente de que não eram levados a isso pelo conhecimento da verdade, e sim, pelo desejo de abraçar uma crença mais favorável às paixões humanas” (São João Bosco). Quem abandona a Igreja Católica não está em busca da verdade, mas da libertinagem, da mentira e da corrupção!

Um galho seco faz falta para uma árvore? Não! Não faz sombra, não dá fruto nem folhas. Que falta faz para a Santa Igreja um católico que vive de aparência? Nenhuma! Não dá bom exemplo, não busca a santidade de vida, não evangeliza nem vive a Santa Doutrina.  “Quando não se arranca a árvore pela raiz – e a árvore da Igreja, não há vento nem furação que a possam arrancar -, apenas caem os ramos secos... E esses, bom é que caiam” (São Josemaría Escrivá).

“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Essa é a triste situação do católico de aparência. Se ficar na Santa Igreja vivendo às margens, irá para o inferno; se abandonar a Igreja para seguir as seitas, também se condenará: “Quem, sendo muito embora membro da Igreja Católica, não pusesse em prática os seus ensinamentos, este seria membro morto, e, portanto, não se salvaria, porque para a salvação de um adulto requerem-se não só o Batismo e a fé, mas também as obras conformes à fé” (São Pio X), e: “Todos aqueles que se separarem da Igreja Católica, embora tenham boa intenção, não alcançarão a vida eterna, mas a cólera de Deus cairá sobre eles, pelo único crime de estarem separados da unidade de Jesus Cristo” (Santo Agostinho). Deus não quer aparência; mas sim, vivência! Exterioridade enganosa não pode agradar o Deus da verdade!

O católico que vive de aparência despreza os ensinamentos da Única Igreja Verdadeira para elogiar e admirar os hereges e inimigos dela, dizendo que são pessoas virtuosas e bondosas. Quanta cegueira! “A bondade e a retidão de quem não está submetido à Igreja, é uma hipocrisia sutil e perniciosa” (Santo Agostinho). Quem vive nas trevas do erro consegue atrair somente os que vivem às margens da Igreja... porque também vivem na escuridão. Treva e escuridão combinam!

O católico de fachada diz com azedume e rebeldia que nas seitas e outras religiões também existem coisas boas: dizem “aleluia”, “amém”, cantam hinos piedosos, leem a Bíblia... Sim, mas nelas não há salvação! “Fora da Igreja Católica, pode-se encontrar tudo. Pode-se ter honra, pode haver Sacramentos, pode-se cantar ‘aleluia’, pode-se responder ‘amém’, pode-se defender o Evangelho, pode-se ter fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo e pregá-la; mas nunca, exceto na Igreja Católica, pode-se encontrar a salvação” (Santo Agostinho). Plantam em terra árida... não haverá colheita! Correm pelos corredores do nada! Tempo perdido!

Quem vive de aparência dentro da Igreja Católica, Única Verdadeira, não se salvará e será julgado por Jesus Cristo com maior rigor: “Não se salva, contudo, embora incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja ‘com o corpo’, mas não ‘com o coração’. Lembrem-se todos os filhos da Igreja que a condição sem igual em que estão se deve não a seus próprios méritos, mas a uma peculiar graça de Cristo. Se a ela não corresponderem por pensamentos, palavras e obras, longe de se salvarem, serão julgados com maior severidade” (Lumen Gentium, 14).

O católico que vive de aparência é inimigo declarado da Santa Igreja... é o filho ingrato que persegue a própria Mãe através do mau exemplo. Será castigado! “Morrerá” de “gangrena” espiritual!

O católico de fachada deve ser jogado fora e pisado pelos homens... é um sal insosso que não serve para salgar, somente para ocupar espaço: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens” (Mt 5, 13).

O católico de aparência vive em pecado mortal e caminha apressadamente para o Inferno Eterno. Vive nesse mundo com as costas voltadas para o Céu e com a certeza da condenação! Triste certeza!

O católico só de nome deveria ser colocado num hospício, porque se julga sábio... mas, é o mais cego de todos os loucos. São loucos: uns pelas honras, outros pelos prazeres e outros pelas criaturas abjetas  desta terra: “A maior miséria e desgraça destes infelizes é que se julgam sábios e prudentes” (Santo Afonso Maria de Ligório), e: “Estes deviam ser internados num hospital de doidos” (São João de Ávila).

O católico que vive às margens da Igreja Católica possui uma sabedoria que não agrada a Deus... mas é loucura diante do Criador: “A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (1 Cor 3, 19). É loucura desprezar o Salvador para ser escravo das criaturas... e perder a graça santificante por um minuto de prazer efêmero. Pode ser tido por sábio quem “chuta” o Céu para “mergulhar” eternamente no Inferno? Quem  volta as costas para Deus, Luz do mundo, para viver “abraçado” com o demônio, o rei das trevas? Que sabedoria satânica!

O católico que vive de aparência é rebelde, frio, orgulhoso e atrevido. Percorre o caminho das trevas... cambaleia às “margens” do Inferno Eterno, “repousa” nas garras do demônio... e continua “colecionando” pecados e mais pecados. Quanta dureza de coração!

O católico de fachada despreza com desdém a espera de Deus. Diante desse desprezo, o Criador abandona a sua criatura rebelde e sedenta do pecado... o tempo de espera e da misericórdia se voltará contra o filho ingrato e duro de coração: “Deus o abandona ou lhe enviando a morte fazendo-o morrer em pecado, ou o priva das graças abundantes e só lhe deixa a graça suficiente, com que o pecador se poderia salvar, mas não se salvará” (Santo Afonso Maria de Ligório). Quem zomba do Criador se perderá eternamente!

O católico só de nome assemelha-se a uma figueira que possui apenas folhas e não frutos, isto é, vive de aparência... somente de exterioridade.

O católico que vive só de aparência possui na alma todos os monstros dos vícios. Ele despreza tudo: a graça de Deus, o Céu e os bons conselhos... chega ao ponto de zombar da própria condenação eterna: “Onde entra a impiedade, entra o desprezo” (Pr 18, 3).

O católico de fachada costuma ver a salvação da alma com muita facilidade. Diz, com zombaria e atrevimento, que o seu “cantinho” no Céu já está preparado... só se for no “céu” da boca da onça: “Se o justo com dificuldade consegue salvar-se, em que situação ficará o ímpio e pecador?” (1 Pd 4, 18).

O católico só de aparência amontoa pecados sobre pecados... vive sorridente e se acha o dono do mundo... mas é um desgraçado. Pode existir maior castigo que este? “Tu és justo demais, Senhor, para que eu entre em processo contigo. Contudo, falarei contigo sobre questões de direito: Por que prospera o caminho dos ímpios? Por que os apóstatas estão em paz?” (Jr 12, 1).

O católico só de nome percorre o caminho largo das trevas praticando somente aquilo que lhe agrada. Diz para Deus todos os dias: não vos quero servir! “Quem é Deus para que ouça a sua voz?” (Ex 5, 2).

O católico de fachada, com o seu mau exemplo, impede a muitos de se aproximarem da Santa Igreja. Quanto prejuízo para as almas! “Quando os pagãos escutam da nossa boca os pensamentos de Deus, admiram a sua beleza e grandeza; mas, depois, quando percebem que as nossas obras não correspondem às nossas palavras, então mudam de ideia e começam a blasfemar dizendo que o cristianismo é somente um mito e um engano” (São Clemente Romano).

A Hierarquia da Santa Igreja deveria abrir melhor os olhos e iniciar imediatamente e com rigor o “ecumenismo” dentro dela. É preciso primeiro organizar a própria casa para depois convidar, com convicção, os vizinhos... senão é arriscado ouvir deles essas severas palavras: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (Mt 7, 5).

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Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). Depois de autorizado, é preciso citar: Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Católico de aparência” www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/livros/051_catolico_de_aparecia.htm