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          JESUS E AS CRIANÇAS 
          
           (Mt 
          19, 13-15) 
          
          
            
          
          
           "13
          Naquele momento, foram-lhe trazidas crianças 
          para que lhes impusesse as mãos e fizesse uma oração. Os discípulos, 
          porém, as repreendiam. 
          
          14 Jesus, 
          todavia, disse: 'Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, 
          pois delas é o Reino dos céus'. 15 Em 
          seguida impôs-lhes as mãos e partiu dali". 
          
            
          
             
            
          
          
          Em Mt 
          19, 13 diz: 
          "Naquele 
          momento, foram-lhe trazidas crianças para que lhes impusesse as mãos e 
          fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam". 
          
          
          Queriam apresentar umas crianças a Nosso Senhor para que Ele lhes 
          impusesse as mãos e orasse sobre alas: 
          "Detrás destas crianças é possível ver 
          as mães ou as avós com os pequenos diante ou nos seus braços"
          (Pe. Francisco 
          Fernández-Carvajal). 
          
          Como 
          seria bom para as crianças de hoje, se os seus pais as aproximassem de 
          Nosso Senhor; com certeza as mesmas cresceriam sadias espiritualmente. 
          
          Como 
          aproximar as crianças de Nosso Senhor Jesus Cristo? 
          
          1. 
          Através do Batismo. Batismo é o sacramento mediante o qual o homem 
          nasce para a vida espiritual, por meio da ablução da água e a 
          invocação da Santíssima Trindade. 
          
          
          Inocêncio III declarou-o verdade de fé, contra os valdenses (Dz. 424 e 
          430); o Concílio de Trento, contra os anabatistas (que repetiam o 
          Batismo quando o indivíduo chegava ao uso da razão) e contra os 
          protestantes que afirmavam que, sendo a fé a causa eficaz da eficácia 
          sacramental, se requeria que o sujeito a tivesse em ato: cf. Dz. 
          867-870. 
          
          O 
          costume de batizar as crianças é muito antigo na Igreja. Já o Concílio 
          de Cartago (em 418 declarava, contra os pelagianos, que as crianças 
          recém- nascidas do ventre materno deviam ser batizadas (cânon 2). A 
          mesma doutrina foi declarada em Éfeso e em muitos outros concílios (II 
          de Latrão, IV de Latrão, Vienne, Florença, etc.). 
          
          
          Leônidas, o pai de Origines, curvava-se sobre o berço onde repousava 
          seu filho, e beijava-o no coração, adorando. Algumas pessoas em volta 
          mostraram-se admiradas. E Leônidas dizia: 
          "Não vos admireis! Eu 
          adoro a Deus presente no coração deste pequeno batizado". 
          
          O Pe. 
          Leo J. Trese escreve: 
          "E assim, em primeiro lugar, os pais 
          têm obrigação de batizar os filhos o mais cedo possível depois do 
          nascimento, normalmente dentro das duas semanas seguintes ou, quando 
          muito, dentro do mês". 
          
          2. 
          Catequizando-as: 
          "Depois, quando a mente infantil 
          começa a abrir-se, surge o dever de falar-lhes de Deus, especialmente 
          da sua bondade e providência amorosa, e da obediência que lhe devemos. 
          E mal começam a falar, é preciso ensiná-las a rezar, muito antes de 
          terem idade para ir à escola" 
          (Pe. Leo J. Trese). 
          
          3. Da 
          primeira comunhão. A Eucaristia é o sacramento em que, sob as 
          espécies de pão e de vinho, Jesus Cristo está verdadeira, real e 
          substancialmente presente, com o seu Corpo, o seu Sangue, a sua Alma e 
          a sua Divindade, para nosso alimento espiritual. 
          
          O 
          único sacramento absolutamente indispensável para a salvação é o 
          Batismo: se uma criança recém-batizada morre, salva-se, ainda que não 
          tenha comungado. No entanto, para um batizado que chegou ao uso da 
          razão, a Eucaristia é também requisito indispensável, segundo as 
          palavras de Jesus: 
          "Se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não 
          beberdes o seu Sangue, não tereis vida em vós"
          (Jo 6, 53). 
          
          Nesse 
          mundo podre e rebelde, milhares de casais, ao invés de aproximarem as 
          crianças de Jesus Cristo, fazem totalmente o contrário: 
          
          a) 
          Aconselham-nas a namoricos depravados. 
          
          b) 
          Matriculam-nas em clubes, onde aprenderão danças e músicas imorais. 
          
          c) 
          Deixam-nas à vontade na Internet, para as mesmas navegam rumo à 
          perdição. 
          
          d) 
          Compram roupas imorais, transformando-as em "monstrinhos". 
          
          Em 
          Levítico 18,21 diz: 
          "Não entregarás os teus filhos para consagrá-los a Moloc, para não 
          profanares o nome de teu Deus". Estes sacrifícios de crianças 
          que se "fazia passarem" pelo fogo, isto é, que eram queimadas, são um 
          rito cananeu condenado pela Lei 
          (Lv 20, 2-5; Dt 12, 31; 
          18, 10). 
          
          As 
          mães idólatras jogavam as suas criancinhas dentro do deus Moloc (tinha 
          fogo na barriga): "... 
          por seus deuses chegaram até a queimar os próprios filhos e filhas!"
          (Dt 
          12,31; Sl 105, 36-38). 
          
          A mãe 
          que compra, manda fazer e incentiva ou obriga a sua filha a usar 
          roupas imorais, mata a inocência da filha, entregando-a não ao deus 
          Moloc, e sim, ao demônio. Essas mães idólatras, que idolatram essas 
          modas do demônio agem totalmente contra os ensinamentos da Igreja 
          Católica Apostólica Romana:
          "Os pais devem então 
          ensinar a seus filhos o valor da modéstia cristã, da sobriedade no 
          vestir, da necessária autonomia em relação às modas, característica de 
          um homem ou de uma mulher com personalidade madura"
          
          (Sexualidade Humana: Verdade e Significado, nº 97). 
          
          
          Infeliz do casal que ao invés de levarem os filhos para Cristo Jesus, 
          leva-os para o mundo inimigo das almas imortais. Esses, com certeza 
          chorarão amargamente. 
          
          No 
          dia do juízo, Deus lhes perguntará: O que fizestes dos seus filhos?
           
          
          
           "Os 
          discípulos, porém, as repreendiam". 
          
          Dom 
          Duarte Leopoldo comenta: 
          "Os discípulos não compreendiam ainda 
          o mistério da infância, que tantos cuidados reclama de um coração 
          piedoso".
           
          
          Jamais 
          os sacerdotes deverão imitar essa atitude dos apóstolos, pelo 
          contrário; deverão com, esforço e paciência, aproximar todas as 
          crianças de Nosso Senhor Jesus Cristo: batizando-as, catequizando-as, 
          rezando com elas e dando-lhes Jesus Sacramentado, depois de uma zelosa 
          preparação.  
          
          Em Mt 
          19, 14 diz: 
          "Jesus, todavia, disse: 'Deixai as 
          crianças e não as impeçais de virem a mim, pois delas é o Reino dos 
          céus". 
          
          O 
          Coração de Jesus Cristo é acolhedor e cheio de bondade; Ele recebe com 
          amor os pecadores arrependidos e com carinho os inocentes. 
          
          Dom 
          Duarte Leopoldo escreve: 
          "Quantos afastam de Jesus as pobres 
          criancinhas! Não somente os mestres que as desviam da fé, mas ainda os 
          pais que não se preocupam com a educação religiosa dos filhos, impedem 
          que elas se aproximem do Coração Sagrado do nosso divino Salvador. 
          Retardar o batismo e a primeira comunhão das crianças é outro meio de 
          afastá-las de Jesus.  
          
          
          Receber o reino de Deus como uma 
          criança, é receber o ensino da Igreja com docilidade, sem discussão, 
          com fé e amor", 
          e: "Por 
          que diz, pois, que as crianças são aptas para o Reino dos Céus? Quiçá 
          porque ordinariamente não têm malícia, nem sabem enganar, nem se 
          atrevem a vingar-se;  desconhecem a luxúria, não apetecem as riquezas 
          e desconhecem a ambição. Mas a virtude de tudo isto não consiste no 
          desconhecimento do mal, mas na sua repulsa; não consiste na 
          impossibilidade de pecar, mas em não consentir no pecado. Portanto, o 
          Senhor não Se refere à meninice como tal, mas à inocência que têm as 
          crianças na sua simplicidade" 
          (Santo Ambrósio, Expositio Evangelii sec. Lucam, ad loc.). 
          
          Em Mc 
          10, 14 diz: 
          "Vendo isso, Jesus ficou indignado..." 
          
          
          Edições Theologica comenta: 
          "É uma das poucas ocasiões em que se 
          diz nos Santos Evangelhos que Cristo Se indignou. A causa foi a 
          intolerância dos discípulos, que consideravam inoportuna a pretensão 
          daqueles que apresentavam as crianças para que o Senhor as abençoasse, 
          como uma perda de tempo e uma circunstância aborrecida para o Mestre: 
          Cristo tem coisas mais graves em que pensar para Se ocupar destas 
          crianças, talvez tenham podido pensar. O comportamento dos discípulos 
          não é mal-intencionado; simplesmente deixam-se levar por critérios 
          humanos, querendo evitar um aborrecimento ao Senhor. Não penetraram no 
          que lhes disse pouco antes: 'Quem receber um destes meninos em Meu 
          nome, é a Mim que recebe; e quem Me receber, não Me recebe a Mim, mas 
          sim Aquele que Me enviou' (Mc 9, 37). Por outro lado, o Senhor põe em 
          realce com toda a clareza a necessidade que tem o cristão de se tornar 
          como uma criança para entrar no Reino dos Céus... Em última análise, 
          as palavras do Senhor são outra maneira, simples e gráfica, de 
          explicar a doutrina essencial da filiação divina: Deus é nosso Pai e 
          nós Seus filhos; toda a religião se resume na relação de um bom filho 
          com um bom Pai. Esse espírito de filiação divina tem como qualidades: 
          o sentido da dependência do nosso Pai do Céu e o abandono confiante na 
          Sua providência amorosa, do mesmo modo que por nós nada podemos; a 
          simplicidade e a sinceridade, que nos levam a mostrar-nos tal como 
          somos..." 
          
          
          Os 
          pais têm obrigação de aproximarem os seus filho de Nosso Senhor; 
          aqueles que impedem tal aproximação cometem pecado: 
          "Porque deram 
          vida aos filhos, contraem os pais o dever gravíssimo de educar a 
          prole. Por isso, hão de considerar-se como seus primeiros e principais 
          educadores. Essa tarefa educacional se revela de tanta importância, 
          que onde quer que falhe dificilmente poderá ser suprida"
          (Gravissimum 
          Educationis, 3).
           
          
          
           "...não as impeçais de virem a mim". 
          
          Muitos 
          são aqueles que colocam obstáculos entre as crianças e Cristo Jesus, 
          impedindo-as de aproximarem da Verdadeira Felicidade: apego exagerado 
          ao esporte, promessas de um futuro brilhante nas passarelas ou 
          novelas, etc., e assim, as crianças não querem nem ouvir falar que 
          existe um Deus; estão completamente ocupadas com as vaidades terrenas.
           
          
          
          O que 
          se pode esperar de uma criança que cresce longe de Deus? Que futuro 
          terá? De trevas! De amargura! De tristeza! Pobre humanidade: 
          "Cansamo-nos nas 
          veredas da iniquidade e perdição, percorremos desertos intransitáveis, 
          mas não conhecemos o caminho do Senhor!"
          (Sb 5, 7).
           
          
          Em Mt 
          19, 15 diz: 
          "Em seguida impôs-lhes as mãos e 
          partiu dali". 
          
          Cristo Jesus acolheu todas crianças e as 
          abençoou. 
          
          Que 
          todos os sacerdotes imitem o exemplo de Cristo Jesus, acolhendo com 
          paciência as crianças e abençoando-as piedosamente: 
          "As crianças, 
          apesar dos seus defeitos, serão os vossos prediletos, e vós os delas"
          (Carta 
          do Servo de Deus Eduardo Poppe aos Sacerdotes). 
            
            
          
          Pe. 
          Divino Antônio Lopes FP. 
          
          
          Anápolis, 02 de julho de 2007 
             |