| 
             
          
          JESUS É O MESTRE COM FARDO LEVE 
          
          (Mt 11, 28-30)  
            
          
          "28 
          Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e 
          eu vos darei descanso. 
          29 
          Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e 
          humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, 
          30 
          pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". 
            
          
            
            
          
          Em Mt 
          11, 28 diz: "Vinde a 
          mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos 
          darei descanso". 
          
          "Vinde a 
          mim..." O senhor 
          nos convida a aproximarmos do Seu Santíssimo Coração; não adiemos para 
          depois, somente nesse Oceano de Amor encontraremos a verdadeira paz:
          "Ó Coração Sagrado de 
          meu Salvador, Tu a quem adoro, a quem amo, Tu todo Amor, Bondade 
          Suprema, só Tu possuís meu coração"
          (Bem-aventurada 
          Elisabete da Trindade, Poesia 57). 
          
          "Vinde a 
          mim..." 
          Mergulhemos no Bendito Coração de Cristo Jesus, Ele nos convida. 
          Mergulhemos agora; n'Ele a nossa pobre alma será consolada: 
          "Consolai, Senhor, o coração 
          de vosso servo, porque é para vós, Senhor, que eu elevo a minha alma. 
          Porquanto sois, Senhor, clemente e bom..."
          (Santo Agostinho, No 
          Sl 85, 7). 
          
          "Vinde a 
          mim..." Não 
          hesitemos, o Coração do Imaculado Cordeiro está à nossa espera; 
          corramos para Ele e bebamos da Fonte a verdadeira alegria: 
          "Ó bom Jesus, quão belo e agradável é habitar em vosso 
          Coração! É ele a pérola preciosa, o rico tesouro que descobrimos no 
          segredo de vosso Corpo transpassado, como no campo escavado" (São Boaventura, 
          A videira mística). 
          
          "Vinde a 
          mim..." No 
          Coração do Senhor encontramos tudo aquilo que precisamos para a nossa 
          alma imortal: "Seu 
          Coração era meu repouso, meu retiro e minha força nas minhas 
          fraquezas" 
          (Santa Margarida Maria Alacoque, Carta 27). 
          
          
          Católico, Nosso Senhor Jesus Cristo te convida a aproximar do Seu 
          Misericordiosíssimo Coração; um Deus Onipotente convida a miserável 
          criatura a buscar abrigo no Seu Amoroso Coração. Não seja estúpido e 
          ignorante, corra imediatamente para o Coração de Jesus Cristo, n'Ele 
          você jamais será traído: 
          "O Coração de Jesus é fiel a 
          cada alma que se lhe quer dar. Mas ai! Muitas vezes acontece que a 
          alma cai na infidelidade e abandona a Jesus Cristo. O Coração de 
          Jesus, porém, é tão fiel que, quando é abandonado, traído, desprezado 
          por uma criatura infiel, vai à sua procura; estimulado por amor 
          extremo faz todos os esforços para reconquistar a alma que o deixou: 
          pede, exorta, convida, promete, ora, suplica, afim de que ela se digne 
          ao menos responder a um Coração que nunca lhe faltou com a fidelidade"
          (Santo Afonso Maria de Ligório, Meditações). 
          
          "Vinde a 
          mim..." Não 
          recuse o convite de Nosso Senhor. Lembre-se de que longe d'Ele não 
          existe felicidade: 
          "Quem pode fazer-me mais feliz do que Deus? N'Ele encontro tudo" (Santa Teresa 
          dos Andes, Carta 81). 
          
          "Vinde a 
          mim..." Ó Senhor, 
          quantos são aqueles que tapam os ouvidos a esse convite e viram-Lhe as 
          costas. Esses preferem seguir as drogas, o sexo, a bebedeira, os 
          bailes, etc., do que a Ti. Quanta ingratidão! 
          
          "... todos 
          os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei 
          descanso". 
          
          O Pe. 
          Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: 
          "O que mais oprime o coração do homem são os pecados. Para 
          libertá-lo deste peso, toma-los-á Jesus sobre si, leva-los-á à cruz, e 
          os destruirá com sua morte. Por isso não se cansa de ir a busca do 
          pecador a salvar, do filho pródigo e reconduzir ao amor do Pai..."
          (Intimidade Divina, 
          386). 
          
          O 
          coração de Nosso Senhor é refúgio para todos, por isso Ele disse:
          "... todos". 
          
          Nesse 
          Amável Coração os santos encontram apoio para perseverarem na 
          santidade, e os pecadores encontram a verdadeira misericórdia: 
          "Quanto a mim, achei vosso 
          Coração... ó Jesus benigníssimo. Coração de Rei, Coração de Irmão. 
          Escondido em vós, não rezarei eu? Rezarei, sim! Já vosso Coração - 
          digo-o francamente - é também meu coração. Se vós, ó Jesus, sois minha 
          Cabeça, como pois o que faz parte de meu corpo não deverá dizer-me? 
          Que alegria para mim! Eis: vós, ó Jesus, e eu temos um só e mesmo 
          coração... Entretanto, tendo achado, ó Jesus dulcíssimo, este Coração 
          divino que é vosso e é meu, rezarei a vós, Deus meu! Acolhei, no 
          santuário das audiências, minhas orações, aliás, arrebatai-me todo 
          para dentro de vosso Coração. Meus pecados me impediram a entrada... 
          Mas, assim como uma incompreensível caridade dilatou e ampliou vosso 
          Coração, e assim como só vós podeis purificar o que foi concebido em 
          pecado, ó Jesus dulcíssimo, lavai-me da culpa, purificai-me de meus 
          pecados. Por vós purificado possa eu, puríssimo, chegar-me a vós, 
          entrar e morar em vosso Coração todos os dias de minha vida, para 
          saber e fazer tudo o que quereis de mim!" (São Boaventura, A videira mística). 
          
          "... eu 
          vos darei descanso". 
          
          
          Infeliz do católico que perde o tempo à procura de descanso longe do 
          Coração de Nosso Senhor, esse viverá sempre angustiado e com a alma 
          vazia. 
          
          
          Somente no Coração de Cristo Jesus é possível encontrar o verdadeiro 
          repouso: "Nossa 
          verdadeira sociedade e nosso delicioso retiro: o Coração adorável de 
          Jesus onde viveremos ao abrigo de todas as tempestades"
          (Santa Margarida 
          Maria Alacoque, Carta 4). 
          
          Em Mt 
          11, 29 diz: "Tomai 
          sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de 
          coração, e encontrareis descanso para vossas almas". 
          
          O Pe. 
          Gabriel de Santa Maria Madalena comenta: 
          "É 'jugo' a lei de Cristo, porque requer disciplina das 
          paixões, negação do egoísmo, mas é jugo 'suave e leve' por ser lei de 
          amor. Quanto mais soubermos imitar a mansidão e humildade do Coração 
          de Cristo, tanto mais experimentaremos quão doce é segui-lo na 
          obediência à vontade do Pai, quão suave é amar como ele amou, mesmo 
          quando exige o amor os maiores sacrifícios. 'Aprendei de mim que sou 
          manso e humilde de coração, e achareis repouso para as vossas almas'. 
          Fonte inesgotável de conforto e salvação é o Coração de Cristo e, ao 
          mesmo tempo, escola de santidade" (Intimidade 
          Divina, 386), e:
          "Ó Senhor, manso e 
          humilde sois! Manso, porque me suportais. Por causa de minha fraqueza, 
          minha tendência é dissipar-me. Curai-me e terei estabilidade! Dai-me 
          forças e ficarei firme. Enquanto, porém não me concederdes tudo isto, 
          suportai-me, porquanto sois, Senhor, clemente e bom"
          (Santo Agostinho, No Sl 85, 7). 
          
          O 
          Coração de Nosso Senhor é a Escola onde aprendemos a mansidão e a 
          verdadeira humildade. 
          
          Se 
          desejamos realmente ser mansos e humildes, mergulhemos no Santíssimo 
          Coração de Jesus: "A 
          mansidão é a forma da bondade, forma sublime e delicada que a torna 
          atraente. Uma bondade rude e mal educada é uma bondade sem forma, uma 
          bondade que não saberia impor-se aos corações. Mas, logo que ela é 
          revestida de mansidão, toma um império soberano e arrasta tudo por 
          poderosos atrativos. Tal foi a bondade de Jesus. A mansidão, 
          temperando o zelo extraordinário do Mestre, tornava-O suave, afável, 
          atraente. Todo o seu ser estava impregnado de um encanto tão 
          irresistível que todos - as crianças com os velhos, os doentes, as 
          multidões inteiras -  iam ter com Ele e seguiam os seus passos. 
          'Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração' (Mt 11, 29), 
          dissera Jesus. Era mansidão íntima transparência no seu exterior, 
          arrebatava todos os corações. Gostavam da sua conversação, aceitavam 
          os seus ensinamentos que a unção divina, em seus lábios, tornava 
          simples de compreender e fáceis de abraçar. Seguiam-no até ao meio dos 
          desertos, esquecendo as necessidades da vida, e, uma vez entrevistos, 
          uma vez experimentados os encantos tão doces da sua palavra, já não se 
          podiam afastar d'Ele. 'Deixai vir a Mim as criancinhas' (Mt 19, 14), 
          dizia. Constantemente rodeado por essas frágeis criaturas, gostava de 
          as tomar nos braços, abençoá-las, apresentá-las como exemplo de 
          simplicidade e de pureza aos seus discípulos. 'Ai daquele, dizia 
          ainda, que escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim!' (Mc 9, 
          41). Com os enfermos e os doentes que se aproximavam d'Ele, que 
          benignidade e que amorosa compaixão! Como se deixava facilmente tocar 
          pelo espetáculo da sua miséria!"(Serva 
          de Deus Madre Luísa Margarida Claret de la Touche, O Sagrado Coração e 
          o Sacerdócio, 33), e: "A humildade 
          de Jesus aparece ainda no cuidado que Ele tem em esconder a sua ação 
          sob a ação do divino Pai e em fazer desaparecer a sua personalidade. 
          Quantas vezes O ouvimos repetir palavras como estas: 'O Filho nada faz 
          por Si mesmo... Tudo o que ouvi de meu Pai é o que Eu vos digo... Meu 
          Pai opera até hoje e Eu opero também...' Procura, por todos os meios, 
          velar os grandes milagres que opera. Aos cegos que acaba de curar: 
          'Vede que ninguém o saiba'. - 'Vai, diz a um leproso, e não o digas a 
          ninguém'. Proíbe expressamente aos demônios que proclamem com força a 
          sua divindade, de dizerem que é o Cristo, o Filho de Deus, e Ele mesmo 
          não se nomeia senão Filho do homem. Mas é sobretudo na sua 
          dependência, nesse espírito de submissão que mostra em todas as 
          coisas, que Jesus nos descobre a sua profunda humildade. Os trinta 
          primeiros anos da sua vida podem resumir-se nestas curtas palavras: 
          'Era-lhes submisso'. Durante os três últimos, não mudou de conduta. 
          Mostrou-se, sempre e em tudo, dependente e submisso. Igual ao Pai na 
          divindade, nada faz, todavia, sem recorrer a Ele pela oração; 
          gloria-se de fazer sempre o que Lhe agrada. Parece esquecer as 
          grandezas, os dons, os privilégios da sua natureza divina, para não se 
          lembrar senão das impotências e das fraquezas da sua natureza humana. 
          'Meu Pai, diz no Jardim das Oliveiras, que se faça a Tua vontade e não 
          a minha" 
          (Idem, 37).  
          
          "... e 
          encontrareis descanso para vossas almas". 
          
          Não 
          são nos bailes, carnaval, noitadas, etc., que a nossa alma imortal 
          encontrará repouso, mas sim, no Coração de Cristo. 
          
          No 
          Coração de Nosso Senhor encontramos descanso para a nossa alma, por 
          isso, engana-se aquele que busca sossego nas drogas, bebidas 
          alcoólicas e prostituição. 
          
          
          Católico, o mundo não pode satisfazer uma alma imortal; somente o 
          Coração de Jesus Cristo é capaz de dar-lhe o verdadeiro descanso. 
          
          
          Milhões são aqueles que percorrem o mundo inteiro atrás de sossego e 
          não o encontra, não o encontra porque o busca em lugares errados. 
          Aproxime-se com sinceridade do Sagrado Coração de Jesus e o 
          encontrará: "... 
          aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis 
          descanso para vossas almas". 
          
          Entre 
          no Coração do Amável Senhor, n'Ele você encontrará tudo aquilo que o 
          mundo não pode te oferecer: 
          "No Coração de meu Jesus 
          quero viver, padecer e agir de acordo com os seus desígnios e é por 
          ele que quero amar e aprender a sofrer bem. Entrego-lhe todas as 
          minhas ações, para que delas disponha conforme sua vontade e repare as 
          faltas que cometerei"
          (Sentimentos dos Retiros, III). 
          
          Em Mt 
          11, 30 diz: "... pois 
          o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
           
          
          Santo 
          Agostinho comenta: 
          "Qualquer outra carga te oprime e esmaga, mas a carga de Cristo 
          alivia-te o peso. Outra carga qualquer tem peso, mas a de Cristo tem 
          asas. Se a um pássaro lhe tiras as asas, parece que o alivias o peso, 
          mas quanto mais lhe tires este peso, tanto mais o atas a terra. Vês no 
          solo aquele que quiseste aliviar de um peso; restitui-lhe o peso das 
          suas asas e verás como voa 
          (Sermão 126), 
          e: "Como se dissesse: 
          todos os que andais atormentados, aflitos e carregados com a carga dos 
          vossos cuidados e apetites, saí deles, vinde a Mim, e Eu vos recrearei 
          e achareis para as vossas almas o descanso que vos tiram os vossos 
          apetites" 
          (São João da Cruz, Subida ao Monte Carmelo, liv. I, cap. 7, n° 4). 
            
          
          Pe. 
          Divino Antônio Lopes FP. 
          
          
          Anápolis, 12 de agosto de 2007 
            
           |