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          SOLENIDADE DA 
          ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA 
          
          (Lc 1, 
          39-56) 
          
            
          
			"39
			Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, 
			dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. 40 
			Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. 41
			Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe 
			estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. 
			42 Com um grande grito, exclamou: 
			'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!
			43 Donde me vem que a mãe do 
			meu Senhor me visite? 44 Pois 
			quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu 
			de alegria em meu ventre. 45 
			Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor 
			será cumprido!' 46 
			Maria, então disse: 'Minha alma engrandece o 
			Senhor, 47
			e meu espírito exulta em Deus em meu Salvador, 
			48 
			porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as 
			gerações todas me chamarão de bem-aventurada, 
			49 pois 
			o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. Seu nome é santo
			50 
			e sua misericórdia perdura de geração em 
			geração, para aqueles que o temem. 
			51 Agiu 
			com a força de seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso.
			52 
			Depôs poderosos de seus tronos, e a humildes exaltou. 
			53 
			Cumulou de bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias. 
			54 
			Socorreu Israel, seu servo, lembrando de sua misericórdia 
			55 – 
			conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão e de sua 
			descendência, para sempre!' 56 
			Maria permaneceu com ela mais ou menos três meses e voltou para 
			casa". 
            
            
          
			Em Lc 
			1, 39 diz: 
			"Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, 
			dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá". 
			  
			
			Santo 
			Afonso Maria de Ligório escreve: 
			"Do arcanjo São Gabriel ouviu a Santíssima Virgem que Isabel, sua 
			prima, estava grávida de seis meses. Iluminada interiormente pelo 
			Espírito Santo, conheceu que o Verbo humanado, e já feito seu Filho, 
			queria começar a manifestar ao mundo as riquezas de sua 
			misericórdia" 
			(Glórias de Maria, 
			Parte II, capítulo II, V, Ponto Primeiro, 1). 
			
			A 
			Virgem Maria sabendo que Isabel, sua prima, precisava de sua ajuda, 
			não ficou num canto calculando a distância nem colocou dificuldades, 
			mas decidiu ajudá-la: 
			"... a 
			caridade é prestativa" (1 Cor 13, 
			4). 
			A bondosa Senhora deixou os seus afazeres para socorrer alguém que 
			necessitava urgentemente de sua colaboração. 
			
			O 
			católico tem o dever de imitar a disponibilidade da Santíssima 
			Virgem. É contraditório dizer ser filho de Nossa Senhora e viver no 
			egoísmo: 
			"Não podemos conviver filialmente com Maria 
			e pensar apenas em nós mesmos, nos nossos problemas. Não se pode 
			tratar com a Virgem e ter, egoisticamente, problemas pessoais"
			(São 
			Josemaría Escrivá, Cristo que passa, nº 145). 
			
			             
			 "Maria 
			pôs-se a caminho". 
			
			             
			Nossa Senhora não adiou a sua viagem e muito 
			menos se acovardou. Ela pôs-se a caminho! Para onde? Será que a 
			Virgem sabia das dificuldades que encontraria no percurso? Será que 
			a mesma sabia da distância? A caridade é a virtude das almas que 
			amam de verdade: 
			"A 
			caridade tudo suporta" 
			(1 Cor 13, 7), 
			e: 
			"... 
			pôs-se a tenra e delicada donzela a caminho, sem se atemorizar com 
			as fadigas da viagem" 
			(Santo Afonso Maria 
			de Ligório, Glórias de Maria, Parte II, capítulo II, V, Ponto 
			Primeiro, 1). 
			
			
			Imitemos com fervor e entusiasmo o exemplo da Virgem Maria. Quantos 
			católicos vivem amasiados, sem instrução religiosa, mergulhados na 
			imoralidade e longe de Nosso Senhor. São milhões! O que você faz 
			para ajudá-los a aproximarem da graça de Deus? 
			
			Saiamos 
			do comodismo e da vida de "poltronice", e aproximemo-nos com 
			caridade dessas pessoas que vivem nas trevas; não deixemos que 
			morram longe da Luz Eterna: 
			"Nada 
			mais frio do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos 
			outros"
			(São João 
			Crisóstomo, Homilia 20, 4: PG 60, 162-164). 
			
			              
			"... para a região montanhosa, a uma cidade de 
			Judá". 
			
			            
			Não se sabe com certeza onde residia Isabel, a 
			prima de Nossa Senhora. Muitos autores dizem que a cidade é 
			Ain-Karim, ou Ayn Karem, a uns sete quilômetros de Jerusalém. Deve o 
			seu nome à sua fonte (Ain) e aos vinhedos que a circundam (Kerem em 
			hebraico, Karm em árabe, significa vinha). 
			
			A 
			Virgem Maria percorreu um percurso de quase 150 Km com o coração 
			desejoso de prestar serviço à sua prima Isabel. 
			
			Hoje, 
			milhares de católicos não têm coragem de atravessarem a rua para 
			rezar e dar bons conselhos para uma família que necessita de ajuda; 
			mas os mesmos estão prontos para passarem horas e horas diante da 
			televisão olhando novelas pornográficas. Seriam esses os filhos 
			fiéis da Virgem Maria? Não! Esses só possuem casca, isto é, vivem de 
			aparência. 
			
			Nossa 
			Senhora não se preocupou com o perigo que corria em atravessar 
			aquela região montanhosa cheia de salteadores, e muito menos com a 
			altura dos montes. Quem ama de verdade não mede esforços para ajudar 
			o próximo: 
			"A caridade de Cristo estimula, incita-nos a 
			correr e voar com as asas do santo zelo. Quem ama a Deus de verdade, 
			também ama o próximo; o verdadeiro zeloso é o mesmo que ama, mas em 
			grau maior, conforme o grau de amor; quanto arde de amor, tanto mais 
			é impelido pelo zelo" (Das Obras 
			de Santo Antônio Maria Claret, bispo). 
			
			
			Imitemos o exemplo da Virgem Maria; ela não desanimou diante das 
			montanhas que estavam em seu caminho. 
			
			Todas 
			as vezes que decidirmos trabalhar para Deus e para o bem das almas, 
			aparecerão inúmeras "montanhas" de críticas, calúnias, zombarias e 
			perseguições à nossa frente; cabe a nós levantarmos a cabeça e 
			perseverarmos em meio aos ataques: 
			
			"Deixemos, pois, que os pecadores digam o que quiserem e continuemos 
			a servir a Deus que é tão fiel e amoroso para aqueles que o amam. 
			Quanto maiores forem os obstáculos e as contradições que 
			encontrarmos na prática do bem, tanto mais acendrada será a 
			complacência do Senhor e tanto maior o nosso mérito" 
			(Santo Afonso Maria 
			de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração XXXI, Ponto II), 
			e: 
			
			"Abandonemos este mundo cego. Grite ele quanto quiser, como uma 
			coruja, para inquietar os passarinhos do dia. Sejamos firmes em 
			nossos propósitos, invariáveis em nossas resoluções e a constância 
			mostrará que a nossa devoção é séria e sincera"
			(São 
			Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, Parte IV, capítulo I). 
			
			A 
			Santíssima Virgem, mulher forte, não ficou parada nem retrocedeu, 
			mas com coragem e firmeza continuou a caminhar por entre as 
			montanhas. Imitemo-la! 
			
			Quando 
			se trata de trabalhar para a glória de Deus e salvação das almas, 
			não meçamos esforços nem nos acovardemos; confiantes no Senhor que 
			nos fortalece e nos protege, lutemos corajosamente até o fim: 
			"O cristão nasceu para a luta, e quanto mais encarniçada se 
			apresenta, tanto mais segura há de ser a vitória com o auxílio de 
			Deus" 
			(Leão XIII, Enc. Sapientiae Christianae, 19). 
			
			               
			 "... dirigindo-se apressadamente". 
			
			                Como já foi comentado, a Virgem Maria não ficou analisando se 
			valeria ou não a pena servir a sua prima Isabel, mas saiu 
			apressadamente: "Levantando-se da 
			tranquilidade de sua contemplação, a que estava sempre aplicada, e 
			deixando a sua cara solidão, com grande pressa partiu para a casa de 
			Isabel" 
			(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, 
			Parte II, capítulo II, V, Ponto Primeiro, 1). 
			
			Não adiemos o bem 
			que pudermos fazer hoje, mas corramos ao encontro daqueles que 
			necessitam de nossa ajuda, sobretudo da ajuda espiritual. Não 
			percamos um só minuto, mas ajudemos todos a conhecerem o 
			Salvador da Humanidade, a exemplo de Nossa Senhora:
			"Maria parte a fim de ir ao encontro da 
			velha prima, cuja extraordinária maternidade lhe fora revelada pelo 
			Anjo. Assim Nossa Senhora inicia a missão de portadora de Cristo ao 
			mundo, às pressas, sem delongas, levada pelo impulso interior que a 
			põe a caminho para a humanidade em expectativa e tão necessitada do 
			Salvador" 
			(Pe. Gabriel de 
			Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 390). 
			
			
			Orígenes escreve: 
			"Jesus, que estava em seu seio, se apressava para santificar a João 
			ainda dentro do ventre de sua mãe. Pelo que segue: 'Com pressa", e: “A graça do Espírito Santo não 
			conhece demora. Aprende, ó virgens, a não deter-lhes nas praças e a 
			não misturarem com o público em conversações"
			
			(Santo Ambrósio), 
			e também: "Por isto foi às montanhas, porque Zacarias habitava nas 
			montanhas. Donde segue: 'Em uma cidade de Judá e entrou na casa de 
			Zacarias"
			
			(Teofilacto). 
			
			A Santíssima Virgem 
			com o coração ardendo de amor fez a longa viagem de Nazaré até 
			Ain-Karim, percorrendo aproximadamente 150 Km. 
			  
			
			Em Lc 
			1, 40-41 diz: 
			"Entrou 
			na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação 
			de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta 
			do Espírito Santo". 
			  
			
			Nossa 
			Senhora chegando a Ain-Karim não procurou outro lugar, mas foi 
			diretamente para a casa de sua prima Isabel. A sua visita é 
			diferente, não pode ser comparada com as visitas das pessoas que 
			servem o mundo: 
			"Foi Maria a primeira a saudar Isabel. Mas não foi 
			a visita de Nossa Senhora como são as visitas dos mundanos, que pela 
			maior parte se reduzem a cerimônias e falsas exibições" 
			(Santo Ambrósio), 
			e Santo Afonso Maria de Ligório diz: 
			"Sua visita trouxe àquela casa um cúmulo de graças. Com efeito, mal 
			entrara e saudara seus habitantes, ficou já Isabel cheia do Espírito 
			Santo, e João livre de culpa e santificado. Por isso deu aquele 
			sinal de júbilo, exultando no ventre de sua mãe. Queria com isso 
			manifestar as graças recebidas por meio de Maria, como declarou a 
			mesma Isabel: Porque assim que chegou a voz da tua saudação aos meus 
			ouvidos, logo o menino exultou de prazer em minhas entranhas"
			(Glórias 
			de Maria, Parte II, capítulo II, V, Ponto Primeiro, 1).  
			
			Sobre a saudação de 
			Maria, Bernardino de Busti escreve: 
			"Recebeu João a graça do Divino Espírito Santo que o santificou". 
			
			Assim 
			como Isabel recebeu com alegria, piedade e respeito a Virgem Maria 
			em sua casa, recebamos também nós a Virgem em nossa vida: 
			"Meu viver é Maria" 
			(São Gabriel da 
			Virgem Dolorosa), 
			e vivendo sob a sua proteção e sendo-lhes fiéis, seremos agraciados:
			
			"Os 
			primeiros frutos da redenção passaram, pois, pelas mãos de Maria. 
			Foi ela o canal pelo qual foi comunicada a graça ao Batista; o 
			Espírito Santo a Isabel e o dom de profecia a Zacarias... e tantas 
			outras graças àquela casa"
			(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, 
			Parte II, capítulo II, V, Ponto Primeiro, 2). 
			
			Infeliz daquele que 
			recusa receber Nossa Senhora em sua casa, isto é, na sua vida; esse 
			será sempre infeliz: "Se a devoção à 
			Virgem Santíssima é necessária a todos os homens para conseguirem 
			simplesmente a salvação, é ainda mais para aqueles que são chamados 
			a uma perfeição particular." 
			(São Luís Maria 
			Grignion de Montfort, Tratado da derdadeira devoção à Santíssima 
			Virgem, 43). 
			
			São 
			João Crisóstomo escreve: 
			"Ou de 
			outro modo, a Virgem ocultava no fundo do seu coração o que lhe 
			havia dito e não o revelou a ninguém, porque não acreditava que 
			aprovassem a relatos admiráveis. Antes, acreditava, que se falasse, 
			receberia ultrajes como se ocultasse um crime próprio" 
			(Homilia in Matthaeum, 4), 
			e: 
			"Por isto 
			vai refugiar-se – ou melhor dizendo, recorre – só a Isabel. Assim 
			estava acostumada, tanto pelo parentesco e por conformidade de seus 
			costumes" 
			(Griego),
			
			e também: 
			"Pronto 
			se declaram os benefícios da vinda de Maria e a presença do Senhor, 
			pois segue: 'E quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino deu 
			saltos'. Adverte nisto a diferença e a conformidade de umas e outras 
			palavras. Isabel ouviu a voz primeiro e São João recebeu primeiro a 
			graça. Ela ouviu segundo a ordem da natureza e este saltou de gozo 
			por razão do mistério. Aquela sentiu a vinda de Maria, este a vinda 
			do Senhor" 
			(Santo Ambrósio),
			
			e ainda: 
			"O 
			profeta vê e ouve melhor que sua mãe e saúda ao Príncipe dos 
			profetas. Mas não podendo com palavras, o saúda no ventre - o qual 
			constitui o cume da alegria -. Quem, alguma vez, já teve notícia de 
			que alguém saltou de alegria antes de nascer? A graça insinuou 
			coisas que eram desconhecidas à natureza. O soldado, encerrado no 
			ventre, conheceu ao Senhor e ao Rei que havia de nascer, sem que o 
			véu do ventre obstaculizasse a mística visão. Portanto, viu, não com 
			os olhos da carne, mas sim, com os do espírito" 
			(Griego), 
			e:
			
			"Não havia sido cheio do Espírito Santo, até que a que levava a 
			Jesus Cristo em seu ventre, se apresentou diante dela. Então foi 
			quando – cheio do Espírito Santo – saltava de gozo dentro de sua 
			mãe. E prossegue: 'E foi Isabel cheia do Espírito Santo'. Não há que 
			duvidar, pois, que a que então ficou cheia do Espírito Santo, o foi 
			por seu filho" 
			(Orígenes). 
			
			Aceitemos com amor 
			e devoção a Virgem Maria em nossa vida: 
			"Virgem Imaculada e bendita, vós sois a dispensadora universal de 
			todas as graças, e como tal sois a esperança de todos e a minha 
			esperança também. Dou sempre graças ao meu Senhor que me fez 
			conhecer-vos e compreender o meio de obter as graças e salvar-me. O 
			meio sois vós, ó grande Mãe de Deus, porquanto sei que 
			principalmente pelos merecimentos de Jesus e pela vossa intercessão, 
			me hei de salvar. Ah! Minha Rainha! Vós noutro tempo vos destes 
			tanta pressa em visitar e santificar em vossa visita a casa de 
			Isabel. Visitai por quem sois, e visitai depressa a pobre casa da 
			minha alma. Apressai-vos; vós sabeis, melhor do que eu, quanto ela é 
			pobre e enferma de muitos males, de afetos desordenados, de hábitos 
			maus e dos pecados cometidos. Visitai-me, pois, durante a vida e 
			visitai-me especialmente na hora da morte, porque então me será 
			ainda mais necessária a vossa assistência" 
			(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, 
			Parte II, capítulo II, V, Ponto Segundo, Oração). 
			  
			
			Em Lc 
			1, 42-44 diz também:
			"Com um grande grito, exclamou: 'Bendita 
			és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Donde me 
			vem que a mãe do meu Senhor me visite? Pois quando a tua saudação 
			chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu 
			ventre". 
			  
			
			Aqui, 
			Isabel, cheia de alegria e iluminada pelo Espírito Santo, reconhece 
			em Maria Santíssima a Mãe de Nosso Senhor. 
			
			Comenta 
			São Beda: 
			"Isabel 
			bendiz Maria com as mesmas palavras usadas pelo Arcanjo para que se 
			veja que deve ser honrada pelos anjos e pelos homens e que com razão 
			se deve antepor a todas as mulheres"
			(In 
			Lucae Evangelium expositio, ad loc.),
			e: 
			"Na 
			recitação da Ave-Maria repetimos estas saudações divinas com as 
			quais nos alegramos com Maria Santíssima pela sua excelsa dignidade 
			de Mãe de Deus e bendizemos o Senhor e agradecemos-Lhe ter-nos dado 
			Jesus Cristo por meio de Maria"
			(São Pio X, 
			Catecismo Maior, nº 333). 
			
			Maria 
			Santíssima, sendo a Mãe de Deus, não foi à casa de Isabel para ser 
			servida; pelo contrário, foi servi-la por noventa dias: 
			"Maria permaneceu com ela mais ou menos três meses e voltou 
			para casa" (Lc 1, 56). 
			
			
			Aprendamos com Nossa Senhora a servir o próximo com generosidade e 
			humildade. A generosidade enriquece o coração, enquanto que o 
			egoísmo o destrói. 
			
			Muitos 
			se acham auto-suficientes e poderosos, e por isso não gostam de 
			servir; vivem trancados no egoísmo apodrecendo o coração. É preciso 
			lembrá-los de que Nossa Senhora, sendo a Mãe de Deus, serviu Santa 
			Isabel nos afazeres domésticos. Imitemos a humildade de nossa Mãe do 
			Céu: 
			"Ó Virgem santa, quão fervorosa é vossa caridade em 
			procurar a graça, quão luminosa vossa virgindade na carne, quão 
			excelsa vossa humildade em oferecer-vos ao serviço do próximo! Se 
			quem se humilha será exaltado, que há de mais sublime do que a 
			humildade, ó Maria? Ao ver-vos, Isabel se admira e exclama: 'Donde a 
			mim esta honra de vir visitar-me a Mãe de meu Senhor?' Ainda mais, 
			porém, se admirará ao verificar que também vós, ó Maria, à 
			semelhança de vosso Filho, não fostes a ela para ser servida, mas 
			para servir" (São 
			Bernardo de Claraval, De aquaeductu 9). 
			
			Santo 
			Ambrósio escreve: 
			"Aquela 
			que se havia ocultado, porque havia concebido um filho, começou a 
			manifestar-se porque levava em seu ventre um profeta. E a que antes 
			se envergonhava, agora abençoa. Portanto, prossegue: 'E exclamou em 
			alta voz: 'Bendita és tu entre as mulheres'. Exclamou em alta voz 
			quando notou a vinda do Salvador, porque acreditou que seu parto 
			devia ser misterioso", 
			e:
			"Disse, pois: 'Bendita és tu entre as mulheres'. Ninguém jamais 
			foi tão cheia de graça, nem podia sê-lo, porque somente ela é Mãe de 
			um fruto divino"
			
			(Orígenes), 
			e também: "Porém, como já havia outras mulheres santas que haviam 
			gerado filhos manchados pelo pecado, acrescenta: 'E bendito o fruto 
			de teu ventre'. Ou de outro modo, havia dito: 'Bendita és tu entre 
			as mulheres'. E como se alguém lhe perguntasse o porquê, acrescentou 
			a causa: 'E bendito o fruto de teu ventre...'. Assim como se diz no 
			Salmo 117 (Sl 117, 26-27): 'Bendito o Senhor Deus, que vem em nome 
			do Senhor, e nos ilumina"
			
			(Teofilacto), 
			e ainda: "Chamou ao Senhor fruto do ventre da Mãe de Deus, porque não 
			procedeu de homem, mas somente de Maria, pois os que tomaram a 
			substância de seus pais, são frutos deles" 
			(Orígenes),
			
			e:
			"Somente este fruto é bendito, porque se produz sem homem e sem 
			pecado" 
			(Griego), 
			e também: 
			"Este é o fruto que se prometeu a Davi: 'É um fruto do teu 
			ventre que eu vou colocar em teu trono" (Sl 131, 11)"
			
			(São Beda), 
			e ainda: "Não disse isto como ignorando, pois sabe que por graça e obra do 
			Espírito Santo, a Mãe do Senhor saúda a mãe do profeta para proveito 
			de seu filho. E para que conste que isto não suceda em virtude de 
			mérito humano, mas do dom da graça divina, disse: 'Donde me vem?', 
			isto é: Em virtude de quais ações, por quais méritos?" 
			(Santo Ambrósio),
			
			e:
			"Dizendo isto está conforme seu filho; porque também São João se 
			considera indigno da vinda de Jesus Cristo a ele. Chama Mãe do 
			Senhor a que, todavia, é Virgem, predizendo assim a realização do 
			que se havia anunciado. A provisão de Deus - ou seja, sua 
			providência - havia chegado Maria a casa de Isabel para que o 
			testemunho de São João chegasse desde o ventre ao Senhor. E desde 
			aquele momento, o Senhor constituiu a São João seu profeta. Pelo 
			qual segue: 'Porque, logo que chegou a voz de tua saudação a meus 
			ouvidos" 
			(Orígenes). 
			
			São 
			João Crisóstomo admirava-se na contemplação desta cena do Evangelho:
			
			"Vede que 
			novo e admirável é este mistério. Ainda não saiu do seio e já fala 
			mediante saltos; ainda não lhe é permitido clamar e já é escutado 
			pelos fatos (...); ainda não vê a luz e já indica qual é o Sol; 
			ainda não nasceu e já se apressa a fazer de Precursor. Estando 
			presente o Senhor não se pode conter nem suporta esperar os prazos 
			da natureza, mas procura romper o cárcere do seio materno e busca 
			dar testemunho de que o Salvador está prestes a chegar"
			(Sermo apud Metaphr., mense julio). 
			  
			
			Em Lc 
			1, 45 diz ainda:
			"Feliz aquela que creu, pois o que lhe 
			foi dito da parte do Senhor será cumprido!" 
			  
			
			Santa 
			Isabel proclama bem-aventurada a Mãe de Nosso Senhor e louva a sua 
			fé. Não houve fé como a da Virgem Maria: 
			"Ó Virgem nobilíssima. Bem-aventurada sois porque crestes, como 
			disse vossa prima Isabel. Bem-aventurada sois porque trouxestes e 
			encerrastes no seio o Salvador, e muito mais bem-aventurada porque 
			ouvistes sua palavra e a observastes" 
			(Luís da Ponte, Meditações II 12, 3), e: 
			"Ó Virgem, tivestes mais fé que todos os homens e 
			Anjos! Vistes vosso Filho na gruta de Belém, e crestes ser ele o 
			Criador do mundo. Viste-O fugir de Herodes e não deixastes de crê-lo 
			Rei dos reis. Viste-o nascer, e o crestes eterno; pobre, necessitado 
			de alimento, e o crestes Senhor do universo; deitado na palha, e o 
			crestes onipotente! Vistes que não falava, e o crestes Sabedoria 
			infinita. Chorava, e o crestes a alegria do paraíso. Desprezado, 
			crucificado e morto, continuastes firme em crer que era Deus, embora 
			nos outros vacilasse a fé." 
			(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria II, 3, 4), 
			e também: 
			"A 
			Virgem, tão pequena aos próprios olhos, não foi menos magnânima no 
			crer na promessa de Deus. Ela que se considerava nada mais que pobre 
			serva, nunca teve a mínima dúvida sobre sua vocação a este 
			incompreensível mistério, a esta admirável troca, a este insondável 
			sacramento, e creu firmemente que viria a ser a verdadeira Mãe do 
			Homem-Deus" (São Bernardo de 
			Claraval, De duod. Praerog. B.V.M. 13). 
			
			Sem a 
			fé é impossível agradar a Nosso Senhor: 
			"Ora, sem a fé é impossível ser-lhe agradável"
			(Hb 11, 6). 
			
			Santo 
			Ambrósio escreve: 
			"Veja que 
			Maria não duvidou, mas acreditou, pelo qual conseguiu o fruto da fé", 
			e: 
			"E não deve chamar a atenção que o Senhor - que havia de redimir o 
			mundo - começasse sua obra por sua própria Mãe, a fim de que aquela, 
			pela qual se preparava a salvação a todos, recebesse em prenda – a 
			primeira – o fruto de salvação" 
			(São Beda),
			
			e também: 
			"Porém, também vocês são bem-aventurados, porque 
			ouviram e acreditaram. Qualquer alma que acreditar, concebe e gera 
			ao Verbo de Deus e conhece suas obras" 
			(Santo Ambrósio), 
			e ainda: 
			"Foi iluminada pelo espírito de profecia sobre o passado, o presente 
			e o futuro, que conheceu que aquela havia acreditado nas promessas 
			do anjo. E chamando-a Mãe, compreendeu que levava em seu ventre o 
			Redentor do gênero humano. E predizendo as coisas que haviam de 
			suceder, viu também o que se seguiria no futuro" 
			(São Gregório Magno, Super. Ezech., 1, 8). 
			
			Nossa 
			Senhora possuía a fé. Aprendamos dessa fiel Senhora a crer em nossa 
			própria vocação à santidade; a crer sempre, principalmente quando 
			surgem "nuvens" escuras querendo nos desviar do caminho da salvação; 
			crer também quando encontramos "montanhas" de dificuldades à nossa 
			frente, querendo nos impedir de caminharmos na perfeição. 
			
			Peçamos 
			com humildade à Santíssima Virgem: 
			"Pelo mérito de vossa fé, impetrai-me a graça de viva fé: 
			'Senhora, aumentai em nós a fé!" 
			(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria II, 3, 4). 
			  
			
			Em Lc 
			1, 46-56 diz:
			
			"Maria, 
			então disse: 'Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta 
			em Deus em meu Salvador, porque olhou para a humilhação de sua 
			serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de 
			bem-aventurada, pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu 
			favor. Seu nome é santo e sua misericórdia perdura de geração em 
			geração, para aqueles que o temem. Agiu com a força de seu braço, 
			dispersou os homens de coração orgulhoso. Depôs poderosos de seus 
			tronos, e a humildes exaltou. Cumulou de bens a famintos e despediu 
			ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando de sua 
			misericórdia – conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão 
			e de sua descendência, para sempre!' Maria permaneceu com ela mais 
			ou menos três meses e voltou para casa". 
			  
			
			O 
			cântico Magnificat que Nossa Senhora pronuncia na casa de Zacarias é 
			de uma singular beleza poética: 
			"Evoca 
			alguns passos do Antigo Testamento que a Virgem Santíssima tinha 
			meditado (recorda especialmente 1 Sm 2, 1-10). Neste cântico podem 
			distinguir-se três estrofes: na primeira (vv. 46-50), Maria 
			glorifica a Deus por a ter feito Mãe do Salvador, faz ver o motivo 
			pelo qual a chamarão bem-aventurada todas as gerações e mostra como 
			no mistério da Encarnação se manifestam o poder, a santidade e a 
			misericórdia de Deus. Na segunda (vv. 51-53), a Virgem Santíssima 
			ensina-nos como em todo o tempo o Senhor teve predileção pelos 
			humildes, resistindo aos soberbos e arrogantes. Na terceira (vv. 
			54-55), proclama que Deus, segundo a sua promessa, teve sempre 
			especial cuidado do povo escolhido, ao qual vai dar o maior título 
			de glória: a Encarnação de Jesus Cristo, judeu segundo a carne (cfr 
			Rm 1, 3)" 
			(Edições Theologica), e: 
			"O Magnificat, verdadeiro cântico dos cânticos do 
			Novo Testamento, ressoa todos os dias em nossos lábios, irmãos. 
			Devemos recitá-lo com particular fervor, para que, em união 
			espiritual com Maria, repetindo-o com ela palavra por palavra, e 
			quase sílaba por sílaba, aprendamos em sua escola como e por que 
			devemos celebrar e bendizer o Senhor. O Magnificat nos ensina que só 
			Deus é grande, por isso deve ser por nós engrandecido. Só Ele nos 
			salva e, por isso, o nosso espírito deve exultar Nele. Ele se 
			inclina sobre nós com a sua misericórdia e nos eleva para junto de 
			si com o seu poder. Grande, na verdade, e elevada a lição do 
			Magnificat, que cada um de nós, em todas as condições de vida, pode 
			e deve assumir como seu, para nele haurir, além dos dons de graça e 
			luz, o conforto e a serenidade também nas provas das tribulações e 
			nos sofrimentos do corpo"
			(João Paulo 
			II, Meditações e Orações, 9 de maio). 
			  
			
			Em Lc 
			1, 46- 47 diz: 
			"Maria, 
			então disse: 'Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta 
			em Deus em meu Salvador". 
			  
			
			São 
			Basílio Magno escreve: 
			"Os 
			primeiros frutos do Espírito Santo são a paz e a alegria. E a 
			Santíssima Virgem tinha reunido em si toda a graça do Espírito 
			Santo" 
			(In Psalmos homiliae, in Ps 32), 
			e: 
			"Os 
			sentimentos da alma de Maria derramam-se no Magnificat. A alma 
			humilde diante dos favores de Deus sente-se movida ao gozo e ao 
			agradecimento. Na Santíssima Virgem o benefício divino ultrapassa 
			toda a graça concedida a qualquer criatura"
			(Edições 
			Theologica), 
			e também: 
			"Virgem 
			Mãe de Deus, o que não cabe nos Céus, feito homem, encerrou-se no 
			teu seio"
			
			(Antífona da Missa do Comum das festas de Santa Maria), e ainda: 
			"O Senhor, diz ela, elevou-me por um dom tão grande e inaudito, 
			que nenhuma palavra o pode descrever e mesmo no íntimo do coração é 
			difícil compreendê-lo. Por isso dedico todas as forças de meu ser ao 
			louvor e à ação de graças, contemplando a grandeza daquele que é 
			eterno, e ofereço com alegria minha vida, tudo que sinto e penso, 
			porque meu espírito rejubila pela divindade eterna de Jesus, o 
			Salvador, que concebi e é gerado em meu seio"
			(Do 
			Comentário de São Beda, o Venerável, sobre o Evangelho de São Lucas), e: 
			"Minha  alma glorifica o Senhor e meu espírito 
			exulta em Deus, meu salvador'. Logo nas primeiras palavras louva os 
			dons especialmente concedidos a ela; em seguida enumera os 
			benefícios universais, com os quais ele não cessa nunca de cumular o 
			gênero humano. Glorifica o Senhor sua alma que pôs inteiramente ao 
			serviço e ao louvor divino todos os sentimentos do homem interior e 
			que, pela obediência aos preceitos de Deus, revela pensar sempre na 
			grandeza de sua majestade. Seu espírito exulta em Deus, seu 
			Salvador, ela que só sente prazer na lembrança de seu Criador, de 
			quem espera a salvação eterna. Palavras que corretamente convêm a 
			todos os perfeitos; mas convinha, sobretudo, à santa Mãe de Deus 
			proferi-las, porque, pelo privilégio único, ardia de amor espiritual 
			por aquele que a fazia alegrar-se pela concepção corporal. Com toda 
			razão pode exultar em Jesus, seu Salvador, mais do que os outros, 
			com júbilo singular, por saber que iria nascer dela por nascimento 
			temporal aquele mesmo que conhecia como o autor da perpétua 
			salvação, a ponto de uma e mesma pessoa vir a ser, verdadeiramente, 
			seu filho e seu Senhor"
			(Idem, 
			Homilias), 
			e também: 
			"A Santíssima Virgem, considerando a 
			imensidade do mistério, com sublime intenção, e com um fim elevado e 
			como avançando em suas profundidades, engrandece ao Senhor. Por isso 
			prossegue: 'E disse Maria: Minha alma engrandece ao Senhor"
			
			(São Basílio, In Psalmo 33), 
			e ainda: 
			"Se Deus não pode receber nem aumento nem dano, como é que Maria diz: 
			'Minha alma engrandece ao Senhor?' Mas se considero que o Senhor 
			Salvador é imagem do Deus invisível, e que a alma foi feita à sua 
			imagem, para que seja imagem da imagem, então será como a imitação 
			daqueles que pintam imagens; quando engrandecer minha alma com 
			pensamento, palavras e obras, a imagem de Deus se faz grande e o 
			mesmo Senhor – cuja imagem está em minha alma – se engrandece"
			
			
			(Orígenes),
			
			e: 
			"A alma de Maria engrandece ao Senhor e seu 
			espírito se regozija em Deus; porque consagrada em alma, espírito e 
			corpo ao Pai e ao Filho, venera com piedoso afeto a um só Deus de 
			quem são todas as coisas. Que a alma de Maria esteja em todas as 
			coisas para engrandecer ao Senhor; que o espírito de Maria esteja em 
			todas as coisas para regozijar-se no Senhor. Se segundo a carne uma 
			só é a Mãe de Cristo, segundo a fé, o fruto de todos é Cristo. 
			Porque toda alma concebe o Verbo de Deus; se, imaculada e isenta de 
			vícios, guarda sua castidade com pudor inviolável"
			
			(Santo Ambrósio), 
			e também: 
			"Engrandece ao Senhor aquele que segue dignamente a Jesus 
			Cristo, e, entretanto, se chama cristão quem não ofende a dignidade 
			de Cristo, mas que pratica obras grandes e celestiais; então, se 
			regozijará o espírito - isto é, o toque espiritual-, ou o que é o 
			mesmo, adiantará e não será castigado"
			
			(Teofilacto),
			
			e ainda: 
			"Se quando a luz penetrar em teu coração,  perceber 
			- por aquela escura e breve imagem - a perseverança dos justos em 
			amar a Deus e em desprezar as coisas corporais, sem dificuldade 
			alguma conseguirá gozo no Senhor" 
			(São Basílio, In Psalmo 33), 
			e: 
			"Primeiro a alma engrandece ao Senhor para depois alegrar-se em Deus. 
			Pois se antes não cremos, não podemos alegrar-nos"
			
			(Orígenes).
			 
			
			A 
			Virgem humilde de Nazaré vai ser a Mãe de Deus; jamais a onipotência 
			do Criador se manifestou de um modo tão pleno. E o Coração de Nossa 
			Senhora manifesta de modo desbordante a sua gratidão e a sua 
			alegria. 
			  
			
			Em Lc 
			1, 48-49 diz:
			"... porque olhou para a humilhação de 
			sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de 
			bem-aventurada, pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu 
			favor. Seu nome é santo". 
			  
			
			Diante 
			desta manifestação de humildade de Nossa Senhora, exclama São Beda:
			
			
			"Convinha, pois, que assim como tinha entrado a morte no mundo pela 
			soberba dos nossos primeiros pais, se manifestasse a entrada da Vida 
			pela humildade de Maria"
			(In Lucae 
			Evangelium expositio, ad loc.), 
			e: 
			"Que 
			grande é o valor da humildade! – 'Quia respexit humilitatem'. Acima 
			da fé, da caridade, da pureza imaculada, reza o hino jubiloso da 
			nossa Mãe em casa de Zacarias: 'Porque viu a minha humildade, eis 
			que por isto me chamarão bem-aventurada todas as gerações" (São 
			Josemaría Escrivá, Caminho, 598), e também: 
			"Deus premia a humildade da Virgem 
			Santíssima com o reconhecimento por parte de todos os homens da sua 
			grandeza: 'Me hão de chamar ditosa todas as gerações'. Isto 
			cumpre-se sempre que alguém pronuncia as palavras da Ave-Maria. Este 
			clamor de louvor à nossa Mãe é ininterrupto em toda a terra. Desde 
			os tempos mais antigos a Santíssima Virgem é honrada com o título de 
			'Mãe de Deus', e sob a sua proteção se acolhem os fiéis em todos os 
			perigos e necessidades. Foi, sobretudo, a partir do Concílio de 
			Éfeso que o culto do Povo de Deus para com Maria cresceu 
			admiravelmente, na veneração e no amor, na invocação e na imitação, 
			segundo as suas proféticas palavras: 'Todas as gerações me 
			proclamarão bem-aventurada, porque realizou em mim grandes coisas 
			Aquele que é poderoso" 
			(Edições Theologica), e ainda: 
			"Estas palavras se relacionam com o início 
			do  cântico que diz: 'Minha alma glorifica o Senhor'. E certamente 
			só a alma em que o Senhor se dignou fazer maravilhas pode 
			glorificá-lo e louvá-lo dignamente e dizer, exortando os que 
			compartilham seus desejos e aspirações: 'Glorificai comigo o Senhor 
			e exaltemos juntos o seu nome'... Diz-se que santo é o seu nome 
			porque, pelo seu poder ilimitado, transcende toda criatura e está 
			infinitamente separado de todas as coisas criadas"
			(Do 
			Comentário de São Beda, o Venerável, sobre o Evangelho de São Lucas), e também: 
			"Nada atribui a seus méritos; atribui toda a 
			sua grandeza ao dom daquele que, essencialmente poderoso e grande, 
			costuma tornar fortes e grandes seus pequeninos e fracos fiéis. E 
			acrescentou bem: 'E santo é o seu nome'. Exorta assim os ouvintes, 
			ou melhor, a todos aos quais chegarem estas palavras, e ensina voar 
			para a fé e invocação deste nome se quiserem ser participantes da 
			eterna santidade e verdadeira salvação, conforme foi predito: 'E 
			acontecerá, que todo aquele que invocar o nome do Senhor será 
			salvo'. É este o nome do qual disse acima: 'E meu espírito exulta em 
			Deus meu salvador" (Idem, 
			Homilias), 
			e: 
			
			"Manifesta a causa pela qual convém engrandecer ao Senhor e 
			alegrar-se n'Ele dizendo: 'Porque olhou a humildade de sua serva'. 
			Como se dissesse: O Senhor o quis assim e eu não esperava; estava 
			contente com os humildes, agora sou eleita para um conselho inefável 
			e exaltada da terra ao céu"
			
			(Griego), e também:
			
			"Ó 
			verdadeira humildade, que deu a luz aos homens um Deus, deu aos 
			mortais a vida, renovou os céus, purificou o mundo, abriu o paraíso 
			e livrou as almas dos homens! A humildade de Maria se transformou em 
			escada para subir ao céu, pela qual Deus baixou até a terra. Que 
			quer dizer 'olhou', senão 'aprovou?' Muitos parecem humildes aos 
			olhos dos homens; porém a humildade deles não é olhada pelo Senhor, 
			porque se fossem verdadeiramente humildes, quereriam que Deus fosse 
			louvado pelos homens, e não que os homens os louvassem. E seu 
			espírito se alegraria, não neste mundo, senão em Deus"
			
			(Pseudo-Agostinho, Serm. De Assumpt., 208),
			
			e ainda: 
			"Se segundo o Profeta são bem-aventurados todos os 
			que procedem de Sião e vivem próximo de Jerusalém como íntimos; 
			quanto deve ser o louvor da excelsa e sacrossanta Virgem Maria, que 
			foi escolhida para ser Mãe do Verbo, segundo a carne?" 
			(Santo Atanásio), 
			e: "Não se chama a si mesma de bem-aventurada por vanglória. 
			Porque, onde poderia estar o orgulho naquela que se chama serva do 
			Senhor? Porém, prediz o que há de suceder, inspirada pelo Espírito 
			Santo" 
			(Griego),
			
			e também: 
			"E por 
			isso disse: 'Todas as gerações'. Não somente Israel, mas também 
			todas as nações dos crentes"
			
			(Teofilacto),
			
			e ainda: "Manifesta a Virgem que não será 
			proclamada bem-aventurada por sua virtude, mas ela explica a causa 
			dizendo: 'Porque o poderoso fez em mim grandes coisas"
			
			(Idem.), 
			e: 
			"Que grandes coisas fez em ti? Creio que sendo criatura
			dera a luz ao Criador, e que sendo serva, gerou ao Senhor, para 
			que Deus redimisse o mundo por ti, e por ti também o devolvesse a 
			vida" 
			(Pseudo-Augustinho, Serm. De Assumpt., 208),
			
			e também: 
			"É considerada digna de ser Mãe sem obra de homem e não uma mãe 
			qualquer, mas do Unigênito Salvador" 
			(Tito Bostrense), 
			e ainda: 
			"Disse, pois: 'Ele que é poderoso', para que se alguém duvidasse da 
			verdade da encarnação, permanecendo virgem depois de haver 
			concebido, refere ao grande poder d'Aquele que o fez. Nem se 
			 manchou porque o Unigênito nasceu dela porque santo é seu nome" 
			(Idem.), 
			e: 
			"O nome de Deus se chama santo, não porque nessas 
			sílabas se encerra certa virtude significativa, mas porque toda 
			menção de Deus é santa e pura"
			
			(São 
			Basílio, In Psalmo, 33). 
			  
			
			Em Lc 1, 50 diz: 
			"... e sua misericórdia perdura de geração 
			em geração, para aqueles que o temem". 
			  
			
			João Paulo II 
			escreve: 
			"A sua misericórdia estende-se de geração em 
			geração'. Tais palavras, já desde o momento da Encarnação, abrem 
			nova perspectiva da história da Salvação. Após a ressurreição de 
			Cristo, esta nova perspectiva passa para o plano histórico e, ao 
			mesmo tempo, reveste-se de sentido escatológico novo. Desde então 
			sucedem-se sempre novas gerações de homens na imensa família humana, 
			em dimensões sempre crescentes; sucedem-se também novas gerações do 
			Povo de Deus, assinaladas pelo sinal da Cruz e da Ressurreição e 
			'seladas' com o sinal do mistério pascal de Cristo, revelação 
			absoluta daquela misericórdia que Maria proclamou à entrada da casa 
			da sua parente: 'A sua misericórdia estende-se de geração em 
			geração'(...). 
			
			Maria, 
			portanto, é aquela que conhece mais profundamente o mistério da 
			misericórdia divina. Conhece o seu preço e sabe quanto é elevado. 
			Neste sentido chamamos-lhe Mãe da misericórdia, Nossa Senhora da 
			Misericórdia, ou Mãe da divina misericórdia. Em cada um destes 
			títulos há um profundo significado teológico, porque exprimem a 
			particular preparação da sua alma e de toda a sua pessoa, para 
			torná-la capaz de descobrir, primeiro, através dos complexos 
			acontecimentos de Israel e, depois, daqueles que dizem respeito a 
			cada um dos homens e à humanidade inteira, a misericórdia da qual 
			todos se tornam participantes, segundo o eterno desígnio da 
			Santíssima Trindade, 'de geração em geração"
			
			(Encíclica Dives em misericordia, 9). 
			
			São 
			Beda escreve: 
			
			"Voltando-se desde os dons especiais que recebeu do Senhor, para as 
			graças gerais, explica a situação de todo o gênero humano 
			acrescentando: 'E sua misericórdia de geração em geração aos que o 
			temem'. Como dizendo: Não só me há dispensado graças especiais o que 
			é poderoso, mas a todos os que temem a Deus e são aceitos em sua 
			presença", e: 
			"A misericórdia de Deus não se limita a uma só geração, mas que 
			eternamente se estende de geração em geração"
			
			(Orígenes), e também: 
			"Ou indicou com isso, que os que temem 
			conseguirão misericórdia nesta geração - isto é, na presente - e na 
			outra - isto é, na vida eterna - recebendo nesta vida cem por um (Mt 
			19), porém na outra, benefícios muito maiores" 
			(Teofilacto). 
			  
			
			Em Lc 
			1, 51 diz:
			"Agiu com a força de seu braço, dispersou os homens de coração 
			orgulhoso". 
			  
			
			São 
			Josemaría Escrivá comenta: 
			"Os que se elevavam no seu próprio conceito': São os que querem 
			aparecer como superiores aos outros a quem desprezam. E também alude 
			à condição daqueles que na sua arrogância projetam planos de 
			ordenação da sociedade e do mundo de costas ou contra a Lei de Deus. 
			Embora possa parecer que de momento têm êxito, no fim cumpre-se 
			estas palavras do cântico da Virgem Santíssima, pois Deus os 
			dispersará como já fez com os que tentaram edificar a torre de 
			Babel, que pretendiam que chegasse até ao Céu (cfr Gn 11, 4). Quando 
			o orgulho se apodera da alma, não é estranho que atrás dele, como 
			pela arreata, venham todos os vícios: a avareza, as intemperanças, a 
			inveja, a injustiça. O soberbo procura inutilmente arrancar Deus - 
			que é misericordioso com todas as criaturas - do seu trono para se 
			colocar lá ele, que atua com entranhas de crueldade. Temos de pedir 
			ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação. A soberba é o pior 
			dos pecados e o mais ridículo. (...) A soberba é desagradável, mesmo 
			humanamente, porque o que se considera superior a todos e a tudo 
			está continuamente a contemplar-se a si mesmo e desprezar os outros, 
			que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da sua futilidade"
			(Amigos de Deus, 100). 
			
			
			Orígenes escreve: "Fez valentia com seu braço para os que o temem; porque ainda 
			que você se aproximasse de Deus com fraqueza, se o temesse, 
			conseguiria o desejado", e: 
			"Também em seu braço - isto é, em seu Filho encarnado - fez valentia, 
			porque a natureza humana foi vencida pelo parto da Virgem e o Deus 
			humanado" 
			(Teofilacto), 
			e também: 
			"Estas 
			coisas devem entender-se mais profundamente da corte inimiga dos 
			demônios. A estes, pois, que oprimiam a terra, os dissipou o Senhor 
			quando veio e restituiu a sua obediência aos que estavam presos" 
			(São Cirilo de Jerusalém), e ainda: 
			"Também pode entender-se dos judeus, a quem 
			dispersou por todas as nações como agora estão dispersos"
			
			(Teofilacto).  
			  
			
			Em Lc 
			1, 52- 53 diz: "Depôs poderosos de seus tronos, e a humildes exaltou. Cumulou de 
			bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias". 
			  
			
			Esta 
			Providência divina manifestou-se muitíssimas vezes ao longo da 
			História: 
			"Assim, 
			Deus alimentou com o maná o povo de Israel na sua peregrinação pelo 
			deserto durante quarenta anos (Ex 16, 4-35); igualmente Elias por 
			meio de um anjo (1 Rs 19, 5-8); Daniel no fosso dos leões (Dn 14, 
			31-40); a viúva de Sarepta com o azeite que miraculosamente não se 
			esgotava (1 Rs 17, 8 ss.). Assim também culminou as ânsias de 
			santidade da Virgem Santíssima com a Encarnação do Verbo. Deus tinha 
			alimentado com a sua Lei  e a pregação dos seus Profetas o povo 
			eleito, mas o resto da humanidade sentia a necessidade da Palavra de 
			Deus. Agora, com a Encarnação do Verbo, Deus satisfaz a indigência 
			da humanidade inteira. Serão os humildes que acolherão este 
			oferecimento de Deus; os auto-suficientes, ao não desejarem os bens 
			divinos, ficarão privados deles"
			(São 
			Basílio Magno, In Psalmos homiliae, in Ps 33). 
			
			São 
			Beda 
			escreve: "O que disse: 'Fez valentia com 
			seu braço' e o que havia dito antes: 'E sua misericórdia de geração 
			em geração', deve unir-se a estes versículos; porque, com efeito, em 
			toda a sucessão das gerações, os soberbos não cessam de perecer e os 
			humildes de serem exaltados por justa e piedosa disposição do poder 
			divino. Por isso se diz: 'Destronou aos poderosos e exaltou aos 
			humildes", e: 
			"Coisas grandes sabiam os demônios... os 
			fariseus e escribas; sem, contudo, Deus os depôs e elevou os que se 
			humilharam sob a mão poderosa de Deus (1 Pd 5), dando-lhes a virtude 
			de calcar com os pés as serpentes, os escorpiões e todo o poder do 
			inimigo (Lc 10). Os judeus eram também soberbos por seu poder, porém 
			sua incredulidade os enfraqueceu; e dentre os gentios subiram 
			muitos, escondidos e humildes, por meio da fé, ao auge da perfeição"
			(São Cirilo de Jerusalém),
			
			e 
			também: "Se conhece que nossa 
			inteligência é trono da Divindade. Porém, as potestades infernais, 
			depois da transgressão, se assentaram na consciência do nosso 
			primeiro pai como em sua própria sede. Por isso veio o Senhor, 
			expulsou os espíritos malignos dos tronos das vontades e exaltou os 
			que viviam humilhados pelos demônios, limpando suas consciências e 
			convertendo suas almas em seu próprio trono"
			(Griego), 
			e
			ainda: "Como parece que a 
			prosperidade humana consiste principalmente na dignidade dos 
			poderosos e na abundância das riquezas, depois da caída dos 
			poderosos e a exaltação dos humildes, faz menção do aniquilamento 
			dos ricos e a abundância dos pobres"
			
			(Glosa),
			
			e: 
			"Os que 
			desejam as coisas eternas com todo interesse e como famintos, serão 
			saciados quando Jesus Cristo aparecer em sua glória. Porém, os que 
			gozam das coisas da terra, no final serão abandonados... vazios de 
			toda felicidade"
			(Idem.). 
			  
			
			Em Lc 
			1, 54 diz:
			"Socorreu Israel, seu servo, lembrando de sua misericórdia". 
			  
			
			São 
			Beda escreve: 
			"Israel 
			é, com razão, denominado servo do Senhor, porque, sendo obediente e 
			humilde, foi por ele tomado (escolhido) para ser salvo, como diz 
			Oséias: Quando 'Israel era ainda menino, eu o amei'. Aquele que se 
			recusa a humilhar-se não pode certamente ser salvo nem dizer com o 
			Profeta: 'Eis que Deus vem em meu auxílio, o Senhor é o protetor de 
			minha vida'. Mas, 'quem se fizer humilde como uma criança, este é o 
			maior no reino dos céus" 
			(Do Comentário 
			sobre o Evangelho de Lucas). 
			
			Deus 
			conduziu o povo israelita como uma criança, como seu filho a quem 
			amava ternamente: 
			"O Senhor, teu Deus, conduziu-te por todo o caminho que tendes 
			percorrido como um homem conduz o seu filho."
			(Dt 1, 31). 
			
			Edições 
			Theologica comenta: 
			"Isto o fez Deus muitas vezes, valendo-se de Moisés, de Josué, de 
			Samuel, de Davi, etc., e agora conduz o seu povo de maneira 
			definitiva enviando o Messias. A origem última deste proceder divino 
			é a grande misericórdia de Deus que se compadeceu da miséria de 
			Israel e de todo o gênero humano". 
			  
			
			Em Lc 
			1, 55 diz:
			"– conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão e de sua 
			descendência, para sempre!" 
			  
			
			São 
			Beda escreve: 
			"Trata-se 
			da descendência de Abraão segundo o espírito e não segundo a carne, 
			isto é, não apenas dos filhos segundo a natureza, mas de todos que 
			seguiram o seu exemplo, fossem eles circuncidados ou incircuncisos, 
			mas seguindo-o na fé. Pois o próprio Abraão, ainda incircunciso, 
			creu e isto lhe foi imputado como justiça. A vinda do Salvador foi, 
			portanto, prometida a Abraão e à sua descendência para sempre, isto 
			é, aos filhos da promessa, aos quais se diz: 'Se sois de Cristo, 
			sois então descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa'. É 
			com razão que, antes do nascimento do Senhor e de João, suas mães 
			profetizam, para que, tendo o pecado começado pela mulher, os bens 
			comecem igualmente por ela e a vida perdida pela fraude que seduziu 
			a uma seja restituída ao mundo pelo anúncio da salvação feito por 
			duas" 
			(Do Comentário sobre o Evangelho de Lucas), 
			e: 
			"A 
			misericórdia de Deus foi prometida desde tempos antigos aos 
			Patriarcas. Assim, a Adão (Gn 3, 15), a Abraão (Gn 22, 18), a Davi 
			(2 Sm 7, 12), etc. A Encarnação de Cristo tinha sido preparada e 
			decretada por Deus desde a eternidade para a salvação da humanidade 
			inteira. Tal é o amor que Deus tem aos homens; o próprio Filho de 
			Deus Encarnado o declarará: 'De fato, Deus amou de tal maneira o 
			mundo que lhe deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que n'Ele 
			acredita não pereça, mas tenha a vida eterna' (Jo 3, 16)" 
			(Edições Theologica). 
			  
			
			Em Lc 
			1, 56 diz:
			"Maria permaneceu com ela mais ou menos três meses e voltou para 
			casa". 
			  
			
			O Pe. 
			Francisco Fernández Carvajal escreve: 
			"São Lucas termina a cena com estas palavras: Maria permaneceu 
			com ela mais ou menos três meses e voltou para casa. A menção 
			expressa dos três meses, tempo que faltava para o nascimento de 
			João, leva a pensar com toda a lógica que Maria ficou com Isabel até 
			ao nascimento de João. Muito provavelmente alguns dias mais, pois 
			imaginamos que não faltaria à circuncisão e à imposição do nome oito 
			dias mais tarde, e à pequena festa familiar que tinha lugar com este 
			motivo". 
			
			
			Santo Ambrósio escreve:
			"Permaneceu Maria na casa de Isabel até 
			que se cumprisse o tempo em que esta devia dar a luz. Pelo qual se 
			diz: 'E Maria se deteve", e:
			"No sexto mês da concepção do precursor 
			se apresentou o anjo a Maria, a qual permaneceu três meses com 
			Isabel. E assim se completaram os nove meses" 
			(Teofilacto),
			
			e 
			também: 
			
			"Porém, quando Santa Isabel ia dar a luz, a Virgem se retirou. Pelo 
			qual acrescenta: 'E voltou para sua casa'; a saber, pela multidão 
			que devia se reunir para o parto, pois não era conveniente que a 
			Virgem estivesse presente em tais circunstâncias"
			
			
			(Idem.), 
			e ainda: 
			"É, 
			pois, costume das virgens retirarem-se quando uma mulher vai dar a 
			luz. Desde que chegou na casa de Isabel não saiu para outra parte; 
			mas ali permaneceu, até que chegou a hora do parto" 
			(Griego). 
			  
          
          Pe. 
          Divino Antônio Lopes FP. 
          
          Anápolis, 14 de agosto de 2007 
			
            
			
          Vide também: 
			
          
      
			
			Tu que deixaste a terra, levai-nos para o céu! 
			
          
			Maria, então, disse… 
			
            
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